• Nenhum resultado encontrado

SUPLEMENTAÇÃO DE ENZIMAS AMILOLÍTICAS EM VACAS LEITEIRAS

ENZIMAS EXÓGENAS NA ALIMENTAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS

9. SUPLEMENTAÇÃO DE ENZIMAS AMILOLÍTICAS EM VACAS LEITEIRAS

De acordo com o resumo dos resultados (Tabela 7, página anterior) com a adição de enzimas amilolíticas em dietas de vacas leiteiras, independentemente da fase de lactação, produção de leite, volumoso utilizado, teor de amido da dieta e outros fatores, sugere-se que as enzimas amilolíticas não melhoram a digestibilidade aparente total da MS e a produção de leite dos

animais. Dentre 10 estudos que avaliaram enzimas amilolíticas na alimentação de vacas leiteiras, apenas no de Tricarico et al. (2005) verificou-se efeitos positivos na produção de leite dos animais.

9.1. PERSPECTIVAS

Antes do desenvolvimento e aplicação das disciplinas “-ômicas”, o único modo de identificação de espécies microbianas do rúmen era por cultura isolada. Essa técnica conseguiu identificar aproximadamente de 60 a 70 gêneros e 300 a 400 espécies de bactérias, protozoários e fungos. No entanto, isso representa menos de 10% do total de espécies microbianas que habitam o rúmen (Krause et al., 2007). A diversidade e a complexidade do ecossistema ruminal são os principais desafios em relação a determinação da funcionalidade e a prevalência de diversas carboidrases produzidas pelos microrganismos ruminais durante uma gama de variações nas condições dietéticas (Morgavi et al., 2012). Apesar do genoma de três das bactérias cultiváveis com maior atividade fibrolítica (Fibrobacter succinogenes, ruminococcus albus e ruminococcus flavefaciens) terem sido sequenciados, as estratégias enzimáticas utilizadas por cada uma dessas espécies para hidrolisar a celulose não estão elucidadas (Krause et al., 2003). Consequentemente, abordagens independentes de culturas isoladas como a metagenômica, metatranscriptoma e proteômica tem sido utilizadas para caracterizar as carboidrases produzidas no rúmen sem a necessidade de atribuir a presença das mesmas a um único microrganismo específico. Com os avanços acelerados que estão ocorrendo nas tecnologias de sequenciamento, uma figura integrada e holística do potencial metabólico e atividade do complexo ecossistema microbiano está sendo gerado.

O principal objetivo da metagenômica é de desenvolver um catálogo de todos os genes presentes no rúmen. Recentemente, hess et al. (2011) agrupou 15 genomas microbianos e mais de 27000 genes que codificam carboidrases. A metagenômica funcional visa utilizar esses catálogos ou bibliotecas para identificar e isolar enzimas hidrolíticas específicas envolvidas na digestão da parte estrutural da planta no rúmen (Zhao et al., 2010). Ferrer et al. (2005) identificou 9 endoglucanases, 12 esterases e 1 ciclodextrinase dentro de uma biblioteca metagenômica derivada do rúmen de uma vaca leiteira. O interesse atual está focado na degradação de celulose e hemicelulose por enzimas da família glicosídeo hidrolase 5 (Morgavi et al., 2012). Essa família representa as celulases mais abundantes nas bactérias ruminais, tanto as que foram cultiváveis como as não-cultiváveis (Krause et al., 2003; Ferrer et al., 2005).

A capacidade celulolítica do rúmen não limita a digestão de celulose; ao invés disso, é a área de superfície disponível para a aderência de enzimas que limita a digestão de lignocelulose no rúmen. A lignina é o polímero mais recalcitrante dentre os três principais polímeros que compõem a lignocelulose

(himmel et al., 2007; Sanchez, 2009). A formação de complexos de ferulato- polissacarídeo-lignina que entrelaçam os polímeros da parede celular é o maior fator limitante na taxa e na extensão da dissolução enzimática da parede celular uma vez que isso interfere com a hidrólise por impedir a ligação de xilanases aos seus substratos (Hatfield et al., 1999; Buanafina et al., 2008). A degradação verdadeira da lignina ocorre por um processo oxidativo realizado principalmente por fungos aeróbios. Sendo o rúmen um ambiente anaeróbico, a lignina não é verdadeiramente degradada, mas a sua solubilização é um processo chave para aumentar a quantidade de celulose e hemicelulose disponível para a fermentação microbiana. O pré-tratamento químico com ácido (himmel et al., 2007) ou soluções alcalinas objetiva aumentar a susceptibilidade da celulose a hidrólise enzimática por quebrar as ligações ésteres que ligam a lignina com a parede celular da planta (Buanafina et al., 2008).

Em usinas ou biorefinarias, os alimentos fibrosos são submetidos a estratégias como um pré-tratamento termo-químico, no qual ácido sulfúrico diluído é aplicado até 200°C, tornando a celulose mais acessível para as enzimas sacarificantes. De modo alternativo, a aplicação de álcalis por meio de processos como a expansão da fibra por amônia também aumenta a susceptibilidade da celulose a hidrólise (himmel et al., 2007). Esses pré- tratamentos podem reduzir a recalcitrância da hidrólise enzimática da celulose; no entanto, são de elevado custo, necessitam de calor ou pressurização e podem reduzir a disponibilidade de carboidratos fermentescíveis (Weimer et al., 2009).

Carboidrases tem vantagens sobre o uso de tratamentos químicos, pois estes podem ser prejudiciais a digestibilidade de outros componentes e desnaturar as enzimas associadas as plantas (Mathew & Abraham, 2004). Esterases de ácido ferúlico, produzidas por Aspergillus oryzae, realizam uma função similar a de desesterificação das ligações entre lignina e hemicelulose nas paredes celular das plantas (Tenkanen et al., 1991). Esteresases de ácido ferúlico agem sinergicamente com xilanases e pectinases por facilitar o acesso de hidrolases ao suporte dos polímeros da parede celular. Porém, a fonte o tipo de esterase de ácido ferúlico pode influenciar a quantidade de ácido ferúlico liberado e consequentemente o acesso a celulose (Faulds et al., 2006). As enzimas podem ser também modificadas de maneira química, introduzindo metais ou cofatores resultando em novas atividades catalisadoras (Qi et al., 2001). interessantemente, enzimas artificiais e catalizadores químicos estão sendo desenvolvidos e podem complementar ou substituir enzimas naturais em futuro próximo (Motherwell et al., 2001).

Recentemente, estratégias de engenharia proteica tem objetivado construir enzimas com novas ou melhoradas atividades, especificidades e estabilidades (Wen et al., 2009). A engenharia proteica tem sido largamente

utilizada na indústria de biocombustíveis para aumentar a eficiência de degradação da lignocelulose. A hidrólise enzimática esta entre os processos mais custosos na produção de biocombustíveis a partir de celulose, devido a baixa eficiência catalítica enzimática. Para atingir a mesma eficiência da produção de biocombustível a partir do milho, 40 a 100 vezes mais enzimas são necessárias para degradar a celulose (Merino & Cherry, 2007). Portanto, o desenvolvimento de enzimas que melhoram a eficiência catalítica torna-se necessário. Na tentativa de suprir essa demanda, enzimas bio-sintéticas estão sendo produzidas e testadas (Wen et al., 2009). Em outra vertente, enzimas quiméricas têm sido produzidas para aumentar a estabilidade a variações de pH e temperatura. Jermutus et al. (2001) manipularam a estrutura química de uma fitase de origem fúngica restaurando interações iônicas e pontes de hidrogênio na superfície da fitase; após essas alterações os autores descreveram melhoras na termo-estabilidade sem alteração na capacidade catalítica da enzima.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de diversos experimentos terem sido realizados avaliando a suplementação de enzimas na alimentação de ruminantes, as respostas produtivas ainda são variáveis e dependentes de diversas condições tanto relacionadas às dietas como também ao estágio produtivo dos animais. A suplementação de vacas leiteiras com enzimas amilolíticas parece não afetar a eficiência de produção dos animais, ao contrário do que frequentemente é descrito quando se utiliza enzimas fibrolíticas. o desenvolvimento de enzimas com auxílio da engenharia proteica e manipulação de estrutura química pode, em um futuro próximo, aumentar a efetividade e especificidade das enzimas na nutrição de ruminantes.

11. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a Universidade de São Paulo e aos funcionários do Laboratório de Pesquisa em Bovinos de Leite pela infraestrutura e auxílio aos experimentos. Os autores expressam gratidão a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo pelas bolsas de pesquisas relacionadas aos experimentos com enzimas (processo: 14/13202-3; processo: 14/13607-3; e processo: 15/06108-3).

12. REFERÊNCIAS bIbLIOGRÁFICAS

ADEoLA, o.; CoWiESoN. A.J. Board-invited review: opportunities and challenges in using exogenous enzymes to improve nonruminant animal production. Journal Animal Science, v. 89, p.3189–3218, 2011. doi:10.2527/jas.2010-3715.

ADESogAN, A. T.; KiM, S. C.; ArrioLA, K. g.; DEAN, D. B.; STAPLES, C. r. Strategic addition of dietary fibrolytic enzymes for improved. Performance of lactating dairy cows. in: FLoriDA ruMiNANT NuTriTioN SYMPoSiuM, 18., 2007, gainesville. Proceedings…

Gainesville:University of Florida, 2007. p. 92-110.

AEHLE, W. Enzymes in industry:production and applications. 2nd ed. germany: Wiley-CH Verlag gmbH & Co. LgaA, Weinheim, 2004.

ALExANDrAToS, N.; BruiNSMA, J. World agriculture towards 2030/2050. FAo, united Nations, Rome, 2012.

ANNISON, G; ChOCT, M. Anti-nutritive activities of cereal non-starch polysaccharides in broiler diets and strategies minimizing their effects. World Poultry Science, v. 47, p. 232-242, 1991.

ArrioLA, K. g.; KiM, S. C.; STAPLES, C. r.; ADESogAN, A. T. Effect of fibrolytic enzyme application to low and high concentrate diets on the performance of lactating dairy cattle. Journal of Dairy Science, v. 94, p. 832-841, 2011

BArLETTA, A. introduction: current market and expected developments. in: BEDForD, M. r.; PArTriDgE, g. g. (Ed.). Enzymes in farm animal nutrition. 2. edition, London, uK, CAB International, 2011. p. 1-11.

BEAuCHEMiN, K. A.; CoLoMBATTo, D.; MorgAVi, D. P. A rationale for the development of feed enzyme products for ruminants. Canadian Journal of Animal Science, v. 84, p. 23-36, 2004. BEAuCHEMiN, K. A.; CoLoMBATTo, D.; MorgAVi, D.P.; YANg, W. Z. use of exogenous

fibrolytic enzymes to improve feed utilization by ruminants. Journal of Animal Science, v. 81, p. E37–E47, 2003.

BEAuCHEMiN, K. A.; YANg, W. Z.; roDE, L. M. Effects of grain source and enzyme additive on site and extent of nutrient digestion in dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 82, p. 378-390, 1999

BEDForD, M. r.; SCHuLZE, H. Exogenous enzymes in pigs and poultry. Nutritional Research reviews, v. 11, p. 91–114, 1998.

BoWMAN, g. r.; BEAuCHEMiN, K. A.; SHELForD, J. A. The proportion of the diet to which fibrolytic enzymes are added affects nutrient digestion by lactating dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 85, p. 3420-3429, 2002.

BuANAFiNA, M.M.; LANgDoN, T.; HAuCK, B.; DALToN, S.; MorriS, P. Expression of a fungal ferulic acid esterase increase cell wall digestibility of tall fescue (Festuca arundinacea). Plant Biotechnology Journal, v. 6, p.264-280, 2008.

ChEN, M. K. h.; hUBER, J. T.; SIMAS, J.; ThEURER, C. B.; YU, P.; ChAN, S. C.; F. SANTOS, WU, Z.; SWiNgLE, r. S. Effect of enzyme treatment or steam-flaking of sorghum grain on lactation and digestion in dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 78, p. 1721-1727, 1995.

CHuNg, Y. H.; ZHou, M.; HoLTSHAuSEN, L.; ALExANDEr, T. W.; MCALLiSTEr, T. A.; guAN, L. L; oBA, M.; BEAuCHEMiN, K. A. Fibrolytic enzyme additive for lactating Holstein cow diets: Ruminal fermentation, rumen microbial populations, and enteric methane emissions. Journal of Dairy Science, v. 95, p. 1419-1427, 2012.

CoLoMBATTo, D.; MorgAVi, D. P.; FurTADo, A. F.; BEAuCHEMiN, K. A.. Screening of fibrolytic enzymes as feed additives for ruminants: Can the effect of enzyme additives on in vitro fermentations be predicted by enzyme activities and feed hydrolysis? Journal of dairy Science, v. 85, p. 355, 2002.

COWAN, W. D. Factors affecting the manufacture, distribution, application and overall quality of enzymes in poultry feeds. in: iNTErNATioNAL rouNDTABLE oN ANiMAL FEED BioTECHNoLogY, 2., 1994, ottawa, oN, Canada. Proceendings… ottawa, oN, Canada, 1994. p. 175-184.

DEViLLArD, E.; BErA-MAiLLET, C.; FLiNT, H.J.; SCoTT, K.P; NEWBoLD, C.J; WALLACE, R.J.; JOUANY, J.P; FORANO, E. Characterization of XYN10B, a modular xylanase from the ruminal protozoan Polyplastron multivesiculatum, with a family 22 carbohydrate-binding module that binds to cellulose. Journal of Biochemistry, v. 373, p. 495–503, 2003.

FAuLDS, C.B.; MANDALAri, g.; Lo CurTo, r.B.; BiSigNANo, g.; CHriSTAKoPouLoS, P.; WALDroN, K.W. Synergy between xylanases from glycoside hydrolase family 10 and Family 11 and a feruloyl esterase in the release of phenolic acids from cereal arabinoxylan. Applied Microbiology and Biotechnology, v. 71, p. 622-629, 2006.

FErrArETo, L.F.; SHAVEr, r.D.; ESPiNEirA, M.; gENCogLu, H.; BErTiCS, S.J. influence of a reduced-starch diet with or without exogenous amylase on lactation performance by dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 94, p. 1490-1499, 2011.

FErrEr, M.; goLYSHiNA, o.V.; CHEMiKoVA, T.N.; KLACHANgE, A.N.; rEYES-DuArTE, D.; SANToS, V.A.P.M.D., SToMPL, C.; ELBorougH, K.; JArViS, g.; NEEF, A.; YAKiMoV, M.M.; TiMMiS, K.N., goLYSHiN, P.N. Novel hydrolase diversity retrieved from a metagenome library of bovine rumen microflora. Environmental and microbiology, v. 7, p. 1996-2010, 2005. FoNTES, C. M. g. A., J. HALL, B. H. HirST, g. P. HAZLEWooD, H. J. giLBErT. The resistance

of cellulases and xylanases to proteolytic inactivation. Applied Microbiology and Biotechnology, v. 43, p. 52–57, 1995.

g.o. riBEiro, r.J. gruNiNgEr, A. BADHAN, T.A. MCALLiSTEr. Mining the rumen for fibrolytic feed enzymes. Animal Frontiers, v. 6, n. 2, 2016.

gADo, H. M.; SALEM, A. Z. M.; roBiNSoN, P. H.; HASSAN, M. influence of exogenous enzymes on nutrient digestibility, extent of ruminal fermentation as well as milk production and composition in dairy cows. Animal Feed Science and Technology, v. 154, p. 36-46, 2009.

gENCogLu, H.; SHAVEr, r. D.; STEiNBErg, W.; ENSiNK, J.; FErrArETo, L. F.; BErTiCS, S. J.; LoPES, J. C.; AKiNS, M. S. Effect of feeding a reduced-starch diet with or without amylase addition on lactation performance in dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 93, p. 723-732, 2010. HATFiELD, r.D.; rALPH, J.; grABBEr, J.H. Cell wall cross-linking by ferulates and diferulates in

grasses. Journal of Science and Food Agriculture, v. 79, p. 403-407, 1999.

HESS, M.A.; SCZYrBA, A.; EgAN, r.; KiM, T.W.; CHoKHAWALA, H.; SCHroTH, g.; Luo, S.; CLArK, D.S.; FENg CHEN, F.; ZHANg, T.; MACKiE, i.; PENNACHio, L.A.; TriNgE, S.g.; ViSEL, A.; WoYKE, T.; WANg, Z.; ruBiN, E.M. Metagenomic discovery of biomass-degrading genes and genomes from cow rumen. Science, v. 331, p. 463-467, 2011.

HiMMEL, M.E.; DiNg, S.Y.; JoHNSoN, D.K.; ADNEY, W.S.; NiMLoS, M.r.; BrADY, J.W.; FOUST, T.D. Biomass recalcitrance: Engineering plants and enzymes for biofuels production. Science, v. 315, p. 804-807, 2007.

HriSToV, A. N., T. A. MCALLiSTEr, AND K.-J. CHENg. Stability of exogenous polysaccharide- degrading enzyme in the rumen. Animal Feed Science and Technology, v. 76, p.161–168, 1998b. HriSToV, A. N.; BASEL, C. E.; MELgAr, A.; FoLEY, A. E.; roPP, J. K.; HuNT, C. W.; TriCAriCo,

J. M. Effects of exogenous polysaccharide-degrading enzyme preparations on ruminal fermentation and digestibility of nutrients in dairy cows. Animal Feed Science and Technology, v. 145, p. 182- 193, 2008.

HriSToV, A. N.; MCALLiTEr, T. A.; CHENg, K. J. Stability of exogenous polysaccharide-degrading enzyme in the rumen. Animal Feed Science and Technology, v. 76, p. 161-168, 1998a.

iMMANuEL, g.; DHANuSA, r.; PrEMA, P.; PALAVESAM, A. Effect of diferente growth parameters on endoglucanase enzyme activity by bactéria isolated from coir retting effluents of estuarine environment. International Journal of Environmental Science and Technology, v. 3, p. 25-34, 2006. JErMuTuS, L.; TESSiEr, M.; PASAMoNTES, L.; VAN LooN, A.P.g.M.; LEHMAN, M. Structure- based chimeric enzymes as an alternative to directed enzyme evolution: phytase as a test case. Journal of Biotechnology, v. 85, n.1, p. 15-24, 2001.

KLiNgErMAN, C. M.; Hu, W.; MCDoNELL, E. E.; DErBEDroSiAN, M. C.; KuNg Jr., L. An evaluation of exogenous enzymes with amylolytic activity for dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 92, p. 1050-1059, 2009.

KoPECNY, J.; MArouNEK, M.; HoLuB, K. Testing the suitability of the addition of Trichoderma viride cellulases to feed rations for ruminants. Zivoc. Vyroba, v. 32, 587-592, 1987.

KrAuSE, D.o.; DENMAN, S.E.; roDEriCK, i.M.; MArriSoN, M.; rAE, A.L.; ATTWooD, g.T.; MCWSEENEY, S. opportunities to improve fibre degradation in the rumen: Microbiology, ecology, and genomics. FEMS Microbiology reviews, v. 27, p. 663-693. 2003.

KrAuSE, D.o.;PLAiSiEr, J.C.; ATTWooD, g.T. Polysaccharide degradation in ruminant herbivores; microbial diversity and genomics. In: Proceeding of the 7th International Conference on the Nutrition of herbivores, Beijing, China, p. 143-158. 2007.

KruEgEr, N. A., A. T. ADESogAN, C. r. STAPLES, W. K. KruEgEr, S. C. KiM, r. C. LiTTELL, L. E. SoLLENBErgEr. Effect of method of applying fibrolytic enzymes or ammonia to Bermudagrass hay on feed intake, digestion, and growth of beef steers. Journal of Animal Science, v. 86, p. 882–889, 2008.

KruEgEr, N.A.; ADESogAN, A.T.; STAPLES, C.r.; KruEgEr, W.K.; KiM, S.C.; LiTTLE, r.C.; SoLLENBErgEr, L.E. Effect of method of applying fibrolytic enzymes or ammonia to Bermudagrass hay on feed intake, digestion, and growth of beef steers. Journal of Animal Science, v. 86, p. 882-889, 2008.

KuNg, Jr., L.; CoHEN, M. A.; roDE, L. M.; TrEACHEr, r. J. The effect of fibrolytic enzymes desprayed onto forages and fed in a total mixed ratio to lactating dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 85, p. 2396–2402, 2002.

MATHEY, S.; ABrAHAM, T.E. Ferulic acid: An antioxidant found naturally in plant cell walls and feruloyl esterases involved in its release and their application. Critical reviews of Biotechnology, v. 24, p. 59-83, 2004.

MCALLiSTEr, T. A., A. N. HriSToV, K. A. BEAuCHEMiN, L. M. roDE, K.-J. CHENg. Enzymes in ruminants diets. In: M. R. Bedford and G. G. Partridge, editors, Enzymes in farm animal nutrition. CAB International, Wiltshire, UK, 2001.

MERINO, S.T.; ChERRY, J. Progress and challenges in enzyme development for biomass utilization. Advances in Biochemistry Engineering and Biotechnology, v. 108, p. 95-120, 2007.

MorgAVi, D. P.; BEAuCHEMiN, K. A.; NSErEKo, V. L.; roDE, L. M.; iWAASA, A. D.; YANg, W. Z.; MCALLiSTEr, T. A.; WANg, Y. Synergy between ruminal fibrolytic enzymes and enzymes from Trichoderma longibrachiatum. Journal of Dairy Science, v. 83, p. 1310–1321, 2000. MorgAVi, D. P.; BEAuCHEMiN, K. A.; NSErEKo, V. L.; roDE, L. M.; MCALLiSTEr, T. A.;

IWAASA, A. D.; WANG, Y.; YANG, W. Z. Resistance of feed enzymes to proteolytic inactivation by rumen microorganisms and gastrointestinal proteases. Journal of Animal Science, v. 79, 1621- 1630, 2001.

MorgAVi, D.P.; KELLY, W.J.; JANSSEN, P.H.; ATTWooD, g.T. rumen microbial (meta)genomics and its application to ruminant production. Animal, v. 7, p.184-201, 2012.

MUIRhEAD. Direct fed microbial, enzyme and forage additive compendium. 3. ed. Minetonka, MN, EUA:The Miller Publishing Company, 1996.

MURAD, h. A.; AZZAZ, h. h. Cellulase and dairy animal feeding. Biotechnology, v. 9, p. 238-256, 2010.

NATioNAL rESEArCH CouNCiL (NrC). Nutrient requirements of dairy cattle. 7 ed. Washinghton: National Academy of Science, 157p., 1989.

NATioNAL rESEArCH CouNCiL (NrC). Nutrient requirements of dairy cattle. 7. rev. ed. Washington, D.C.: National Academic Press, 2001.

NoZiÈrE, P.; STEiNBErg, W.; SiLBErBErg, M.; MorgAVi, D. P. Amylase addition increases starch ruminal digestion in first-lactation cows fed high and low starch diets. Journal of Dairy Science, v. 97, p. 1-10, 2014.

NSErEKo, V. L.; MorgAVi, D. P.; BEAuCHEMiN, K. A.; roDE, L. M. inhibition of ruminant feed enzymes polysaccharidase activities by extracts from silages. Canadian Journal of Animal Science, v. 80, p. 523-526, 2000.

PETErS, A.; LEBZiEN, P.; MEYEr, u.; BorCHErT, u.; BuLANg, M.; FLACHoWSKY, g. Effect of exogenous fibrolytic enzymes on ruminal fermentation and nutrient digestion in dairy cows. Archives of Animal Nutrition, v. 64, p. 221–237, 2010.

PiNoS-roDriguEZ, J. M.; goNZáLEZ, S. S.; MENDoZA, g. D.; BárCENA, r.; CoBoS, M. A.; HErNáNDEZ, A.; orTEgA, M. E. Effects of exogenous fibrolytic enzyme on ruminal fermentation and digestibility of alfalfa and rye-grass hay fed to lambs. Journal of Animal Science, v. 80, p. 3016–3020, 2002.

PoorE, M.H.; MoorE, J.A.; ECK, T.P.; SWiNg, r.S.; THEurEr, C.B. Effect of fiber source and ruminal starch degradability on site and extent of digestion in dairy cows. Journal of Dairy Science, v. 76, p. 2244-2253, 1993.

qi, M.; WANg, P.; o’TooLE, N.; BArBoZA, P.S.; uNgErFELD, E.; LEigH, M.B.; SELiNgEr, L.B.; BuTLEr, g.; TSANg, A.; MCALLiSTEr, T.A.; ForSTEr, r.J. Snapshot of the eukaryotic gene expression in muskoxen rumen – a metatrascriptomic approach. PLoS oNE, 6:e20521, 2011. RAVINDRAM, V. Feed enzymes: the science, practice, and metabolic realities. Journal of Applied

Poultry Research, v. 22, p. 628-636, 2013.

RAVINDRAN, V.; SON, J. h. Feed Enzyme Technology: Present Status and Future Developments. Recent Patents on Food, Nutrition & Agriculture, v. 3, p. 102-109, 2011.

SADHu, S.; MAiTi, T. K. Cellulase production by bactéria: A review. British Microbiology research Journal, v. 3, p. 235-258, 2013.

SANCHEZ, C. Lignocellulosic residues: Biodegradation and bioconversion by fungi. Biotechnology Advances, v. 27, p. 185-194, 2009.

SELLE PH, rAViNDrAN V. Phytate-degrading enzymes in pig nutrition. Livestock Science, v. 113, p. 99-122, 2007.

SiLVA, T. H.; TAKiYA, C.S.; VENDrAMiNi, T.H.A.; FErrEirA DE JESuS, E.; ZANFErAri, F.; rENNÓ, F.P. Effects of dietary fibrolytic enzymes on chewing time, ruminal fermentation, and performance of mid-lactating dairy cows. Journal Animal Feed Science and Technology, v. 221, p. 35–43, 2016.

Subramaniyam Vimala, 2012

SuJANi, S.; SErESiNHE, r. T. Exogenous enzymes in ruminant nutrition: A review. Asian Journal of Animal Sciences, v. 9, p. 85-99, 2015.

TAKIYA, C.S. Enzima amilolítica exógena na alimentação de vacas em lactação. 2016. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2016.

TENKANEN, M.; SCHuSEiL, J.; PuLS, J.; PouTANEN, K. Production, purification and characterization of an esterase liberating phenolic acids from lignocellulosics. Journal of Biotechnology, v. 18, p. 69- 83, 1991.

THEurEr, C. B.; LoZANo, o.; ALio, A.; DELgADo-ELorDuY, A.; SADiK, M.; HuBEr, J. T.; ZiNN, r. A. Steam-processed corn and sorghum grain flaked at different densities alter ruminal, small intestinal, and total tract digestibility of starch by steers. Journal of Animal Science, v. 77, p. 2824-2831, 1999.

TriCAriCo, J. M.; JoHNSToN, J. D.; DAWSoN, K. A.; HANSoN, K. C.; MCLEoD, K. r.; HArMoN, D. L. The effects of an Aspergillus oryzae extract containing alpha amylase activity on ruminal fermentation and milk production in lactating Holstein cows. Animal Science, v. 81, p. 365-374, 2005.

VAN SOEST, P. J. Nutritional ecology of the ruminant. 2. ed. Ithaca: Cornell University Press, Ithaca, NY, EUA, 1994.

VARGAS-RODRIGUEZ, C. F.; ENGSTROM, M.; AZEM, E.; BRADFORD, B. J. Effects of dietary amylase and sucrose on productivity of cows fed low-starch diets. Journal of Dairy Science, v. 97, p. 4464-4470, 2014.

WEBB, E. C. Enzyme nomenclature. San Diego:Academic Press, 1992.

WEiMEr, P.J.; ruSSEL, J.B.; MuCK, r.E. Lessons from the cow: What the ruminant animal can teach us about consolidated bioprocessing of cellulosic biomass. Bioresource Technology, v. 100, p. 5323-5331, 2009.

WEISS, W. P.; STEINBERG, W.; ENGSTROM, M. A. Milk production and nutrient digestibility by dairy cows when fed exogenous amylase with coarsely dry corn. Journal of Dairy Science, v. 94, p. 2492-2499, 2011.

WEN, F.; NAIR, N.U.; ZhAO, h. Protein engineering in designing tailored enzymes and microorganisms for biofuels production. Current Opinion in Biotechnology, v. 20, p. 412-419, 2009.

YANg, W. Z.; BEAuCHEMiN, K. A.; roDE, L. M. A comparison of methods of adding fibrolytic enzymes to lactating cow diets. Journal of Dairy Science, v. 83, p. 2512-2520, 2000.

ZHAo, S.; WANg, J.; Bu, D.; Liu, K.; ZHu, Y.; DoNg, Z.; Yu, Z. Novel glycoside hydrolases identified by screening a Chinese Holstein dairy cow rumen-derived metagenome library. Applied Environmental Microbiology, v. 76, p. 6701-6705, 2010.

CAPÍTULO VII

MUDANÇAS PROTEOLÍTICAS EM MÚSCULO DE