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TRABALHO DESENVOLVIDO NO LABORATÓRIO DE PSICOLOGIA EXPERIMENTAL DA PUC-SP

Willner e cols. (1987) afirmam que o Chronic Mild Stress (CMS) produziria uma insensibilidade à recompensa e o fazem a partir dos seguintes dados: (a) a quantidade de água e água com sacarose ingeridas pelos sujeitos decresce após seis semanas de submissão ao conjunto de estressores, e (b) a tendência de ingerir mais água com sacarose que água verificada antes da submissão aos estressores não é mais observada após submissão a esses.

O objetivo do presente trabalho foi o de investigar o efeito da experiência da submissão ao “regime de estresse”, proposto por Willner e cols. (1987), chamado de

Chronic Mild Stress (CMS), no desempenho dos sujeitos em um esquema concorrente de

FR. Isto permitiria avaliar se o que os autores chamam de “insensibilidade à recompensa” poderia ser tomado como sinônimo de “diminuição do valor reforçador do estímulo”: a submissão ao “regime de estresse” afetaria o valor reforçador do estímulo? Para responder esta questão, mediu-se o desempenho dos sujeitos em uma contingência em que seu responder produziu água ou água com sacarose, antes e depois da submissão ao conjunto de estressores do CMS.

Supõe-se que o desempenho em um esquema concorrente FR – FR, de mesmo valor, produz taxas de respostas diferentes nas duas barras a depender da qualidade do estímulo reforçador, dado que a exigência da resposta é a mesma. Assim, a medida utilizada para análise, no presente estudo, consistiu das taxas de respostas mantidas por água e por uma solução de água com 8% de sacarose, em um esquema concorrente FR15 – FR15.

Atentando-se para o fato de que poderia haver uma preferência por lado / posição dos estímulos, como afirmaram Petry e Heyman (1995), a localização dos estímulos

reforçadores foi contrabalançada nos dois lados da caixa, no decorrer das sessões.

Optou-se por avaliar o desempenho dos sujeitos em um esquema de reforçamento concorrente FR – FR, com dois estímulos reforçadores, por se considerar que essa contingência tinha uma similaridade em relação àquela utilizada por Willner e cols.(1987), - água e água com açúcar estavam disponíveis ao mesmo tempo – e, também, porque uma medida de valor reforçador de um estímulo em que água e água com sacarose não estivessem disponíveis ao mesmo tempo, poderia influenciar o desempenho dos sujeitos nos testes de consumo de líquido semanais, que são realizados com dois estímulos reforçadores.

É ainda importante considerar que, diferentemente do experimento conduzido por Willner e cols. (1987), no qual os sujeitos não saíam das gaiolas durante toda o período de coleta, no presente estudo alguns dos sujeitos saíram das gaiolas viveiro para serem submetidos às sessões experimentais na caixa de condicionamento operante, o que fez com que eles fossem submetidos a algumas condições distintas daquelas dos sujeitos de Willner e cols. (1987).

No entanto, isto não parece se caracterizar como um problema porque o objetivo deste experimento não foi expor o sujeito ao menor número de estressores possível e sim verificar o efeito do estresse no desempenho dos sujeitos em um outro ambiente que não a gaiola e, principalmente, quando submetidos a uma outra contingência. Assim, além da medida semanal de consumo e preferência na gaiola acrescentou-se, para alguns sujeitos, uma medida de taxa de respostas obtida em outro setting.

Em suma, para avaliar o efeito do estresse sobre o comportamento dos sujeitos, replicou-se, no presente trabalho, o “regime de estresse” proposto por Willner e cols. (1987), com algumas mudanças, e se submeteu alguns dos sujeitos a um esquema concorrente FR – FR, com dois estímulos reforçadores diferentes, para avaliar preferência

por estímulos e verificar possíveis alterações no valor reforçador do estímulo antes e depois da submissão ao “regime de estresse”.

MÉTODO

Sujeitos

Foram utilizados neste trabalho 12 ratos machos, experimentalmente ingênuos, provenientes do Laboratório de Psicologia Experimental da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que tiveram suas condições de peso, alimentação e local de permanência controlados desde o desmame.

Os sujeitos foram pesados diariamente, em uma balança digital marca FILIZOLA, de capacidade máxima de 2kg e sensibilidade de 0,5g, sempre no mesmo horário. Iniciou- se o presente estudo quando os sujeitos atingiram três meses de vida.

Durante todo o estudo, os sujeitos foram privados de água a fim de manter o peso a 85% do peso ad lib.

Dos doze sujeitos, quatro serviram como sujeitos experimentais, quatro foram

utilizados somente para agrupamento15, dois serviram como sujeitos reserva, um como

controle de peso na sala isolada e um como controle de peso no biotério do Laboratório de Psicologia Experimental da PUC – SP. Além dos quatro sujeitos experimentais, somente os sujeitos reserva foram privados de água a fim de manter o peso a 85% do peso ad lib. Os outros seis sujeitos permaneceram com água e comida livres.

Equipamento

GAIOLAS VIVEIRO

Com três meses de vida, os sujeitos foram alojados em gaiolas individuais de alumínio, medindo 20 cm por 30 cm, especialmente construídas para facilitar o cuidado –

limpeza e alimentação – e alojamento dos mesmos neste experimento. Estas gaiolas foram também construídas de modo a facilitar a manipulação das variáveis que fazem parte do “regime de estresse”, como “inclinação da gaiola”, “agrupamento na gaiola”, “gaiola suja” e “presença de um objeto estranho na gaiola”.

Estas gaiolas permaneceram em uma sala isolada do biotério do Laboratório de Psicologia Experimental da PUC – SP, de 0,90m por 4,25m, para que pudesse haver o maior controle possível das condições às quais os sujeitos foram submetidos, principalmente aquelas referentes ao “regime de estresse”, como “iluminação contínua”, “barulho intermitente”, “luz estroboscópica” e “cheiro”. A permanência em gaiolas construídas especificamente para este experimento e o isolamento do biotério também diminuiu a possibilidade de os sujeitos serem expostos a outras situações aversivas que não as programadas e/ou controladas.

A iluminação da sala seguiu um ciclo de 12 horas, ou seja, a luz permaneceu acesa por doze horas e apagada por doze horas. Havia um exaustor na parede lateral da sala e um climatizador de ar no chão, 3m à frente da estante em que ficavam as gaiolas. A porta da sala permaneceu fechada a fim de diminuir os ruídos externos.

Neste setting, os sujeitos (01 a 11) permaneceram alojados e foram submetidos ao “regime de estresse” baseado em Willner e cols. (1987), com algumas modificações. O “regime de estresse” a que os sujeitos foram submetidos está descrito no Quadro 2.

CAIXAS EXPERIMENTAIS

Foram utilizadas caixas de condicionamento operante Med Associates, modelo Env-008, colocadas dentro de uma caixa de isolamento acústico, de dimensões 67 cm (largura) X 47 cm (altura) X 47 cm (profundidade), com um exaustor de 100W para a circulação de ar. Em cada uma das paredes da caixa (esquerda e direita) havia uma barra

colocada a 8 cm do chão da caixa e no centro da parede e um bebedouro no chão, embaixo de cada barra.

A apresentação dos estímulos e o registro do desempenho dos ratos foram controlados por interface eletromecânica e pelo software Schedule Manager para Windows, produzido pela Med Associates, versão 2.0 em um computador IBM 486.

Procedimento

“REGIME DE ESTRESSE” “Estressores”

Foi feita uma replicação do “regime de estresse” proposto por Willner e cols. (1987), no modelo do Chronic Mild Stress (CMS).

Os estressores foram apresentados aos sujeitos por um período de seis semanas. Os sujeitos foram expostos, como mostram os Quadros 2 e 3, aos seguintes estressores, semanalmente, durante os seguintes intervalos de tempo:

privação de comida – os sujeitos sofreram privação de comida de 5ª feira às 15hs a 6ª feira às 15hs; de Sábado às 17hs a 2ª feira às 12hs, e de 3ª feira às 10hs a 4ª feira às 12hs.

Iluminação contínua – a luz da sala permaneceu acesa de 6a feira às 17hs a Sábado

às 10hs, e de 3ª feira às 17hs a 4ª feira às 12hs;

inclinação da gaiola – a caixa viveiro foi inclinada a 30º, para trás, de Domingo das

10hs às 17hs, e de 4ª feira às 17hs a 5a feira às 10hs;

permanência na gaiola com outro sujeito – os sujeitos foram agrupados com outros quatro sujeitos especialmente separados para este fim, em pares, nas próprias caixas viveiro e nas caixas viveiro destes outros sujeitos, alternadamente, de Domingo às 17hs a

gaiola suja – 50 ml de água limpa misturada com serragem foram espalhados no

chão da caixa viveiro, de 5a feira às 17hs a 6a feira às 10hs;

barulho intermitente – um ruído branco, intermitente, de 85Db, permaneceu ligado

de 6a feira das 15hs às 18hs, e de 2a feira das 12hs às 17hs;

luz estroboscópica – uma luz estroboscópica localizada no chão da sala, na parede oposta à localização das caixas viveiro, permaneceu ligada, disparando 300 flashes por

minuto, de 5a feira das 10hs às 12hs, e de Sábado das 10hs às 17hs;

exposição a uma garrafa de água vazia após um período de privação – após o período de privação de água, foi apresentada ao sujeito uma garrafa de água vazia, das 10hs às 11hs aos sábados;

acesso restrito a comida – três pelotas de 1g de comida foram espalhadas pela caixa

viveiro, de 2a feira das 10hs às 12hs;

cheiro – um desodorante purificador de ar foi colocado em frente à estante com as

caixas viveiro, de 2a feira às 17hs a 3ª feira às 10hs;

presença de um objeto estranho na gaiola – uma argola de plástico redondo de 12 cm de diâmetro foi colocada dentro da caixa viveiro, de Sábado às 17hs a Domingo às 10hs.

Diferentemente do procedimento utilizado por Willner e cols. (1987), o “estressor” diminuição da temperatura da sala não foi apresentado aos sujeitos.

Outra mudança no “protocolo de estresse”, se comparado com aquele utilizado por Willner e cols. (1987) é que o “estressor” privação de água não foi apresentado aos sujeitos da mesma maneira, mas esteve presente durante todo o experimento, a fim de manter o

peso dos sujeitos a 85% do peso ad lib16.

16 O peso dos sujeitos a 85% do peso ad lib foi mantido a partir da pesagem diária desses e consequente

Teste de Consumo de Líquido0

Após os sujeitos estarem com o peso estabilizado a 85% do peso ad lib., foram iniciados os testes semanais de consumo de líquido, com duas garrafas, uma contendo

água e outra contendo uma solução de água com 2%17 de sacarose. Nestes testes, duas

garrafas com 250 ml de volume, do tipo mamadeira, foram colocadas na parede frontal da caixa viveiro, a 5 cm da base da gaiola, eqüidistantes da parede lateral. As garrafas foram contrabalançadas entre os lados direito e esquerdo da caixa viveiro, isto é, trocou-se o lado de apresentação das garrafas correspondentes à água e à água com sacarose a cada teste.

Nos testes de consumo de líquido, mediu-se, ao final do período de 01 hora de exposição às garrafas, a quantidade de cada um dos líquidos consumidos. Esta medida foi feita pelo volume (em mililitros) de líquido ingerido no período. Estas medidas foram realizadas durante todo o estudo.

Antes de se iniciar o teste de consumo de líquido (aos sábados), por duas semanas consecutivas os sujeitos foram expostos a uma garrafa contendo uma solução de água com 2% de sacarose, por uma hora, após uma privação de 23 horas de água e comida. Posteriormente, por três sábados consecutivos, anteriores ao início da submissão ao regime de estresse, realizou-se o teste de consumo de líquido com duas garrafas. Durante a

submissão ao “regime de estresse”, o teste de consumo de líquido ocorreu nos 2o, 9o, 16o,

23o, 30o, 37o e 44o dias e ao final dessa, ocorreu por mais três vezes, uma vez por semana.

Durante a fase de “medida de preferência pelo estímulo reforçador”, o teste de consumo de líquido ocorreu sempre aos sábados e durante a fase de submissão ao “protocolo de estresse” o teste de consumo de líquido ocorreu sempre às sextas-feiras, após 23hs de privação de água e comida.

17 Foi utilizada a concentração de 2% de sacarose porque Willner (1997) afirmou ser essa a que produz um

“MEDIDA OPERANTE DE PREFERÊNCIA PELO ESTÍMULO REFORÇADOR” Cada sessão teve duração de 60 minutos.

Estas sessões ocorreram cinco vezes por semana. No sexto dia da semana submetia- se os sujeitos ao teste de consumo de líquido. Na realização do teste de consumo e preferência - exposição por 60 minutos à água e à solução de água com sacarose - o peso dos sujeitos alterava-se, razão porque não se realizava sessões experimentais no sétimo dia da semana.

Modelagem

Respostas de pressão à barra esquerda foram primeiramente modeladas e fortalecidas em esquema de reforçamento contínuo. Posteriormente, exigiu-se que o sujeito pressionasse também a barra da direita, por aproximação sucessiva e essas respostas também foram primeiramente modeladas e fortalecidas em esquema de reforçamento contínuo. O reforço utilizado foi água pura.

Considerou-se finalizada esta fase quando o sujeito pressionou ambas as barras, mesmo que com preferência por um dos lados. Isso ocorreu após duas sessões de 60 minutos.

Exposição a Dois Estímulos Reforçadores

Após a instalação e fortalecimento das respostas de pressão às duas barras, os sujeitos foram expostos a duas sessões de esquema concorrente FR4–FR4, quatro de FR10–FR10 e quatro de FR12–FR12, com água em um dos bebedouros e uma solução de

água com 8%18 de sacarose em outro. O lado (esquerdo ou direito) de apresentação da água

18 A quantidade de sacarose foi diferente da quantidade utilizada nos testes de consumo, pois se notou, em

e da solução de água com sacarose mudou, no decorrer das sessões, a depender do desempenho dos sujeitos: solução de água com sacarose foi colocada do lado em que o sujeito não apresentava preferência durante a modelagem, na primeira sessão com a presença dos dois estímulos reforçadores. Nas sessões seguintes, mudou-se o lado de apresentação dos estímulos após haver um desempenho que indicasse aparente

preferência.19

Estabilidade da Medida de Preferência pelo Estímulo Reforçador

Após dez sessões de submissão a dois estímulos reforçadores, com valores crescentes de FR, os sujeitos foram submetidos a oito sessões em esquema concorrente FR15 – FR15. Para que se obtivesse um padrão estável de respostas diante de cada reforçador, independentemente do lado em que esse se encontrava cada um dos estímulos reforçadores, esses foram apresentados nos bebedouros dos lados esquerdo e direito da caixa. Após uma sessão em que a taxa de respostas indicava uma preferência pela água com sacarose (maior taxa de respostas na barra referente a este estímulo), alternava-se o lado de apresentação dos estímulos. Se nesta sessão seguinte, a taxa de respostas do sujeito indicava um controle pelo lado (o sujeito emitia uma taxa de respostas na barra correspondente à água e, portanto, do lado em que havia respondido mais na sessão anterior), mantinha-se a apresentação dos estímulos do mesmo lado. Se nesta sessão seguinte, o sujeito emitisse uma taxa de respostas maior na barra correspondente à água com sacarose (portanto na barra do lado contrário à que apresentou maior taxa de respostas na sessão anterior), mudava-se novamente o lado de apresentação dos estímulos na sessão seguinte.

Tomou-se como critério de medida de preferência pelo estímulo reforçador a taxa

19 Os lados de apresentação dos estímulos e o critério para mudança de lado serão descritos mais

de respostas de pressão às barras.

DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

O Quadro 04 indica as condições às quais os diferentes sujeitos foram submetidos após o início da medida operante de preferência pelo estímulo reforçador.

QUADRO 04: Condições às quais os sujeitos foram submetidos a partir do início da medida operante pelo estímulo reforçador.

SUJEITO Teste de consumo e preferência e medida operante de preferência

(04 semanas)

Teste de consumo e preferência +

Regime de estresse (06 semanas) Teste de consumo e preferência(03 semanas)

01 Agrupamento

02 Agrupamento

03 Reserva Reserva Reserva

04 Controle de peso Controle de peso Controle de peso 05 Teste de consumo de líquido Regime de estresse e Teste de

consumo de líquido Teste de consumo de líquido 06 Medida operante e Teste de

consumo de líquido

Regime de estresse e Teste de consumo de líquido

Fase operante e Teste de consumo de líquido

07 Medida operante e Teste de

consumo de líquido Regime de estresse e Teste deconsumo de líquido Fase operante e Teste de consumode líquido 08 Teste de consumo de líquido Regime de estresse e Teste de

consumo de líquido Teste de consumo de líquido

09 Reserva Reserva Reserva

10 Agrupamento

11 Agrupamento

78 Controle de peso Controle de peso Controle de peso

Os sujeitos 01, 02, 10 e 11 foram utilizados somente para o agrupamento (estressor) na fase de submissão ao protocolo de estresse. Estes sujeitos permaneceram na sala isolada do biotério do Laboratório de Psicologia Experimental da PUC-SP. Os sujeitos 03 e 09 permaneceram na sala isolada do biotério do Laboratório de Psicologia Experimental da PUC-SP durante todo o experimento, como sujeitos reserva. O sujeito 78 foi utilizado como controle de peso durante todo o estudo. Este sujeito permaneceu no biotério do Laboratório de Psicologia da PUC-SP. O sujeito 04 foi utilizado para controle de peso. Este sujeito permaneceu na sala isolada do biotério do Laboratório de Psicologia

Experimental da PUC-SP. Esse não foi submetido a privação de água e comida nem aos estressores apresentados individualmente na gaiola viveiro (como presença de um objeto estranho, acesso restrito a comida e apresentação de uma garrafa vazia de água).

Os sujeitos 05 e 08 foram submetidos aos testes de consumo de líquido semanais por 03 semanas, anteriores ao início do protocolo de estresse. Foram, então, submetidos ao protocolo de estresse por 06 semanas e testes de consumo de líquido semanais correspondentes. Posteriormente, foram submetidos ao teste de consumo de líquido semanal por mais três semanas.

Os sujeitos 06 e 07 foram submetidos à medida operante de preferência pelo estímulo reforçador. Nas três semanas anteriores ao protocolo de estresse, foram também submetidos ao teste de consumo de líquido semanal para que fosse verificado o consumo de água e de água com sacarose, destes sujeitos, antes da submissão ao protocolo de estresse.

Após 04 semanas de exposição à medida operante de preferência e 03 semanas após o início dos testes de consumo de líquido (que ocorreram aos sábados, conforme descrito anteriormente), foram submetidos ao protocolo de estresse e testes de consumo de líquido semanais correspondentes a esta semana. Esta fase durou 06 semanas. Posteriormente (após as 06 semanas de submissão aos estressores), foram novamente submetidos à medida operante de preferência pelo estímulo reforçador, por mais 03 semanas. Os testes de consumo de líquido semanais continuaram a ser realizados nestas 03 semanas.

RESULTADOS

“Peso dos sujeitos”

A Figura 01 mostra o peso dos sujeitos 04, 05, 06, 07, 08 e 78 desde o início do estudo.

Os sujeitos 04, 05, 06, 07 e 08 foram os sujeitos que permaneceram na sala isolada do biotério. O sujeito 04 não foi submetido a privação ou a qualquer manipulação individual. Foi submetido apenas aos estressores que eram apresentados na sala como, por exemplo, barulho, iluminação contínua luz estroboscópica e cheiro. Foi utilizado para controle de peso. O sujeito 78 permaneceu no biotério do Laboratório de Psicologia Experimental da PUC-SP, para controle de peso.

A curva de peso dos sujeitos indica que a submissão ao protocolo de estresse por seis semanas te um efeito de diminuição no peso dos sujeitos submetidos a todos os estressores se comparados com o sujeito. No entanto, a diminuição no peso destes sujeitos não chegou a colocá-los em um peso inferior a 80% do peso ad lib desses.

Observa-se, ainda, que os sujeitos submetidos aos estressores, durante a fase do estresse, tiveram alteração de peso semelhante, isto é, o peso aumentou e diminuiu, aparentemente na mesma proporção e nos mesmos intervalos, para todos os sujeitos.

“Teste de Consumo de Líquido e Submissão ao Chronic Mild Stress”

A Figura 02 mostra os resultados dos Testes de Consumo de Líquido para os sujeitos 05, 06, 07 e 08 antes, durante e após a submissão ao protocolo de estresse, quanto ao total de líquido (água mais água com sacarose) ingerido.

FIGURA 01: Curva de peso dos sujeitos 04, 05, 06, 07, 08 e 78 durante todo o estudo. A primeira linha tracejada indica o início da privação. A sunda linh tracejada indica o início do protocolo de estresse. A terceira linha tracejada indica o final do protocolo de estresse.

0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 1 7 13 19 25 31 37 43 49 55 61 67 73 79 85 91 97 103 109 115 121 Sujeito 05

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