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Tipo: estudo correlacional retrospectivo Nível de evidência: VI Objetivo

Realizar uma análise retrospectiva de pacientes que se submeteram a procedimentos cirúrgicos urológicos correlacionando os fatores clínicos com as lesões de pele.

Intervenção

Os critérios de inclusão foram: pacientes admitidos no serviço de Oncologia Urológica no Instituto Nacional do Câncer nos Estados Unidos da América durante um período de 10 anos (1990 a 2000), submetidos a cirurgias de grande porte, sob anestesia geral e que tinham seus prontuários completos com relação às informações de lesões de pele avaliadas pelos enfermeiros durante o intra e pós-operatório, cirurgias realizadas pelo mesmo cirurgião e que os pacientes estiveram em uma das seguintes posições cirúrgicas: lateral, semilateral, litotomia, prona e supina. Os fatores intrínsecos (imobilidade, idade, desidratação e desnutrição, condições pré-existentes como diabetes e a presença de genes predisponentes para o desenvolvimento de câncer renal) e extrínsecos (tempo cirúrgico, tipo de posicionamento cirúrgico, dispositivos utilizados no posicionamento) foram relacionados às lesões de pele. Os autores analisaram as anotações de enfermagem e dos cirurgiões dos prontuários de 382 pacientes, a análise estatística foi realizada pelo método de regressão logística e análise de variância. Percebeu-se que nas posições cirúrgicas lateral e supina utilizou-se para auxiliar o posicionamento cirúrgico uma faixa ou o Vac Pac (consiste de uma almofada de grãos secos que é moldada durante a fixação do posicionamento do paciente e depois o ar é retirado por meio de uma bomba de vácuo para que fique firme, devido à consistência rígida deste dispositivo pode elevar o risco de UP).

Resultados

No período de 10 anos, 382 pacientes foram submetidos a cirurgias urológicas e incluídos no estudo, destes 55 (14,4%) desenvolveram lesões de pele. A análise estatística demonstrou que o posicionamento cirúrgico e o tempo de cirurgia prolongado estavam significativamente associados ao desenvolvimento de lesões de pele. O “odds ratio” para o risco de desenvolvimento de lesões relacionadas ao posicionamento cirúrgico indicou que os pacientes em posição lateral tinham maior risco do que os pacientes em posição supina e também indicou que quanto mais demorada a cirurgia maior a chance de desenvolver lesões de pele. Em contrapartida, os autores observaram que os pacientes em posição lateral tiveram sangramento menor do que os pacientes em posição supina. Os outros fatores analisados (idade, sexo, doenças predisponentes e uso do Vac Pac) não foram estatisticamente associados à ocorrência de lesões de pele.

Conclusão e recomendações

Os autores concluíram que as lesões de pele desenvolvidas pelos pacientes submetidos à cirurgias urológicas são decorretes do posicionamento cirúrgico, o decúbito lateral é a posição de escolha da maioria dos procedimentos e em cirurgias longas esta é a posição que tem a maior chance de desenvolver lesões de pele e requer cuidado e atenção da equipe durante o posicionamento cirúrgico do paciente.

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6 –––– ResultadosResultadosResultados Resultados 8181 8181

5. Tipo: estudo descritivo transversal Nível de evidência: VI Objetivo

Verificar a freqüência do diagnóstico de enfermagem Risco para Lesão Perioperatória por Posicionamento, suas características definidoras e os fatores relacionados durante o período intra- operatório, em pacientes adultos.

Intervenção estudada

Inicialmente foi construído um instrumento de coleta de dados, esse foi submetido a um teste piloto em 5 pacientes para verificar sua adequacidade. A coleta de dados foi realizada em um hospital público de médio porte da cidade de Cascavel, Paraná, no mês de setembro de 2003. Foram acompanhados, no intra-operatório, 30 pacientes adultos de cirurgia geral com idade entre 20 a 60 anos, além da entrevista foram consultados os prontuários dos pacientes para identificar o diagnóstico de enfermagem citado utilizando o raciocínio diagnóstico de Risner, tendo como base a taxonomia II da classificação da NANDA de 2002.

Resultados

O diagnóstico de Risco para Lesão Perioperatória por Posicionamento foi identificado em 100% da amostra. As características definidoras e os fatores relacionados analisados foram: perda de barreira protetora habitual secundária à anestesia e comprometimento da perfusão tissular secundário ao frio da sala operatória, que obtiveram mais de 50% de frequência.

Conclusão e recomendações

Os autores concluíram que o enfermeiro deve planejar ações baseadas nas características definidoras de cada paciente e dar atenção para o fato de que os pacientes anestesiados apresentam depressão do sistema nervoso central. Ressaltaram que o posicionamento cirúrgico do paciente é o que determina um procedimento seguro e eficiente e que é necessário ter controle sobre a temperatura da sala operatória.

Quadro 8 – Síntese do estudo 5 com delineamento de pesquisa não-experimental

As recomendações práticas, “guidelines” ou diretrizes clínicas são recomendações sistematicamente estruturadas, provenientes de extensa revisão da literatura, atualizadas periodicamente, no intuito de auxiliar na tomada de decisão para a melhoria da qualidade da assistência (JATENE, 2001).

Na busca dos artigos selecionamos uma Recomendação Prática da AORN publicada no ano de 2001, que tem sua síntese apresentada no Quadro 9. Como não foi explicada a qualidade das evidências selecionadas e reunidas nesta recomendação, classificamos este artigo com o nível de evidência VII, ou seja, evidência proveniente de opniões de autoridades e/ou relatório de comitês de especialistas. Existe uma versão atualizada sobre esta recomendação, porém ainda não foi publicada na forma de artigo científico.

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6 –––– ResultadosResultadosResultados Resultados 8282 8282

6. Tipo: opnião de especialistas Nível de evidência: VII