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Terceira fase – Implementação dos indicadores de enfermagem

3. Resultados do Estudo

3.3. Quinta fase Revisão da ideia geral

3.3.3. Terceira fase – Implementação dos indicadores de enfermagem

Através da construção de indicadores de qualidade e produtividade na enfermagem será possível ter um conjunto de dados, no que respeita à gestão na saúde. Tais indicadores são concebidos como marcadores específicos do estado da saúde das

populações, capazes de traduzir o contributo singular do exercício profissional dos enfermeiros para os ganhos em saúde da população (OE, 2007, p.2), dando-lhes visibilidade.

Tendo por base o Resumo Mínimo de Dados e Core de Indicadores de Enfermagem para o Repositório Central de Dados da Saúde (OE, 2007, p.2), a estruturação dos indicadores está subdividida em quatro partes. As três primeiras partes correspondem aos indicadores das componentes da avaliação da qualidade propostas por Donabedian (2003): estrutura, processo e resultado. A quarta parte corresponde aos do tipo epidemiológico.

Dada a natureza do foco papel parental, onde é necessária a inclusão dos pais enquanto cliente e parceiro na produção de cuidados à criança, numa lógica de favorecer a qualidade e a eficácia do desempenho do papel parental, faz todo o sentido estudar os padrões de resposta dos indivíduos que vivem transições. Estes podem ser caracterizados a partir de indicadores de processo e por indicadores de resultado e a avaliação destes indicadores é fundamental para facilitar as intervenções de enfermagem que promovam resultados saudáveis (Meleis et al., 2000, cit. por Sousa, 2012, p.143).

Porque as transições se desenrolam a todo o tempo, identificar os indicadores de processo que levam os clientes simultaneamente em direção à saúde ou à vulnerabilidade ou risco, permite aos enfermeiros a avaliação e a intervenção precoces que facilitam resultados saudáveis (Meleis et al., 2000, cit. por Sousa, 2012, p.143).

a) O Indicador de Processo:

P1 Taxa de efetividade diagnóstica do risco

Consiste na relação entre o número total de casos que desenvolveram um determinado problema ou complicação, com risco previamente documentado, e o universo de casos que desenvolveram esta mesma ocorrência, num certo período de tempo. Este indicador baseia-se na relação estabelecida entre as entidades – diagnóstico potencial (risco) e diagnóstico real. (OE, 2007, p.3).

Fórmula geral

N.º de casos que desenvolveram um determinado problema real, com risco prévio documentado, num dado período

X 100 N.º de casos que desenvolveram o problema real no mesmo período

Através das fórmulas seguintes será possível avaliar a Taxa de efetividade diagnóstica de risco no foco papel parental (p1- Indicador de processo):

Papel parental especial:

N.º de casos com papel parental especial durante hospitalização comprometido, com risco de compromisso do papel parental especial durante a hospitalização (previamente documentado), num dado período

X 100 N.º de casos com papel parental especial durante hospitalização comprometido

no mesmo período

Papel parental complexo:

N.º de casos com papel parental complexo durante hospitalização comprometido, com risco de compromisso do papel parental complexo durante a hospitalização (previamente documentado), num dado período

X 100

N.º de casos com papel parental complexo durante hospitalização comprometido no mesmo período

Adaptação ao papel parental complexo:

N.º de casos com adaptação ao papel parental complexo durante hospitalização comprometido, com risco de compromisso da adaptação ao papel parental complexo durante a hospitalização (previamente documentado), num dado período

X 100 N.º de casos com adaptação ao papel parental complexo durante hospitalização,

comprometido, no mesmo período de tempo

Dois Indicadores de Resultado emergem dos estudos realizados: mestria nas novas tarefas necessárias para lidar com a transição e o desenvolvimento de uma identidade fluida, mas integrada. Os níveis em que estes resultados são experimentados podem refletir a qualidade de vida das pessoas que experimentaram a transição (Meleis, 2007, cit. por Sousa, 2009, p. 144).

b) O Indicador de Resultado:

R1 – Taxa de efetividade na prevenção de complicações

Consiste na relação entre o número total de casos com risco documentado de um determinado problema ou complicação, que acabaram por não desenvolver a complicação e tiveram, pelo menos, uma intervenção de enfermagem implementada, sobre o universo dos casos que tiveram previamente documentado o risco deste mesmo problema ou complicação, num determinado período de tempo (OE, 2007, p.3).

Fórmula geral

N.º de casos com risco de um determinado problema ou complicação, que não o desenvolveu, e tiveram pelo menos uma intervenção documentada, num dado período

X 100

N.º de casos com risco documentado, no mesmo período

Através da fórmula seguinte será possível avaliar a Taxa de efetividade na prevenção de complicações (R1- Indicador de Resultado):

Papel parental especial:

N.º de casos com risco de compromisso do papel parental especial durante hospitalização, com intervenção (Incentivar papel parental especial), num dado período

X 100

N.º de casos com risco de compromisso do papel parental especial, no mesmo período

Papel parental complexo:

N.º de casos com risco de compromisso do papel parental complexo durante hospitalização, com intervenção (Incentivar papel parental complexo), num dado período

X 100

N.º de casos com risco de compromisso do papel parental complexo, no mesmo período

O Indicador de Resultado:

R2 – Modificações positivas no estado dos diagnósticos de enfermagem (Serve para avaliar o potencial para o desenvolvimento do conhecimento e aprendizagem parental).

Consiste na relação entre o número total de casos que resolveram um determinado fenómeno / diagnóstico de enfermagem, com intervenções de enfermagem implementadas, e o universo dos que apresentaram este fenómeno / diagnóstico, num certo período de tempo (OE, 2007, p.3).

Fórmula geral

N.º de casos que resolveram determinado fenómeno ou diagnóstico, e tiveram pelo menos, uma intervenção documentada, num dado período

X 100 N.º de casos com este fenómeno / diagnóstico, documentados, no mesmo período

Através da fórmula seguinte será possível avaliar as modificações positivas no estado dos diagnósticos de enfermagem (R2- Indicador de Resultado), no foco papel parental:

Capacidade para o papel parental especial:

N.º de casos com ganhos de capacidades no papel parental especial durante hospitalização, com intervenção, num dado período

X 100

N.º de casos com potencial para melhorar a capacidade do papel parental especial, no mesmo período

Conhecimento para o papel parental especial:

N.º de casos com ganhos de conhecimento no papel parental especial durante hospitalização, com intervenção, num dado período

X 100

N.º de casos com potencial para melhorar o conhecimento do papel parental especial, no mesmo período

c) Indicadores epidemiológicos:

Epd 2 – Taxas de prevalência:

Consiste na relação entre o número total de casos de ocorrência de um determinado foco / diagnóstico de enfermagem durante um determinado momento ou período de tempo e a população nesse período. (OE, 2007, p.3)

Fórmula geral

Nº. de casos de um determinado diagnóstico, documentados durante um dado momento / período

X 100 População existente nesse momento / período

Através da fórmula seguinte será possível avaliar a Taxa de Prevalência (epd2) do foco papel parental:

Papel parental especial:

N.º de casos com papel parental especial comprometido, num dado período

X 100

N.º total de caso (Internamentos), no mesmo período

Papel parental complexo:

N.º de casos com papel parental complexo comprometido, num dado período

X 100