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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 ESTADO DA ARTE

4.1.4 Trabalhos desenvolvidos na educação básica

O trabalho de Cruz, Santos e Aquino (2012) tem por objetivo analisar o letramento científico acerca de Química dos alunos da 3ª série do ensino médio das escolas estaduais da cidade de Aracaju – SE. Os resultados obtidos evidenciaram um lado positivo pois os estudantes apresentaram certo grau de LC em alguns aspectos, porém, em outros aspectos avaliados não foi possível identificar a construção do estado de letramento.

Gourlart e Maia (2013) apresentaram um estudo que tinha como objetivo analisar, dentre os alunos de uma turma do 8° ano do ensino fundamental, os resultados provenientes da aplicação de metodologias investigativas em aulas de ciências e como estas podem contribuir para o LC. Com os resultados obtidos, além dos textos produzidos, foi possível construir gráficos para análise, e constatar o quanto a vivência deste processo despertou interesse em grande parte dos alunos a partir da análise da realidade encontrada.

A pesquisa-ação de Alfonsi et al. (2013), desenvolvida no contexto do PIBID, baseou- se em uma atividade lúdica (gincana) entre grupos. Os resultados deste trabalho apontam que ofertar modelagens pedagógicas que possam ativar habilidades diferentes das que são feitas cotidianamente, viabilizou o envolvimento e aprendizagem dos alunos que não costumam obter destaque em outras tarefas ligadas ao modelo tradicional de ensino.

Amaral ([2014]) em seu trabalho acompanhou a criação de projetos de iniciação científica por parte de estudantes da educação básica identificando as possibilidades de desenvolver a AC por este meio. Os resultados mostraram que algumas competências vinculadas ao LC foram desenvolvidas, tais como o protagonismo do estudante por meio de uma prática consciente, o que possibilitou uma nova visão de mundo, partindo dos temas escolhidos.

O estudo de Queiroz et al. (2014) expõe uma prática de LC sobre o tema “Métodos Anticoncepcionais” e estabelece relações entre a prática pedagógica e a abordagem metodológica desse conteúdo. Os resultados emitem uma posição inicial adequada aos objetivos estabelecidos pelo LC, porém, mostram uma necessidade de mais oficinas com metodologias voltadas para essa prática.

Rodrigues (2015) apresentou um artigo cujo objetivo era avaliar as atividades de leitura e escrita, relacionadas aos textos de divulgação científica que foram trabalhados com alunos concluintes do ensino fundamental. A partir desse estudo, foi possível concluir que os alunos são capazes de fazer a identificação do tema, o reconhecimento do gênero através do suporte, distinguir se é ou não um texto literário, qual o objetivo do autor, além de reconhecer informações explícitas e aspectos linguísticos empregados.

O trabalho de Pereira e Teixeira (2015) aborda a relação entre os termos alfabetização científica e letramento científico nos anos iniciais do ensino fundamental, incluindo uma discussão sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) e o Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Finaliza apresentando uma reflexão sobre alternativas tecnológicas para uma AC/LC como possíveis caminhos para a construção do conhecimento na sociedade contemporânea.

A pesquisa de Oliveira, Silva e Mattos (2015) analisa possibilidades de LC dos estudantes de quatro turmas do 2º ano do ensino médio de uma escola da rede pública de Belo Horizonte - MG que participaram de um projeto de iniciação à docência em 2013. Identificou- se que o nível de LC dos estudantes foi considerado baixo e o trabalho relata os prováveis motivos para esses resultados, como por exemplo, os estudantes não utilizaram os conceitos científicos para descrever as charges.

O artigo de Miranda, Santana e Silva (2015) relata a experiência em sala de aula de uma professora, no ano de 2014, com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), do turno noturno, situado no município de Candeias, região metropolitana de Salvador-BA. Ao término da intervenção proposta pela docente, os alunos desenvolveram habilidades como: distinguir tema e assunto; identificar elementos estruturais do texto de divulgação científica e utilização da língua padrão. Em relação aos aspectos linguísticos foi possível notar o uso apropriado dos pronomes como elemento coesivo e o valor expressivo das formas linguísticas.

Oliveira e Rosa (2015) realizaram uma análise reflexiva das ações e experiências relativas ao PIBID, no subprojeto de licenciatura Interdisciplinar “Alfabetização e letramento científico: uma leitura de mundo”, envolvendo as áreas de Pedagogia, Ciências Biológicas e Geografia. Os resultados mostram reflexões sobre as aprendizagens das crianças, e a prática pedagógica aplicada durante a execução do projeto.

A produção de Perlingeiro e Galieta (2016) visava expor e analisar atividades, na tentativa de mensurar de que forma a leitura e a escrita em aulas de ciências contribuem na aprendizagem da língua materna e para o LC. Após análises, concluíram que as atividades contribuíam, ainda que de forma pouco expressiva, não só para o LC, como também para o letramento linguístico.

O estudo de Carvalho et al. (2016) discute os resultados de um projeto realizado com alunos do 2º módulo do curso de Edificações da modalidade de ensino EJA do Instituto Federal do Sertão Pernambucano – Campus Petrolina, visando abordar a temática “Sustentabilidade através do letramento científico (LC), Ciência e Tecnologia (C&T)”. Os resultados indicaram dificuldades dos estudantes em interpretar textos e gráficos que tinham conteúdo científico, porém, se destaca a empolgação e comprometimento dos estudantes ao se envolverem com essa abordagem e com o tema sustentabilidade.

O artigo de Sena et al. (2017) discute LC, inserindo-se neste contexto de modo a pleitear, mesmo que sucintamente, considerações sobre práticas docentes nas séries finais do ensino fundamental. Os resultados mostraram algumas constatações, tais como: o livro didático adotado pela citada instituição continua sendo a referência básica do planejamento letivo; as

práticas leitoras e escritoras em sala de aula ainda estão centradas nos textos do livro e na resolução de exercícios/avaliações escritas e constatou-se ainda que são raras as experimentações científicas, visitas a campo ou feiras de ciências.