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SUPEREXPLORAÇÃO DO TRABALHO E LUTAS SOCIAIS NO CICLO AUTOCRÁTICO BURGUÊS DA DITADURA CIVIL MILITAR

Trata-se nesse capítulo das consequências da autocracia burguesa sobre a vida e as lutas sociais da classe trabalhadora. Para facilitar a reflexão o capitulo se divide em dois tópicos. O primeiro aborda as consequências das requisições do “desenvolvimento econômico” integrado entre a empresa privada nacional e estrangeira na vida política e material da classe trabalhadora e as contradições advindas da relação entre capital e trabalho durante a ditadura civil-militar. O segundo aborda os processos de lutas da classe trabalhadora, assim como, a estruturação das organizações da classe trabalhadora em seus diversos segmentos e o papel político da esquerda no processo combativo ao regime ditatorial.

3.1 – As consequências da autocracia burguesa na vida da classe trabalhadora

As consequências imediatas na vida social da classe trabalhadora durante o regime ditatorial se deram pelo influxo da política econômica adotada pela autocracia burguesa e pela burocracia estatal militar. As requisições em função da acumulação se deram fundamentadas de forma intrínseca a superexploração do trabalho, que se caracterizou por padrões de mais-valia extraordinários. Sendo esses o subsídio principal que proporcionou o pretenso crescimento e “desenvolvimento econômico” no ciclo autocrático burguês.

Tal fato se clarifica ao olharmos para as políticas e os programas promovidos pelos governos ditatoriais no campo da economia. A direção era a de estabelecimento de uma política salarial, de controle dos preços e sindical restritiva às decisões da maquinaria tecnocrática estatal. Sendo essas legitimadas pelos aparatos legais e institucionais criados a partir do regime ditatorial, atuaram tanto no sentido reprodutivo e produtivo do trabalho, na direção do combate da inflação e da estabilização da economia por meio do aprofundamento dos padrões de mais-valia absoluta.

De um lado a política salarial, caracterizada pelo arrocho salarial diminuía o poder de compra do trabalhador e elevava os custos de vida e manutenção do trabalho em sua esfera reprodutiva caracterizando uma extrema pauperização dos segmentos da classe trabalhadora no período ditatorial. Em contrapartida essa política possibilitou a empresa privada nacional e estrangeira o aumento da produtividade e uma mais-valia extraordinária sobre o trabalho. Nesse processo pode-se dizer que o desenvolvimento das

forças produtivas no esquema monopolista teve por característica intrínseca a elevação da subordinação do trabalho ao capital (IANNI, 1981).

A política salarial da ditadura – que estava na base de sua economia política -, ao mesmo tempo em que propiciava à burguesia a obtenção de uma taxa

extraordinária de mais valia, também provocava a pauperização absoluta da

classe operária, ou de setores dessa classe. Era tão elevada a taxa de expropriação do produto da força de trabalho operária que cresceu a incidência de doenças nessa classe (IANNI, 1981, p. 81).

Assim como a política salarial, a política de emprego no âmbito ditatorial estava direcionada a elevação da mais-valia, ao passo que medidas como a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no Governo Castello Branco possibilitou uma maior rotatividade em postos de emprego e consequentemente um aumento significativo do exército industrial de reserva ou do excedente de mão-de-obra. Tal fato permitiu ainda mais o poder de barganha e subordinação do capital sobre o trabalho e a intensificação da exploração sobre este (IANNI, 1981).

Nesse sentido, acirrava-se a “questão social” ao passo que as contradições advindas do trabalho no referido contexto do regime ditatorial levaram diversos segmentos da classe trabalhadora a um quadro de insatisfação quanto à vida econômica e política na sociedade brasileira, seja pela extrema exploração do trabalho, ou seja, pela repressão política e cooptação de diversos segmentos da classe trabalhadora.

As insatisfações e as discordâncias com as políticas implementadas pelo regime proporcionaram uma certa efervescência no campo das lutas sociais, ao passo que tendo em vista tais processos de correlação de forças a elite intelectual militar se direcionou à criação de mecanismos que possibilitassem os controles das massas. Fosse pela via repressiva ou da reprodução da vida cultural e social do país.

O Estado autocrático se instrumentalizou de forma legal e institucional para reprimir todo e qualquer movimento reacionário, ou que colocasse em risco a manutenção da ordem ou da segurança nacional. Os atos institucionais são um exemplo claro desse direcionamento, de forma especial o Ato Institucional de nº 5 no qual o posicionamento político em função da criminalização e repressão dos diversos setores da sociedade, ganharam de forma aberta o aparato legal para ser realizado pelo Estado.

Conforme Ianni (1981) o Estado autocrático burguês assume seu caráter fascista ao criminalizar diversos segmentos da sociedade civil, principalmente aqueles que se vinculavam a classe operária e classe trabalhadora como um todo. Esse processo de criminalização ganhou corpo e se adensou, ao passo que anterior ao golpe já se movimentava no âmbito das elites dominantes no país. Tal criminalização permitia e

justificava a violência e repressão dos movimentos e das organizações da classe trabalhadora, seja pela propaganda anticomunista, pelo processo de “limpeza ideológica da nação” ou pelas vias mais extremas da violência gerada contra diversos sujeitos tratados como “subversivos”.

Para além da repressão a classe operária e trabalhadora nesse sentido, que perpassou toda a vida cultural e social da nação. “Passou a atuar de modo insistente, sistemático e brutal contra toda a atividade política independente de cunho sindical. Além de intimidar, cassar direitos políticos, prender ou mesmo dar sumiço em qualquer líder operário ou camponês [...]” (IANNI, 1981, p. 70).

A direção foi clara a da proibição de qualquer movimentação ou organização que possibilitasse a classe trabalhadora se apresentar no cenário político nacional. Esse processo se clarifica ao olharmos para o advento da Lei nº 4.330, de 1ºde junho de 1964, a lei anti-greve que legitimou a opressão aos sindicatos e as organizações da classe trabalhadora coibindo e proibindo qualquer tipo de movimentação nesse sentido, e dando ao Estado o aparato legal para intervenção ou destituição da atividade sindical (IANNI, 1981).

O esquema de acumulação e desenvolvimento vinculado ao capital estrangeiro, não incidiu apenas na vida do operariado, a ditadura como um todo atingiu as diversas esferas produtivas da nação, assim também seus reflexos e suas requisições espraiaram sobre a vida do campesinato. A atividade agrícola na ordem dos latifúndios deve sua importância no que se refere ao esquema monopolista, as diversas medidas para integração das atividades do setor agrário tinham por objetivo fortalecer o setor que subsidiava com matérias-primas a atividade industrial, o esquema latifundiário agroexportador, se colocou na ordem da acumulação imperialista se interligando a diversos segmentos do capital financeiro (IANNI, 1981).

Assim como na atividade industrial uma nova dinâmica foi incorporada as relações de trabalho no campo, o desenvolvimento da atividade e trouxe consigo a ascensão da agroindústria. Novas relações de trabalho se estabeleceram, e se verificou um processo de proletarização do campo, ao passo que a indústria dos latifúndios passou a expulsar uma grande massa de trabalhadores e beneficiando os diversos segmentos da indústria na cidade pelo excedente de mão-de-obra.

A penetração do esquema imperialista na agricultura, evidenciava a via da elevação da precarização e exploração do trabalho. Com isso, a superexploração do trabalho se configurou de uma forma mais abrupta ao passo que os espaços ocupacionais

direcionados ao trabalho no campo, em sua maioria conforme Ianni (1981), era composto por trabalhadores adolescentes e crianças, submetidos a longas jornadas, a baixos níveis salariais ou até mesmo ao trabalho escravo. Diferente do contexto urbano-industrial a configuração do trabalho vinculado ao campesinato tinha sua variabilidade a partir de cada realidade regional.

3.2 - As organizações da classe trabalhadora e as lutas sociais na autocracia burguesa

Todo esse quadro de superexploração, subordinação e opressão política e econômica do capital sobre o trabalho, levou tanto o operariado como o campesinato a se readequarem nos seus processos combativos e organizacionais frente ás lutas sociais. As ostensivas repressões e incursões da autocracia burguesa representada pelo Estado fascista ditatorial, possibilitou um novo processo de organização da classe trabalhadora no contexto, frente ao regime ditatorial, assim como adequo uma nova conformação ao campo das disputas políticas e dos diversos segmentos da classe trabalhadora.

Antecedente ao golpe as organizações vinculadas a esquerda revolucionaria ganhavam corpo. As rupturas dentro da principal organização partidária da esquerda o PCB, teve como o advento o avanço de setores da esquerda nacional mais revolucionários. Aqui destacamos a figura da POLOP, do PC do B e das organizações vinculadas à Igreja Católica. A POLOP foi uma das principais organizações de cunho revolucionário no contexto e foi responsável por promover uma certa incursão contra o reformismo do PCB, fomentado pelas alianças do partido com setores da burguesia nacional (NETTO, 2012).

O golpe trouxe consigo uma nova necessidade à esquerda nacional, sendo a de se aglutinar em torno de uma estratégia global que fosse mais efetiva ou revolucionária com relação às perspectivas reformistas do PCB, que até o momento do golpe representava o principal centro articulador da esquerda nacional. As novas formas que configuravam a subordinação do capital ao trabalho e a repressão militar, colocavam a necessidade de se romper com toda pactuação entre classes e de dar respostas mais radicais às imposições do regime ditatorial sobre a vida social e política da classe trabalhadora (NETTO, 2014). Nesse sentido, a POLOP como uma série de organizações revolucionárias se organizou em vias combativas mais diretas, porém não conseguiram ser efetivas no objetivo de aglutinar os diversos setores da classe trabalhadora em função de uma estratégia global. Tal fato conforme Marini (2008), residiu na incapacidade da vanguarda intelectual da

POLOP de traduzir seu acúmulo teórico acerca dos processos de luta da classe trabalhadora para abarcar as massas da classe trabalhadora.

No que se refere às organizações partidárias da esquerda nacional, os comunistas do PCB sofreram com o golpe. Diversas lideranças foram presas e o trabalho conjunto às bases. O partido perdeu credibilidade diante setores da esquerda nacional e da classe trabalhadora e pela sua proeminência antecedente ao golpe na organização das forças progressivas o partido passou por seu imobilismo passou a ser culpado pelo advento da situação, fato que levou ao declínio da confiança de diversos segmentos da luta política anti-ditatorial nas vias democráticas e reformistas admitidas pelo partido, e a sua aliança com segmentos progressistas e da média burguesia. Tais fatos levaram a cisão do partido e organizações da esquerda nacional mais radicais (ANTUNES, 2011). Em detrimento da lógica combativa mais geral seguidas pelos diversos segmentos da esquerda, a da luta armada, o enfretamento do PCB se deu pela “frente democrática” contra a ditadura, sendo que nesse sentido, o partido se coadunava a um caráter de organização policlassista.

Nesse sentido, o PCB deixou de ser no contexto ditatorial um importante bastião que poderia promover a união de uma esquerda mais combativa ao regime ditatorial, tanto politicamente como numericamente. O alcance do partido sobre as bases sindicais e as diversas organizações poderiam mobilizar a massa trabalhadora em função do combate a dominação burguesa. A causalidade desse processo residiu no fato de que as perspectivas reformistas do partido o levou ao imobilismo no combate a ditadura, e as vias democráticas por esse propaladas, assim como, as alianças policlassistas o levaram ao declínio do reformismo frente à inflexibilidade do regime ditatorial e a inviabilidade de um projeto nacionalista que colocasse em risco as requisições imperialistas. Conforme Antunes (2011) a adoção das vias combativas democráticas poupou o partido da virulência e da brutalidade do regime, mas não eximiu esse da repressão política no regime ditatorial.

[...] o PCB tinha conseguido enquadrar dentro de uma certa política até mesmo os núcleos mais recalcitrantes da esquerda revolucionária. A perda de sua posição dominante no interior da esquerda deixou esta sem um centro de gravidade ideológica e político. Os anos subsequentes a 1964 se caracterizaram por uma acirrada luta ideológica – travada agora dentro da esquerda revolucionária- e por esforços para definir uma estratégia global frente à ditadura. (MARINI, 2014, p. 186).

As organizações em sua maioria de cunho revolucionárias, que surgiram viam no fundamento da luta armada a forma eficaz de combate ao regime ditatorial. Fato que levou essas a se preparem de forma combativa por meios de ações de guerrilha. Conforme

Marini (2014) as dúvidas que levaram essas organizações a descreditarem no potencial da classe operária nos processos da luta armada, renegando a classe a um papel auxiliar e marginal nesse sentido, foi um equívoco de muitas dessas organizações inicialmente. Ao passo que acreditavam na luta armada como catalisadora do movimento de massas, mas duvidavam do potencial e marginalizavam de certa forma, da participação operária, que tinha potencial para adensar a luta tanto numericamente quanto em qualidade e representatividade. Desta forma, a vanguarda da esquerda no sentido da luta armada ficou de certo modo isolada em ilhas combativas que não tinham a densidade necessária para confrontar com igualdade o poderio militar.

Ao se referir ao processo de renovação e a herança dessa esquerda revolucionária, no que concerne aos quadros políticos e organizacionais, durante o processo de luta de classes na ditadura civil-militar, Marini (2014) evidencia que a dinâmica das lutas entre classes levou essa esquerda a certo amadurecimento no que se refere ao processo de emancipação política. Ao passo que a esquerda revolucionária rompeu com todos os setores dominantes, os confrontando de forma direta e sem diálogo, e tiveram por certo o apoio das massas para superar as opressões do regime ditatorial, mas porém não as escutava. O PCB que tendo todas as condições para levar a esquerda às vias revolucionárias se agarrou ao reformismo, sendo a vanguarda da classe média. Porém, ambas as vanguardas em seus processos de renovação, ainda carregavam a herança expressa no distanciamento dessas em relação aos movimentos de massa, representavam uma classe e diziam defenda-la sem dela se aproximar. Tal fato tem sua causalidade conforme Netto (2008), no obscurantismo cultural que legava a herança da esquerda e a falta de acesso das massas à cultura e que levou “a esquerda revolucionária a renunciar o trabalho imediato de organização de resistência operária e camponesa contra a política de superexploração que o governo aplicava, tomando o foco guerrilheiro como tarefa política central” (MARINI, 2014, p 226).

Por outro lado, a própria repressão do regime impossibilitava uma aproximação das vanguardas de classe mais efetiva junto às massas. Sua atuação no que se refere ao processo de agitação e organização dessas contra o regime se deu nos termos da clandestinidade, fato que determinou as vanguardas revolucionárias a se restringirem a pequenos grupos. Para Marini (2014) o papel último da vanguarda reside na prática política das massas, sendo essa a única via que possibilita a formação de uma verdadeira força revolucionária. As iniciativas da luta armada e o terrorismo urbano se colocavam

como necessários ao passo que poderiam ser o elemento motivador de um movimento de massas confrontador ao estabelecimento da autocracia burguesa.

Do ponto de vista da classe operária o distanciamento das vanguardas políticas da esquerda levou essa a um processo de reestruturação lenta de suas lutas dentro das possibilidades existentes nas estruturas sindicais. Conforme Antunes (2011) na década de 1970 esses direcionamentos da classe operária levaram a um novo sindicalismo de cunho mais combativo e de posicionamento político mais revolucionário, em contraposição à influência reformista sobre os sindicatos no período pré-64.

Nesse período outro importante expoente combativo da esquerda foi o Movimento Nacional Revolucionário (MVR). Formado por ex-militares, o movimento vinculado a Leonel Brizola, teve impacto no processo de adensamento da guerrilha urbana. Porém, o isolamento político e a falta de uma estrutura organizativa que permitisse o confronto direto às forças militares levam o MVR ao seu derrocado fim. Nesse sentido, o movimento estudantil também representou uma parcela significativa da classe trabalhadora, influenciados pelas perspectivas revolucionárias da POLOP e AP, tiveram importante lastro no que se refere às lutas combativas e aos movimentos de massa de cunho mais revolucionário, se destacando o papel da UNE no papel organizativo das lutas nesse sentido.

Com o advento do AI nº 5 houve um acirramento no campo das lutas sociais, ao passo que as organizações sindicais, partidárias e combativas vinculadas a segmentos da classe trabalhadora e da esquerda nacional, se adequaram em diversos caminhos combativos à repressão aberta e legitimada que ato institucional representava. A partir de 1968 um novo direcionamento se coloca no campo de disputas na esfera social e nas tensões entre capital e trabalho.

A partir de 1968 um novo marco se coloca nos avanços e na organização da esquerda. O ressurgimento do movimento de massas e os avanços da vanguarda política distanciada do reformismo e aproximada ao seu caráter revolucionário, adensaram a luta armada. Nesse sentido várias organizações de cunho revolucionário surgiram com propostas mais combativas pelo viés da luta armada, entre elas cabe destacar a figura da POLOP que originou posteriormente outras organizações, a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e Comando de Libertação Nacional (COLINA), que posteriormente virou a Ação Libertadora Nacional (ALN), direcionada por Carlos Mariguella (MARINI, 2014).

A crítica de Marini (2008) a essas organizações de vanguarda política e militar da esquerda revolucionária reside na sua centralização exacerbada da prática da luta armada prática e o desprezo ao fomento da teoria. Também a falta de um meio articulador entre si, os blocos formados pela esquerda não dialogavam, devido às suas divergências quanto ao caráter político e revolucionário que suas lutas representavam nas suas particularidades, fato que não permitiu um adensamento numérico a luta armada. “No entanto foi a sua prática na luta armada que permitiu a esquerda romper com os métodos tradicionais de trabalho de massa e reunir os elementos necessários para encarar as tarefas colocadas pela luta de classes” (MARINI, 2014, p. 255).

Ao fim do “milagre econômico” na segunda metade dos anos de 1970, a luta armada que representou o acirramento das contradições entre capital e trabalho na ditadura civil-militar pelo expoente das vanguardas revolucionárias, passam a dar lugar no governo Geisel aos crescentes movimentos de massa da classe trabalhadora, que encontraram no processo de abertura lenta e gradual e na insatisfação de setores médios da sociedade, o espaço propício para a retomada da vida política da classe trabalhadora. Entre os processos mais marcantes que evidenciaram o início do período de “transição democrática”, as greves dos movimentos sindicais do ABC paulista entre 1974 e 1979 tiveram importante ressalva no processo de adensamento das lutas da classe trabalhadora. O projeto de reforma do regime ditatorial frente a crise econômica e política encontrava limites no acirramento das contradições existentes entre capital e trabalho, o que no processo de correlação de forças levou o Governo militar nesse contexto a atender as requisições dos movimentos da sociedade civil organizada e da classe trabalhadora. Isso implicou na revogação do AI nº 5, na restauração do pluripartidarismo e forçou o Governo Figueiredo a aderir um processo de transição democrática, que culminou no fim do regime ditatorial.

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