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Estrutura

• Hipertexto: sistema de negócios, equipe de projeto e base de conhecimento.

• Criação de novas funções e qualificações: diretor de conhecimento, gerente de projetos de conhecimento, bibliotecário, editor de conhecimento, integrador, sintetizador

• Remuneração variável baseada em desempenho individual, grupal e organizacional, como, por exemplo, prêmios, remuneração por resultados, participação nos lucros e participação acionária

• Remuneração por competências

Tecnologia

Internet Intranet Extranet Groupware,

• GED (gerenciamento eletrônico de documentos) • Workflow Data warehouse • Páginas amarelas • Repositórios de conhecimento Práticas de criação e aquisição de conhecimento

• Formação de comunidades de práticas, estudo, debate e socialização

• Uso de metáforas, analogias e protótipos no processo de comunicação

• Investigação imperativa

• Grupos sistemáticos de solução de problemas

• Análise sistemática de sucessos e fracassos da organização

• Uso de arquétipos de sistemas e laboratórios de aprendizagem

• Rastreamento de tecnologia • Sentinelas tecnológicas

• Contratação de indivíduos e compra de organizações • Aluguel de fonte temporária de conhecimento Figura 11 – Quadro com as dimensões e temas pesquisados (continua).

TEMA RELAÇÃO COM A GESTÃO DO CONHECIMENTO

Práticas de conversão de conhecimento

• Localização e mapeamento do conhecimento • Codificação do conhecimento

• Comunidades de prática e uso de tradutores organizacionais e objetos de fronteiras nas comunidades de prática

• Socialização entre especialistas • Atores focalizadores

• Visitas a centros de excelência, feiras, congressos • Estórias

• Mentoria • Rotinas

• Seqüenciamento da produção • Regras e padrões

• Grupos de discussão de problemas e tomada de decisão.

Práticas de utilização de conhecimento

• Desenvolvimento da memória organizacional e de repositórios de conhecimento • Experimentação • Rotinas dinâmicas • Advogados múltiplos Práticas de proteção de conhecimento

• Não codificação do conhecimento • Restrição à observação

• Divisão do conhecimento

• Aquisição de ativos co-especializados • Patentes

• Contrato e monitoração legal • Recompensas

Figura 11 – Quadro com as dimensões e temas pesquisados (conclusão).

No capítulo seguinte, encontra-se a caracterização do setor de mineração e da empresa objeto desse estudo.

5 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR E DA ORGANIZACAO PESQUISADA

Nesta seção, objetiva-se apresentar características relevantes do setor mineral, com ênfase nos aspectos relacionados ao minério de ferro. Procura-se também caracterizar a empresa que serviu de objeto para o estudo.

5.1 O setor mineral

O setor mineral é constituído por dois segmentos em sua cadeia industrial: a indústria extrativa mineral e a indústria de transformação mineral. A primeira engloba cinco atividades, que vão da descoberta à extração de substâncias minerais da face da terra. São elas:

levantamentos básicos: refere-se à identificação e caracterização de áreas potenciais;

prospecção: refere-se ao conjunto de atividades sistematizadas para descobrir jazidas minerais;

exploração: estudo da viabilidade econômica de uma jazida mineral já descoberta; desenvolvimento: implantação do projeto de aproveitamento econômico da jazida;

lavra: operações que visam ao aproveitamento industrial da jazida, desde a extração até o beneficiamento.

O segmento formado pela Indústria de Transformação Mineral é formado por um conjunto de atividades econômicas distribuídas em:

transformação intermediária e final: quando os bens de origem mineral são usados como insumo para outras indústrias e para o consumo final, respectivamente;

consumo intermediário: quando o minério passa a integrar cadeias produtivas de maior verticalização e/ou diversificação.

reciclagem e recuperação: inclui o processamento de sucatas de origem mineral (BRASIL, 2001).

Germany (2002), ao pesquisar a história da mineração no Brasil, entende que o setor mineral brasileiro teve sua evolução tecnológica embasada, prioritariamente, na aquisição de conhecimento externo, sobretudo de ingleses e americanos. Essa tecnologia era trazida, na maioria das vezes, por empresas que tinham suas bases no exterior, por meio de consultorias externas e dos técnicos que vinham trabalhar nas minas brasileiras. A divulgação dessas tecnologias era feita pelos técnicos brasileiros que trabalharam em empresas estrangeiras ou

por aqueles que tinham a oportunidade de fazer visitas técnicas às minas do exterior, trabalhar fora do Brasil ou fazer cursos de pós-graduação fora do País. O maior dificultador na aquisição de conhecimentos nessas situações era o desconhecimento da língua estrangeira. É possível constatar, ainda, a cooperação mútua entre universidades brasileiras e empresas, no compartilhamento de conhecimento. Isso acontecia de várias formas. Umas dela era a realização de estágios, durante o período de férias, de estudantes de minas nas empresas de mineração brasileiras, quando tinham a oportunidade de aprender o que havia sido introduzido em termos de técnicas novas. Além disso, ora as empresas patrocinavam cursos com consultores estrangeiros que eram freqüentados pelos mestres das universidades, ora as próprias universidades propiciavam cursos práticos de curta duração, ministrados por profissionais estrangeiros. A parceria se apresentava também nas pesquisas stricto sensu, por meio das teses de mestrado e doutorado, que recebiam o apoio e a cooperação por parte das mineradoras interessadas nos resultados das pesquisas.

Ainda segundo Germany (2002), o compartilhamento do conhecimento entre os técnicos das minas brasileiras era feito por meio de intensa comunicação, via visitas mútuas, congressos, seminários externos e internos. Em 1970, a criação do Instituto Brasileiro de Mineração - IBRAM – favoreceu realizações mais freqüentes de congressos em mineração.

De acordo com o Informe Mineral do Departamento Nacional de Produção Mineral (2003), o Brasil destaca-se como um dos maiores potenciais minerais do mundo e um importante produtor de recursos minerais para uso doméstico e exportação. Isso se deve a alguns fatores: a diversidade ecológica de seus terrenos, a extensão continental do seu território, os elevados teores das minas, a boa infra-estrutura de transporte, atualização tecnológica, custo de produção competitivo e sua capacidade empresarial. Sua produção mineral é bastante diversificada, contemplando mais de uma centena de substâncias. Destaque-se sua posição estratégica privilegiada na produção de nióbio, tantalita, minério de ferro, manganês, grafite, alumínio, amianto, magnesita, caulim, rochas ornamentais, talco e vermiculita. Apesar dessa diversificação, o valor da produção brasileira ainda é muito concentrado em três minerais: ferro, ouro e bauxita. Isso mostra que, considerando o seu potencial, ainda há muito espaço para crescer.

Em 2002, houve um crescimento de 10,4% na indústria extrativa mineral brasileira, com incremento da produção em 23 bens minerais, com destaque para petróleo, ferro, gás natural e

bauxita. Nesse mesmo ano, o setor mineral apresentou um superávit na Balança Comercial de US$ 2.831 milhões, em razão do crescimento de 17,5% nas exportações, conforme o gráfico 12.

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