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4 ANÁLISE DAS TRADUÇÕES E DE SEUS POLISSISTEMAS Neste capítulo final, onde será feita a análise descritiva das

4.2 O TEATRO NO BRASIL NOS ÚLTIMOS CEM ANOS O que se propõe agora é um breve relato histórico do teatro

4.2.1 O Teatro em São Paulo

Os imigrantes italianos chegados em São Paulo a partir da metade do século XIX lutam por seus direitos civis essenciais. O Teatro Social é uma das armas pela busca de seus direitos. No Brasil, “os anarquistas peninsulares publicam jornais em língua italiana, abrem escolas, centros sociais, universidades populares, organizam atividades lúdicas e representações teatrais”80 (BOCCIA, 2007, p. 19). Os primeiros imigrantes italianos vinham para trabalhar nas fazendas, mas, a partir de 1928, acaba a subvenção brasileira para a vinda dos imigrantes e, com a crise da agricultura na Itália, a grande maioria dos imigrantes que chega a partir dessa data, prefere, segundo Boccia (2007, p. 21), permanecer na cidade, pois vê o campo como pobreza. Os novos imigrantes, então, começam a se instalar nos bairros de São Paulo, de acordo com suas regiões de origem, da seguinte forma, conforme Boccia (2007, p. 21): os napolitanos ficam no Brás, os calabreses no Bexiga, os chegados de Veneza preferem o Bom Retiro e os de outras origens se distribuem em Santana e Mooca. O crescimento foi tanto que em 1950 os estrangeiros e seus descendentes (de diversas nacionalidades, mas em sua maioria italianos) já eram a maioria dos habitantes de São Paulo, o que provocou uma “europeização de mentalidade e costumes”81 (RIBEIRO, apud BOCCIA, 2007, p. 21).82 A transformação dos italianos em cidadãos brasileiros ocorreu a partir da participação em ações e movimentos político-culturais, que de acordo com Boccia, contribuiu para a integração dos italianos com os brasileiros:

80 “[...] gli anarchici peninsulari pubblicano periodici in lingua italiana, aprono scuole, centri

sociali, università popolari, organizzano attività ludiche e rappresentazioni teatrali.”

81 “Europeizzazione della mentalità e dei costumi”. 82

Nesse intenso processo transcultural e de identidade em via de transformação, entre as ações criativas para entender e se fazer entender, o teatro foi um dos veículos e expressão e comunicação mais eficazes; um jogo de trocas e de opiniões, pleno de conflitos e catarses.83 (BOCCIA, 2007, p. 21)

O Teatro Social, a partir do início do século XX, em São Paulo, busca educar a comunidade de trabalhadores, com textos destinados à classe operária. Tem sua maior atuação, segundo Boccia (2007, p. 28), entre 1920 e 1924, com intensa produção de grupos de Teatro Social. A partir de 1930, até 1937, perde sua regularidade, só existindo com muita dificuldade. Desde então,

[...] até 1945, a predominância dos sindicatos e a repressão às organizações independentes destroem não somente o movimento político, mas especialmente o cultural. É importante observar que a polícia política impediu o funcionamento dos espetáculos teatrais semanais.84 (BOCCIA, 2007, p. 24)

Boccia (2007, p. 24) nos mostra que há divergências quanto à primeira apresentação do Teatro Social em São Paulo. Para Maria Thereza Vargas teria sido Primo Maggio, de Pietro Gori, em 1902; entretanto, segundo Edgar Rodrigues, seria mais antiga, uma peça anticlerical, Electra, de Pérez Galdes, em 1901, num sábado de aleluia, o que teria causado escândalo na sociedade paulista.

Quanto ao local onde se realizavam esses espetáculos, dois sobreviveram à modernização urbana chegando aos dias de hoje. São auditórios e não teatros, o palco não tem profundidade suficiente para receber cenário. Talvez isso explique porque pessoas que assistiram aos espetáculos daquela época, quando entrevistadas após décadas por Maria Thereza Vargas, não se lembram dos cenários, nem mesmo da caracterização dos personagens, mas lembram do cuidadoso processo de

83 “In questo intenso processo transculturale e di identità in via di trasformazione, tra le azioni

creative per capire e farsi capire, il teatro è stato uno dei veicoli di espressione e comunicazione più efficaci; un gioco di scambi e di opinioni, ricolmo di conflitti e di catarsi”.

84 “[...] fino al 1945 , la predominanza dei sindacati e la repressione portata alle

organizzazioni indipendenti distruggono non solo il movimento politico, ma specialmente quello culturale. È importante osservare che la polizia politica ha impedito il funzionamento degli spettacoli teatrali settimanali”.

elaboração dos textos. Imagina-se que, para eles, o mais importante era o texto teatral com sua mensagem ideológica e não a beleza estética das cenas.

Para Ferri (apud BOCCIA, 2007, p. 28), os imigrantes italianos ao chegar ao Brasil, pareciam querer mudar completamente a própria personalidade:

[...] ao contato com a cultura local desenvolvem atitudes criativas que mudam suas vidas. Alguns passam a trabalhar como atores, cenógrafos, poetas, escritores, fotógrafos, jornalistas e se integram nas atividades culturais do Rio de Janeiro e de São Paulo.85 (BOCCIA, 2007, p. 28) De acordo com Boccia (2007, p. 28) a arte dramática de fundo revolucionário foi um ato de emancipação cultural e uma escola de arte e de educação social, que serviu até mesmo para melhorar a expressão vocal e verbal dos operários.

Em 1905 funcionavam em São Paulo dois teatros, o Santana e o Politeama, além de uma sala para concertos, o Salão Stainway. Boccia (2007, p. 31) comenta que alguns anos mais tarde o jornalista Paul Walle, falando dos teatros de São Paulo, mencionou o Teatro Municipal, o Santana, o Politeama e o São José, e afirmou que eles funcionavam somente no inverno. Boccia diz ainda que na época existiam outras casas de espetáculo como o Teatro Boa Vista, o Apolo, o Casino Antártica, o São Paulo, o Palace Theatre, o São Pedro, o Colombo e o Variedade.

Um dos mais expressivos dramaturgos paulistas é Aluísio Jorge Andrade Franco (1922-1984). Jorge Andrade, como é mais conhecido, tem um ciclo de dez peças: Marta, a Árvore e o Relógio com grande variedade de temas. “Pelo lado técnico, o caminho percorrido por Jorge Andrade, entre 1955 e 1970, refaz o percurso, ou pelo menos uma das trilhas principais, do teatro brasileiro. Os seus primeiros dramas são dos mais realistas que possuímos” (PRADO, 1988, p. 95). Trata-se de um realismo com toques simbolistas e, mais tarde com efeitos expressionistas e teatralistas, nota-se que “a maioria dos títulos de Jorge Andrade comporta duas leituras, a literal e a simbólica” (PRADO, 1988, p. 95). Andrade tem tendência a fragmentar a realidade, em Rastro

85 “[...] a contatto con la cultura locale sviluppano attitudine creative che cambiano la loro

vita. Alcuni passano a lavorare come attori, scenografi, poeti, scrittori, fotografi, giornalisti e si integrano nelle attività culturali di Rio de Janeiro e San Paolo”.

Atrás, “estilhaça o espaço e o tempo” e “rompe a unidade do protagonista” (PRADO, 1988, p. 95). A Moratória mostra dois espaços e dois tempos simultâneos. Usa de cenários abstratos, com predomínio dos sentimentos subjetivos. “Ao produto resultante dessa fusão de tendências chamamos de realismo poético – a realidade psicológica e social, ainda existente, refratada por processos que visam a lhe dar maior alcance e originalidade artística” (PRADO, 1988, p. 96). Somente ao final do ciclo, Jorge Andrade rompe com o realismo, usando o metateatro em O Sumidouro e As Confrarias. O social suplanta o psicológico e o teatro, antes realista, torna-se político, dando a última palavra ao povo. Ele pode ter se prejudicado com sua evolução, pois “as últimas peças do ciclo envolvem projetos tão grandiosos, pedem número tão grande de atores e tal aparato cênico, que deixaram de ser representáveis, pelo menos de momento, por um teatro pobre como o nosso” (PRADO, 1988, p. 96).

Segundo Prado, as três últimas peças de Andrade podem ser consideradas uma trilogia sobre o artista, mostrando-o como homem, como membro de uma classe (a teatral) e como criador. “O Sumidouro aborda o tema intrincado das relações entre autor e personagem” (PRADO, 1988, p. 93). Não podemos deixar de lembrar de Pirandello com seu metateatro e seu drama entre personagens que procuram um autor.

O Teatro Oficina teve sua fase amadora de 1958 a 1961 e a fase profissional da Cia de Teatro Oficina, entre 1961 e 1973, apresenta-se como um continuador do Teatro de Arena e do TBC, unindo desses grupos a preocupação política e expressão do momento histórico do país, com o empenho estético e preferência pelo repertório estrangeiro. O apogeu aconteceu quando o mentor do grupo, José Celso Martinez Corrêa, encenou em 1967 O Rei da Vela, escrita em 1933 por Oswald de Andrade. José Celso soube aproveitar, enquanto encenador, os movimentos que o texto permitia, abrindo asas à imaginação.

O teatro agora passava por uma nova espécie de revolta que buscava atingir o homem como indivíduo:

Devia ousar tudo, explorar tudo, ir aos confins da razão, chegar ao desvario, à loucura, mesmo sob pena de não achar o caminho de volta. A droga, usada por Artaud, foi não raro o excitante de que se precisava para escapar à mornidão da normalidade. (PRADO, 1988, p. 114)

O teatro da crueldade favoreceu, segundo Prado (1988, p. 116) a reaproximação com a Europa, grande fornecedora de teorias estéticas. “O teatro da crueldade, para os encenadores, teve consequências bastante parecidas às do teatro do absurdo em relação aos autores” (PRADO, 1988, p. 117).

Mais tarde, José Celso criou o te-ato, um ato que ataria o espectador ao teatro. Augusto Boal, por sua vez, passou a dedicar-se ao Teatro Invisível, que segundo Prado (1988, p. 119) é invisível só para os outros, não para quem dele participa e conhece seus segredos.

4.2.1.1 O Teatro Municipal de São Paulo

O Teatro Municipal de São Paulo tem grande importância na história do teatro nacional. Por ali passaram importantes companhias nacionais e estrangeiras, colaborando na construção de nossa identidade artística. Vários nomes importantes no cenário nacional como diretores ou críticos de teatro deram ali seus primeiros passos começando como atores. A população somente teve acesso ao teatro de prosa naquele teatro, a partir de 1912, onde, além do português, se falou italiano, francês, inglês, russo, hebraico, tcheco, alemão, espanhol e catalão. Esse teatro representava nossa conexão com o mundo.

Os primeiros intercâmbios foram com os italianos, devido à grande colonização, e com os franceses, devido à educação humanista francesa predominante na época. As companhias estrangeiras, que iam a Buenos Aires em temporada no Teatro Colon, aproveitavam para vir a São Paulo, trazendo elencos integrais, diretores, iluminadores, cenógrafos e contrarregras.

Não havia muitos cenários, e os que se tinha eram reutilizados com poucas adaptações. Nas primeiras décadas a plateia era rigorosa com a ópera e com a dança, mas do teatro de prosa esperava apenas divertimento.

A qualidade dos textos apresentados no Teatro Municipal de São Paulo foi ressaltada em 1918 com Edmond Rostand, Tristan Bernard, Verneuil e Murge. Após um grande intervalo, os franceses retornaram em 1941 com o grande ator Louis Jouvet. Apesar da Segunda Guerra Mundial ocasionar dificuldades com o transporte, em 1944 a Comédie Française se apresentou no Municipal. Marcel Marceau veio duas vezes ao Brasil, a primeira em 1951, e a segunda, já com seu famoso personagem Bip, em 1957. Entre os tantos imitadores de sua pantomima esparsos pelo mundo, no Brasil temos Ricardo Bandeira, nosso único mímico reconhecido. O Teatro Nacional Popular também veio pela

primeira vez naquele ano, com Jean Vilar e a atriz Maria Casares. Em 1973 o Teatro Nacional Popular, com Roger Planchon, traz Tartufo, com uma concepção dramática, e não em tom de comédia como era conhecida.

A companhia de E. Zacconi foi, em 1913, a primeira companhia italiana de teatro de prosa a se apresentar no Municipal de São Paulo. A partir daí as companhias italianas, alternando-se com as francesas, se sucediam quase ininterruptamente. Clara Della Guardia veio em 1918 trazendo um repertório romântico; seu marido, Ernesto, tendo vindo morar no Brasil, tornou-se diretor do Municipal. Vieram: em 1925, Melato-Betrone; em 1929, o Teatro de Arte de Milão; em 1931, o Muse Italiche; em 1936 a Ópera Nacional Dopolavoro; em 1937 a Arte Dramática Bragaglia; em 1938 a Italiana de Comédia Paola-Borboni- Luigi Cimara; em 1951, com Vittorio Gassmann, a Compagnia Del Teatro Italiano e em 1989 o Piccolo Teatro di Milano. Italianos e franceses trazem nos primeiros anos “comédias ligeiras e dramalhões de enorme aceitação pública” (BRANDÃO, 1993, p. 78). Com o passar dos anos e a evolução do teatro no mundo ocidental, o nível eleva-se também no Brasil, até a efervescência dos anos 60.

As companhias inglesas estão mais presentes na década de 60, quando se colocam em questão todos os valores. Vivien Leigh acompanhou o Old Vic londrino e certo dia, acompanhada de Sabato Magaldi, assistiu a uma representação exclusiva para ela de Uma Rua Chamada Pecado (ou) Um Bonde Chamado Desejo, no Teatro Oficina. Em 1964, nos quatrocentos anos do nascimento de Shakespeare, os atores Ralph Richardson e Barbara Jefford trouxeram duas peças viajando com The Shakespeare Festival Company.

Também marcaram sua presença no Municipal, companhias de outros países como uma alemã, em 1929, que representou Klaus e uma israelita, que em 1936 representou O Idiota, baseado em Dostoiesvsky.

Foi preciso tempo para que o teatro brasileiro surgisse, pois ele se desenvolveu aos poucos, começando com dramas e comédias populares: Em 1921, a Companhia Dramática Nacional tem em Itália Fausta sua maior expressão. Mãe, de Russinol, é o seu grande momento. Nesse mesmo ano, num ato esporádico, tinha sido levada uma comedia, em três atos de Menotti Del Picchia, Suprema Conquista, que não se enquadrava nos moldes habituais, tinha uma certa pretensão intelectual. Em 1927, com uma Companhia de

Comédias, ao lado de Chaby Pinheiro e Manoel Durães em A Rosa de Outono, de Jacques Deval, e O Advogado Bolba e Seu Marido, de Berr e Verneuil. Ressentia-se da falta de uma dramaturgia nacional que somente apareceria com força nos anos 50, firmando-se nos 60. A partir de 1936, os brasileiros passam a ser mais assíduos ao Municipal. (BRANDÃO, 1993, p. 80)

Conforme se desenvolve o teatro nacional, as companhias estrangeiras fazem menos turnês. Com as transformações da cidade e da sociedade, após a crise do café, as poucas turnês estrangeiras que vêm ao Municipal são melhor selecionadas.

Em 1936, a Sociedade de Cultura Artística montou um texto de Alfredo Mesquita, num espetáculo organizado por Mario de Andrade, com Magdalena Lebeis e Abílio Pereira de Almeida no elenco. Abílio teve grande papel no TBC, na Vera Cruz e foi o dramaturgo que fustigou costumes nos anos 60. Em 38, Alfredo Mesquita teve outro texto montado: Casa Assombrada, com Irene Bojano.

Em 1937, Décio de Almeida Prado interpretou A Luva, de Julio Dantas com o Teatro Universitário do Grêmio da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Almeida Prado ficou conhecido como autor de uma história do teatro brasileiro e como crítico.

O ano de 1943 é memorável. Foi o ponto de partida “de uma jornada nacional, onde, a cada ano, ou a dramaturgia, ou a interpretação, ou a direção, ou os cenários seriam brasileiros” (BRANDÃO, 1993, p. 81). Foi o início de um teatro puramente nacional que teve, nos anos 40, um rápido desenvolvimento que prosseguiu em toda a década de 50, chegando ao auge nos anos 60. Em 43, foi a vez de Cacilda Becker em Auto da Barca do Inferno, com o Grupo Universitário de Teatro. Este grupo voltou novamente com Cacilda em 45, com A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente e cenários de Clóvis Graciano.

Em 44, o grupo Os Comediantes colocou-se na vanguarda do teatro nacional em menos de uma semana, após a apresentação, em 20 de junho, de Escola de Mulheres, de Molière, apresentou no dia 24 do mesmo mês, Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski, fazendo parte do elenco, que deixou a crítica perplexa e os espectadores aturdidos, Lina Grey, Carlos Perry, Brutus Pedreira, Armando Couto e Angelo Labanca. Armando Couto mais tarde tornou- se dramaturgo e Brutus Pereira crítico. Vestido de Noiva foi o marco da

modernidade absoluta do teatro nacional, mas na época a imprensa a apontou simplesmente como interessante produção.

Em 45, a peça Anapó, de Carlos Lacerda, teve cenários de Oswald de Andrade. O Grupo de Teatro Experimental representou outra peça de Carlos Lacerda: A Bailarina Solta no Mundo, junto com Os Pássaros de Aristófanes, com adaptação de Alfredo Mesquita; mais tarde montou de Oduvaldo Vianna, autor brasileiro, Feitiço.

A marca dos anos 70 foram os festivais internacionais e os programas de popularização do teatro. Uma promoção instituída que foi muito interessante foi o Mês Teatral, que consistia na apresentação diferente a cada noite dos melhores espetáculos do ano. Nesta época, foram deixados de lado preconceitos e radicalismos e aceitou-se no Municipal uma série de textos antes rejeitados, vendo-se agora o texto como obra de arte. Assim obtiveram sucesso no Municipal:

Um Grito Parado no Ar, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1973; Dois Perdidos Numa Noite Suja, de Plínio Marcos, em 1977; Navalha na carne, de Plínio Marcos, em 1980;

O Santo Inquérito, Dias Gomes, em 1978;

Murro em Ponta de Faca, Augusto Boal, em 1979; Na Carrêra do Divino, Soffredini, em 1980.

Além desses, se apresentaram ali as novas autoras: Consuelo de Castro e Maria Adelaide Amaral, com seu teatro inquieto, além de Nahum Souza com suas fantasias poéticas:

O Grande Amor de Nossas Vidas, Consuelo de Castro, em 1979; Bodas de Papel, Maria Adelaide Amaral, em 1979;

Aurora de Minha Vida, Nahum Alves de Souza, em 1982; Dona Doida, Nahum Alves de Souza, em 1991.

O Teatro Municipal se recicla trazendo novíssimas gerações de brasileiros a seu palco. Trouxe também o Nô japonês, em 78, com o rigor de seu apuro formal e, em 80, o Teatro Negro de Praga, com suas fantasias surrealistas.