AVALIAÇÃO OFERTA DE ÁGUA
5.1. Teor de fluoreto na amostra
A classificação geral das amostras dos 17 municípios Estada do Rio de Janeiro está representada na figura 5.
0 5 10 15 20 25 30
Insignificante/Insignificante Mínimo/Baixo Máximo/Baixo
Máximo/Moderado Questionável/Alto Malefício/Muito Alto
.
Figura 6- Clasificação dos teores de fluoreto por municipio
As classificações dos níveis de fluoreto, nas águas de abastecimento público, nos 17 municípios selecionados no Estado do Rio de Janeiro, estão representadas no gráfico da figura 6. Foram obtidas vinte e quatro amostras em cada ponto de coleta totalizando 408 amostras ao final do período de dezembro de 2010 a novembro de 2011. Devido a problemas durante o envio para o laboratório, seis amostras foram inviabilizadas. (a do mês de agosto do município de Nilópolis, e as de novembro dos municípios de Nilópolis e Duque de Caxias)
Apenas o Município de Teresópolis apresentou as medias das temperaturas máximas anuais abaixo de 26,3 c, °, tendo, portanto como melhor combinação beneficio -risco a faixa de 0,65 a 0,94 ppm/F.Os demais municípios apresentaram as medias das temperaturas máximas anuais situadas entre 26,3 °c e 32,5°c, sendo a ocorrência de melhor combinação beneficio -risco a faixa de 0,55 a 0,84 ppm/F (TABELA 3). O resultado global demostra que 79% das amostras, do Estado do Rio de Janeiro, foram classificadas como insignificante tanto para prevenir cárie dentária quanto para produzir risco a fluorose(FIGURA 5) Quando os municípios são analisados separadamente, Teresópolis, Cabo Frio e Rio das Ostras,
apresentaram 100% das amostras classificadas como insignificante para os dois critérios(TABELAS 4, 5 e 6)
Somente 7% das amostras obtiveram teores de fluoreto na faixa de melhor combinação entre o benefício-risco, isto é máximo beneficio a carie dentaria e baixo risco a fluorose (FIGURA 5),correspondendo a 25% das amostras do municípios de Niterói e São João
(TABELAS 14, 16),17% dos Município de Belford Roxo e São Pedro(TABELAS 8 e 20), 8% nos municípios de Itaboraí, Mangaratiba, Rio Bonito e Arraial do Cabo(TABELAS
13,17,18 e19)
As amostras que apresentaram teores com risco moderado a fluorose dentaria representaram 2% do total (n=10), porém segundo a mesma classificação também proporcionam beneficio máximo na prevenção a cárie dentária (FIGURA 5). Sua distribuição ocorreu em10% das amostras do município de Nilópolis, 8% dos municípios de Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguaçu e Arraial do Cabo. (TABELAS 8,9,11 e 19)
Durante o período analisado nenhum Município apresentou amostras classificadas com beneficio questionável a cárie dentária e risco alto a fluorose (FIGURA 5), já no município de Itaboraí 41% das amostras foram classificadas com malefício a carie e risco muito alto a fluorose(TABELA13). Essas amostras correspondem a 2,4 % do total do Estado com a mesma classificação(FIGURA 5).
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Teresópolis (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária) dez/10 0,15 Insignificante Insignificante
jan/11 0,07 Insignificante Insignificante fev/11 0,13 Insignificante Insignificante mar/11 0,01 Insignificante Insignificante
abr/11 0,1 Insignificante Insignificante
mai/11 0,01 Insignificante Insignificante
jun/11 0,69 Máximo Baixo
jul/11 0,06 Insignificante Insignificante ago/11 0,05 Insignificante Insignificante set/11 0,07 Insignificante Insignificante out/11 0,05 Insignificante Insignificante nov/11 0,06 Insignificante Insignificante Tabela 4 - Classificação das concentrações mensais do município de Teresópolis
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Cabo Frio (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária) dez/10 0,32 Insignificante Insignificante
jan/11 0,29 Insignificante Insignificante fev/11 0,05 Insignificante Insignificante
mar/11 0,09 Insignificante Insignificante
abr/11 0,1 Insignificante Insignificante
mai/11 0,24 Insignificante Insignificante jun/11 0,38 Insignificante Insignificante jul/11 0,26 Insignificante Insignificante ago/11 0,32 Insignificante Insignificante set/11 0,32 Insignificante Insignificante out/11 0,25 Insignificante Insignificante nov/11 0,27 Insignificante Insignificante
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Rio das Ostras (em ppm ou mg F/L) (prevenir cárie) (produzir fluorose dentária) dez/10 0,06 Insignificante Insignificante
jan/11 0,06 Insignificante Insignificante fev/11 0,06 Insignificante Insignificante
mar/11 0,01 Insignificante Insignificante
abr/11 0,01 Insignificante Insignificante mai/11 0,05 Insignificante Insignificante jun/11 0,04 Insignificante Insignificante jul/11 0,07 Insignificante Insignificante ago/11 0,06 Insignificante Insignificante set/11 0,07 Insignificante Insignificante out/11 0,06 Insignificante Insignificante nov/11 0,07 Insignificante Insignificante
Tabela 6- Classificação das concentrações mensais do município de Rio das Ostras
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
São Gonçalo (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária)
dez/10 0,52 Mínimo Baixo
jan/11 0,53 Mínimo Baixo
fev/11 0,5 Mínimo Baixo
mar/11 0,04 Insignificante Insignificante
abr/11 0,03 Insignificante Insignificante mai/11 0,15 Insignificante Insignificante jun/11 0,26 Insignificante Insignificante jul/11 0,38 Insignificante Insignificante
ago/11 0,45 Mínimo Baixo
set/11 0,34 Insignificante Insignificante out/11 0,43 Insignificante Insignificante
Tabela 7-Classificação das concentrações mensais do município de São Gonçalo
Tabela 7-Classificação das concentrações mensais do município Belford Roxo
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Mesquita (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária)
dez/10 0,6 Máximo Moderado
jan/11 0,53 Mínimo Baixo
fev/11 0,48 Mínimo Baixo
mar/11 0,07 Insignificante Insignificante
abr/11 0,09 Insignificante Insignificante
mai/11 0,4 Insignificante Insignificante
jun/11 0,5 Mínimo Baixo
jul/11 0,1 Insignificante Insignificante
ago/11 0,27 Insignificante Insignificante set/11 0,32 Insignificante Insignificante out/11 0,44 Insignificante Insignificante nov/11 0,41 Insignificante Insignificante
Tabela 8- Classificação das concentrações mensais do município de Mesquita
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Belford Roxo (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária)
dez/10 0,82 Máximo Baixo
jan/11 0,86 Máximo Moderado
fev/11 0,82 Máximo Baixo
mar/11 0,08 Insignificante Insignificante
abr/11 0,09 Insignificante Insignificante mai/11 0,22 Insignificante Insignificante jun/11 0,28 Insignificante Insignificante jul/11 0,33 Insignificante Insignificante ago/11 0,33 Insignificante Insignificante set/11 0,34 Insignificante Insignificante out/11 0,34 Insignificante Insignificante
Tabela 9- Classificação das concentrações mensais do município de Nilópolis
Tabela 10- Classificação das concentrações mensais do município deNova Iguaçu
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Nilópolis (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária) dez/10 0,17 Insignificante Insignificante
jan/11 0,93 Máximo Moderado
fev/11 0,53 Mínimo Baixo
mar/11 0,06 Insignificante Insignificante
abr/11 0,1 Insignificante Insignificante
mai/11 0,36 Insignificante Insignificante
jun/11 0,53 Mínimo Baixo
jul/11 0,35 Insignificante Insignificante
ago/11 x X X
set/11 0,39 Insignificante Insignificante out/11 0,22 Insignificante Insignificante
nov/11 x X X
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Nova Iguaçu (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária) dez/10 0,44 Insignificante Insignificante
jan/11 0,92 Máximo Moderado
fev/11 0,73 Máximo Baixo
mar/11 0,07 Insignificante Insignificante
abr/11 0,09 Insignificante Insignificante mai/11 0,14 Insignificante Insignificante jun/11 0,26 Insignificante Insignificante jul/11 0,21 Insignificante Insignificante
ago/11 0,3 Insignificante Insignificante
set/11 0,32 Insignificante Insignificante out/11 0,44 Insignificante Insignificante nov/11 0,26 Insignificante Insignificante
Tabela 11- Classificação das concentrações mensais do município deDuque de Caxias
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Itaboraí (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária)
dez/10 0,56 Máximo Baixo
jan/11 0,11 Insignificante Insignificante fev/11 0,06 Insignificante Insignificante
mar/11 0,01 Insignificante Insignificante
abr/11 0,01 Insignificante Insignificante
mai/11 0,49 Mínimo Baixo
jun/11 0,42 Insignificante Insignificante
jul/11 2,44 Malefício Muito Alto
ago/11 2,42 Malefício Muito Alto
set/11 2,59 Malefício Muito Alto
out/11 2,45 Malefício Muito Alto
nov/11 2,39 Malefício Muito Alto
Tabela 12- Classificação das concentrações mensais do município de Itaboraí
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Duque de Caxias (em ppm ou mg F/L) (prevenir cárie) (produzir fluorose dentária)
dez/10 0,54 Mínimo Baixo
jan/11 0,48 Mínimo Baixo
fev/11 0,48 Mínimo Baixo
mar/11 0,06 Insignificante Insignificante
abr/11 0,07 Insignificante Insignificante mai/11 0,41 Insignificante Insignificante jun/11 0,41 Insignificante Insignificante jul/11 0,34 Insignificante Insignificante ago/11 0,29 Insignificante Insignificante set/11 0,23 Insignificante Insignificante out/11 0,39 Insignificante Insignificante
nov/11 X X x
Tabela 13- Classificação das concentrações mensais do município de Niterói
Tabela 14- Classificação das concentrações mensais do município de Rio de Janeiro
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Niterói (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária)
dez/10 0,63 Máximo Baixo
jan/11 0,62 Máximo Baixo
fev/11 0,54 Mínimo Baixo
mar/11 0,09 Insignificante Insignificante
abr/11 0,09 Insignificante Insignificante
mai/11 0,4 Insignificante Insignificante
jun/11 0,61 Máximo Baixo
jul/11 0,16 Insignificante Insignificante ago/11 0,16 Insignificante Insignificante set/11 0,38 Insignificante Insignificante
out/11 0,46 Mínimo Baixo
nov/11 0,28 Insignificante Insignificante
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Rio de Janeiro (em ppm ou mg F/L) (prevenir cárie) (produzir fluorose dentária)
dez/10 0,47 Mínimo Baixo
jan/11 0,11 Insignificante Insignificante
fev/11 0,52 Mínimo Baixo
mar/11 0,1 Insignificante Insignificante
abr/11 0,09 Insignificante Insignificante mai/11 0,13 Insignificante Insignificante jun/11 0,39 Insignificante Insignificante jul/11 0,28 Insignificante Insignificante
ago/11 0,3 Insignificante Insignificante
set/11 0,28 Insignificante Insignificante out/11 0,38 Insignificante Insignificante
Tabela 15- Classificação das concentrações mensais do município de São João do Meriti.
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Mangaratiba (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária)
dez/10 0,82 Máximo Baixo
jan/11 0,05 Insignificante Insignificante fev/11 0,07 Insignificante Insignificante
mar/11 0,07 Insignificante Insignificante
abr/11 0,05 Insignificante Insignificante mai/11 0,35 Insignificante Insignificante jun/11 0,42 Insignificante Insignificante jul/11 0,28 Insignificante Insignificante
ago/11 0,3 Insignificante Insignificante
set/11 0,29 Insignificante Insignificante out/11 0,43 Insignificante Insignificante nov/11 0,42 Insignificante Insignificante
Tabela 16- Classificação das concentrações mensais do município de Mangaratiba
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
S. João do Meriti (em ppm ou mg F/L) (prevenir cárie) (produzir fluorose dentária)
dez/10 0,67 Máximo Baixo
jan/11 0,63 Máximo Baixo
fev/11 0,78 Máximo Baixo
mar/11 0,08 Insignificante Insignificante
abr/11 0,13 Insignificante Insignificante mai/11 0,11 Insignificante Insignificante jun/11 0,28 Insignificante Insignificante jul/11 0,32 Insignificante Insignificante
ago/11 0,1 Insignificante Insignificante
set/11 0,09 Insignificante Insignificante out/11 0,32 Insignificante Insignificante nov/11 0,31 Insignificante Insignificante
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Rio Bonito (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária)
dez/10 0,6 Máximo Baixo
jan/11 0,16 Insignificante Insignificante
fev/11 0,48 Mínimo Baixo
mar/11 0,01 Insignificante Insignificante
abr/11 0,01 Insignificante Insignificante mai/11 0,01 Insignificante Insignificante jun/11 0,07 Insignificante Insignificante jul/11 0,12 Insignificante Insignificante
ago/11 0,1 Insignificante Insignificante
set/11 0,1 Insignificante Insignificante
out/11 0,1 Insignificante Insignificante
nov/11 0,11 Insignificante Insignificante
Tabela 17- Classificação das concentrações mensais do município de Rio Bonito
Tabela17- Classificação das concentrações mensais do município de Arraial do Cabo
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
Arraial do Cabo (em ppm ou mg F/L) (prevenir cárie) (produzir fluorose dentária)
dez/10 0,59 Máximo Baixo
jan/11 1 Máximo Moderado
fev/11 0,38 Insignificante Insignificante
mar/11 0,08 Insignificante Insignificante
abr/11 0,07 Insignificante Insignificante mai/11 0,22 Insignificante Insignificante jun/11 0,36 Insignificante Insignificante jul/11 0,36 Insignificante Insignificante ago/11 0,35 Insignificante Insignificante set/11 0,37 Insignificante Insignificante out/11 0,26 Insignificante Insignificante nov/11 0,26 Insignificante Insignificante
-
Tabela 18- Classificação das concentrações mensais do município deSão Pedro da Aldeia.
TEOR DE FLÚOR
NA ÁGUA BENEFÍCIO RISCO
São Pedro (em ppm ou mg F/L)
(prevenir cárie)
(produzir fluorose dentária) dez/10 0,36 Insignificante Insignificante
jan/11 0,64 Máximo Baixo
fev/11 0,73 Máximo Baixo
mar/11 0,06 Insignificante Insignificante
abr/11 0,07 Insignificante Insignificante mai/11 0,09 Insignificante Insignificante jun/11 0,38 Insignificante Insignificante jul/11 0,38 Insignificante Insignificante ago/11 0,34 Insignificante Insignificante set/11 0,13 Insignificante Insignificante out/11 0,23 Insignificante Insignificante nov/11 0,25 Insignificante Insignificante
Municípios dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 MÉDIA
Arraial do Cabo 0,59 1,0 0,38 0,08 0,07 0,22 0,36 0,36 0,35 0,37 0,26 0,26 0,36
Cabo Frio 0,32 0,29 0,05 0,09 0,1 0,24 0,38 0,26 0,32 0,32 0,25 0,27 0,24
São Pedro 0,36 0,64 0,73 0,06 0,07 0,09 0,38 0,38 0,34 0,13 0,23 0,25 0,31
Rio das Ostras 0,06 0,06 0,06 0,01 0,01 0,05 0,04 0,07 0,06 0,07 0,06 0,07 0,05
Rio Bonito 0,6 0,16 0,48 0,01 0,01 0,01 0,07 0,12 0,1 0,1 0,1 0,11 0,16 Belford Roxo 0,82 0,86 0,82 0,08 0,09 0,22 0,28 0,33 0,33 0,34 0,34 0,4 0,41 Duque de Caxias 0,54 0,48 0,48 0,06 0,07 0,41 0,41 0,34 0,29 0,23 0,39 x 0,34 Mesquita 0,6 0,53 0,48 0,07 0,09 0,4 0,5 0,1 0,27 0,32 0,44 0,41 0,35 Nilópolis 0,17 0,93 0,53 0,06 0,1 0,36 0,53 0,35 x 0,39 0,22 x 0,36 Niterói 0,63 0,62 0,54 0,09 0,09 0,4 0,61 0,16 0,16 0,38 0,46 0,28 0,37 Nova Iguaçu 0,44 0,92 0,73 0,07 0,09 0,14 0,26 0,21 0,3 0,32 0,44 0,26 0,35 Rio de Janeiro 0,47 0,11 0,52 0,1 0,09 0,13 0,39 0,28 0,3 0,28 0,38 0,4 0,29 S. João do Meriti 0,67 0,63 0,78 0,08 0,13 0,11 0,28 0,32 0,1 0,09 0,32 0,31 0,32 São Gonçalo 0,52 0,53 0,5 0,04 0,03 0,15 0,26 0,38 0,45 0,34 0,43 0,48 0,34 Itaboraí 0,56 0,11 0,06 0,01 0,01 0,49 0,42 2,44 2,42 2,59 2,45 2,39 1,16 Teresópolis 0,15 0,07 0,13 0,01 0,1 0,01 0,69 0,06 0,05 0,07 0,05 0,06 0,12 Mangaratiba 0,82 0,05 0,07 0,07 0,05 0,35 0,42 0,28 0,3 0,29 0,43 0,42 0,30
DISCUSSÃO
O presente estudo identificou ampla variação dos teores de fluoreto no Estado do Rio de janeiro e entre os municípios estudados . Ao analisarmos os valores de todas amostras no período , verificamos que as concentrações de fluoreto em todo Estado variaram de 0,01 a 2,59 ppm, tais oscilações também são evidentes, quando observamos medidas dentro de um mesmo ponto de coleta O município de Itaboraí apresentou um maior média concentração de fluoreto no período (1,16 ppm),o que pode ser explicado pela ocorrência de elevadas teores no segundo semestre de 2011.(TABELA 20)
O resultado global demonstrou que 79% das amostras, do Estado do Rio de Janeiro, foram classificadas como insignificante tanto para prevenir cárie dentária, quanto para produzir risco a fluorose(FIGURA 5). Os municípios de Teresópolis, Cabo Frio e Rio das Ostras, apresentaram 100% das amostras classificadas como insignificante para os dois critérios(FIGURA 6).
Quando comparamos com os resultados dos estudos de heterocontrole de Modesto 1999 realizado na cidade do Rio de janeiro44 , no qual 100% das amostra estavam inaceitáveis ,fato este também observado na pesquisa de Maia 200336 na cidade de Niterói com 96% de amostras inadequadas de flúor, parece não ter havido mudanças significativas nos últimos anos, no que se refere a fluoretação das águas de abastecimento no Estado do Rio de janeiro.
De acordo com os critérios estabelecidos no Consenso técnico, a vigência das disposições da Portaria MS-635/1974, para avaliar a adequação dos teores de flúor em águas em função de temperatura do local, as faixas de melhor combinação de beneficio- risco é de 0,65 a 0,94 ppm/F para o município de Teresópolis e entre 0,55 a 0,84ppm/F para os demais municípios(TABELA 3)
Somente 7% das amostras obtiveram teores de fluoreto na faixa de melhor combinação entre o benefício-risco, isto é máximo beneficio a cárie dentaria e baixo risco a fluorose. Tal fato, além de demonstrar a dificuldade de manutenção adequada de flúor na água de abastecimento, também poderia servir de alerta para possíveis problemas advindos desta inadequação, Algumas pesquisas sugerem que os níveis de cárie em crianças aumentam onde a fluoretação da água é interrompida ou encerrada, e nenhum outro método oferecido72, 52,16.
Independente da sua localização, ainda que abastecidos por distintas prestadoras de serviços e possuindo uma pequena variação climática, a analise dos municípios estudados refletiu um panorama alarmante. Durante o período do estudo apenas 20% das amostras apresentaram valores com significância para classificação de beneficia-risco. (FIGURA 5) Considerando que a interrupção definitiva da fluoretação da água de abastecimento faz cessar os benefícios da prevenção da doença cárie, a adição de quantidades insuficientes de flúor torna a medida inócua e que a adição de quantidade excessiva pode causar fluorose dentária26, todos os esforços devem ser feitos para que haja um permanente controle da fluoretação, ,26,38
Os municípios que apresentaram amostras com teores de fluoreto oferecendo risco moderado a fluorose dentaria foram; Nilópolis (10%), Belford Roxo, Mesquita, Nova Iguaçu e Arraial do Cabo (8%), o que representou 2% das amostras em todo o Estado, porém segundo a mesma classificação, também proporcionam baixo beneficio na prevenção a cárie dentária.(FIGURA 5 e 6).
Segundo as recomendações do Consenso Técnico as concentrações de beneficio ou risco moderado são toleráveis apenas se não mantiverem constantes por mais de 21 dias ao longo do ano, tal fato não foi observado em nenhum local de coleta.21
Durante o período analisado nenhum Município apresentou amostras classificadas com beneficio questionável à cárie dentária e risco alto a fluorose, já no município de Itaboraí 41% das amostras, todas no segundo semestre de 2011, foram classificadas com malefício a cárie e risco muito alto a fluorose. Essas amostras correspondem a 2,4 % do total de amostras do Estado. Tendo em vista que breves flutuações da concentração de fluoreto na água, são toleráveis ao longo do tempo de exposição, a constatação de risco moderado, alto ou muito alto, deve desencadear ações que alertem o operador para promover os ajustes no sistema, inclusive em localidades onde o flúor ocorre naturalmente na água em quantidades equivalentes às recomendadas para prevenir cárie, avaliando-se a necessidade de realizar monitoramento específico até elucidar e controlar a alteração.21
Cada vez mais, os pesquisadores estão descobrindo que os adultos e as crianças estão excedendo esse dos limites estabelecidos, contribuindo para um rápido aumento na fluorose dentária, o primeiro sinal de toxicidade pelo flúor 69
Em 1991, os Centros de Controle de Doenças (CDC) nos EUA mediram os níveis de flúor e descobriram que, onde a água é fluoretada entre 0,7 e 1,2 ppm de fluoreto geral,a ingestão total de flúor para adultos estava entre 1,58 e 6,6 mg por dia, enquanto para crianças estava entre 0,9 e 3,6 mg por dia , e que havia, pelo menos, uma variação de seis vezes no consumo de água, isoladamente 65
Os promotores da fluoretação da água referem-se constantemente à "concentração ótima" o nível de flúor na água que irá maximizar a prevenção da cárie dentária e minimizar os efeitos da fluorose. A "concentração ótima" é geralmente considerada como sendo uma parte do fluoreto para um milhão de partes de água - muitas vezes referida como 1 ppm. No Reino Unido, o governo e os defensores da fluoretação da água continuaram a promover 1 ppm como o 'concentração ótima' de fluoreto, apesar do fato de que no Canadá é 0,7 ppm, no Eire é 0,8 ppm, em Hong Kong, é 0,5 ppm, e, em janeiro de 2011, o departamento de Saúde e Serviços Humanos, dos EUA, anunciou que estava consultando sobre a redução do nível máximo de flúor que pode ser adicionado à água para 0,7 ppm.24 Considerando tanto as médias anuais dos municípios, quanto a média no Estado do Rio de Janeiro , verificamos que nenhuma localidade apresentou níveis de fluoreto na faixa de melhor relação risco beneficio, isto é entre 0.55 e 0.84 mlF/l.(TABELA 20)
No Brasil a Portaria MS nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011 em seu artigo n° 37 §1° determina: ―No caso de adição de flúor , os valores recomendados para concentração de íon fluoreto devem observar a Portaria nº 635/GM/MS de 30 de janeiro de 1976, não podendo ultrapassar o VMP de 1,5 ppm"8,12
Outro aspecto a ser considerado, é a desigualdade no acesso à água fluoretada, devido à cobertura não universal do sistema de abastecimento público de água28. Apesar do Estado do Rio de Janeiro, segundo IBGE, apresentar 85% dos domicílios abastecidos por rede geral,quando analisarmos os municípios separadamente esta situação se modifica ,a exemplo dos municípios de Teresópolis, São Gonçalo e Itaboraí onde 60% dos domicílios são abastecidos poço ou nascente(FIGURA 3).
Peres et al,também apontaram elevada correlação negativa entre o índice de cárie e a percentagem de domicílios ligados à rede de águas. Nas cidades que participaram do levantamento, quanto maior a cobertura do sistema de abastecimento de água, menor o índice CPO-D aos 12 anos.57
Portanto adicionar o flúor a água em concentrações adequadas torna- se tão importante quanto garantir o acesso a ela pela população, seja através da água encana ou de alguma fonte comunitária.28.
Há indisponibilidade relatórios de controle operacional pelas operadoras bem como falta de um sistema de vigilância dos teores de fluoreto permanente nesses municípios. Ainda nesse contexto, ressalta-se a necessidade legal, da empresa de saneamento encaminhar, mensalmente, um relatório das medidas diárias de controle operacional da fluoretação ao órgão incumbido da vigilância sanitária.Por meio dessas medidas seria possível melhorar a qualidade do controle da fluoretação das águas e fazer com que o Poder Público Municipal exerça efetivamente as competências.
7- CONCLUSÕES
A partir dos resultados obtidos no presente estudo foi possível concluir que:
A despeito da obrigação legal, foi observado grande oscilação dos teores de fluoreto, com expressivo percentual de amostras classificadas como insignificantes na relação beneficio/risco. Tal achado indica a necessidade da implementação do heterocontrole das águas de abastecimento do Estado do Rio de Janeiro, visando maximizar os benefícios na prevenção da doença cárie, bem como minimizar o risco da ocorrência de fluorose.
Embora o risco à fluorose nas amostras estudadas tenha sido considerado baixo, uma vez presente requer esclarecimento da sua causa e ações de monitoramento e controle específicos.
REFERÊNCIAS
1. Anderle PT, Oliveira, TMN; Wagner, TM. Avaliação do teor de flúor na água consumida no município de Joinville Revista Saúde e Ambiente / Health and Environment Jornal, v. 4, n. 1, jun. 03:36-41
2. Amaral RC, Wada RS,Sousa MRL Concentração de fluoreto nas águas de abastecimento público relacionada à temperatura em Piracicaba - SPRFO, v. 12, n. 3, p. 24-28, setembro/dezembro 2007
3. Antunes J L F, Narvai P. Políticas de saúde bucal no Brasil e seu impacto sobre as desigualdades em saúde . Rev Saúde Pública 2010;44(2):360-5.
4. Armonia PL, Adde CA, Tortamano N, Melo JAJ de. Estado atual da fluoração das águas de abastecimento público no município de São Paulo-Brasil. Rev. Inst. Ciênc. Saúde 1995 jan/jun; 13 (2): 63-66.
5. AtlasBrasil: Abastecimento urbano de água : resultados por estado /Agência Nacional de Águas; Engecorps /Cobrape. — Brasília :, 2 v. : il. 2010.
6. Bellé BLL,Lacerda VR, Carli AD, Azfalon EJ, PereiraPZ. Análise da fluoretação da