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3. CASUÍSTICA E MÉTODOS

3.2. Métodos

3.2.8. Técnica dos exercícios perineais supervisionados

EXERCÍCIO 10- A paciente na mesma posição anterior, com o membro

superior esquerdo flexionado e apoiado na nuca e o membro superior direito estendido e mantendo um peso de 1kg, deveria inclinar lateralmente o tronco para a direita (10 repetições para cada lado) (Fig. 16).

FIGURA 16-Ilustração do exercício 10

Ensinar a paciente a praticar, de modo regular e sem auxílio às contrações do assoalho pélvico é uma das tarefas mais difíceis exigidas do fisioterapeuta, que não pode ser demonstrada talvez porque os músculos não sejam visíveis, tanto para a paciente como para o terapeuta.

O ensino dos exercícios perineais

Visualização: um desenho ou um modelo da pélvis com

órgão e musculatura pélvica era utilizado para demonstrar as três aberturas (uretra, vagina e ânus) e o efeito da ação muscular do assoalho pélvico.

Linguagem: a linguagem utilizada foi escolhida de modo

específico para cada paciente, utilizando-se palavras e imagens que lhe fossem familiares e de fácil entendimento.

Orientações gerais: aconselhávamos à paciente a

contrair o assoalho pélvico durante qualquer procedimento que aumentasse a pressão intra-abdominal e conseqüente perda de urina, tais como tossir, espirrar, rir, levantar-se, correr ou saltar ou um forte desejo de urinar.

Contrações: as pacientes eram estimuladas a realizar

contrações musculares rápidas (1 seg.) e lentas (10 seg.).

Exercícios Utilizados

Para o grupo G2, todos os exercícios foram associados à contração muscular do assoalho pélvico, visando fibras lentas e rápidas. Todos os exercícios utilizaram 2 séries de 10 repetições com contração lenta (10 seg.) e 2 séries de 10 repetições com contrações rápidas (1 seg.).

EXERCÍCIO 1- A paciente deitada em um colchonete em decúbito dorsal

com os membros inferiores flexionados e apoiados no solo, deveria colocar as mãos na região perineal e então realizar 2 séries de contrações rápidas e 2 séries de contrações lentas da musculatura do assoalho pélvico (Fig. 17).

FIGURA 17-Ilustração do exercício 1

EXERCÍCIO 2- A paciente em decúbito dorsal, com os joelhos

flexionados os pés apoiados no colchonete e os membros superiores estendidos ao longo do corpo, elevar os ombros para fortalecimento do reto abdominal, associando à contração perineal-2 séries de 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas do períneo (Fig. 18).

EXERCÍCIO 3- A paciente em decúbito dorsal com um pé apoiado no

joelho contralateral, e membro superior (contralateral ao joelho flexionado) flexionado sob a cabeça, levar o membro superior direito até o joelho contralateral, associando a contração perineal - 2 séries de 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas do períneo (Fig. 19).

FIGURA 19-Ilustração do exercício 3

EXERCÍCIO 4- A paciente em decúbito dorsal com os membros

inferiores flexionados, pés apoiados no colchonete e braços ao longo do corpo, deveria realizar exercícios de ponte (elevação dos glúteos a partir do solo sem aumentar a lordose lombar) associados a 2 séries de 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas do períneo (Fig. 20).

EXERCÍCIO 5- A paciente em decúbito dorsal com os membros

inferiores flexionados e pés apoiados no colchonete, deveria colocar uma bola entre os joelhos. Apertar a bola e fazer contrações rápidas e lentas de períneo-2 séries e 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas de períneo (Fig. 21).

FIGURA 21-Ilustração do exercício 5

EXERCÍCIO 6- A paciente em decúbito dorsal, apoiada sobre os

cotovelos, membros inferiores estendidos, deveria realizar tríplice flexão de 1 membro inferior e extensão do outro ao mesmo tempo, associando a contração do períneo e abdominais. 2 séries de 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas do períneo (Fig. 22).

FIGURA 22-Ilustração do exercício 6

EXERCÍCIO 7- A paciente, sentada em uma cadeira, com os membros

retroversão pélvica, associando à contração da musculatura perineal-2 séries de 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas do períneo (Fig. 23).

FIGURA 23-Ilustração do exercício 7

EXERCÍCIO 8- A paciente, sentada na cadeira, com as mãos apoiadas

atrás, deveria fazer a flexão dos membros inferiores, tentando tocar os joelhos no peito associando a 2 séries de 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas do períneo (Fig. 24).

EXERCÍCIO 9- A paciente em pé e apoiada num bastão, com os

membros inferiores afastados na largura do quadril, deveria fazer retroversão e anteversão associando à contração do períneo -2 séries de 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas de períneo (Fig. 25).

FIGURA 25-Ilustração do exercício 9

EXERCÍCIO 10- Paciente em pé, com joelhos semiflexionados, os pés

separados, o tronco inclinado para frente e os membros superiores estendidos a 90°, segurando um peso de 1kg, deveria flexionar o cotovelo e estende-los à altura dos ombros, associando a 2 séries de 10 contrações rápidas e 2 séries de 10 contrações lentas do períneo (Fig. 26).

3.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para as análises estatísticas das tabelas de dupla entrada, onde as linhas configuram as distribuições multinomiais, as colunas configuram as classes dos grupos estudados. Foram realizadas essas análises através do teste de Goodman para contrastes entre e dentro de proporções multinomiais (STREINER & NORMAN, 1994). Para as comparações entre proporções multinomiais (linhas) colocamos letras minúsculas ao lado das respectivas proporções para indicar as diferenças significativas existentes. No que diz respeito às comparações dentro das multinomiais (colunas) colocamos letras maiúsculas debaixo das proporções. (A interpretação das letras é feita da seguinte forma: 1º-na comparação das linhas fixamos as colunas e as proporções seguidas de pelo menos uma mesma letra minúscula não diferiram estatisticamente entre si; 2º- na comparação das colunas, fixamos as linhas e as proporções seguidas de pelo menos uma mesma letra maiúscula não diferiram entre si estatisticamente.

Para a comparação dos grupos de incontinência urinária nas variáveis idade, índice de massa corporal e nictúria, foi utilizado o teste T de student para amostras independentes (STREINER & NORMAN, 1994).

Com relação às variáveis, número de micções e número de perdas por dia, utilizou-se o teste não paramétrico de Mann-Withney (STREINER & NORMAN, 1994).

Todos os testes estatísticos foram realizados ao nível de 0,05 de significância.

A média de idade do grupo 1 foi de 49 anos (extremos entre 24 e 70 anos) e do grupo 2 foi de 48 anos (extremos entre 21 e 74 anos) não houve diferença estatisticamente significativa (p>0.05) (Tab. 8).Dentre estas pacientes 52,9% do grupo G1 e 42,3% do grupo G2 haviam entrado na menopausa (Tab. 9) (p>0.05).

Não houve diferença estatisticamente significativa em relação ao índice de massa corporal (IMC) que foi em média de 27,9 ± 4,7 kg/m2 no grupo G1 e de 28,6 ± 4,8 kg/m2 no grupoG2 (p>0,05) (Tab. 8).

A média de tempo do início das queixas de perda de urina por parte dos dois grupos não foi estatisticamente significativa, sendo que do grupo G1 foi de 5,6 ± 3,8 anos e do grupo G2 foi de 6,0 ± 3,7 anos (p>0,05) (Tab. 8).

TABELA 8- Medidas descritivas e resultado do teste de comparação da

idade,Índice de massa corporal (IMC) e tempo de queixas, segundo grupo de incontinência urinária

Grupo Variável G1 G2 Resultado estatístico Idade 49,0 ± 9,3 48,0 ± 11,2 0,92 (p>0,05) IMC (kg/m2) 27,9 ± 4,7 28,6 ± 4,8 1,03 (p>0,05) Tempo das queixas

(anos) 5,6 ± 3,8 6,0 ± 3,7 0,49 (p>0,05)

Em relação à prática regular de atividade física, não se notou diferença estatisticamente significativa entre os grupos. 64,7% das mulheres do grupo G1 não praticavam atividade física regular contra 71,2% do grupo G2 (p>0,05) (Tab. 9).

TABELA 9-Variáveis e resultado do teste de comparação dos grupos G1

(cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados).

Grupo Variável G1 (51) G2 (52) Resultado estatístico Menopausa 52,9%(27) 42,3% (22) p>0,05

Ausência de atividade física 64,7% (33) 71,2% (37) p>0,05 Em relação à média de gestações, partos vaginais e cesáreas, os grupos foram semelhantes não havendo diferença estatisticamente significativa (p>0,05) (Tab.10). Nos grupos estudados verificamos uma ocorrência de partos vaginais 2,5 vezes maior que de ordinário (Tab.10).

TABELA 10- Medidas descritivas e resultado do teste de comparação da

gestação, partos vaginais e cesáreas, segundo grupo de incontinência urinária. GRUPO VARIÁVEL G1 G2 RESULTADO ESTATÍSTICO Gestação 5,8 ± 2,9 6,1 ± 2,9 0,55 (p>0,05) Partos vaginais 4,4 ± 4,4 4,8 ± 2,7 0,59 (p>0,05) Cesárea 1,7 ± 0,9 1,7 ± 0,9 0,17 (p>0,05)

Com relação a cirurgias notamos que 56,9% das pacientes do grupo G1 haviam se submetido à cirurgia ginecológica contra 61,5% do grupo G2. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p>0,05) (Tab.11).

TABELA 11 -Resultado da análise do perfil da variável cirurgia

ginecológica prévia nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados).

GRUPO CIRURGIA GINECOLÓGICA TOTAL

NÃO SIM

G1 43,1%(22)aA 56,9%(29)aA 51

G2 38,5%(20)aA 61,5%(32)aB 52

O exame ginecológico demonstrou que 35,4% das mulheres do grupo G1, não acusaram cistocele, 45% apresentaram cistocele de grau I/II e 19,6% apresentaram cistocele de grau II. No grupo G2, 21,1% não apresentaram cistocele, 42,4% apresentaram cistocele de grau I/II e 36,5% apresentaram cistocele grau II (Gráfico 1).

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Ausente Cistocele I/II Cistocele II Cone Exercício

GRÁFICO 1- Demonstração da proporção de cistocele por grupo de

pacientes.

Notamos que 98% das mulheres do grupo G1 e 100% das do grupo G2 utilizavam forros protetores no pré-tratamento (p>0,05) (Tab.12).Na avaliação do 6° mês houve diferença estatisticamente

significativa entre os grupos. Somente 43,1% das mulheres do grupo G1 contra 50% do grupo G2 necessitavam de forros protetores (p<0,05) (Tab.12). Observamos o mesmo comportamento no seguimento de 12 meses período em que houve menor necessidade de forros protetores por parte do Grupo G1 (p<0,05) (Tab.12). Houve diminuição significativa da necessidade de forros de proteção por parte dos grupos nos diferentes momentos (p<0,05) (Tab.12).

TABELA 12-Distribuição das pacientes em relação ao uso de forros

protetores pelos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados) nos momentos de avaliação.

USO DE FORROS PROTETORES GRUPO

M0 M6 M12 TOTAL

G1 98%(50) aB 43,1%(22) aA 43,1%(22) aA 51

G2 100% (52) aB 50% (26) bA 53,8%(28) bA 52 As micções diárias das pacientes do grupo G1 foram em média 6,6 micções contra 6,3 das do grupo G2 (p>0,05), não havendo diferença estatisticamente significativa seja entre os grupos seja nos diferentes momentos da avaliação.

Na avaliação da nictúria não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos diferentes momentos de avaliação (p>0,05) (Tab.13). Entretanto houve diferença estatisticamente significativa entre a avaliação inicial e as avaliações do 6° e 12° mês entre as mulheres do mesmo grupo, G1 e G2 com redução no número de micções noturnas (p<0,05) (Tab. 14).

TABELA 13- Resultado da análise de perfil da variável nictúria nos

grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados em 3 momentos.

Momentos de avaliação (meses) GRUPO

M0 M6 M12

G1 1,40 ± 0,40 a B 1,14 ± 0,39 a A 1,16 ± 0,38 a A G2 1,38 ±0,43 a B 1,10 ± 0,41 a A 1,12 ± 0,41 a A

TABELA 14- Resultado da comparação da variável nictúria nos grupos

G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados em 3 momentos.

GRUPO Resultado do teste estatístico

(p value) CONCLUSÃO

G1 F=13,16 (p<0,01) M0 ≠ (M6 =M12)

G2 F=15,62 (p<0,01) M0 ≠ (M6=M12)

Na observação de urgência miccional, notamos que 58,8% das mulheres do grupo G1 e 44,2% das mulheres do grupo G2 apresentaram urgência miccional na avaliação pré-tratamento não havendo diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. No momento M6 e M12 houve uma diminuição significativa da urgência miccional nos grupos estudados (Tab.15).

TABELA 15 – Resultado da análise de perfil da variável urgência

miccional nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados em 3 momentos

URGÊNCIA MICCIONAL GRUPO

M0 M6 M12

G1 58,8% (30) a B 25,5% (13) a A 27,5% (14) a A G2 44,2% (23) a B 26,9% (14) a A 28,8% (15) a A Observamos que 54,8% das mulheres do grupo G1 e 41,5% das mulheres do grupo G2 apresentaram síndrome de urgência, não havendo diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p>0,05) (Tab. 16). Houve melhora estatisticamente significativa com menor incidência de síndrome de urgência nos diferentes momentos (M6 e M12) nos grupos estudados (p<0,05) (Tab. 16). Observamos que, no momento M12 (12 meses), houve uma melhora significantemente maior no grupo G2 (exercícios supervisionados) (Tab.16).

TABELA 16– Resultado da análise de perfil da variável síndrome de

urgência nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados em 3 momentos

SÍNDROME DE URGÊNCIA GRUPO

M0 M6 M12

G1 54,8% (28) a B 45,1% (23)a A 52,9% (27) b B G2 41,5% (21) a B 32,7% (17) a A 32,7% (17) a A Na avaliação ,pela escala visual análoga, da sensação de umidade no momento M0 (inicial), os grupos tiveram comportamento homogêneo, pois não houve diferença estatisticamente significativa entre eles (p>0,05) (Tab. 17).

TABELA 17-Resultado da análise de perfil da variável sensação de

umidade nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), na avaliação inicial.

GRUPO SENSAÇÃO DE UMIDADE TOTAL

SECA ÚMIDA MOLHADA

G1 25,5%(13)aA 39,2%(20)aA 35,3%(18)aA 51

G2 21,2%(11)aA 30,8% (16)aA 48,0% (25)aB 52

Na avaliação do 6° mês, quando comparados com a avaliação inicial, houve melhora significativa da sensação de umidade em ambos os grupos (p<0,05). Entretanto na comparação entre os grupos, houve diferença estatisticamente significativa, visto que 70,6% das mulheres do grupo G1 sentiam-se secas contra 50% das mulheres do grupo G2, demonstrando melhora significativa do grupo que utilizou cones vaginais (p<0,05) (Tab.18). Os resultados foram mantidos no seguimento do 12° mês (Tab.19).

TABELA 18-Resultado da análise do perfil da variável sensação de

umidade nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados após 6 meses de tratamento.

GRUPO SENSAÇÃO DE UMIDADE TOTAL

SECA ÚMIDA MOLHADA

G1 70,6% (36)aC 23,5% (12)aB 5,9% (3)aA 51 G2 50,0%(26)bB 38,5%(20)aB 11,5% (6) aA 52

TABELA 19- Resultado da análise do perfil da variável sensação de

umidade nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados após 12 meses de tratamento.

GRUPO SENSAÇÃO DE UMIDADE TOTAL

SECA ÚMIDA MOLHADA

G1 66,6%(34)aC 31,4%(16)aB 2,0%(1)aA 51

G2 50,0%(26)aB 42,3%(22)aB 7,7%(4)aA 52

No momento M0 (inicial), a avaliação do grau de desconforto nas atividades cotidianas, pela escala visual análoga, revelou tratar-se de grupos homogêneos, uma vez que não houve diferença estatisticamente significativa entre eles (p>0,05) (Tab.20).

TABELA 20- Resultado da análise do perfil da variável desconforto nas

atividades cotidianas dos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionado), na avaliação inicial.

GRUPO Desconforto nas atividades cotidianas TOTAL

NENHUM RELATIVO MUITO

G1 9,8% (5)aA 35,3%(18)aB 54,9%(28)aB 51

G2 15,4%(8)aA 21,2%(11)aA 63,4%(33)aB 52

Houve diferença estatisticamente significativa na avaliação de 6 e 12 meses pós-tratamento nos grupos estudados quando comparados com a avaliação inicial (p<0,05) (Tab.21). Entretanto não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos na avaliação do 6° (Tab.21) e 12°(Tab.22) mês, demonstrando melhora de ambos (p>0,05).

TABELA 21- Resultado da análise do perfil da variável desconforto nas

atividades cotidianas nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados após o 6° mês de tratamento.

GRUPO Desconforto nas atividades cotidianas TOTAL

NENHUM RELATIVO MUITO

G1 52,9%(27)aB 21,2%(21)aB 5,8%(3)aA 51

G2 42,3%(22)aA 36,5%(19)aA 21,2%(11)aA 52

TABELA 22- Resultado da análise do perfil da variável desconforto nas

atividades cotidianas nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados após o 12° mês de tratamento.

GRUPO Desconforto nas atividades cotidianas TOTAL

NENHUM RELATIVO MUITO

G1 51,0%(26)aB 41,2%(21)aB 7,8% (4)aA 51

G2 44,2%(23)aA 36,5%(19)aB 19,2%(10)aA 52

No teste da interrupção da micção, na avaliação inicial, não mostrou diferença estatisticamente significativa entre os grupos, pois 62,7% do grupo G1 e 76,9% do grupo G2 não foi capaz de interromper o jato urinário, demonstrando que as mulheres dos diferentes grupos possuíam déficit de força muscular do assoalho pélvico (p>0,05) (Tab. 23).

TABELA 23-Resultado da análise do perfil da variável teste da

interrupção da micção nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), na avaliação inicial

GRUPO TESTE DA INTERRUPÇÃO DA MICÇÃO TOTAL

INTERROMPE PARCIALMENTE NÃO

G1 29,4%(15)aB 7,8%(4)aA 62,7%(32)aC 51

G2 19,2%(10)aB 3,8%(2) aA 76,9%(40)aC 52

Nas avaliações do 6° e 12° mês pós-tratamento,notamos diferença estatisticamente significativa na capacidade de interrupção do jato urinário entre as mulheres dos grupos estudados comparados a avaliação inicial, entretanto não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, demonstrando melhora em ambos (Tab. 24) (Tab. 25).

TABELA 24-Resultado da análise do perfil da variável teste da

interrupção da micção nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados após o 6° mês de tratamento.

GRUPO TESTE DA INTERRUPÇÃO DA MICÇÃO TOTAL

INTERROMPE PARCIALMENTE NÃO

G1 45,1%(23)aA 33,3%(17)aA 21,6%(11)aA 51

TABELA 25-Resultado da análise do perfil da variável teste da

interrupção da micção nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados após o 12° mês de tratamento.

GRUPO TESTE DA INTERRUPÇÃO DA MICÇÃO TOTAL

INTERROMPE PARCIALMENTE NÃO

G1 47,1%(24)aB 33,3%(17)aA 19,6%(10)aA 51

G2 46,1%(24)aA 30,8%(16)aA 23,1%(12)aA 52

De acordo com a avaliação subjetiva da perda urinária na avaliação inicial, o grupo G1 foi assim classificado: 33,3% das mulheres com incontinência urinária leve, 39,2% com incontinência urinária moderada e 27,4% com incontinência urinária grave; ao passo que o grupo G2 foi assim distribuído: 36,5% das mulheres tiveram incontinência urinária leve, 40,4%, incontinência urinária moderada e 23,1%, incontinência urinária grave (Tab.26).Não houve diferença estatisticamente significativa seja entre os grupos seja entre os indivíduos do mesmo grupo.

TABELA 26-Distribuição das pacientes segundo a classificação

subjetiva de incontinência urinária nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados)

CLASSIFICAÇÃO SUBJETIVA GRUPO

Leve Moderada Grave TOTAL

G1 33,3% (17)aA 39,2%(20)aA 27,4%(14)aA 51

G2 36,5% (19)aA 40,4%(21)aA 23,1%(12)aA 52

Na avaliação subjetiva da perda de urina após 6 meses de tratamento houve diferença estatisticamente significativa no grupo G1

e G2 (Tab.27).Entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos, demonstrando que a melhora dos sintomas foi semelhante nos dois grupos (Tab. 27).

TABELA 27-Distribuição das pacientes segundo a classificação subjetiva

de incontinência urinária nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados) após 6 meses de tratamento.

CLASSIFICAÇÃO SUBJETIVA GRUPO

Sem perdas Leve Moderada Grave TOTAL

G1 23,5%(12)aB 7,1%(24)aC 29,4%(15)aB 0 (0)aA 51 G2 30,8%(16)aB 51,9%(27)aC 11,5%(6)aA 5,8%(3)aA 52

No seguimento de 12 meses, observamos pela avaliação subjetiva da perda de urina uma melhora nos grupos G1 e G2 (Tab.28). Houve diferença estatisticamente significativa quando comparamos o resultado do pré com o do pós-tratamento nos grupos estudados (p<0,05).

TABELA 28-Distribuição das pacientes segundo a classificação subjetiva

da incontinência urinária nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados) no seguimento de 12 meses.

CLASSIFICAÇÃO SUBJETIVA GRUPO

Sem perdas Leve Moderada Grave TOTAL

G1 25,4%(15)aA 51,0% (26)aB 19,6%(10)aA 0 (0)aA 51 G2 26,9%(14)aA 59,6%(31)aC 7,7%(4)aA 5,8%(3)aA 52

Na avaliação objetiva da perda de urina, utilizando o teste do absorvente de 60 minutos, no pré-tratamento, observamos que a

média de perda urinária foi de 3,7gramas no grupo G1 e de 4,7 gramas no grupo G2, o que demonstra que ambos os grupos sofriam de incontinência urinária leve e que não houve diferença estatisticamente significativa entre eles (p>0,05) (Tab.29). Notamos uma melhora significativa nos momentos M6 e M12 em comparação com o momento inicial (p<0,05). Não houve diferença estatisticamente significativa entre os momentos M6 e M12, o que demonstra que os resultados persistem ao longo do tempo (p>0,05) (Tab.30).

TABELA 29-Média, desvio padrão e resultado estatístico do teste do

absorvente, segundo grupo e momento de avaliação

Momentos de avaliação (meses) GRUPO M0 M6 M12 Resultado do teste estatístico (p-value) G1 3,74 ± 4,04 2,49 ± 3,16 2,54 ± 3,06 G2 4,70 ± 5,84 3,21 ± 4,95 2,93 ± 4,37 0,94( p>0,05)

TABELA 30-Resultado da comparação da variável teste do absorvente

nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados em 3 momentos.

GRUPO Resultado do teste estatístico

(p- value) CONCLUSÃO G1 F=4,06(p<0,05) M0 ≠ (M6 =M12) G2 F=8,41 (p<0,01) M0 ≠ (M6=M12)

A avaliação subjetiva do grau de força muscular do assoalho pélvico feita pelo toque bidigital revelou que não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p>0,05) (Tab. 31), visto que 21,6% das mulheres do grupo G1 e 15,4% das mulheres do

grupo G2 apresentaram contração muscular sustentada por mais de 5 seg.

TABELA 31-Resultado da análise do perfil da variável palpação nos

grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), na avaliação inicial.

Houve diferença estatisticamente significativa entre as mulheres do mesmo grupo na avaliação do 6° mês pós-tratamento (p<0,05) (Tab. 32). Na comparação entre os grupos não houve diferença estatisticamente significativa, demonstrando melhora em ambos (p>0,05) (Tab. 32).

TABELA 32- Resultado da análise do perfil da variável palpação nos

grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), na avaliação do 6° mês pós-tratamento.

No seguimento de 12 meses, houve melhora significativa da capacidade de contração muscular em ambos os grupos, não havendo diferença estatisticamente significativa entre eles (p>0,05). Houve

AVALIAÇÃO PELA PALPAÇÃO GRUPO

Ausente Reconhecível Não sustentada Sustentada TOTAL

G1 13,7%(7)aA 31,4% (16)a A 33,3%(17) aA 21,6%(11)aA 51

G2 5,8% (3)aA 50,0%(26) a B 28,9% (15)aA 15,4%(8)aA 52

AVALIAÇÃO PELA PALPAÇÃO GRUPO

Ausente Reconhecível Não

sustentada Sustentada

TOTAL

G1 2,0%(1) aA 7,8%(4)aA 11,8%(6)aA 78,4%(40)a B 51 G2 2,0%(1) aA 9,6%(5)aA 25,0%(13)aB 63,5%(33)aC 52

portanto uma melhora significativa na percepção e força muscular do assoalho pélvico (Tab.33).

TABELA 33-Resultado da análise do perfil da variável palpação nos

grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), na avaliação do 12° mês pós-tratamento.

AVALIAÇÃO PELA PALPAÇÃO GRUPO

Reconhecível Não

sustentada Sustentada

TOTAL

G1 7,8%(4)aA 9,8%(5)aA 82,3%(42)aB 51

G2 5,8%(3)aA 11,5%(6)aA 82,7%(43)aB 52

Na avaliação objetiva inicial (M0) da força muscular do assoalho pélvico, utilizando perineômetro, verificamos que a média do pico de contração máxima foi de 24,36 cm H2O, no grupo G1 e 20,04 cm

H2O no grupo G2, não havendo diferença estatística significativa (p>0,05)

(Gráfico 2). Notamos que no momento M6 em comparação ao momento do pré-tratamento houve diferença estatisticamente significativa da força muscular do assoalho pélvico entre os grupos, acusando o grupo G1, em média, o pico de contração máxima de 40,84 cm H2O e o grupo G2 o de

35,16 cm H2O, o que demonstra que o grupo G1 teve melhora significativa

na força muscular do assoalho pélvico (Tab. 34),(p<0,05) (Gráfico 2). No seguimento de 12 meses os grupos se tornaram homogêneos (Tab.35), mantendo a força muscular estatisticamente incrementada, se comparada com a do pré-tratamento (p>0,05) (Gráfico 2).

0 10 20 30 40 50 Início 6º mês 12° Mês Cone Exercícios

GRÁFICO 2-Distribuição das pacientes segundo o pico máximo da

contração muscular avaliado pelo perineômetro, nos diferentes momentos de avaliação

TABELA 34- Média, desvio padrão e resultado estatístico do pico máximo

da contração muscular, segundo a avaliação com o perineômetro nos 3 momentos de avaliação

Momentos de avaliação (meses) GRUPO M0 M6 M12 Resultado do teste estatístico (p-value) G1 24,36 ± 12,46 aA 40,84 ± 15,73 aB 34,98 ±13,20 aC G2 20,04 ± 12,85 aA 35,16 ± 11,05 aB 34,12 ± 9,84 aB 5,25 ( p<0,05)

TABELA 35-Resultado da comparação da variável pico máximo da

contração muscular nos grupos G1 (cone vaginal) e G2 (exercícios perineais supervisionados), avaliados em 3 momentos.

Na avaliação objetiva inicial da média de sustentação da contração muscular, utilizando o perineômetro, os grupos foram semelhantes, não havendo diferença estatisticamente significativa, uma vez que o grupo G1 apresentou 17,32 cm H2O e o grupo G2 apresentou

16,34 cm H2O (p>0,05) (Tab. 36) (Gráfico 3). Comparados os 2 grupos

entre si e o M6 com o pré-tratamento, o M6 apresentou diferença estatisticamente significativa na sustentação da contração muscular e o grupo G1 manteve a média de 31,22 cm H2O de sustentação contra 26,24

cm H2O do grupo G2 (Tab.36) (Gráfico 3). Isso demonstra aumento da

força muscular do assoalho pélvico em ambos os grupos, porém mais acentuado no grupo G1 (p<0,05). A média de sustentação da contração muscular no seguimento de 12 meses no grupo G1 foi de 27,10 cm H2O e

no grupo G2 foi de 25,92 cm H2O (Gráfico 3), o que demonstra que o

ganho de força muscular do assoalho pélvico foi mantido nos grupos ,

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