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Tipo (-) locativo (+) textual

Até aqui foram mostrados os níveis mais locativos dos dados levantados no

corpus desta pesquisa, agora se destacam os classificados como (-) locativos (+)

textuais, isto é, aqueles localizados no ponto mais avançado de gramaticalidade, em que prepondera a função evidencial. Esse grupo registra 86 ocorrências do total de 105, ou seja, 86% dos dados se situam no ponto mais alto de convencionalização de onde diz no

corpus. Nesse ponto, os elementos onde e diz estão altamente integrados, conforme os

fragmentos (31) e (32) que seguem:

(31) [...] e as treevas nom o compreenderom, porque os pecadores nom conseguirom aquesta luz, nom por defeito da luz, mas por míngua sua deles. Onde diz Agustinho: “Assi como o homem cego, posto ao sol, presente é a El a luz do sol, mas el nom presente ao sol, [...].

(O livro de vita Christi, p.35, grifo nosso)

(32) Zacarias, consiirando a sterilidade da molher e a velhice de ambos, nom o creeo, e por êsto foi mudo atees o tempo do parto, significando que, já viindo Cristo, a lei e as profecias seriam compridas e cessariam, calando-se. Onde diz Sam Crisóstomo: “Portanto Zacarias, sacerdote dos Judeus, foi mudo, porque já convém cessar e calarem-se os sacrifícios que por os pecados do pôobo ofereciam [...]

Observa-se que, tanto (31) quanto (32) estruturam-se no molde: discurso1 +

onde diz [SN] + discurso2, em que os argumentos 1 e 2 se complementam e

desenvolvem o mesmo tema. Em (31), têm-se as palavras: trevas, cego, luz, sol, em ambos os argumentos. De modo semelhante ocorre em (32) com os termos: calar,

mudo, cessar, nos discursos anterior e posterior. Percebe-se que, o onde diz é uma

pequena parte de um grande contexto discursivo utilizado para fazer o leitor a agir de determinado modo.

O uso reiterado de onde diz está associado a um contexto específico, no qual preponderam persuasão48 e sedução49, como ilustrada em (31) e (32). A insistência nesse formato revela a (inter)subjetividade do locutor/escritor, que organiza seu texto em função de determinados propósitos comunicativos, no caso específico, trata-se de estratégia evidencial, voltada para o convencimento do leitor.

Considerando o grau de gramaticalidade encontrado em (31) e (32), o onde diz

[SN] se configura como uma oração matriz separada sintático-semanticamente do

discurso anterior e do discurso posterior, exercendo função correspondente a operador de evidencialidade. Tal é comprovado através da retirada do onde diz [SN]. Nesse caso, os discursos 1 e 2 ainda seriam entendidos e compreendidos, assim como, sintaticamente, não estaria faltando nenhum elemento estrutural em sua organização e ordenação. Passível de destaque é a redundância no tema, tendo em vista a repetição dos sintagmas.

Ao selecionar e reiterar positivamente as palavras de Jesus Cristo, Espírito Santo, Salomão, apóstolos ou santos (enunciador2), colocando-os como fonte de

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Persuasão consiste em tentar convencer o outro usando uma retórica que não seja obrigatoriamente lógica, mas que tenha uma força argumentativa, ou seja, os argumentos devem ser válidos para esse tu em particular segundo suas próprias referências e interesses, considerando que as apreciações do absoluto e da evidência são sempre relativas a uma relação/situação particular e por isso, subjetivas”. (Charaudeau, s/d, p. 2, tradução livre do original “Persuasión consiste en intentar convencer al outro usando una retórica que no sea obligatoriamente lógica sino que tenga una fuerza augumentativa, [...]. O sea que los argumentos que se usan sean válidos para este tú en particular [...], según sus proprias referencias, sus próprios interesses. [...] las apriencias de lo absoluto y de la evidencia, es siempre relativa a uma situación y a uma relación particular, y por ende es subjetiva”).

49 “A sedução não é tão rigorosa quanto ao que concerne à razão. Apenas lhe interessa tocar na emção do

interlocutor e fazer-lhe aderir a sua visão de mundo por força de seus valores afetivos, considerando que a estrutura afetiva dos indivíduos tem sempre uma base social na medida em que passa sempre por representações sociais coletivas” (Charaudeau, s/d, p. 2, tradução livre do original “Seducción no se toma la moléstia de mostrarse muy rigurosa en cuanto a todo lo que concierne la razón. Sólo le interesa tocar la emoción del interlocutor y hacerle adherirse a su visión del mundo por la fuerza de unos valores afectivos. [...]. La estructura afectiva de los indivíduos tiene siempre uma base social em la medida que pasa siempre por representaciones sociales colectivas”).

informação indireta relatada (evidencial), o escritor (enunciador1) revela que conhece o assunto e indiretamente que aprova as palavras do segundo enunciador, isso o torna legítimo para falar sobre os temas, que são, de modo geral, relacionados à fé e à retidão de caráter. E ainda, o enunciador1, ao se dirigir aos temas de modo favorável, expressa indiretamente sua própria fé e retidão de caráter, ou seja, torna-se autoridade para realizar o que anuncia. De modo geral, os textos integrantes do corpus são práticas de legitimidade50, credibilidade51.

Tendo em vista que (1) o corpus trabalhado é representativo de uma sincronia inserida em contexto histórico específico (séculos XIV-XV); (2) seus autores fazem parte do clero ou da burguesia, considerados autores hábeis e letrados de sua época; (3) a reincidência no uso de onde diz do tipo evidencial é expressiva, pode-se afirmar que

onde diz (+) textual é uma manifestação linguística integrante de Tradição Discursiva da

fase arcaica da língua. Trata-se, portanto, de uma forma retórica específica de determinados ambientes pragmático-discursivos, de uso cumpridor de funções comunicativas mais específicas de uma época, para propósitos também mais específicos.

Também fazem parte desse quadro (-) locativo (+) textual, outras formas correspondentes. Uma delas é ilustrada a seguir:

(33) Mais, [...], a[s] Sanctas Escripturas emsinã o entendimẽto da mẽte e da alma do homẽ e tiran-no das uaydades do mũdo e reduzẽ-no ao amor do Senhor Deus, onde diz Sam Jheronimo que aquelle que nõ sabe a[s] sanctas leteras, este tal nõ sabe leteras.

(Orto do esposo, livro 1, cap. 0, fólio 80r, grifo nosso)

50“Legitimidade é o estado ou qualidade de quem está fundamentado em falar ou agir como o faz, em

nome de algo. É o mecanismo pelo qual alguém é legitimado, é o mecanismo de reconhecimento de um sujeito por outros sujeitos em nome de um valor aceito por todos” (Charaudeau, s/d, p.1, tradução livre do original “La ‘legitimidad’ es el estado o cualidad del que está fundamentado em hablar o actuar como lo hace, em nombre de algo [...]. El mecanismo por el cual uno es legitimado, es el mecanismo de reconocimiento de um sujeto por otros sujetos em nombre de um valor aceptado por todos [...].”)

51“A credibilidade, ao contrário, é construída pelo próprio sujeito. É o sujeito que, preocupado em ser

considerado como alguém digno de fé, constrói uma imagem de si mesmo que garanta sua capacidade de dizer a verdade e de poder realizar concretamente o que anuncia ou promete.” (Charaudeau, s/d, p.1, tradução livre do original “La ‘credibilidad’, en cambio, es construída por le sujeto mismo. Es el sujeto que, preocupado por la cuestión de ser considerado como alguién digno de fe, se construye uma imagen de si mismo que garantice su capacidad em decir la verdad y em poder realizar concretamente lo que anuncia o promete”).

Diferentemente de (31) e (32), o fragmento (33) mostra o onde diz independente do argumento anterior, mas com ligações sintático-semânticas com o argumento posterior, com quem compartilha a conjunção integrante que. Nesse sentido, reiteramos as informações da Tabela 3 que apresenta mais outras 10 ocorrências semelhantes a essa.

Nesse estágio mais avançado de gramaticalidade, ou seja, (-) locativo (+) textual, verifica-se outro tipo de configuração estrutural, sem a presença do elemento verbal. Neste grupo, o destaque é a erosão do verbo dicěndi, o que resulta no onde como responsável por todo o conjunto evidencial, conforme os fragmentos (34) e (35) que seguem:

(34) [...] per ojeito ou entrepoimento do corpo vivificado possas sofrer a presença da majestade e sofrer a luz que o homem nom pode compreender nem seer chegado a ela, assi como o sol se encobre a nós com algũa nuvem ou cobrimento quando com a vista o nom podemos veer. Onde Bernardo: “Porque Deus Spíritu é e nós carne, a soombra do seu corpo se temperou a nós, por que per ojeito e antreposiçom da carne vivificada [...]”.

(O livro de vita Christi, p.73, grifo nosso)

(35) E teemos desto semelhança em três que vestem uũ de si mesmos, dos quaaes se pode dizer que todos juntamente fazem ũa obra e aquêlo que faz uũ faz o outro, e nom é porém vestido senom uũ. Onde Agustinho: “Quaaesquer obras de cada ũa das pessoas da Trindade, a Trindade as obra e faz, e a qualquer que obra, as outras duas pessoas ajudam. [...]”

(O livro de vita Christi, p. 75, grifo nosso)

Como os demais fragmentos (-) locativos (+) textuais, o evidencial de base onde

[SN] não participa da configuração sintático-oracional do fragmento em que está

inserido, embora os argumentos anterior e posterior, tanto em (34) quanto em (35), desenvolvam a mesma temática. No fragmento (34) tem-se corpo, carne e sombra em ambos os argumentos, o mesmo acontece em (35), com obra e Trindade. Nessa tipologia de estrutura diferenciada (sem verbo), que conta com 35 ocorrências, a ausência do elemento verbal não prejudica a função evidencial, ou seja, Onde Bernardo

e Onde Agustinho assumem a função desempenhada por onde diz [SN]. Na estrutura mais usual de três elementos, o sintagma nominal é facilmente confundido com o sujeito da cláusula, agora com a ausência verbal não mais, Bernardo e Agustinho são, efetivamente, a fonte da informação.

Em se tratando das possibilidades do critério com verbo (conforme Tabela 2), há um quantitativo de 7% em que são encontradas diferenças de singular-plural, presente- passado e voz nominal em relação ao modelo recorrentemente encontrado em 60% dos casos, ou seja, o verbo dizer na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo. Tendo em vista a trajetória de abstratização espaço > texto, bem como o discreto volume mencionado para o critério com verbo de distintos dicěndi, é possível afirmar que o comportamento formal indicado é superficial, correspondente a pontos diferentes da trajetória de gramaticalidade, em que prevalece a função de operador de evidencialidade. Observem-se os fragmentos (36), (37) e (38):

(36) [...] nom há i cousa que assi possa desordenar nossa vida como nom curar de fazer boas obras e poê-las em trespasso sempre. Êsto é o que muitas vezes nos faz caer de tôdolos beẽs. Onde disse uũ [saibo] que a boa obra nunca se deve perlongar, por tal que nom venha alguũ acontecimento [...]

(O livro de vita Christi, p.89, grifo nosso)

Onde disse, conforme encontrado acima, também se inclui na tipologia (-)

locativo (+) textual, embora o verbo não tenha mantido o padrão pesquisado.

Sintaticamente, em um primeiro momento, uũ [saibo] é considerado sujeito em posição posposta ao verbo, mas tendo em vista a integração entre os elementos que compõem o evidencial, uũ [saibo] pode ser considerado também como fonte da informação. A opção em utilizar artigo indeterminado pode sinalizar estratégia do enunciador1 por não querer ou não poder especificar tal sábio. Onde disse [SN] é separado do argumento anterior e unido ao posterior, com quem compartilha o elemento

que. O mesmo ocorre com o fragmento (37), que segue:

(37) E o nosso hũguentayro e buticayro Jhesu Christo ueo asy como piadoso [fisico] aos enfermos pera os auiuẽtar, e porẽm entrou emno castello da sancta jgreya, em que mora a sabedoria da Sancta Escriptura, que em outro tempo foy chagada mais agora he ya sãã. Onde dizem os poetas que que Apollo cauou hũa fonte emno seu orto, que, quando viinha o sol, era feyta tam frya, que a nõ

podiam beuer, mais, depois que se poynha o sol, aqueecia em tal maneyra que aadur podya o homẽ teer as mããos em ella.

(Orto do esposo, livro 3 cap 1, fólio 17r, grifo nosso)

Do mesmo modo que o fragmento anterior, onde dizem [SN] pertence ao molde (-) locativo (+) textual, confirmando a abstratização e a semântica evidencial. Sintaticamente, o verbo no plural acompanha os poetas, o que desafia o apontamento de seu status categorial. Trata-se de sujeito ou fonte de informação? A opção pelo uso do substantivo comum no plural também pode recair na estratégia do enunciador1 de não querer, não poder, ou mesmo não saber especificar esses poetas. Essa estratégia faz extravasar do texto certa insegurança no que tange à veracidade da informação elencada por tais poetas (enunciador2), bem como à possível credibilidade almejada pelo enunciador1.

Observe-se o fragmento (34):

(38) [...] Santa Maria foi posta em perplexidade ou em maneira de abalamento, porque, [...] nem devia nom creer ao ângeo, nem devia usurpar as cousas de Deus nèiciamente. Onde, querendo ela certificar-se d[e] outra cousa, preguntou por a maneira da concepçom, dizendo: “Como se fará êsto, scil., que tu prometes, que eu parirei filho? [...]

(Vita Christi, p.71-73, grifo nosso)

Apesar de duas orações estarem inseridas entre o onde e o dizendo, a semântica é (-) locativa (+) textual de tendência evidencial. O verbo dizer utilizado na forma nominal de gerúndio é fortalecido por preguntou, também verbo de elocução. Nesse caso, o preguntou poderia ter assumido as funções de dizer, mas não o fez, possivelmente em razão de oúltimo verbo ser mais recorrente nesta função. Importante salientar que apenas esse fragmento possui tais características, representativas de um ponto na trajetória de gramaticalidade em que a morfologia foi suplantada pela semântica, talvez em direção ao desaperecimento dessa expressão.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho volta-se à análise qualitativa de onde diz, expressão encontrada hodiernamente apenas em sentido espacial, mas que, há alguns séculos cumpriu trajetória espaço > texto. Onde diz, em função textual, é encontrado de modo recorrente em textos portugueses específicos do período arcaico da nossa língua, textos esses formadores do nosso corpus de pesquisa.

Da observação do objeto de estudo, identificamos o traço (+) textual associado a três nuances que compõem a trajetória de gramaticalidade de onde diz, são elas: (+) locativo, (+/-) locativo e (-) locativo. Relevantes também para esta pesquisa foram os aspectos forma e integração. Portanto, as análises partem de três fatores distintos, mas não independentes.

O emprego preferido de onde diz está em fragmentos de função (-) locativa, seguida da função (+/-) locativa. Nesse contexto mais discursivo, há maior emprego da forma verbal diz, o que resulta em onde diz. Na sequência desse quantitativo, há a forma com ausência verbal, obtendo-se onde [Ø].

Nessa linha, também observamos que a função discursiva está associada à alta integração dos elementos onde + diz, como também à separação sintática dessa expressão de seus argumentos anterior e posterior, ou seja, quanto mais discursivo, mais integrado entre si e mais separado dos demais elementos do contexto discursivo (discurso 1 e discurso 2). A partir da seleção, posicionamento e contexto discursivo supracitados de onde diz, constatamos a ação de forças discursivas e cognitivas atinentes a (inter)subjetividade e inferência sugerida (Traugott e Dasher, 2005).

Verificamos que o uso de onde diz em contexto discursivo está associado a determinados enunciadores pertencentes à classe social específica, em época marcada por tensões político-religiosas. A essas informações, podemos acrescentar ainda que

onde diz com função textual é utilizado no molde discurso1 + onde diz [SN] + discurso2, em que o último argumento dá suporte/evidencia/confirma o primeiro, na

maioria das vezes, fazendo uso de mesmos lexemas ou de seus sinônimos.

Do disposto acima, concluimos que onde diz integra estratégia de persuasão/sedução, utilizada para fins específicos com ocorrência de repetição, no

mesmo e em diferentes textos, compondo ambientes textuais semelhantes no período arcaico da língua, o que confirma onde diz pertencer ao quadro de Tradições Discursivas (Kabatek, 2004). Dessa forma, podemos entender que o uso arcaico de onde

diz discursivo cessou, provavelmente, cedendo lugar a outras estratégias de articulação

de evidencialidade na língua.

Tendo em vista o corpus restrito e o recorte temporal sincrônico, não nos precipitaremos sobre gramaticalização de onde diz. Podemos afirmar, no entanto, que

onde diz destituiu-se de suas características individuais prototípicas e se readaptou como

expressão, em função diversa de sua ocorrência espacial original. Dessa forma, admitimos o cline de gramaticalidade espacial > textual (Batoréo, 2000). O ponto mais concreto desse processo é representado por (+) locativo e o ponto mais abstrato por (-) locativo, desse último fazem parte onde diz e onde, ambos (+) textuais.

Ainkhenvald (2006) e Barnes (1984) associam estudos de evidencialidade à gramaticalização, embora a evidencialidade em línguas diversas se manifeste de modo lexical ou gramatical. No PB, a evidencialidade se manisfesta em molde lexical. Concluimos que a trajetória de abstratização de onde diz está associada à função evidencial, ou seja, essa expressão funciona, nos casos específicos do português arcaico aqui pesquisados, como indicadora de autoria relatada indireta. Onde diz tem indícios de gramaticalidade na vinculação de seus constituintes internos e na abstratização de seu sentido, que se torna uno.

Diante desses resultados, concluímos que onde diz, tal qual utilizado no português arcaico, é altamente funcional, motivado por evidencialidade e Tradições Discursivas. Os resultados desta pesquisa não se esgotam aqui e ensejam aprofundamentos.

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