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SECÇÃO V TUBAGEM DE POLICLORETO DE VINILO (PVC-U)

3. TIPOS DE JUNTAS E DE ACESSÓRIOS

Os acessórios para esta tubagem são, geralmente, também de policloreto de vinilo. A união tubo/tubo ou tubo/acessório faz-se por meio de abocardamento liso para colar ou por abocardamento com anel de estanquidade, em borracha.

Para permitir a ligação, uma das pontas do tubo ou do acessório é lisa e a outra dispõe de um abocardo. As varas de tubo podem também apresentar as duas pontas lisas, sendo a ligação entre dois tubos asse- gurada por um acessório com abocardo em cada uma das extremidades a ligar aos tubos.

Os acessórios destinados a fazer a ligação com equi- pamento auxiliar, como torneiras e contadores, têm uma extremidade munida de uma rosca metálica

4. FACTORES DA ÁGUA RELEVANTES PARA A DURABILIDADE DAS TUBAGENS

4.1. Temperatura máxima de utilização

A utilização de sistemas de tubagem de policloreto de vinilo em condutas de distribuição de água deve res- tringir-se a temperaturas não superiores a 25ºC. Admitem-se subidas acidentais da temperatura até aos 45ºC. No caso da sua utilização a temperaturas superiores a 25ºC e desde que inferiores a 45ºC, a pressão de funcionamento admissível (PFA) 4 terá de ser inferior à pressão nominal (PN) 7, mediante a aplicação de factor de correcção adequado, conforme ilustrado na Figura 2 (NP EN 1452-2).

Os requisitos a que deve obedecer a monitorização da qualidade da água, tais como: técnicas de monito- rização; localização, frequência e métodos da amos- tragem; definição dos principais parâmetros a monito- rizar, etc., são objecto do Anexo III destas especifica- ções técnicas.

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5. REGRAS DE INSTALAÇÃO

Os sistemas deverão ser executados em conformida- de com as especificações regulamentares aplicáveis, os requisitos do projecto, as especificidades dos materiais utilizados, as recomendações dos fabrican- tes. Deve também ter-se em consideração o conteú- do das normas referidas na alínea 1.2 do ponto 1 desta secção.

Destacam-se, para as tubagens de policloreto de vinilo, algumas disposições a observar relativamente à sua protecção e revestimentos, fixações, apoios e seus afastamentos, atravessamentos de elementos de construção, afastamentos relativamente aos ele- mentos de suporte, posicionamento relativo entre tubagens transportando água a diferentes temperatu- ras, inclinações das tubagens, juntas de dilatação e seccionamento e protecção de circuitos.

5.1. Protecção e revestimento

Aplica-se o disposto na alínea 6.1 do ponto 6 da secção II, à excepção do último parágrafo e respecti- vo quadro de perdas de calor.

5.2. Fixações, apoios e seus afastamentos

Aplica-se o disposto na alínea 6.2 do ponto 6 da secção II, à excepção do último parágrafo e respecti- vo quadro de afastamento máximo entre abraçadei- ras.

No Quadro 21 indicam-se os afastamentos máximos a considerar entre elementos de suporte/amarração para as tubagens de policloreto de vinilo. Os valores indicados devem ser considerados como orientativos, recomendando-se a consulta da documentação técni- ca dos respectivos fabricantes e a adopção dos valo- res por estes preconizados.

Figura 2 – Factor de correcção da pressão de funcionamento admissível (PFA)

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Especificações técnicas para tubagem em instalações de águas de edifícios hospitalares ET 07/2009

Secção V – PVC-U

5.3. Atravessamentos de elementos de constru- ção

Aplica-se o disposto na alínea 6.3 do ponto 6 da secção II.

5.4. Afastamento relativo aos elementos de supor- te

Aplica-se o disposto na alínea 6.4 do ponto 6 da secção II.

5.5. Inclinação e posicionamento relativo entre tubagens

Aplica-se o disposto na alínea 6.5 do ponto 6 da secção II.

5.6. Juntas de dilatação

Aplica-se o disposto na alínea 6.6 do ponto 6 da secção II, excepto no que se refere às dimensões dos troços de tubagem destinados à absorção das varia- ções das dimensões lineares das tubagens que pode- rão ser determinadas através da expressão:

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B

L

D

L

LB – braço flexível (m)

D – diâmetro exterior da tubagem (m) L – variação do comprimento (m)

5.7. Protecção de circuitos

Aplica-se o disposto na alínea 6.7 do ponto 6 da secção II.

6. COMPORTAMENTO AO FOGO

6.1. Classificação de reacção ao fogo

De acordo com os critérios estabelecidos na norma portuguesa NP EN 13501-1:2004, os tubos de policlo- reto de vinilo poderão obter as classificações euro- peias de reacção ao fogo B a E (ou mesmo F).

As melhores classificações (B ou C) só se obtêm com produtos ignifugados.

De acordo com os referidos critérios os tubos de policloreto de vinilo poderão obter as classes de fumo s1 a s3 e as classes de queda de gotas ou de partícu- las inflamadas d0 a d2.

A classificação europeia de reacção ao fogo é obriga- tória para produtos (ou famílias de produtos) objecto de marcação CE, e será a adoptada na futura regu- lamentação nacional de segurança contra incêndio (em preparação).

Em qualquer dos sistemas de classificação (nacional ou europeu), eventuais revestimentos de isolamento térmico, se de natureza orgânica, podem apresentar classes de reacção ao fogo variadas e, eventualmen- te, conduzir ao agravamento da classificação global (tubagem + isolamento térmico).

6.2. Exigências regulamentares actuais

Aplica-se o disposto na alínea 7.2 do ponto 7 da secção I.

6.3. Recomendações

Aplica-se o disposto na alínea 7.3 do ponto 3 da secção I.

7. COMPORTAMENTO SOB A ACÇÃO SÍSMICA

Aplica-se o disposto no ponto 8 da secção I.

8. REQUISITOS DE QUALIDADE

A tubagem de policloreto de vinilo para distribuição de água para consumo humano, deve ser certificada de modo a assegurar a conformidade com as exigências estabelecidas no referencial normativo indicado na alínea 1.1 do ponto 1 desta secção, devendo essa certificação ser complementada com a verificação da ausência de potenciais efeitos nocivos na qualidade da água, por entidade certificadora competente (Des- pacho nº 1726/2006 de 23 de Dezembro de 2005, publicado no DR nº 16, de 23 de Janeiro de 2006 - 2ª série). Os procedimentos a adoptar na aquisição e instalação das tubagens de policloreto de vinilo deve- rão ser os seguintes:

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8.1. Recepção

Na fase de recepção dos tubos e dos acessórios deve ser verificada a conformidade dos produtos com o documento de certificação. Essa verificação deve incluir a análise da marcação, que está aposta no próprio produto ou na sua embalagem, e a confirma- ção de que dela constam os mesmos elementos que são indicados no documento de certificação. Deve também proceder-se à inspecção visual das peças recebidas, de modo a verificar se existem defeitos, que possam afectar a qualidade do produto; num exame visual, sem amplificação, não devem encon- trar-se irregularidades das superfícies, tais como estrias, riscos, bolhas, nódulos, impurezas ou quais- quer outros defeitos; as extremidades dos tubos e dos acessórios devem ter a secção transversal per- pendicular ao eixo e não devem apresentar rebarbas ou qualquer outra imperfeição.

8.2. Instalação

Na fase de instalação da tubagem deve ser tida em consideração a informação que consta do ponto 5 desta secção. Particular atenção deverá ser dada à execução das juntas, as quais são uma das causas mais comuns das anomalias que ocorrem nestes sistemas de tubagem, em resultado de uma execução deficiente.

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Especificações técnicas para tubagem em instalações de águas de edifícios hospitalares ET 07/2009

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