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T axas de Disparo

No documento Registro dos neurônios H1 (páginas 45-52)

Apresentamos abaixo várias taxas de disparo para os H1 esquerdo e direito, de três

mos asdiferentes, om estímulos e temposde orrelação diferentes. Ostempos de orre-

lação estão embin, ada bin tem 2ms. Nota-se que não temos um padrão, namos a 1 o

H1 esquerdo dispara mais e nas mos as 2 e 3 é o H1 direito que dispara mais. Esta é a

di uldadena realização de experimentos, pois não temos ontrole sobre isso.

Mos a 1 Mos a 2 Mos a 3

Estímulo Direita Esquerda Direita Esquerda Direita Esquerda

(spk/seg) (spk/seg) (spk/seg) (spk/seg) (spk/seg) (spk/seg)

Calibração 54 56 28 20 41 31 Tempo de 62 68 58 55 59 44 orrelação = 0 Tempo de 63 68 64 62 78 50 orrelação = 2 Tempo de 69 76 65 59 70 53 orrelação = 4 Tempo de 49 51 75 87 75 48 orrelação = 6 Tempo de 66 65 80 82 101 78 orrelação = 8

Tabela3: A tabelamostra ataxa de disparo de ada H1 para mos asdiferentes

Esperava-se este resultado, pois os H1's não devem ser simétri os. Notamos isso

enquanto a hamos o sinal, a maioria das vezes um dos H1 responde mais que o outro.

Mesmo fazendo a alibração om o estímulo de onda quadrada as taxas são diferentes.

Na gura 21 observamos as taxas de disparo para diversos estímulos om mos as

diferentes enotamos quenão há relaçãoentre elas.

Um problema freqüente são mos as que têm um H1 que responde muito mais que o

outro,atrapalhandobastantea aquisição,é o aso da gura10,ou seja,pare e queo H1

não está per ebendo oestímuloà sua frente.

Figura21: Taxa de disparo para diferentes tempos de orrelação junto om a alibração.

6 Con lusões

Durante os testes do sistema de aquisição multi anal surgiram várias situações que

pre isavamser ontornadas. Algumasforam ru iaisesuaresolução desumaimportân ia

para avalidação dosistema.

Podemos armar que onseguimos ontornar alguns dos problemas de forma satis-

fatória,prin ipalmenteosrela ionadosàeletrni adosistemade aquisição. Osproblemas

rela ionados à forma biológi a infelizmente não temos omo ontorná-los, de forma que

estamosamarradosàsituaçãoapresentadaa ada mos aquemontamosparaaaquisição.

Os problemas biológi os presentes no experimento, per ebidos durante os testes do

sistema de aquisição foram: o fato de a mos a morrer mais rápido quando os dois lados

da abeça estão abertos, quando omparado om a formaanterior de montagem, que só

seabria umlado. Mesmoamos aestandoalimentadae omringer nasua abeçaelanão

tem sobrevivido o su iente, o que a arreta em menos tempo para as aquisições. Outro

problema tambémrela ionado a essa parte biológi aestá na pro ura dos sinais de ada

H1,pois é ne essária uma lo alizaçãobastante pre isapara eles.

Como temoso registrodos dois H1's éinevitável a omparaçãoentre astaxasde dis-

paroapresentadaspor adaneurnio,assimapare e ofatode termosH1'squerespondem

muito mais que o outro quando olhamos para suas taxas de disparo. Não temos omo

ontornar esse tipo de situação sem tro armos a mos a. Outra oisa é pensarmos num

modomelhorde alibraçãoparatermosumataxade disparoaproximadamenteigualpara

ambosos lados.

Dos problemas eletrni os apresentados onseguimos ontornar todos. Os mais rel-

evantes foram: o monitoramento dos anais do dis riminador e os spikes om intervalos

de tempomenores de 2ms (spikes duplos). O problema domonitoramentodos anais do

dis riminador foi relativamente fá il de ser resolvido om o a rés imo de um haveador

O problema dos spikes om intervalosde tempo menores de 2ms ne essitava de uma

soluçãopara validaro sistemade aquisição. Este,foi resolvidoquandoa res entamos um

ltro ativo do tipo Bessel de ter eira ordem, o qual eliminava o ruído que fazia surgir

os spikes duplos. Ele eliminava freqüên ias abaixo de 300Hz e a ima de 5kHz que se

in orporavam ao sinal do H1 no eletrodo, assim passando por toda a parte analógi a,

permitindo que o dis riminador enxergasse alguns spikes omo se fossem dois, fazendo

apare er osspikesque tinhamum intervalode tempomenores de 2ms.

Esse ruídode altafreqüên iaquesein orporaaosinalpodeser eliminado omoltro

que olo amosouusando umagaiola de Faraday. Nãosabemos sua origemao erto, mas

deveser provenientede omputadoresligadosnaregiãodolaboratório,redeelétri a,redes

wireless, olo adas próximas, assim ontaminando nosso sistema.

Paraofuturotemosalgumaspretensõesemrelaçãoaosistemaatual,quantoàanálise

de dados e ajustes no sistema de aquisição. Em nível de ajustes queremos aperfeiçoar

o uso da pla a Axon, tanto em monitoramento quanto para aquisições extra elulares.

Podemos dizer que o monitoramento melhoraria bastante, pois poderíamos ver os seis

anaisao mesmotempono omputador. Coisa que hoje não é possível.

Queremos olo ar tambémumpa otede ltrosmaisrobusto. DotipoBesseldesexta

ordem para termos uma suavização melhor do sinal e assim eliminarmos o problema do

ruídode altafreqüên ia quenos permeia.

Tambémpretendemos utilizar dois monitores noestudo das interaçõesentre osH1's,

simulando a rotação e a translação de forma mais e iente, para podermos apresentar

estímulos diferentes para ada olho.

Uma outra possibilidade é ouso da teoria daInformação de Shannon para estudara

transmissãodainformaçãode um edos dois H1'se ompararmosoquantode informação

extra étransmitida quando temos os dois H1's.

Alémdisso,queremostambém al ularosltroslinearesdeprimeiraesegundaordem

para a re onstrução dos estímulos, omparando-a quando feita om um só H1 e usando

Referên ias

[1℄ Borror, J.B., Delong, D.W. Introdução ao estudo dos insetos. São Paulo: Edgar

Blü her,[1988℄.

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ANEXO A -- Classe dos Insetos

Ordem Diptera

Os insetos perfazem mais de 800 mil espé ies atalogadas (fato que justi a uma

iên ia para estudá-los: a Entomologia). Destas, aproximadamente120 mil são mos as.

Dos animais terrestres, os insetos são os mais abundantes, mais bem su edidos e mais

diversamentedistribuídos.

São osmais importantes invertebrados poispodemviveremlo aisse os,esão osúni-

os apazes devoar. A apa idadede voar permite-lheses apardos inimigos, apturarem

presase en ontrar par eiros para areprodução.

O seu tamanho variadesde menores que o maior protozoário (0,25 mm ou menores)

até maiores que o menor vertebrado (besouros om 26 m de omprimento ou libélulas

om 28 mde envergadura de asa).

São abundantes emtodoohabitat,ex eto nomar. Ainda queamaioriasejaterrestre

ouaérea, várias espé ies vivemem água salobraou do e, solo, plantase dentroou sobre

animais,embora raramente matemos seus hospedeiros.

Nãohá erteza domotivoparaotremendo su essoevolutivodestesanimais,mas,das

suas ara terísti as prin ipais, sem dúvida, a apa idade de voar a abou possibilitando

essa dispersão máxima. Outroaspe to importanteé ofatode serem animaispequenos, o

quepermite o upar mi ro-habitat,ina essíveisa outros animais.

Osinsetosapresentam i lode vida urto,porissopodemsemultipli arrapidamente

em ondições favoráveis. Na gura 22 temos um exemplo de oleópteros (besouros ou

es aravelhos). Um úni o asal de oleópteros pode produzir, em apenas 432 dias, de-

s endên ia su iente para o upar a totalidade do volume da Terra! Assim, as espé ies

predadorassão muito importantes para ontrolar o número de insetos.

Figura22: Exemplo de um oleópetro espé ie Strepto erus spe iosus

estudos nas últimas dé adas, tanto no aspe to neurosiológi o [7, 3℄, omo no aerod-

inâmi o[5℄que nos deu um erto onhe imentosobre suas propriedades.

Os Dípteros onstituem uma das maiores ordens de insetos e seus representantes

abundam em indivíduos e espé ies em quase todos os lugares. A maioria dos Dípteros

distingue-se prontamente dos outros insetos alados por possuir somente um par de asas,

orrespondenteaopar anterior,transformando-seopar posteriorempequenas estruturas

lavadas denominadashalteres, quefun ionam omoórgãos de equilíbrio[1℄.

A ordem Díptera pode ser dividida emduas sub-ordens [11℄: Nemato era eBra hy -

era.

A sub-ordem Nemato era englobaosdípteros quepossuem antenas om mais de seis

segmentos livremente arti ulados, omo os mosquitos (Culi idae), borra hudos (Simuli-

idae) eebotomíneos (Psy odidae). A sub-ordem Bra hy era reúne aqueles dípterosque

possuem antenas om três a in o segmentos, sendo que o último pode ser anelado ou

portar uma arista.

Dentro de Bra hy era e da infraordem Mus omorpha (Antiga sub-ordem Cy lor-

rapha),estãoasfamíliasalvosdestetrabalho. Osdípterosdestainfraordemsão onhe idos

omodípteros superioresou dípterosmus óides.

Asmos asdafamíliaCalliphoridaeeSar ophagidae,dogêneroChrysomyatêmorigem

nas regiões tropi aise subtropi ais doVelho Mundo, e foramintroduzidasno Brasil por

voltadoanode 1976. Três espé iessão en ontradas hoje naAméri adoSul: C. albi eps,

C. hloropyga, C. mega ephala. Estas mos as possuem um alto grau de sinantropia e

abundantes emalgumas regiões dopaís, in lusive emBelo Horizonte. Suas larvas riam-

seem fezes e matériaorgâni aem de omposição.

Com o onhe imentoadquirido nos últimosanos e afa ilidade de realizar aquisições

eletrosiológi as,a mos atornou-se um ex elentemodelopara o estudode sistemas neu-

No documento Registro dos neurônios H1 (páginas 45-52)

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