Maria de Guimarães e Santiago de Tavira, arcediago de Lagos, confessor
d a casa do infante D. Fernando, comendadores, degredados
15, etc.
pp. 477-575; Domingos Maurício Gomes dos SANTOS, D. Duarte e as responsabilidades de Tânger (1433-1438), Lisboa, 1960.
1 4 António Dias FARINHA, Portugal e Marrocos no século XV, p. 145. Atente-se no percurso do infante: sobre o Porto da Calçada — caminho de Almarça — João Pereira ao passar a Tânger, com mil homens, atravessando a serra da Ximeira houve com os mouros « p e l e j a assas perygosa e t r a v a d a » de que resultou o ferimento a Rui Dias de Sousa e a morte a Jaalle, capitão mouro, sobrinho de Focem, alcaide de Alcácer Ceguer. No dia 10 de Setembro o Navegador partiu rumo a Tetuão, onde pernoitou. Na manhã seguinte caminhando quatro léguas estanciou no Vale de Anjera e passou à Fonte os « A d a i s » , assentando o arraial. À sexta-feira, 13 de Setembro, dirigiu-se a Tânger encontrando-se com o infante Santo e a frota: PINA, C. D. D., caps. 23-24, pp. 540-544. Por aqui se vê o perigo desta estratégia que não só revelava o feito como a cólera dos infiéis.
1 5 Importa frisar que D. Duarte antes da partida da armada publicou uma ordenação sobre os feitos cíveis — anterior a 30 de Abril de [1437 ?] — acerca das condições em que podiam embarcar e servir no palanque os homiziados, garantindo-lhes a comutação de penas, suspensão de penhoras e bens móveis e de raiz, absolvição de excomunhão, etc.: Ordenações Aíonsinas, liv. 5, tit. 85, pp. 314-321; J. M. da Silva MARQUES, Descobrimentos Portugueses, vol. I, d o a 295, pp. 375-378. Apesar do desastre, o monarca por carta
Alguns caíram no esquecimento mas a outros quis a história e a
"memória" dos homens guardá-los na documentação. É destes que
falaremos a seguir.
passada em Carnide, 9 de Novembro de 1437, exarou uma outra lei a comunicar às justiças do reino que os delinquentes embarcados contra Tânger e que aí combateram até ao reembarque do infante D. Henrique, podiam circular livremente pelo país até 1 de Fevereiro de 1438, mas não entrar nos lugares onde praticaram crimes: Ordenações Afonsinas, liv. 5, tit. 86, pp. 321-324; Monumento Henrícina, vol. VI, docs. 65 e 69, pp. 213- 214 e 219-220; J. M. da Silva MARQUES, Descobrimentos Portugueses, vol. I, docs. 304 e 305, pp. 391-392.
OS NOBRES DA JORNADA A TANGER: 1437
Dados Identificativos Escalamento N.
Nome Categoria Social Função
Exercida Familiar Laço
Escalamento N.
Afonso Eanes Montouto Vassalo D. Duarte Serviu no palan-
que com dois ca- valos, armas e ho- mens
1
Afonso Fernandes Criado Escrivão dos contos
do almoxarifado de Setúbal D. Fernan- d o d e Castro Degredado 2
Afonso Furtado Cavaleiro Anadel-mor D. Duarte 3
Afonso de Gralhas Criado D. Afonso,
conde de Barcelos
Degredado 4
Afonso Simões Prior de Santiago de
Tavira Degredado 5
Aires Afonso Vassalo Recebedor do porto
de Arronches D. Duarte 6
Aires da Cunha Cavaleiro-fidalgo inf. D. Fer-
nando Refém no auto de capitulação 7
1 Morador em Olivença. Recebe em 8 de Agosto de 1438 autorização para não ter armas e cavalo: A. N. T. T., Chanc. D. Aíonso V, liv. 19, Û. 1, Estremoz, conf. dada em Almada, 16 de Maio de 1439; pub. por Pedro de AZEVEDO, Chancelarias Reais .... t. I, doe. 52, p. 81.
2 Morador em Setúbal. A. N. T. T., Chanc. D. Aíonso V, liv. 26, fl. 168, Coruche. 21 de Dezembro de 1433. Recebe perdão régio em 5 de Fevereiro de 1439 e 8 de Março de 1440 pelo homicídio da esposa, Beatriz Afonso, contia meio ano de serviço em Ceuta: liv. 18, fl. 24, Lisboa; liv. 20, fl. 65v., Lisboa; pub. por Pedro de AZEVEDO, Chancelarias Reais .... t. I. doe. 15, pp. 37-38 e doe. 106, pp.
141-142.
3 Monumenta Henricina. vol. VI, doe. 62, pp. 207-208.
4 Recebe perdão régio em 12 de Janeiro de 1440, em atenção a ter servido na armada, contra cinco meses de serviço em Miranda: A. N. T. T., Chanc. D. Aíonso V. liv. 20, fl. 20v., Lisboa; pub. por Pedro de AZEVEDO, Chance/anas Reais .... 1.1, doe. 90, pp. 123-124.
5 Morador em Lagos. Recebe perdão régio em 28 de Abril de 1439: A. N. T. T., Chanc. D. Aíonso
V. liv. 18. fl. 73. Lisboa; pub. por Pedro de AZEVEDO, Chancelarias Reais .... 1.1, doe. 41, pp. 68-69; J.
M. da Silva MARQUES, Descobrimentos Portugueses. Suplemento ao vol. I, doe. 877, p. 508;
Monumenta Henricina. doe. 122, pp. 305-306.
6 Recebe quitação em 10 de Janeiro de 1438 de umas herdades em Beja, pelos serviços que prestara na armada, onde fora por ser devedor de sete peças de pano de Castela havia «quatorze ou xb a n o s » : A. N. T. T., Chanc. D. Duarte, liv. 3, fl. 87, Tomar; pub. por Pedro de AZEVEDO,
Chancelarias Reais .... 1.1, doe. 42, p. 505.
7 PINA, C. D. D., cap. 33, pp. 557-558; LEÃO. C. D. D., cap. 14. p. 766; Frei João ALVARES. T. D. R. caps. 15 e 32, pp. 24-26 e 69-70; Manuel de FARIA E SOUSA, Africa Portuguesa, cap. m, p. 45; D. Fernando de MENESES, História de Tangere .... liv. 1, p. 23; Monumenta Henricina, vol. VI. doe. 64, pp. 210-212.
Álvaro de Abreu (D.) Bispo de Évora. Ju- risdição da ordem do Hospital
Casa da relação e
justiça [corte] D. Duarte Subscreveu o auto de capitulação e pazes com Salah Ben Salah
8
Álvaro de Brito Cavaleiro Vedor-mor da arti-
lharia de guerra D. Duarte V
Álvaro de Castro (D.) Cavaleiro Alcaide do castelo
de Penamacor inf. D, Hen-rique Subscreveu o auto de capitulação e pazes com Salah Ben Salah
1U
Álvaro de Castro (D.) Cavaleiro-fidalgo Coudel da Lourinhã D. Duarte 11
Álvaro da Cunha Cavaleiro-fidalgo inf. D. Hen-
rique 12
Álvaro Eanes Criado D. Fernan-
do de Cas- tro
Degredado 13
8 PINA. C. D. D., cap. 15, pp. 522-523; LEÀO, C. D. D., cap. 8. p. 751; D. Jerónimo de MASCARENHAS. História de la Ciudad de Ceuta .... cap. 46, p. 184; Manuel de FARIA E SOUSA,
Átríca Portuguesa, cap. m, p. 37; D. Fernando de MENESES, História de Tangere .... liv. 1, p. 18; A. N.
T. T., Chanc. D. João I, liv. 4, fis. 122v.-123, Santarém, 2 de Novembro de 1430; B. P. M. P., Fundo
Azevedo, Ms. 80, fl. 114; pub. in Monumenta Henricina. vol. VI, doc. 64, pp. 210-212. Recebe em
1437 treze covodos e meio de certas vitualhas que deixou em Ceuta: A, N. T. T., Chanc. D. Afonso V, liv. 5, fl. 83v., Estremoz, 8 de Dezembro de 1446; pub. por Pedro de AZEVEDO, Chancelarias Reais .... t. I. doo 291, p. 335.
9 PINA, C. D. D., cap. 27. pp. 546-547; LEÀO. C. D. D., cap. 11. p. 759; Manuel de FARIA E SOUSA.
África Portuguesa, cap. Ill, pp. 41-42. Recebe em 1438 a verba de dez mil reais de soldo e
mantimento relativa ao tempo que serviu em Ceuta e de certa cevada que lá deixou: A. N. T. T.,
Chanc. D. Afonso V. liv. 13, fl. 163v., Sintra. 10 de Setembro de 1454; Leitura Nova. Beta. liv. 2, fl. 49; Extras, fl. 72; pub. in Monumenta Henricina, vol. XH. doe. 20, pp. 29-30 e vol. VI, doc. 62, pp. 207-
208; J. M. da Silva MARQUES, Descobrimentos Portugueses .... vol. I, doc. 370. pp. 467-468; Humberto Baquero MORENO, A Batalha de Alíarrobeba.... pp. 744-745.
1 0 PINA, C. D. D., cap. 15. pp. 522-523; LEÀO, C. D. D., cap. 8, p. 751; D. Jerónimo de MASCARENHAS, História de la Ciudad de Ceuta .... cap. 46, p. 184; Manuel de FARIA E SOUSA,
África Portuguesa, cap. UJ. p. 37; D. Fernando de MENESES, História de Tangere .... liv. 1, p. 19; B. P.
M. P., Fundo Azevedo. Ms. 80, fl. 114; pub. por Monumenta Henricina, vol. VI, doc. 64, pp. 210-212; Anselmo Braamcamp FREIRE, Brasões .... liv. I, p. 146; Humberto Baquero MORENO, A Batalha de
Alfarrobeira.... pp. 757-758; João Silva de SOUSA, A Casa Senhorial.... pp. 118 e 399.
1 1 PINA, C. D. D., cap. 15, pp. 522-523; LEÀO. C. D. D., cap. 8, p. 751; Manuel de FARIA E SOUSA.
África Portuguesa, cap. ni, p. 37; Humberto Baquero MORENO, A Batalha de Alfarrobeira .... pp.
758-763.
1 2 ZURARA, C. P. M., liv. II, cap. 37, pp. 406-411; Idem, C. D. M, cap. 17. pp. 70-75.
1 3 Recebe perdão régio em 21 de Abril de 1440 pela morte de João de Rates em atenção aos serviços que prestara no palanque: A. N. T. T., Chanc. D. Afonso V, liv. 20, fl. 3v., Santarém; pub. por Pedro de AZEVEDO, Chancelarias Reais .... 1.1, doe. 62, pp. 523-524.
Álvaro de Freitas Fidalgo. Comenda- dor da ordem de Santiago
inf. D. João 14
Álvaro Machado Escudeiro Rui da Cu-
nha Degredado 15
Álvaro de Moura Fidalgo inf. D. Fer-
nando 16
Álvaro Pinto Criado e pagem D. Pedro de
Meneses Responsável por 2 homens de armas e 5 peões