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Neste anexo é descrito em detalhes as técnicas osteopáticas utilizadas no tratamento do caso clínico do artigo:

• Técnica de Sutherland para disfunção dos temporais (45) Paciente: Decúbito dorsal.

Terapeuta: Sentado, ao nível da cabeça do paciente (figura 8).

Realização da técnica: Para tratar uma disfunção do temporal direito em extensão, por exemplo (figura 9, A), o terapeuta realiza um contato com a palma da mão esquerda posteriormente ao occipital do paciente, de tal forma de seus dedos repousem ao nível da sutura occipito-mastóidea, realizando um tracionamento suave a esquerda (figura 9, B e C). A mão direita do terapeuta realiza um contato com a poupa dos dedos ao redor da orelha direita, de tal forma que o 3o dedo contate o meato acústico externo. Esta técnica é dividia em 2 tempos: Primeiramente, a mão direita um movimento rotacional, sobre o eixo guiado pelo 3o dedo do terapeuta, no sentido da disfunção, ou seja, em extensão) (rotação posterior), mantendo-a por aproximadamente 10 ciclos respiratórios. Em seguida, a mão direita do terapeuta realiza o movimento no sentido da correção da disfunção, ou seja, em flexão (rotação anterior – figura 9 e figura 10 C), mantendo-a por mais 10 ciclos respiratórios. Ao final o terapeuta retorna a mão direita a posição neura de rotação, retirando ambas as mãos lentamente.

Figura 9- Realização da Técnica de Sutherland para disfunção do temporal direito.

Figura 10 – A: Disfunção de extensão do temporal, comprometendo a sutura occipito-mastóidea; B: Contato das mãos do terapeuta para avaliação e tratamento com a técnica de Sutherland; C: Contato e direção dos movimentos para correção do temporal em extensão com a técnica de Sutherland (49).

• Técnica de Arcos Botantes para sutura occipitomastóidea (49) Paciente: Decúbito dorsal.

Terapeuta: Em pé, com finta dupla, ao nível da cabeça do paciente (Figura 11).

Realização da técnica: Para tratar a sutura occipitomastóidea direita, por exemplo, o terapeuta posiciona a região tenar da mão esquerda na região mastoidea esquerda do paciente, enquanto que a outra mão, direita, está posicionada na região occipital direita (Figura 12). O terapeuta então realiza compressões suaves com ambas as mãos, uma contra a outra, que, por estarem em planos paralelos diferentes, provocará uma força resultante a nível da sutura occipitomastóidea direita e das estruturas que com ela se relacionam, como por exemplo, a veia jugular, nervos cranianos IX, X e XI, entre outras (Figura 13). A técnica é realizada até notar maior mobilidade e menor sensibilidade ao nível da sutura occipitomastóidea.

Figura 12- Técnica de arcos botantes. Colocação das mãos do terapeuta e seus vetores de força (figura modificada de Ricard (49).

Figura 13 - Resultantes das forças aplicadas na técnica de Arcos Botantes (Figura modificada de Standring (53).

• Técnica de Manipulação de alta velocidade e baixa amplitude (Thrust) para articulação occipitoatlantoaxial (OAA)

Nota importante: Esta técnica requer conhecimento teórico e habilidade prática para que seja realizada com precisão e segurança. É necessário conhecer suas indicações e contraindicações, assim como é imprescindível a realização prévia de testes ortopédicos e neurológico que descartem qualquer comprometimento da artéria vertebral. Deve ser realizada apenas por profissionais que possuem formação técnica apropriada.

Paciente: Decúbito dorsal.

Terapeuta: Em pé, com finta anterior ao nível da cabeça do paciente, do mesmo lado da disfunção a ser tratada (figura 14).

Realização da técnica: O terapeuta controla a cabeça do paciente lateralmente com a mão esquerda, enquanto que a mão direita realizará um contato indexial ao nível do condilo occipital direito. A técnica consiste primeiramente em ajustar os parâmetros de flexo- extensão neutra da cervical, seguida de uma leve rotação a esquerda até sentir a tensão chegar na mão direita. Após estes ajustes, a mão direita, com o contato indexial, realizará os pequenos ajustes finais de rotação a esquerda e lateroflexão a direita da região OAA, realizando um movimento de rotação a esquerda, rápido, preciso e indolor (figura 14).

Figura 14 – Técnica de Manipulação (Thrust) para disfunção da articulação OAA direita.

• Técnica de liberação da base craniana por inibição dos suboccipitais Paciente: Decúbito dorsal.

Terapeuta: Sentado, ao nível da cabeça do paciente (figura 15).

Realização da técnica: Terapeuta com os braços repousados sobre a maca, realiza um contato com a poupa dos dedos I a IV na base do crânio do paciente, no nível da musculatura suboccipital, enquanto que a cabeça descansa sobre as regiões tenar e hipotenar das mãos do terapeuta (figuras 15). O terapeuta então realizara uma pressão gradativa com a poupa dos dedos em direção ao teto (figura 16), de tal modo que o peso da cabeça do paciente favoreça a liberação da base do crânio.

Figura 15 - Técnica de liberação da base craniana

por inibição dos suboccipitais. Figura 16 - Técnica de liberação da base craniana. Imagem modificada de Chaitow (55)

• Técnica de Stretching da Língua com ênfase no músculo palatoglosso Paciente: Decúbito dorsal.

Terapeuta: Em pé, ao lado do paciente e ao nível da cabeça (figura 17).

Realização da técnica: Terapeuta estabiliza a cabeça do paciente com a mão cefálica e com a mão caudal, utilizando luva de procedimento e com o auxílio de uma gaze para não escapar, segurará a língua lateralmente com os dedos e tracionará sutilmente a língua para fora da boca (figura 18). Para que tenha uma ação mais efetiva sobre o músculo PF, é solicitado ao paciente que relaxe a língua como um todo, principalmente a base. O terapeuta então realiza movimentos rítmicos, tracionando e retornando a língua a posição inicial. Para a técnica ser mais específica em um dos lados, a tração deve ser realizada levemente para o lado contralateral (figura 16, seta vermelha). Por exemplo, para atuar sobre o PF esquerdo, a tração deve ser feita para o lado direito. A técnica é realizada até notar uma melhor mobilidade da mesma.

Figura 17 - Técnica de Stretching da Língua - com ênfase no palatoglosso. A seta vermelha indica a direção da tração realizada na técnica de stretching da língua.

Figura 18 - Corte frontal, ao nível do músculo PG esquerdo. A seta azul indica o sentido do vetor de força ao realizar a técnica de stretching. Imagem modificada de Netter, 2010.

• Técnica de Stretching da Traqueia e da Fáscia Faríngea Paciente: Decúbito dorsal.

Terapeuta: Em pé, ao lado do paciente e ao nível da cabeça (figura 19).

Realização da técnica: O terapeuta estabiliza com a mão cefálica a cabeça do paciente e com a mão caudal contata a traqueia com a poupa dos dedos (figura 18). Ritmicamente realiza movimento de tração lateralmente, para o lado contrário ao que se deseja atuar. Por exemplo, para atuar sobre as fáscias faríngeas do lado esquerdo, o movimento de tração lateral será para a direita do paciente (figura 20). A técnica é realizada até notar melhora da mobilidade fascial.

Figura 19 - Técnica de Stretching da Traqueia e da fáscia faríngea. A seta vermelha indica a direção da tração lateral direita.

Figura 20 - Vista lateral. A seta vermelha indica o sentido do vetor e a repercussão da tração sobre a fáscia faríngea. Imagem modificada de Netter, 2000

• Técnica intra-bucal de liberação indireta do músculo salpingofaríngeo em 3 etapas:

Descrita no artigo. Abaixo imagens complementares:

Figura 21 – Etapa 1: Técnica de Stretching do músculo bucinador.

Figura 22 – Etapa 2 e 3: Técnica de manipulação fascial dos músculos CSP e PG, respectivamente.

• Técnica intra-bucal de auto-manipulação para liberação indireta do músculo salpingofaríngeo

Paciente: Sentada ou deitada (figura 23 e 24).

Realização da técnica: Com a mão contra-lateral, utilizando luva de procedimento ou higienizada, introduz o 2o dedo contatando os músculos a serem abordados em cada uma das etapas, conforme descrito na técnica anterior.

Figura 23 – Realização da técnica intra-bucal de

auto-manipulação domiciliar. Vista anterior. Figura 24 – Realização da técnica intra-bucal de auto-manipulação domiciliar. Vista anterolateral.

ANEXO V

Gráficos do comportamento dos cliques/minuto ao longo do TMO

Os gráficos abaixo demonstram as variações do número de cliques por minuto (número de contrações – eixo y) ao longo dos horários e dias (eixo x) de cada semana durante o tratamento. Em azul, o comportamento dos cliques do ouvido direito e em vermelho, do ouvido esquerdo.

Gráfico 3 – 1a semana de Tratamento

Gráfico 5 – 3a semana de Tratamento

Gráfico 7 – 5a semana de tratamento.

Gráfico 9 – 7a semana de tratamento.

Gráfico 11 – 9a semana de tratamento.

Gráfico 13 – 11a semana de tratamento.

Gráfico 15 – 13a semana de tratamento.

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