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Registro dos neurônios H1

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Academic year: 2017

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(1)

Carlos Alessandro Silva dos Anjos

Dissertação apresentada ao Instituto de

Físiade SãoCarlos,daUniversidadedeSão

Paulo,para obtençãodotítulode Mestreem

Ciênias: FísiaApliada.

Orientador: Prof. Dr. Roland Köberle

(2)

Anjos. -- São Carlos, 2006.

Dissertação (Mestrado) - - Instituto de Físia de

São Carlos, 2006.

Orientador: Prof. Dr. RolandKöberle

1. Registro de spikes 2. Sistema visual 3.Interação

(3)

COMISSÃO JULGADORA:

Caixa Postal 369 - CEP 13560-970

São Carlos - SP - BRASIL

I

I

1

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1

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1

1

1

Prof

Df.

Roland Koberle (Orientador e Presidente)

Prof

Df.

AntôniUCarlos

Roque da Silvà'l"t#td(FFCLRP

I

USP)

MEMBROS DA COMISSÃO JULGADORA DA DISSERTAÇÃO DE

MESTRADO DE

CARLOS

ALESSANDRO

SILVA

DOS ANJOS,

APRESENTADA AO

INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS,

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM

14/06/2006.

~. II'~

,

n

Instituto de Física de São Carlos

-l..,.

rol

UNIVI§RSIDADE

, f

S

(-U

SP

SERVIÇO

lNfORMACAO

DE BIB~\OTECA

(4)
(5)

Primeiramente eu agradeço a Deus pela saúde, amor, miseriórdia e apaidade que

me tem dado. Se estou aqui é por Ele e para Ele. Toda glória e louvor seja dado a

Deus,meuSenhor eSalvador da minhavida.

A meus pais Carlos Miguel dos Anjos e ElmaSilva dos Anjos, a minha irmã Sheysa

K. Silva dos Anjos e as minhas queridas avós Olinda e Amélia, pelo apoio e arinho

inondiionalnesses 27anos de vida. Eu amo voês.

A meu orientador, Professor Roland Köberle pela paiênia, onança, dediação,

auxílioeorientação nesse iniio de vida prossional.

A minhanoivaJanainaL.dos S.Pinto,portodosos momentosque estivemosjuntos,

mesmona distânia, porsempre areditar emmim. Obrigado pelo seu apoio. Te amo.

Aos ténios: Lirio Onofre, pelapaiênia em responder minhas perguntas, Ivanilda

H.Zuolotto de Stefani, peloauxílioem algumasmontagenssimples que tive quefazer.

Aosolegasde laboratório,BrunaD. L.Pinto (peloauxílionamontagemdas mosas

enoMatlab),NelsonFernandez, Ingrid(ompanheiranos momentosde aquisição),Ednei

Alves (pelo soorro na parte omputaional), Maion, Luiz (pela ajuda no uso da plaa

Axon) eNatali. Agradeçopelos momentosque passamos nesses dois anos. Que Deus os

abençoe.

AosolegasdoInstituto: Daniel,Fabiano,Guilherme,pelos momentosdivertidosque

passamos. A minha grande amiga AnaPaula, obrigadopelo ompanheirismo e amizade.

Que Deusos abençoe.

Aos olegas de Repúblia, pelos momentos que ompartilhamos nesses anos,

prini-palmenteaJosé Carlos,que meajudou emum dos momentosmais ompliadosque tive

poraqui.

As seretárias Maria Cristina Vieira Ligo da Silva, Wladerez Apareida Gounella

Caiadoe Elizabeth CristianaConti, peloauxílionas tarefas burorátias.

As funionáriasda biblioteadoInstituto de Físia de São Carlos.

(6)

tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes,

se não tiver amor, nada serei.

(7)

Em um dos estágios do proessamento visual da mosa - a plaa lobular, uma para

adahemisfério daabeça da mosa- nós enontramos neurnios dediados à deteção e

proessamento do auto-movimento. Um destes neurnios, hamadoH1, deteta o

movi-mento de trás para frente na horizontal e os dois neurnios de ada lado da abeça

interagem, melhorandoa extração dainformaçãosobre o estímulogeradopeloambiente.

Neste trabalhonós apresentamos umainstalaçãoexperimentalde registrosimultâneo

dos dois neurnios H1, disutimos as diuldadesassoiadas om este esforço e os dados

preliminaresobtidos.

OsspikesgeradospelosneurniosH1sãoregistradosextraelularmenteomelétrodos

detungstênio, alimentamum head-stage,um pré-ampliadore umdisriminador,todos

dispositivoseletrniosanalógios,paraseremproessadosemumdigital,amderegistar

ostemposde hegada dos spikesom preisão de mirossegundos. Ohardware analógio

eo digitalsão ontroladospelo software LinuxRealTime,baseados emRTLinux.

O sistema de aquisição dos spike-times possui três anais de entrada e um de saída:

umaentradapara adaH1eum para sinronizaçãoeuma saídapara oenviodoestímulo

om 16bits de resolução, queonsiste nomovimentohorizontalde uma tela xa.

Nós disutiremos as diuldades enontradas durante os testes/eliminação dos erros

do equipamento. Estas têm sua origem em ter que ontrolar o wetware biológio e no

(8)

Inone ofthey'soptialproessingstages-thelobulaplate,oneforeahhemisphere

of the y's head -, we nd neurons dediated to the detetion and proessing of

self-motion. Oneof theseneurons, alledH1,detets horizontalbak-to-frontmotionand the

two neurons of eah side of the head interat, improving the extration of information

about the stimulus generated by the environment.

In this workwe presentanexperimentalsetuptoreord simultaneously fromthetwo

H1 neurons, disuss the diulties assoiated with this endeavour and preliminary data

obtained.

The spikesgenerated by the H1 neurons are piked up extraellularlywith Tungsten

eletrodes, are feed via a head-stage, a preamplier and a disriminator, all eletroni

analog devies, to be proessed from here on digitally, in order to register the spike

arrival times withmiroseond preision. The analogand the digitalhardware, basedon

RTLinux,are ontrolledby Linux RealTimesoftware.

The spike-timeaquisitionsystem hasthree inputandone outputhannel: one input

for eah H1 and one for sinhronization and one output for delivering the stimulus with

16bits resolution, onsisting of the horizontalpositions of arigidly movingpiture.

Wedisussthediultiesenounteredduringthetesting/debuggingoftheequipment.

These have their origin both having to ontrol the biologial "wetware"and the eletri

(9)

Lista de Figuras

1 Introdução 13

2 Sistema Visual 16

3 Aquisição de Dados 21

3.1 Desrição daExperiênia . . . 21

3.2 Aquisição de Dados . . . 23

3.3 Geração de Estímulos . . . 25

4 Metodologia 28 4.1 Testes . . . 28

4.2 Filtros Lineares . . . 37

4.2.1 Filtro Passivo Passa-Alta. . . 38

4.2.2 Filtro Passivo Passa-Baixa . . . 39

4.2.3 Filtro Ativo . . . 41

5 Resultados 42 5.1 Resultados dos Testes. . . 42

5.2 Raster . . . 44

5.3 Taxas de Disparo . . . 45

(10)
(11)

1 O olho omposto da mosa . . . 16

2 Representação esquemátia do sistemavisual damosa -orte lateral . . . 17

3 Células tangeniais da plaa lobular da Calliphora. As setas à direita

in-diamadireçãopreferenial(setasfehadas)edireçõesnulas(setasabertas)

das élulas. Diâmetromédiodas élulas éde 10

µ

m. A: anterior;P:posterior 19

4 Mosas abertas: A - Mosa antes dos eletrodos. B - Mosa pronta para a

aquisição . . . 21

5 Emazul temos aveloidadeda tela aada 2ms eemvermelhoas posições

da imagemna tela aada 2ms. Oraster para este estímulopode ser visto

na gura19. . . 22

6 Esquema do frontend analógiodosistema de aquisição. . . 23

7 Esquema do sistemade aquisição . . . 24

8 Oequipamento(a-disriminador;b-osilosópios;-plaahaveadora;d

- aixas de som; e -PC om RTLinux;f - hardware dediado; g -ontador

de spikes; h - monitor;i -a mosa preparada para aaquisição) . . . 26

9 Exemplo do estímulomostrando a parte aleatóriae aparte repetida . . . . 27

10 Taxa de disparo dolado direito48 spk/seg e esquerdo 39 spk/seg.

Obser-vamos queo lado direitotem muito mais spikes . . . 29

11 Esquema fora de esala para representar o sistema de aquisição omo foi

montadoprimeiramente. Otestedaparteanalógiadosistemadeaquisição

foi feitobaseado nesse esquema. Esse esquema valepara amosa virtuale

a verdadeira. . . 32

12 TeladoprogramaAxonSoperesponsávelpelaaquisiçãoanalógiadosinal

(12)

14 Mostra a presença de spikes duplos devido a alta freqüênia assoiada os

sinal do H1 . . . 36

15 Comparaçãoentre os spikesom esem osltro. Ospikesdaesquerda está

sem oltro e oda direitaestá om oltro . . . 37

16 Filtros passivos. a - Filtro passivo passa-baixa om freqüênia de orte

de(4khz), b- o ltro passivo passa-alta tefreqüênia de orte 3Khz . . . . 39

17 Filtro ativo tipoBessel tereiraordem om orte entre 300Hz e 5KHz . . . 40

18 Orasterde duasaquisiçõesomomesmoestímulo. Asrepetiçõesdoslados

direito e esquerdosão em relaçãoao eletrodo- A: raster de uma aquisição

que tem muitos spikes duplos e om uma taxa de disparo ruim para uma

aquisição de 11minutos. B: raster de uma aquisição no qual tivemos uma

pequena quantidade de spikes duplos. . . 42

19 Raster de um estímulo de onda quadradano qualtivemos taxade disparo

esquerda 20spk/seg e taxa de disparo direita28spk/seg . . . 43

20 A gura mostra o estímulo e dois rasters feitos om mosas diferentes,

mostrando a reprodutibilidade. . . 44

21 Taxa de disparo para diferentes tempos de orrelação junto om a

ali-bração. Ovalor -1noeixo X é ovalordataxa de disparo paraa alibração 46

(13)

1 Introdução

A razão da esolha da mosa está no fato de ser um sistema simples, que permite

transportar as ténias experimentais e teórias da físia para a pesquisa biológia e

assim fazerexperimentos in vivo, os quais podemos exeutar e analisarnum ontexto de

muitos parâmetros,onde todos são aparentementeneessários epreisamser ontrolados

om omínimo de interferênia no omportamentodoorganismo.

Quando os experimentos são repetidos nas mesmas ondições, os resultados podem

ser reproduzidosdentrode errostoleráveisedoinevitávelruído biológio. Amosa é um

animalde fáilmanipulação eriação emlaboratório enos possibilitarealizar aquisições

porlongos períodos de tempo.

Estamos interessados naordem Diptera, mais espeiamente nas mosas da espéie

Chrysomia Megaephala quedevidoaos exaustivosestudosdas últimasdéadas, tantono

aspeto neurosiológio[3, 8℄, omono aerodinâmio[5℄nos deu um erto onheimento

sobre suas propriedades.

A mosa usa a informação visual, sua fantástia aerodinâmia e seu meanismo de

vo extremamente eiente, para realizar arobaias aéreas, que lhe permitem fugir de

predadoresouperseguiroutrasmosasparaoaasalamento,et. Emaso deperseguição

aoutramosa,amosaqueperseguedeveestimaraposiçãoinstantâneadaoutraeapartir

dessaimagemajustarsuaveloidadeangulardemodoareduziradistâniaentreelas. Mas

omoa mosa usa essa informação,queé odiadaporseus neurnios, para interpretar

seu própriomovimento,e assim fugirdos predadores ouperseguir outrasmosas?

Para investigar alguns aspetos de omo a mosa odia e interpreta seu próprio

movimento é neessário entender melhor omo se dá a interação entre alguns neurnios

do seu sistema visual. Então preisamos de um sistema de aquisição de sinais neurais

que possa registrar os tempos dos spikes (poteniais de ação) dos dois neurnios H1

(14)

estágiosdoseusistemavisual),eleédefáilreonheimentodevidoaoseutipoderesposta

aestímulos visuais. Arespostasedáatravésdageraçãodepulsos (spikes=poteniaisde

ação)possibilitandoaquisiçõeseletrosiológiasextraelulares. ExistemdoisH1,adaum

loalizado naplaa lobular de ada hemisfério da abeça da mosa. O H1 é responsável

pela deteção de movimentos horizontais no sentido trás para frente, e faz parte de um

meanismode deteção de veloidade, quepode servir para medirseu automovimento,a

rotaçãoe atranslação.

Pensando no estudo da interação entre os H1, que através do uxo ótio pode dar

informaçõessobre o auto movimento damosa, implementamosum sistema de aquisição

de sinais neuraismultianalde temporeal, om uma resolução temporalde

aproximada-mente25

µ

sparaostemposdosspikes. Paratermosessa preisãousamosumomputador

queutilizaum sistema operaionalde tempo real (RTLinuxfree kernel 2.4.4) eum

hard-ware dediado externo, que utiliza o porto paralelo (LPT1) omo meio de omuniação

om o omputador que é o responsável pela medida e registro dos tempos de oorrênia

dos spikes.

O sistemade aquisição possui três anais de entradae sua resolução temporalé

limi-tadapelostemposdelatêniasdesoftwareehardwaredoomputadorparaoatendimento

deinterrupções. Ainterrupçãooorreomahegadade umsinal aodisriminador,oque

libera um proesso no omputador para registrar o tempo de oorrênia desse sinal (no

aso um spike de um dos neurnios ou um sinal do sistema de sinronismo de geração

de imagens). Dos três anais,um éutilizadopara oregistro esinronismo do sistemade

geração de imagens de estimulo, que a ada 2ms muda a mesma tela para uma posição

diferente no monitor. Os outros dois anais são para o registro dos instantes de

oor-rêniados spikes dos neurnios. Osistema onta tambémom uma saída analógia om

resolução de 16 bits para ageração de estímulos visuais.

No Capítulo dois faremos uma breve desrição do sistema visual da mosa e das

propriedadesdoH1, e aexplanação de suas interaçõesom outros neurnios.

NoCapítulotrêsapresentaremosopreparodaexperiêniaemsi,algumaspropriedades

dosistema de aquisição ea geraçãode estímulos.

No Capítulo quatro, os testes feitos om o equipamento para validá-lo, assim omo

as diuldades apresentadas e as possíveis soluções, seguidos de uma breve desrição de

(15)

taxasde disparo para alguns estímulos.

E no Capítulo seis informaremos algumas onlusões sobre o que foi feito e o que

poderemos fazer futuramente.

(16)

2 Sistema Visual

Conheer algumas propriedades básias do sistema neural da mosa e o papel de

determinados neurnios no proesso da odiação da informação visual é fundamental

para aompreensão donosso trabalho.

O sistema visual da mosa pode ser dividido em: retina, lamina, medula, lóbula e

plaalobular(vergura 2). Todos estes estágios são formadospor regiõesquereetem a

posição relativados omatídeos no olho. Portanto, as imagens visuais aptadas pelo olho

são projetadas retinotopiamente nos estágios seguintes de tal forma que as relações de

vizinhançaentre pontos daimagem são onservadas dentrodo sistemanervoso [3,12℄

Figura1: Oolho omposto damosa

A informaçãovisualomeça aser odiadanos olhos (gura1). Na mosa,os olhos

sãoformadosporaproximadamente5000omatídeosporolhoomposto. Oomatídeoéum

pequeno olho, então a imagem perebida pela mosa é uma ombinação da informação

reebida pelos vários omatídeos que formam o olho omposto da mosa. O eixo óptio

de ada omatídeo possui orientação preisa em relação aos seus vizinhos. Como o olho

damosaéformadoporváriosolhospequenos(omatídeos) não existe umalenteentral

(17)

Figura2: Representação esquemátia dosistema visualdamosa - orte lateral

A transformação da luz em sinal elétrio oorre através da absorção de fótons por

um pigmentovisual presente nas élulas foto-reeptoras,o 3-hidroxi-retinal, queé ligado

a xanthopsina. Essa proteína se deforma quando absorve um fóton, desenadeando um

omplexo proesso bioquímio que resulta na despolarização da membrana elular da

élulafoto-reeptora [14, 15℄.

Cadaomatídeoonsistedeumalenteedeumrhabdomero. Oomatídeotemoformato

hexagonale é onstituído por um onjuntode oito élulas foto-reeptoras, duas entrais

(R7 e R8) e seis periférias (R1-R6). As élulas periférias (R1-R6), têm a mesma

sen-sibilidadeespetral, om pios na região do UV. A élula R7tem o pio de absorção na

regiãodo UV (ultravioleta) e aR8 naregião doazul ou verde [4℄.

Os foto-reeptoresR1-R6de omatídeosvizinhos têm eixos ótiosparalelos. Os sinais

(18)

medula. A luz atravessa uma lente de 30

µ

m de diâmetroque a projeta no nal de uma

estruturailíndriadenominadarhabdomero. Osrhabdomerosdas élulasfoto-reeptoras

sãootiamenteisoladoseadaumdelesreebeluzdeumadeterminadaposiçãodoampo

visual.

Os foto-reeptores periférios (R1-R6) projetam seus axnios na mesma região da

lamina,queéopróximoestágiodoproessamentovisual. Osfoto-reeptoresdeomatídeos

vizinhosonvergem para um mesmo pontoda laminaonheido omo oluna laminar.

Nalaminaosinaldosfoto-reeptoreséinvertido,ampliadoeltradodemaneiraque

apenas a variaçãoda intensidade da luzseja odiada. Codiando apenas o ontraste

[10℄amosaevitaoproblemadeterqueaomodarinoordensdegrandezadeintensidade

de luminosa,que éa variação típia de um dia.

A medula foi pouo estudada devido ao tamanho diminuto de suas élulas, que

di-ulta aquisições eletrosiológias, mas há evidênias de que algumas élulas estejam

envolvidas nadeteção domovimento noampovisual [6℄.

A lóbula reebe informaçãode uma grande quantidadede élulasda medulaepouo

se sabe sobre sua função no sistema visual. Mas há fortes evidênias de que ela esteja

envolvida na deteção de movimento. Isto devido ao fato de ter neurnios sensíveis ao

movimentoquesóasmosasmahopossuem[6℄,indiandoapossibilidadedequealóbula

esteja envolvidana deteção eperseguição de pequenos objetos no ampo visual, função

queos mahos desempenhammelhor que asfêmeas [9℄.

Na plaa lobular há era de 60 neurnios grandes (diâmetro de 10

µ

m em média),

que são responsáveis pela deteção de movimento em determinadas direções e sentidos.

Elessão lassiados de aordo om a direçãoe sentido prefereniais, modos de resposta

epropriedades de integração do estimulo.

Os neurnios que respondem pormeio de poteniaisde ação (spikes), projetam seus

axnios ou no hemisfério ontralateral (que é o aso do H1) ou no érebro entral [7℄

omoindia a gura3. OH1 eo V1 (gura3)respondem através de poteniais de ação.

A lassiação pela direção e sentido prefereniais é horizontal(H) e vertial (V). E em

relação às propriedades de integração, a maior parte das élulas identiadas responde

melhorquanto maiorfor o tamanhodopadrão visual.

Desses sessenta neurnios da plaa lobular, temos um interesse maior no H1, que

(19)

Figura3: CélulastangeniaisdaplaalobulardaCalliphora. Assetasàdireitaindiama

direçãopreferenial(setasfehadas)edireçõesnulas(setasabertas)dasélulas. Diâmetro

médiodas élulasé de 10

µ

m. A: anterior;P:posterior

ontralateral.

OH1disparapulsosoquefailitaasaquisiçõeseletrosiológias,nãosendoneessário

fazeraquisiçõesintraelulares. Alémdisso,naplaalobularnãoexisteoutroneurnioom

asmesmaspropriedadesdoH1. Eleresponde aestímulos empratiamentetodoo ampo

visualdevido aofato de quesua rede dentrítia obrirtodaa plaalobular,oque failita

aidentiaçãopela sua resposta eletrosiológia[7℄.

OH1odiainformaçãosobreaveloidadedaimagem,direçãoesentidoprefereniais

etambém ésensível aoutros parâmetros omo ontraste e tamanhoda imagem[2℄.

A interaçãoentre osH1 pode nos permitirentender omoa mosaodia seu

movi-mento. Noaso sabemos quequando a mosaestá virando aabeça temos uma resposta

(20)

ontrária à direção de exitaçãoou aso ontrário um H1 inibe o outro fazendo om que

tenhamosumarespostamínima. Maisdetalhesde omofunionaainteraçãoentreosH1,

(21)

3 Aquisição de Dados

3.1 Desrição da Experiênia

Utilizamos mosas riadas em laboratório a m de ontrolar sua idade,

preferenial-mente mosas daespéie Chrysomia Megaephala de 5 a15 dias de vida,ujo ilo vital

éde mais oumenos 30dias.

Após a mosa estar xada om era em um tubo plástio, retiramos irurgiamente

aquitina daparte posteriorde sua abeça, de ambos os hemisférios. Também retiramos

uma amadade gorduraque obreo loal, eum músuloque se enontra naregião para

evitarmosaontaminaçãodaaquisiçãopelos spikes geradosporessemúsulo,gura4.A.

Figura 4: Mosas abertas: A - Mosa antes dos eletrodos. B - Mosa pronta para a

aquisição

A mosa é levada a outra mesa onde introduzimos dois eletrodos de tungstênio em

(22)

preferenial eda sensibilidadeespaial, queabrange pratiamentetodooampo visual.

O sinal é enontrado no axnio do H1. O estímulo visual é apresentado do lado

direito mas o sinal do H1 é registrado pelo eletrodo do lado esquerdo (ontralateral), o

mesmo vale quando apresentamos o estímulo visual do lado esquerdo e o sinal do H1 é

registradopeloeletrododireito. Umavez queenontramososinal doH1 deum dos lados

prouramososinal dooutroladotomandoodevido uidadode não interferir noprimeiro

sinal enontrado, evitando a presença de sinais ruzados, pois existe a possibilidade de

pegarmosoontralateral(oH1estánohemisférioopostoaoqueestáreebendooestímulo

visual) e o ipislateral (O H1 está no mesmo hemisfério que está reebendo o estímulo

visual) no mesmo eletrodo, e de outros neurnios (por exemplo, os vertiais). Uma vez

que enontramos os sinais de ambos os H1's, podemos realizar, om um pouo de sorte,

até 15horas de aquisiçãoextraelular estável esem interrupções.

Para alibraro sistema quegera os estímulos usamosum estímuloque não privilegia

nenhum dos H1 para entralizarmos omonitor. Esse estímulotem a formade uma onda

quadrada, ver gura 5, de forma que estimulamos um H1 por vez. Tentamos igualar as

taxasdedisparodos neurniosmovendoomonitorhorizontalmente(direitaouesquerda).

ComoosH1'ssãodiferentes,elestêm taxasdedisparodiferentes,então temosqueolharo

nossoontadordespikesdurantealgunsminutosparapodermosenxergaressaigualdade

entre as taxasde disparo dos H1's.

Figura5: Em azul temos a veloidadeda tela a ada 2ms e emvermelho as posiçõesda

(23)

Uma vez om os sinais enontrados eom omonitor entralizado, mostramos para a

mosa um estímulo visual, que se move na horizontal. No aso do teste do sistema de

aquisiçãousamosestímulos desorrelaionadoseoutros quatroom temposde orrelação

de 4,8, 12e 16ms sendo todos om média zero.

3.2 Aquisição de Dados

Aaquisiçãodostemposdosspikeséfeitaextraelularmenteatravésdaresposta doH1

que é obtida através de um eletrodo de tungstênio (modelo FHC - UEWSHGSEKP1M)

om impedânia entre 2 e 5 M

oloado na região de projeção do axnio do H1, no

hemisfério ontralateral (no hemisfério oposto ao que está reebendo o estímulo visual),

entãooeletrodoesquerdopegaosinaldoneurnio direitoeoeletrododireitopegaosinal

doneurnio esquerdo.

Osistemaéformadopeloheadstage,pré-ampliador,ltro,disriminador,hardware

dediadoe omputadorom sistemaoperaionalRTLinux free. Osistemaontatambém

om uma saída analógiaom resolução de 16bits para a geraçãode estímulos, disutida

adiante.

Figura6: Esquema dofront end analógiodo sistemade aquisição.

Com a atual onguração temos uma preisão daordem de 25

µ

s, essa preisão pode

(24)

O sistema pode ser dividido em uma parte analógia (Analog Front End) e outra

digital. A parte analógia é formada pelo head stage, pré-ampliador, o ltro

passa-faixaeodisriminador(versãonaldosistemadeaquisiçãomultianal). Odisriminador

fazaligaçãoentreapartedigitaleaanalógia. Apartedigitaléformadaporumhardware

dediado em omuniação om o omputador. Na gura 6 temos um esquema da parte

analógiado sistema,na gura 7 temos o esquema dosistema de aquisição e nagura 8

uma fotodo sistemade aquisição.

Figura7: Esquema dosistema de aquisição

O sinal do neurnio do sinal do H1 (é da ordem de 100

µ

v) é ampliado era de

10 mil vezes em seguida ltrado (por um ltro ativo tipo Bessel de tereira ordem om

freqüênia de orte entre 300hz e 5Khz), e depois proessado por um disriminador de

pulsos,quedeteta aoorrêniade um pulsoquando um sinalultrapassa um ertolimiar

de tensão. Esse limiaré ajustado manualmente levando em onta a relação sinal ruído

(25)

direito, o sinal do neurnio esquerdo e o sinal de sinronismo do sistema de geração de

estímulo. Os sinais são assínronos, então uma das tarefas do hardware dediado é a

sinronizaçãoom o iruitogeradordo relógiointernoe armazenar emregistro.

Osinal quehegaaqualquer entrada dohardware dediadogera um pedidode

inter-rupção ao miroomputador om RTLinux. Entre o pedido de interrupção e a primeira

instruçãodarotinadosoftware noomputadorexiste umperíodode latêniaquenoaso

é de

±

4

µ

s. No aso de hegada em anais diferentes temos o registro do tempo

simul-taneamente. Caso dois sinais heguem emum mesmoanal dentrodo tempo de latênia

da rotina, o segundo é armazenado em um registro intermediário e liberado após o

tér-mino da rotina de interrupção, gerando um novo pedido de interrupção para o registro

dosegundo sinal.

O sistema operaional RTLinux, instaladono omputador, adiionauma amadano

kerneldoLinuxquetomaoontroledasinterrupçõesdosistema,adiionandoumaamada

de hardware virtual entre o kernel e o hardware.

Quando oomputadorexeuta arotinade interrupção, eleveriaoregistrodo

hard-ware dediado paraidentiaro analque gerouo pedido,e exeutaa leituradoregistro

TSC(TimerStampCounter) eregistraoinstante doevento. OTSC éum registradorde

64bits, de alta preisão para mediçãode tempos emPC, que onta os ilos do lok da

CPUdesde ainiializaçãodo proessador. Assimaoorrênia dopulsoé registrado para

análiseposterior.

3.3 Geração de Estímulos

Durante o experimento a mosa observa uma imagem que se movimenta na direção

horizontal em um monitor de vídeo (Modelo Tektronis 608). A posição da imagem é

modiadaaada2ms,peloomputadorqueontrolaaexperiêniausandoumaseqüênia

de posiçõespreviamente denidas.

O sistemade vídeotransforma adaposição,de 16bits de resolução, emuma tensão

orrespondente entre 0 e 5 volts, que é apliado ao ontrole de posição horizontal do

monitor, alterando a posição da imagem. Não há movimento na vertial e a taxa de

varredura do monitoré de 500Hz. A imagem pode ter o tamanho máximo de 256 X 256

(26)

Figura8: O equipamento (a - disriminador; b - osilosópios; - plaa haveadora; d

-aixas de som; e - PC om RTLinux; f - hardware dediado; g - ontador de spikes; h

-monitor;i -a mosa preparada paraa aquisição)

distribuição gaussiana para a veloidade, om media zero e om vários valores de tempo

de orrelação. No aso usamos 0, 4, 8, 12 e 16 ms de tempo de orrelação, e mais um

estímulode onda quadradapara a alibração, mostrado nagura 5.

A duração de adaestímuloéde 20segundos, sendoque eleérepetido120 vezes,nos

dandoum tempototalde40minutosparaaexperiênia. Dos20segundos doestímulo,os

10primeirossegundossãosemprerepetidoseos10segundosrestantes sãoaleatórios,para

adavez que oestímuloérepetido,os 10segundos nais são diferentes. Dos 10segundos

iniiaistemosqueos5segundos naissão oinverso dos 5iniiais,omopode servistona

(27)
(28)

4 Metodologia

4.1 Testes

A experiêniaexigevários uidados noiníio, omo:

Aproura dossinaistemqueser amais preisapossível,poisoH1esquerdoprojeta

seuaxnio até oladodireito, evieeversa, assimpodemosenontrar osinal doH1

direitoe doesquerdo noesquerdo nomesmo eletrodo.

Tendo enontrado o sinal de um dos lados, devemos ter uidadodurantea proura

do sinal do outro lado, pois, podemos perder o sinal do neurnio já enontrado,

devido aomuniação entre os lados daabeça da mosa.

Sinais de outros neurnios próximos que podem ontaminar a aquisição, pois na

regiãodaplaa lobulartemos outrosneurnios quetambémliberampulsos quando

estimulados, porexemplo o V1.

Temosque ter uma boarelação sinal ruído(SNR)paraambososanais dosistema.

Uma vez ontornados os problemas iniiais signia que onseguimos um bom sinal.

Mas quando zemos as primeiras aquisições nos deparamos om alguns problemas que

requeriamsoluções. São eles:

Omonitoramentodos sinais de saída eentradadodisriminadorou mais

ompli-ado,pois tínhamosseis anais paraaompanhar (dois- esquerdo edireita -anais

para osspikesdigitalizados, dois anais para o monitoramentodo sinal analógioe

doispara aompanhar onivel mínimode disparodo disriminador),e somente dois

osilosópios.

(29)

om média zero. Essa diferença nas taxasde disparo aabava poluindo os raster,

pois, um lado sempre tinha muito mais spikes do que o outro fazendo om que o

rasterassemuito densodeumlado, eassimnão permitisseenxergarasestruturas

quedeveriam apareer devido àdireção preferenial de ada neurnio (gura 10).

Figura10: Taxade disparodolado direito48spk/segeesquerdo39spk/seg. Observamos

queo lado direito tem muito mais spikes

Apareeramspikesom intervalosde tempomenores queo tempode relaxaçãodos

neurnios queé de +/- 2ms, o que sugeriutestes no equipamento.

As mosas sobrevivem pouo tempo om os dois lados da abeça aberta, fazendo

omque tenhamos menos tempopara as aquisições.

(30)

Tentamos abordarada problema individualmentede formaque asse mais simples

entender o que estava oorrendo. Os problemas de unho biológio são de difíil

res-olução,mas oseletrniospodemosontornar,então partimosparaentenderoqueestava

oorrendo.

Começamos resolvendo o problema do monitoramento dos anais do disriminador,

para isso zemos um haveador para monitoramento dos anais (uma plaa que muda

entre os anais, ouseja, entre oseletrodos esquerdo e direito). Cada um dos anais (que

são dois)dohaveador, nos permitever: a saídadohead stage(sinal analógiodoH1),o

sinalquevaiparaohardware dediado(sinaljádigitalizado)eolimiarmínimodedisparo

(ovalormínimode tensãooqualodisriminadorenxergaaoorrêniade umspike). Isso

permitiuum melhoraompanhamentosem a neessidade de novosequipamentos.

Outra possibilidade, foi o uso de uma plaa da axon para esse aompanhamento, o

quefoi implementado posteriormente. Esta plaa permite olhar até 16anais

simultane-amente, também permitea realização de aquisições eletrosiológiasusando o programa

AxonSope. O Axonsope grava todo o sinal analógio do H1 (toda a urva), assim

podemosretirar ostemposdos spikesusandoo Matlabposteriormente. Fizemosalgumas

aquisições, usandoessaplaadaAxon,paraveriarapresençados spikesqueapareiam

om intervalosde tempomenores que2ms, o que disutiremosmais adiante.

Para tentar aompanharaquantidade de pulsosdisparados epara ajudarna

entral-ização domonitor usamos um ontador de spikes (ver gura 8)que nos dá uma taxa de

disparoaproximadaemtemporeal. Esseontador,ontaquantosspikesháemumajanela

de tempo de nove segundos e mostra esse valor durante aproximadamente 1 segundo, o

quenos dáuma noção aproximada dataxa de disparo de ada H1.

Após termos melhorado a forma de monitorar o equipamento, termos uma formade

observar a taxa de disparo aproximada de ada H1, de forma isolada e em tempo real,

passamosaabordarasituaçãomaisompliadaquefoiosurgimentodespikesommenos

de 2ms de intervalo entre eles. Isso não deveria oorrer, pois o tempo de oorrênia de

um spike é de mais ou menos 1ms e o neurnio preisa de mais 1ms de desanso para

liberar outrospike,assim não poderíamoster intervalos entre spikes om menos de 2ms.

Nós tínhamos alguns suspeitos a averiguar: outros neurnios poluindo as aquisições

(de repente a loalização dos eletrodos preisaria ser revista devido à possibilidade de

estarmospegandoalgunsdosvertiais),odisriminador(algumproblemadehardware)ou

(31)

Começamos por prourar nas mosas um outro lugar para pegarmos o sinal do H1,

então montamos várias mosas e pegamos o sinal do H1 em loais diferentes da plaa

lobular para ver se o problema era na posição dos eletrodos, pois este poderia estar

pe-gandooutrosneurnios, queapesarde nãoresponderem nadireçãodoH1,liberampulsos

aleatórios, omo no aso do V1. Veriamos que apesar da troa de lugar dos eletrodos

ou da impedânia dos eletrodos, a presença dos spikes om menos de 2ms ontinuava,

indiando -nos aprourar algonohardware.

Esgotadasaspossibilidadesomasmosas,passamosainvestigarohardware. Começamos

prourando algona parte analógia,entre os Head Stage eo disriminador (nessa époa

sem o ltro tipo Bessel). Fizemos alguns testes para ver se o sinal de um lado estava

ontaminando o outro, ou seja, se o sinal do lado direito estava passando para o outro

esquerdo, ou oontrário, emalgum pontodo front end analógio.

Otestedaparteanalógiaonsistiade: estandoomsinaldosdoislados,nós

desone-távamos em alguns pontos, nos quais ahávamos que o sinal poderia estar se ruzando.

Esses pontos poderiam ser naentrada do disriminadorouno pré-ampliador.

Os passos doteste eram:

Retiraroanal esquerdodaentrada dodisriminadorefazeruma aquisiçãosó om

oanal direito;

Retiraro analdireito daentrada dodisriminadore fazeruma aquisição sóom o

analesquerdo;

Reonetarambosos anaisno disriminador;

Retirar no pré-ampliador o anal esquerdo e fazer uma aquisição só om o lado

direito;

Retirar no pré-ampliador o anal direito e fazer uma aquisição só om o lado

esquerdo;

Reonetaros dois anais nopré-ampliador ;

Retirar o o de referênia do lado esquerdo e fazer uma aquisição só om o lado

direito,

(32)

Figura 11: Esquema fora de esala para representar o sistema de aquisição omo foi

montado primeiramente. O teste da parte analógia do sistema de aquisição foi feito

baseado nesse esquema. Esse esquema vale para amosa virtual e averdadeira.

Quando desonetávamos os os de referênia, o ruído do lado que estava sem o o

de referêniaaumentava, mas osinal era failmentedisriminadopeloequipamento,uma

vez que aterrássemos os Head Stage, pois o o de referênia serve para o aterramento

daabeça damosa. Oesquema do teste analógiopode ser visto nagura 11.

Ligado Desligado Esquerda Direita

Spike Intervalo % Spike Intervalo %

<2ms <2ms

esq. edir. (normal) 46101 4597 9,97 51448 113 0,22

disriminadordir. disriminadoresq. X X X 35454 22 0,06

disriminadoresq. disriminadordir. 34433 424 1,23 X X X

pré-amplif. dir. pré-amplif. esq. X X X 53155 14102 26,53

pré-amplif. esq. pré-amplif. dir. 37600 186 0,46 X X X

oderef. dir. oderef. esq. 32400 3392 10,47 41119 766 1,86

oderef. esq. oderef. dir. 60089 3161 5,76 10235 1208 11,80

Tabela1: A tabelamostraquantidadede spikesomintervalosde tempomenores de 2ms

om uma aquisição de 5 minutos. Os X indiam que não há valores nesses loais, pois

estavamdesligados.

A idéia era veriar se o sinal de um lado estava ontaminando o outro, veriando

assim o que hamamos de rosstalk. Infelizmente os spikes om intervalos menores de

2ms ontinuavam a existir, omo pode ser visto na tabela 1, então a possibilidade do

pré-ampliadorestar om problemafoi desartada, poisquando retirássemoso onetor

(33)

desartavaa idéia dosinal estar ruzando nesse ponto. O quenos levou arer que havia

algo erradodo disriminadoraté o omputador.

Figura 12: Tela do programa AxonSope responsável pela aquisição analógia do sinal

dos H1. A tela de ima é oeletrodoesquerdoe ade baixoé oeletrododireito. Nota-se a

ausênia de alguns spikes presentes naaquisição analógia.

Coloamos a plaa Axon para auxiliar no monitoramento do experimento. Fizemos

uma aquisiçãosimultâneaom o disriminadordigital(nosso sistema de aquisição

multi-anal) e da plaa Axon (que faz uma aquisição analógia). Com a aquisição simultânea

poderíamos veriar a ausênia ou a presença dos spikes om intervalode tempo menor

de2ms,desdequeonseguíssemos identiarumaseqüêniade spikesnaaquisiçãodigital

ena analógiapara omparar.

Quando omparamos ambas as aquisições vimos que os spikes om intervalo menor

de 2ms existentes no sistema digital não existiam na aquisição do sistema analógio. Se

osspikes estivessem passando de um anal para o outro veríamosna aquisição analógia

spikes oinidentes em ambos os anais, o que não se veriou na região em que o

sis-temadigitalapresentou osspikesomintervalosde tempomenores de 2ms. Naaquisição

analógia os spikes om menos de 2ms não existiam e na aquisição digital esses spikes

(34)

dis-Para identiar uma seqüênia de spikes usamos o estímulode onda quadrada, onde

é fáilidentiar o padrão de resposta de um dos H1. Na gura 12vemos um momento

emque oneurniodireitoestá disparando(eletrodoesquerdo) e oneurnioesquerdo está

quase sem responder (eletrodo direito), o que era de se esperar devido a seus sentidos

prefereniais. Uma vez identiado um dos spikes fazia-se a diferença entre esse que foi

identiado e seus próximos, assim onseguíamos identiar uma seqüênia de spikes.

Ao veriarmos que os spikes om intervalo de tempo menor de 2ms não apareiam na

aquisição analógiafeita om o Axon, onrmamos mais uma vez que havia algoerrado

om odisriminador.

Abaixotemosumexemplodeaquisiçãonoqualtemososspikesomintervalomenores

de2ms, presentes nodisriminadordigital(tabela2)eo mesmotrehodaaquisiçãovisto

noAxonna gura12. Observandoa tela doAxonSope vemos aausênia dos spikesque

estãopintadosde inzanatabela. Osvaloresdatabelaestãoemsegundos. Osvaloresda

aquisição analógiasão menores devido ao fato de oorrer um pequeno atraso de 254ms

em relaçãoao iníioda aquisição digital.

Tempo dos spikes direito(segundos) Tempo dos spikesdireito (segundos)

Digital Analógio Diferença Digital Analógio Diferença

1,101032704 0,846339 0 1,038573056 0,783879352 0

1,241187584 0,98649388 0,140154880 1,03860992 0,783916216 3,686400E-05

1,289323264 1,03462956 0,188290560 1,050135296 0,795441592 0,011562240

1,297745408 1,043051704 0,196712704 1,050172928 0,795479224 0,011599872

1,393639424 1,13894572 0,292606720 1,0587008 0,804007096 0,020127744

1,429316608 1,174622904 0,328283904 1,05873792 0,804044216 0,020164864

1,451533824 1,19684012 0,350501120 1,068759552 0,814065848 0,030186496

1,459988224 1,20529452 0,358955520 1,068800256 0,814106552 0,030227200

1,470697728 1,216004024 0,369665024 1,076024832 0,821331128 0,037451776

1,606174464 1,35148076 0,505141760 1,076061696 0,821367992 0,037488640

1,733632768 1,478939064 0,632600064 1,081890816 0,827197112 0,043317760

Tabela2: Doladodireitotemosalgunsexemplosdespikesommenosde2msdediferença.

Osspikesemvermelhosão osproblemátios. Nota-se quea diferençadoposteriorpara o

anterioré menor que2ms.

Retiramosodisriminadorparaumaveriaçãoedesobrimosqueeletinhaumdiodo

em urto,oque estavainueniandonolimiarde omparaçãode baixoníveldo

(35)

intervalosde tempo menores de 2ms, poisoerro estava somente emum anal eos spikes

apareiam emambosos anais.

Figura 13: Mosa virtual. a - a mosa virtual vista lateral, b - o spike eletrnio,

-geradorde spikeseletrnios, d -a mosa virtual vistade ima.

A suspeita ontinuavasobre odisriminador. Tentamos umanova abordagemquefoi

simular (ingenuamente) a abeça damosa usando um pequeno reipiente(onde zemos

duas avidades para representar os lados da abeça da mosa om uma pequena

omu-niaçãoentre os lados), e um geradorde spikes eletrnio. Preenhemos essas avidades

om ringer, que é um liquido que oloamos na abeça da mosa quando esta omeça a

sear.

O gerador de spikes eletrnio tem uma freqüênia ajustável, então ada lado tem

umafreqüêniadiferente. Inserimosuma freqüêniaonstante, para analisarmosastaxas

de disparo que teríamos de ada lado. Usamos o mesmo método desrito na gura 11

para ver seontinuavamosspikesom intervalosde tempo menores de 2ms.

A idéia de usar uma mosaeletrnia era que, porsabermos afreqüênia que

estáva-mos oloando, tornaria mais fáil enxergar o possívelproblema. Tambémpara failitar

(36)

Simulamoso sinaldoH1 atenuando osinalsaído dogeradorde spikesera de 10000

vezes para termos um valor próximo à voltagem de disparo do H1. O spike gerado pelo

geradorde spikespodeser vistonagura13.b;nós oonstruímosdeformaaser pareido

om ospikeda mosa.

A idéia era ver se o disriminador estava dupliando alguns spikes. O que não foi

onrmado, pois nos raster vimosque as taxas estavam orretas, desde que o nosso

ger-ador de spikes estivesse ligado direto no disriminador. Os spikes duplos não apareiam

quandooloávamosogeradordespikesdiretonodisriminador,elessóoorriamquando

injetávamos na mosa virtual indiando a presença de um ruído ou algo que estava se

inorporandoao sinal que saíadaabeça da mosavirtual.

Figura14: Mostra apresença de spikesduplos devidoaaltafreqüêniaassoiada ossinal

doH1

Durante o proesso om a mosa virtual foi observada uma omponente de alta

freqüênia no sinal que estaria interferindo no disriminador, devido ao fato deste ser

muito rápido. Esta alta freqüênia que estava se assoiando ao sinal fazia om que ele

identiassealguns spikesomo seoorressem dois (vergura14). Essa era aorigemdos

spikes om intervalos menores de 2ms. O sinal estava muito instável, então foramfeitos

(37)

(ver gura16).

Essesltrospermitiramumaaquisiçãomaislimpa,ouseja,boapartedosnossosspikes

duplos(spikes om intervalosmenores de 2ms) sumiu,indiando queteríamosde oloar

ltros melhores. Os ltros atenuavam demais o sinal, de forma que foram substituídos

porum ltroativodotipoBesselde tereiraordemquepermiteapassagemde sinaisom

freqüênia entre 300Hz e 5Khz. Com a utilizaçãodesse novo ltro tivemos uma redução

signiativa dos spikes indesejados sem a atenuação dos ltros passivos. Faremos uma

brevedesrição dos ltros naseção posterior.

Nagura15mostramosadiferençadosinalomesemosltros. Oquepossivelmente

estava aonteendo é que um ruído externo de altafreqüênia estava se inorporandoao

sinal do H1, através do eletrodo, e omo o disriminadortem resolução o suiente para

enxergara variaçãodo sinal, ele interpretava uma queda devido à altafreqüênia que se

inorporava aosinal omo outro spike eassim, surgiam osspikesom intervalosmenores

de2ms, eodisriminadorenviavaparaohardware dediado2spikesaoinvésde 1. Como

podemos ver na gura 14 alguns spikes duplos apareem devido a esse ruído de alta

freqüênia.

Figura 15: Comparação entre os spikes om e sem os ltro. O spikes da esquerda está

sem oltro e o dadireita está om o ltro

4.2 Filtros Lineares

Filtros são dispositivos que têm por nalidade eliminar sinais de uma determinada

(38)

tores), ou ativo, quando emprega omponentes ativos (transistores, iruitosintegrados,

et.)

Um ltro linear aplia um operador linear a um sinal de entrada que varia om o

tempo. Os ltros lineares são muito omuns na eletrnia e no proessamento de sinais

digitais. Elessãoomumenteutilizadosparaeliminarasfreqüêniasnão desejadasde um

sinal de entrada ou para seleionar uma freqüênia de um sinal. Independentemente se

eles são eletrnios, elétriosou meânios, ou emquais faixas de freqüênia trabalhem,

ateoria matemátiados ltros linearesé amesma.

Existem vários tiposde ltros lineares,entre eles:

Um ltro passa-baixa: que permite a passagem de freqüênias abaixo de sua

fre-qüêniade orte.

Umltropassa-alta: quepermiteapassagemdefreqüêniasaimadesuafreqüênia

de orte.

Umltropassa-faixa: quepermite apassagem apenas de uma faixade freqüênias.

Umltrorejeita-faixa: quepermiteapassagemde todasasfreqüêniasforade uma

ertafaixa.

Umltropassa-tudo: quepermiteapassagem detodasasfreqüênias,porémaltera

arelação de fase entre elas.

Dos ltros aima relaionados, o que nos interessam são os passa-alta, passa-baixa e

passa-faixa. Os ltros passa-faixa podem ser onstruídos a partir de ombinações entre

osltros passa-baixae passa-alta.

4.2.1 Filtro Passivo Passa-Alta

Um ltro passivo passa-alta (gura 16.b) é um ltro que permite a passagem das

freqüênias altas om failidade, porém atenua (ou reduz) a amplitude das freqüênias

abaixo da freqüênia de orte. A quantidade de atenuação para ada freqüênia e a

freqüênia de orte variade ltropara ltro.

Ele é muito utilizadopara bloquear as freqüênias baixas não desejadas emum sinal

(39)

onsideradas altas ou baixas quando estão aima ou abaixo da freqüênia de orte,

respetivamente.

O ltro passivo passa-alta mais simples existente onsiste de um apaitor em série

omumresistor. Ovalordaresistêniavezesovalordaapaitânia(R

C)éaonstante

de tempo; ela é inversamente proporional à freqüênia de orte, e o valorda amplitude

de saída dosinal é igual a metadedovalordaamplitude de entrada:

f

=

1

2

πRC

(4.1)

Onde: f é afreqüênia, dadaemhertz, Ré ovalorde Resistênia,dado emomhs eC éo

valordaapaitânia, dado emfarads.

Figura 16: Filtros passivos. a - Filtro passivo passa-baixa om freqüênia de orte

de(4khz), b -o ltro passivo passa-altatefreqüênia de orte3Khz

4.2.2 Filtro Passivo Passa-Baixa

Oltropassivopassa-baixa(gura16.a)éonomeomumdadoaumiruitoeletrnio

quepermiteapassagemde baixasfreqüênias semdiuldadeseatenua(ou reduz)a

am-plitude das freqüênias maiores que a freqüênia de orte. A quantidade de atenuação

para adafreqüênia variade ltro para ltro.

Um iruito eletrnio simples que funiona omo um ltro passa-baixa onsiste de

um resistorem série om um apaitor. O apaitor exibereatânia, e bloqueiaos sinais

de baixa freqüênia, fazendo om que eles passem pela arga. A freqüênia mais alta

reduz a reatânia e o apaitor onduz om failidade as altas freqüênias. A freqüênia

(40)

tempoque oapaitor levapara searregar. Oapaitor levaum períodode tempopara

arregar e desarregaratravésdo resistor:

Figura17: Filtro ativo tipoBessel tereiraordem om orte entre 300Hz e 5KHz

As baixas freqüênias exigem um tempo longo para que o apaitor se arregue

até atingir pratiamente a mesma voltagem que a tensão de entrada. As altas

freqüênias o apaitor tem tempo apenas para uma pequenas arga antes que as

entradas invertam sua polaridade.

Asaídasobeedeseapenas umapequenaquantiadetempoomrelaçãoàssubidas

edesidas daentrada. A uma freqüênia dobrada, existe tempo apenas para que o

(41)

4.2.3 Filtro Ativo

Um ltro ativo (gura 17) é um tipo de ltro eletrnio analógio, que se distingue

dos outrospelouso de um oumais omponentes ativos, quepodemproveralguma forma

de ampliação da potênia. Tipiamente estes omponentes podem ser uma válvula

terminia,um transistor ouum ampliador operaional.

Emeletrniaeproessamentodesinais,umltrotipoBesseléumavariedadedeltro

linear om uma resposta de fase o mais plana possível. Os ltros Bessel são omumente

utilizadosemsistemas de rossover de áudio.

A esolha pelo ltro ativotipoBessel foi devido àsua relaçãoótima quando se trata

(42)

5 Resultados

5.1 Resultados dos Testes

Apresentaremos a seguir alguns rasters e as taxas de disparo de alguns estímulos.

Osestímulos usados são de 20 segundos, então ada linha do raster é uma apresentação

do estímulo à mosa. No aso dos rasters apresentados aqui todos foram feitos om o

estímulodesorrelaionado ommédia zero; sendoque noestímuloapresentado nagura

9, notamos erta inversão na parte repetida (0 a 10 segundos) que é o que esperávamos

ver. Outra oisaadizeréquenos gráosabaixo,asrepetiçõesnoaso estãosereferindo

aoeletrodoenão aoneurnio registrado.

Figura 18: O raster de duas aquisições om o mesmo estímulo. As repetições dos lados

direitoeesquerdosãoemrelaçãoaoeletrodo-A:rasterdeuma aquisiçãoquetem muitos

(43)

No omeço dos testes, quando ainda não estávamos om os ltros, zemos algumas

aquisiçõesparatestaroequipamento;porexemplo,nagura18.Adoladoesquerdohavia

25989 spikes, desses 1510 tinham intervalos de tempo menor que 2ms, era de 6% dos

spikes eram suspeitos. Do lado direito havia 8514 spikes, desses, 965 tinham intervalos

de tempo menor que2ms; era de 11%dos spikes eramsuspeitos. A taxa de disparodo

ladoesquerdoéde 35spk/segedoladodireitoé11spk/seg. Oestímulofoiapresentadoà

mosamais oumenos35vezes, oquedáumtempototaldeaproximadamente11minutos

de aquisição. O problema dataxa de disparo diferente, neste aso, pode ter sido devido

à falta de alibração no iníio da aquisição. Reparamos que, apesar de termos muitos

spikesom intervalosmenores de 2ms, notamosqueasestruturas de respostade ada H1

émantida.

Depoisde oloadooltroativotivemos umaredução signiativados spikesduplos,

porexemplo: emumadasúltimasaquisições,doladoesquerdohavia96054spikes. Desses,

13 tinham intervalos menores que 2ms, era de 0,013% dos spikes eram suspeitos. Do

ladodireito havia128385spikes, 04tinhamintervalosde tempomenor que2ms, erade

0,003%dos spikes eram suspeitos, om taxas de disparoesquerdo de 44 spk/seg edireito

de 59spk/seg (ver gura18.B). Esta aquisição tem 40minutos.

Figura 19: Raster de um estímulo de onda quadrada no qual tivemos taxa de disparo

(44)

de um ltro ativo,pois,os passivosatenuavam demais osinal doH1. Por isso, a esolha

do ltro ativo tipo Bessel de tereira ordem; pois ele não atenuava o sinal e retirava as

freqüêniasindesejáveis, que estavamseinorporandoaele, além de ser omelhorquando

usadopara o aso de sinaisom transientes.

Então foineessárioinorporarnosistemade aquisição,umpaotedeltrosdeordem

maior, para eliminarmos possíveis omponentes de freqüênias altas que nos permeiam,

poiso sistema émuito sensível a interferênias, omo podemos notar nagura 15.

5.2 Raster

Figura 20: A gura mostra o estímulo e dois rasters feitos om mosas diferentes,

mostrandoa reprodutibilidade.

Umavez queonseguimosfazeraquisiçõesde formaaterpouosspikesduploszemos

umasérieomtemposdeorrelaçãodiferentes. Nesserasterépossívelveriaradireçãoe

(45)

liberapulsosespontâneosindependentedoestímuloaoqualéapresentado, porissovemos

algunsspikesdurante o momentoemque elenão deveria estar disparando.

O melhor raster para ver o sentido preferenial de ada H1 é aquele om o estímulo

de onda quadrada, no qualexitamos um H1 de ada vez(ver gura19).

Nagura20vemososrasterdeestímulosiguais;noasoéoestímulodesorrelaionado

ommédiazero. Podemosnotarqueapesarde seremmosasdiferentes,elessão pareidos

mostrandoa reprodutibilidadeda experiênia.

5.3 Taxas de Disparo

Apresentamos abaixo várias taxas de disparo para os H1 esquerdo e direito, de três

mosasdiferentes, om estímulos e temposde orrelação diferentes. Ostempos de

orre-lação estão embin, ada bin tem 2ms. Nota-se que não temos um padrão, namosa 1 o

H1 esquerdo dispara mais e nas mosas 2 e 3 é o H1 direito que dispara mais. Esta é a

diuldadena realização de experimentos, pois não temosontrole sobre isso.

Mosa 1 Mosa 2 Mosa 3

Estímulo Direita Esquerda Direita Esquerda Direita Esquerda

(spk/seg) (spk/seg) (spk/seg) (spk/seg) (spk/seg) (spk/seg)

Calibração 54 56 28 20 41 31

Tempo de 62 68 58 55 59 44

orrelação = 0

Tempo de 63 68 64 62 78 50

orrelação = 2

Tempo de 69 76 65 59 70 53

orrelação = 4

Tempo de 49 51 75 87 75 48

orrelação = 6

Tempo de 66 65 80 82 101 78

orrelação = 8

Tabela3: A tabelamostra ataxa de disparo de ada H1 para mosasdiferentes

Esperava-se este resultado, pois os H1's não devem ser simétrios. Notamos isso

enquanto ahamos o sinal, a maioria das vezes um dos H1 responde mais que o outro.

Mesmo fazendo a alibração om o estímulo de onda quadrada as taxas são diferentes.

(46)

Na gura 21 observamos as taxas de disparo para diversos estímulos om mosas

diferentes enotamos quenão há relaçãoentre elas.

Um problema freqüente são mosas que têm um H1 que responde muito mais que o

outro,atrapalhandobastantea aquisição,é oaso da gura10,ou seja,paree queo H1

não está perebendo oestímuloà sua frente.

Figura21: Taxa de disparo para diferentes tempos de orrelação juntoom a alibração.

(47)

6 Conlusões

Durante os testes do sistema de aquisição multianal surgiram várias situações que

preisavamser ontornadas. Algumasforamruiaisesuaresolução desumaimportânia

para avalidação dosistema.

Podemos armar que onseguimos ontornar alguns dos problemas de forma

satis-fatória,prinipalmenteosrelaionadosàeletrniadosistemade aquisição. Osproblemas

relaionados à forma biológia infelizmente não temos omo ontorná-los, de forma que

estamosamarradosàsituaçãoapresentadaaada mosaquemontamosparaaaquisição.

Os problemas biológios presentes no experimento, perebidos durante os testes do

sistema de aquisição foram: o fato de a mosa morrer mais rápido quando os dois lados

daabeça estão abertos, quando omparado om a formaanterior de montagem, que só

seabria umlado. Mesmoamosaestandoalimentadaeomringer nasua abeçaelanão

tem sobrevivido o suiente, o que aarreta em menos tempo para as aquisições. Outro

problema tambémrelaionado a essa parte biológiaestá na proura dos sinais de ada

H1,pois é neessária uma loalizaçãobastante preisapara eles.

Como temoso registrodos dois H1's éinevitável aomparaçãoentre astaxasde

dis-paroapresentadasporadaneurnio,assimaparee ofatode termosH1'squerespondem

muito mais que o outro quando olhamos para suas taxas de disparo. Não temos omo

ontornar esse tipo de situação sem troarmos a mosa. Outra oisa é pensarmos num

modomelhorde alibraçãoparatermosumataxade disparoaproximadamenteigualpara

ambosos lados.

Dos problemas eletrnios apresentados onseguimos ontornar todos. Os mais

rel-evantes foram: o monitoramento dos anais do disriminador e os spikes om intervalos

de tempomenores de 2ms (spikes duplos). O problema domonitoramentodos anais do

disriminador foi relativamente fáil de ser resolvido om o arésimo de um haveador

(48)

O problema dos spikes om intervalosde tempo menores de 2ms neessitava de uma

soluçãopara validaro sistemade aquisição. Este,foi resolvidoquandoaresentamos um

ltro ativo do tipo Bessel de tereira ordem, o qual eliminava o ruído que fazia surgir

os spikes duplos. Ele eliminava freqüênias abaixo de 300Hz e aima de 5kHz que se

inorporavam ao sinal do H1 no eletrodo, assim passando por toda a parte analógia,

permitindo que o disriminador enxergasse alguns spikes omo se fossem dois, fazendo

apareer osspikesque tinhamum intervalode tempomenores de 2ms.

Esse ruídode altafreqüêniaqueseinorporaaosinalpodeser eliminadoomoltro

queoloamosouusando umagaiola de Faraday. Nãosabemos sua origemaoerto, mas

deveser provenientedeomputadoresligadosnaregiãodolaboratório,redeelétria,redes

wireless,oloadas próximas, assim ontaminando nosso sistema.

Paraofuturotemosalgumaspretensõesemrelaçãoaosistemaatual,quantoàanálise

de dados e ajustes no sistema de aquisição. Em nível de ajustes queremos aperfeiçoar

o uso da plaa Axon, tanto em monitoramento quanto para aquisições extraelulares.

Podemos dizer que o monitoramento melhoraria bastante, pois poderíamos ver os seis

anaisao mesmotempono omputador. Coisa que hoje não é possível.

Queremos oloar tambémumpaotede ltrosmaisrobusto. DotipoBesseldesexta

ordem para termos uma suavização melhor do sinal e assim eliminarmos o problema do

ruídode altafreqüênia quenos permeia.

Tambémpretendemos utilizar dois monitores noestudo das interaçõesentre osH1's,

simulando a rotação e a translação de forma mais eiente, para podermos apresentar

estímulos diferentes para ada olho.

Uma outra possibilidade é ouso da teoria daInformação de Shannon para estudara

transmissãodainformaçãode um edos dois H1'seompararmosoquantode informação

extra étransmitida quando temos os dois H1's.

Alémdisso,queremostambémalularosltroslinearesdeprimeiraesegundaordem

para a reonstrução dos estímulos, omparando-a quando feita om um só H1 e usando

(49)

Referênias

[1℄ Borror, J.B., Delong, D.W. Introdução ao estudo dos insetos. São Paulo: Edgar

Blüher,[1988℄.

[2℄ A. Borst. Noise, not stimulus entropy, determines neural informationrate. Journal

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[3℄ A.Borst, J.Haag. Neural networks inthe okpitof the y.Journal of Comparative

Physiology A, 188(6),419-437, [2002℄.

[4℄ A.D. Brisoe, L.Chittka. Theevolutionof olorvision ininsets.AnnualReview of

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[5℄ M.H. Dikinson, F. 0. Lehmann, S. P. Sane. Wing rotation and the aerodynamy

basis of inset y. Siene,bf 284, 1954-1960, [1999℄.

[6℄ J. K. Douglass, N. J. Strausfeld. Retinotopi pathways providing notion seletive

informationtothe lobula fromperipheralelementary motion-detetingiruits.The

Journal of Comparative Neurology, 457, 326-344, [2003℄.

[7℄ K. Hausen. Monokulare and Binoulare Bewegungsaswertung in der Lobula Plate

der Fliege.Verh. Dtsh. Zool. Ges., 49-70, [1981℄.

[8℄ K. Hausen. The lobula-omplex of the y: Struture, funtion and signiane in

visualbehaviour. In M.A. All. Photoreeption and vision in invertebrates,[1984℄.

[9℄ M.F. Land,T. S.Collet.Chasingbehaviourof houseies (Fanniaaniularis).

Jour-nal of Comparative Physiology, 89, 331-357, [1974℄.

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[11℄ M Alpine. J.F. (ed.) Manual of Nearti Diptera. vol. 1, 2 e 3. , Canadá , Researh

Branh Agriulture, [1989℄.

[12℄ F. Rieke. Physial priniples underlying sensory proessing and omputation. NEC

Researh Institute, Tese de doutorado,229p, [1991℄.

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no sistema visual da mosa, Instituto de Físia de São Carlos, USP, Dissertação

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[14℄ K.Vogt. Is the Fly VisualPigment a Rhodopsin?.Z. Naturf,38, 329-333, [1983℄.

(50)

pig-ANEXO A -- Classe dos Insetos

Ordem

Diptera

Os insetos perfazem mais de 800 mil espéies atalogadas (fato que justia uma

iênia para estudá-los: a Entomologia). Destas, aproximadamente120 mil são mosas.

Dos animais terrestres, os insetos são os mais abundantes, mais bem suedidos e mais

diversamentedistribuídos.

São osmais importantes invertebrados poispodemviveremloaisseos,esão os

úni-osapazes devoar. Aapaidadede voar permite-lhesesapardos inimigos,apturarem

presase enontrar pareiros para areprodução.

O seu tamanho variadesde menores que o maior protozoário (0,25 mm ou menores)

até maiores que o menor vertebrado (besouros om 26 m de omprimento ou libélulas

om 28mde envergadura de asa).

São abundantes emtodoohabitat,exeto nomar. Ainda queamaioriasejaterrestre

ouaérea, várias espéies vivemem água salobraou doe, solo, plantase dentroou sobre

animais,embora raramente matemos seus hospedeiros.

Nãoháerteza domotivoparaotremendo suessoevolutivodestesanimais,mas,das

suas araterístias prinipais, sem dúvida, a apaidade de voar aabou possibilitando

essa dispersão máxima. Outroaspeto importanteé ofatode serem animaispequenos, o

quepermite oupar miro-habitat,inaessíveisa outros animais.

Osinsetosapresentam ilode vidaurto,porissopodemsemultipliarrapidamente

em ondições favoráveis. Na gura 22 temos um exemplo de oleópteros (besouros ou

esaravelhos). Um únio asal de oleópteros pode produzir, em apenas 432 dias,

de-sendênia suiente para oupar a totalidade do volume da Terra! Assim, as espéies

predadorassão muito importantes para ontrolar o número de insetos.

(51)

espeia-Figura22: Exemplo de um oleópetro espéie Streptoerus speiosus

estudos nas últimas déadas, tanto no aspeto neurosiológio [7, 3℄, omo no

aerod-inâmio[5℄que nos deu um erto onheimentosobre suas propriedades.

Os Dípteros onstituem uma das maiores ordens de insetos e seus representantes

abundam em indivíduos e espéies em quase todos os lugares. A maioria dos Dípteros

distingue-se prontamente dos outros insetos alados por possuir somente um par de asas,

orrespondenteaopar anterior,transformando-seopar posteriorempequenas estruturas

lavadas denominadashalteres, quefunionam omoórgãos de equilíbrio[1℄.

A ordem Díptera pode ser dividida emduas sub-ordens [11℄: Nematoera e

Brahy-era.

A sub-ordem Nematoera englobaosdípteros quepossuem antenas om mais de seis

segmentos livremente artiulados, omo os mosquitos (Culiidae), borrahudos

(Simuli-idae) eebotomíneos (Psyodidae). A sub-ordem Brahyera reúne aqueles dípterosque

possuem antenas om três a ino segmentos, sendo que o último pode ser anelado ou

portar uma arista.

Dentro de Brahyera e da infraordem Musomorpha (Antiga sub-ordem

Cylor-rapha),estãoasfamíliasalvosdestetrabalho. Osdípterosdestainfraordemsãoonheidos

omodípteros superioresou dípterosmusóides.

AsmosasdafamíliaCalliphoridaeeSarophagidae,dogêneroChrysomyatêmorigem

nas regiões tropiaise subtropiais doVelho Mundo, e foramintroduzidasno Brasil por

voltadoanode 1976. Três espéiessão enontradas hoje naAmériadoSul: C. albieps,

C. hloropyga, C. megaephala. Estas mosas possuem um alto grau de sinantropia e

(52)

abundantes emalgumas regiões dopaís, inlusive emBelo Horizonte. Suas larvas

riam-seem fezes e matériaorgâniaem deomposição.

Com o onheimentoadquirido nos últimosanos e afailidade de realizar aquisições

eletrosiológias,a mosatornou-se um exelentemodelopara o estudode sistemas

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