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3 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES POLÍTICAS DESTINADOS AO ACESSO À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

15. Tecnólogo – Formação Produção

Cultural 1 1 16 Técnico em Contabilidade 1 1 17. Técnico em enfermagem 1 1 18. Técnico em Assuntos Educacionais 1 2 3 TOTAL 12 37 49

Fonte: Autoria Própria (2017).

Salientamos que, em alguns Editais, existem pessoas com deficiência que ainda não foram convocadas em concursos vigentes.

4 Editais de homologação que possuem pessoas com deficiência admitidas como servidores do IFRN: 14/2010 – DIGEP/IFRN, de 21/06/2010, DOU nº 118, 23/06/2010, seção 3, páginas 5-61 16/2010- DIGPE/IFRN, de 30/06/2010 publicado no DOU nº 124 de 01/07/2010, seção 3, páginas 86-88. 28/2011 – Reitoria/IFRN, de 15/09/2011, DOU 179, de 16/09/2011, seção 3, páginas 77-78. 29/2011- Reitoria/IFRN de 15/09/2011, DOU nº 179, seção 3, página 78. 14/2012 – DIGEP/IFRN, de 15/03/2012, DOU 53, de 16/03;2012, seção 3. 04/2014 – Reitoria/IFRN de 13/03/2014, DOU 50, de 14/03/2014, seção 3, páginas 59-62. 15/2014 – Reitoria/IFRN de 27/06/2014, DOU 122, de 30/06/2014, seção 3 , páginas 162-165. 20/2015 – Reitoria/IFRN de 18/09/2015, DOU 180 de 21/09/2015, seção 3, páginas 42-43. 23/2015 Reitoria/IFRN de 13/10/2015, DOU 196 de 14/10/2015,seção 3, páginas 44-45.

No Edital de Homologação 23/2015, publicado no DOU nº 196 de 14/10/2015, seção 3, páginas 44-45, foram convocados 12 tradutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais – (LIBRAS) para o atendimento de servidores e discentes surdos no IFRN. Dos convocados, 7 são do sexo feminino e 5 do sexo masculino. A Lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002, em seu Art. 1º, informa que:

É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados. Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. (BRASIL, 2002)

A convocação dos intérpretes LIBRAS no IFRN demostra um inicial cuidado em atender à demanda de discentes surdos e da legislação, como o Decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Apesar disso, torna-se necessário ressaltar que como IFRN possui 21 campi e Reitoria, 12 profissionais imprescindíveis à aprendizagem de pessoas com surdez, como tradutores e intérprete de LIBRAS, é uma quantidade insuficiente.

O Decreto n° 5.626, no seu Capítulo IV - do uso e da difusão da Libras e da Língua Portuguesa para o acesso das pessoas surdas5 à educação - no Art. 14,

assegura que as instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas, acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até à superior. O Inciso III desse artigo define que as escolas devem prover docentes de Libras ou instrutor de Libras e tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa. Fica claro na legislação que o ensino da Língua Portuguesa encontra-se como segunda língua para pessoas surdas (BRASIL, 2005).

Apesar de dez sujeitos revelarem não existir uma política de inclusão em seu campus, a presença de servidores intérpretes de LIBRAS nos doze campi pesquisados, tendo o Campus IFRN – Natal Central o maior número desses, é considerada pelos servidores parte da política interna de inclusão das pessoas com

5 Decreto nº 5 626 ,Art. 2o considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras (BRASIL, 2005).

deficiência. De toda forma, os sujeitos revelam que o número de servidores com essa especificidade é insuficiente. Para o sujeito 14 (2017):

As políticas de inclusão no IFRN ainda estão em processo de construção, caminhando vagarosamente. O primeiro concurso para tradutor interprete ocorreu apenas em 2015, porém a lei de Libras homologada em 2002 prevê a inclusão de um tradutor intérprete de língua de sinais; desde então foram disponibilizados, apenas um intérprete por campus, tornando difícil o trabalho do profissional na área devido a necessidade de mais tradutores para o atendimento eficaz dos alunos surdos. Além disso não há tecnologia assistiva, falta de material adaptado em libras, não há políticas de cotas de acesso à pessoa com necessidades especiais, entre outros fatores que dificultam a assistência dos alunos.

O Sujeito 14 (2017) lembra um grande obstáculo ao acesso das pessoas com deficiência ao IFRN, que é a ausência de uma política de cotas prevista na política de educação inclusiva como diretriz do PPP, como “adoção em programas de educação profissional, de políticas públicas de acesso, permanência e conclusão, no que se refere aos estudos das pessoas com necessidades educacionais especiais” (DANTAS; LIMA, 2012, p. 193).

Embora exista a adaptação das provas no processo seletivo, prevista em Lei, isso ainda é insuficiente, dependendo da trajetória do estudante com deficiência nas etapas iniciais da educação básica. A política interna de educação inclusiva, no PPP do IFRN, ressalta também em suas diretrizes a “abertura, em todos os processos seletivos da instituição, de espaços e de mecanismos adequados para pessoas com deficiência ou com limitações” (DANTAS; LIMA, 2012, p. 193).

Com base nas informações do Sistema Unificado de Administração Pública (SUAP), utilizado pelo IFRN, trezentos e dois discentes com deficiência adentraram a instituição por meio de processo seletivo. Os dados foram acessados no sistema em 29 de novembro de 2016. Tivemos acesso a essa informação por intermédio do e- mail institucional e, por isso, não sabemos exatamente qual o recorte temporal, ou seja, o período que foi estabelecido no sistema para gerar a informação. O seguinte quantitativo de discentes e suas deficiências foi informado pela assistência social da Direção de Gestão de Atividades Estudantis (DIGAE): 25 (deficiência auditiva), 77 (deficiência física), 10 (deficiência intelectual), 150 (deficiência visual), 22 (condutas típicas), 11 (superdotados/ altas habilidades) e 7 (deficiências múltiplas).

Por não termos maiores informações sobre o acesso de discentes com deficiência ao IFRN e, principalmente, sobre a permanência e saída exitosa dos

cursos pleiteados por estes, buscamos, neste estudo, apenas evidenciar as ações de ensino, pesquisa e extensão efetivadas para a inclusão de pessoas com deficiência.

O Quadro 7 sintetiza as impressões dos sujeitos sobre a política de inclusão para pessoas com deficiência.

Quadro 7- Impressões dos sujeitos sobre a política de inclusão para pessoas com deficiência no IFRN

MATERIALIZAÇÃO DA POLÍTICA INTERNA PARA OS