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SECÇÃO IV TUBAGEM DE COBRE (CU)

16. A utilização fora destas condições de pressão

4.1. Valores limite para a velocidade de circulação da água

a alcalinidade, dureza e teor de sulfatos - podem condicionar o seu desempenho à corrosão. A tempe- ratura de utilização não é, só por si, um factor condi- cionante da durabilidade das tubagens de cobre. No entanto, quando os parâmetros químicos e as veloci- dades de circulação da água se encontram fora dos limites recomendados, temperaturas superiores a 60ºC podem acelerar os fenómenos de corrosão: (i) corrosão localizada por picadas, (ii) corrosão/erosão no cobre e suas ligas e (iii) corrosão selectiva nas ligas de cobre.

4.1. Valores limite para a velocidade de circulação da água

Para que os fenómenos de corrosão sejam minimiza- dos, as velocidades de circulação da água quente e fria devem ser, respectivamente, menores que 0,5 m/s e 2 m/s.

4.2. Factores de natureza química

Os factores químicos que numa água potável podem condicionar o desempenho à corrosão das tubagens de cobre e suas ligas são o pH, a alcalinidade, a dureza e o conteúdo de sulfatos.

Embora os nitratos sejam potencialmente agressivos para o cobre, normalmente não constituem problema na condução de água potável, desde que o teor deste elemento na água respeite os limites especificados na legislação em vigor (Decreto-Lei 243/2001).

Para que o risco de corrosão das tubagens de cobre seja mínimo, a água deve respeitar os seguintes parâmetros:

 pH>7

 60 mg/l Î [HCO3-] < 305 mg/l

 dureza> 60 mg/l CaCO3

 [HCO3-]/[SO42-]2 ([ ]em mmol/l)

Os requisitos a que deve obedecer a monitorização da qualidade da água, tais como: técnicas de monito- rização; localização, frequência e métodos da amos- tragem; definição dos principais parâmetros a monito-

rizar, etc., são objecto do Anexo III desta Especifica- ção Técnica.

5. REGRAS DE INSTALAÇÃO

Os sistemas deverão ser executados em conformida- de com as especificações regulamentares aplicáveis, os requisitos do projecto, as especificidades dos materiais, as recomendações dos fabricantes e as que constam do Anexo II, bem como o referencial normativo reportado na alínea 1.2 do ponto 1 desta secção.

Destacam-se, para as tubagens de cobre algumas disposições a observar relativamente à protecção contra corrosão, ao isolamento térmico, fixações, apoios e seus afastamentos, atravessamentos de elementos de construção, afastamentos relativamente aos elementos de suporte, posicionamento relativo entre tubagens transportando água a diferentes tem- peraturas, inclinações das tubagens, juntas de dilata- ção e seccionamento e protecção de circuitos e ainda requisitos básicos de protecção contra a corrosão. No que se refere à protecção contra corrosão das tubagens metálicas a regra básica de não se permitir a mistura de materiais metálicos de natureza química diferente deve ser sempre respeitada. A prevenção da corrosão externa nos tubos de cobre, devido à boa resistência à corrosão do cobre e suas ligas não requer, nas condições usuais de funcionamento em edifícios, a aplicação de sistemas de protecção superficial. No entanto a corrosão externa pode ser fortemente influenciada pela qualidade das uniões, pelo que são necessários cuidados especiais na sua execução. Assim, na soldadura ou brasagem capilar só devem ser utilizados materiais adequados a este tipo de material e não devem ser utilizados fluxos de soldadura corrosivos, nem em quantidade excessiva que escorra para o interior da tubagem.

Em qualquer um dos tipos de instalação com ou sem embutimento deve prevenir-se o aparecimento de condições externas favoráveis à retenção de humida- de junto dos tubos ou ao contacto periódico com água. Nas situações de embutimento deve proteger- se a tubagem do contacto com cal ou gesso ou outros materiais de construção que os contenham na sua constituição. Também nos ramais de ligação aos edifícios, quando as tubagens fiquem enterradas no solo devem ser tomadas precauções, tendo em conta a agressividade do solo e, em especial nestas situa- ções, não devem ser utilizados acessórios não resis- tentes à deszincificação.

5.1. Protecção e revestimento

Aplica-se o disposto na alínea 6.1 do ponto 6 da secçãoI II, à excepção do último parágrafo e respecti- vo quadro de perdas de calor.

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Especificações técnicas para tubagem em instalações de águas de edifícios hospitalares ET 07/2009

Secção IV - CU

No Quadro 17 indicam-se as perdas de calor através das tubagens de cobre.

5.2. Fixações, apoios e seus afastamentos

Aplica-se o disposto na alínea 6.2 do ponto 6 da secção II, à excepção do último parágrafo e respecti- vo quadro de afastamento máximo entre abraçadei- ras.

No Quadro 18 indicam-se os afastamentos máximos a considerar entre elementos de suporte/amarração para as de tubagens de cobre. Os valores indicados

devem ser considerados como orientativos, neste sentido, recomendando-se a consulta da documenta- ção técnica dos respectivos fabricantes e a adopção dos valores por estes preconizados.

5.3. Atravessamentos de elementos de constru- ção

Aplica-se o disposto na alínea 6.3 do ponto 6 da secção II.

5.4. Afastamento relativo aos elementos de supor- te

Aplica-se o disposto na alínea 6.4 do ponto 6 da secção II.

5.5. Inclinação e posicionamento relativo entre tubagens

Aplica-se o disposto na alínea 6.5 do ponto 6 da secção II.

5.6. Juntas de dilatação

Aplica-se o disposto na alínea 6.6 do ponto 6 da secção II, excepto no que se refere às dimensões dos troços de tubagem destinados à absorção das varia- ções das dimensões lineares das tubagens que pode- rão ser determinadas através da expressão:

Quadro 17 – Perdas de calor através das tubagens de cobre

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L

D

L

B

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LB – braço flexível

D – diâmetro exterior da tubagem (m) L – variação do comprimento (m)