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58 Trajeto 2: Linha-Vermelha (2016)

No documento Renato Almeida São Paulo, 1982 (páginas 58-98)

Na proposta Trajeto 2: Linha-Vermelha (2016) realizo um percurso por uma região da zona leste de São Paulo, a ação resultou em uma instalação formada por um vídeo com 56 minutos de duração, apresentado em um moni- tor de 42’, além de uma série de objetos, fotografias, anotações, mapas, referências textuais, ou seja, parte do meu material processual. Todo esse material é exposto sobre uma mesa de madeira ou fixados pela parede com ajuda de pregos, prendedores ou fita adesiva branca.

“Realiza uma extensa caminhada à margem da linha-vermelha do Metrô, eixo que atravessa a Zona Leste em direção a seus bairros mais distantes. Por todo o per- curso, o artista carrega uma espécie de totem feito pelo empilhamento de ob- jetos e materiais encontrados na região ou adquiridos no comércio popular. Renato nasceu em Itaquera e cresceu se deslocando por diversos bairros da Zona Leste. Aqui, vídeo e objetos testemunham a realização de uma jornada que revisita lugares de sua memória pessoal e, ao mesmo tempo, repete parte do trajeto de milhares de pessoas que de- dicam diversas horas diariamente para atender as demandas do trabalho em uma metrópole desigual. No cotidiano, como na obra, tudo está sempre em movimento, mas pode ser difícil apreender a razão para tamanho esforço.”

(Texto da exposição coletiva: “Estou Cá”, Sesc Belenzinho na cidade de São Paulo. Aconte- ceu entre 29 de Novembro de 2016 a 28 de Fevereiro de 2017)

“Trajeto 2: Linha-Vermelha” (2016) (Frame do registro em vídeo). Víideo: https://youtu.be/zWbhSVfV0zs

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“Trajeto 2: Linha-Vermelha” (2016) (Fotografia da mala/objeto )

_ Trajeto: 1: Memória” (ou “Piques-baoba: às voltas para o esquecimento)” (2016)

O trabalho consiste em uma ação registrada em vídeo, que posteriormente passa por uma edição, resultado em um material de 13min e 41s.

A proposta acontece em um trajeto pré-determinado na região central da cidade de São Paulo.

Partindo do Início da Rua da Consolação (Próximo a Igreja da Consolação) até o Largo da Memória região conhecida como Anhangabaú.

Este trajeto é realizado pelo artista proponente que carrega nas costas uma “mala” de madeira com uma parede de tijolos dentro. Após todo o trajeto a parede é descartada ao centro da praça junto ao monumento. O objeto é confeccionado com o uso de tijolos encontrados em um espaço em ruína e tijolos adquiridos no comércio local na mesma região.

Submetendo o corpo ao que pode ser considerada uma representação da experiência cotidiana e alienante de locomoção urbana realizada em uma grande metrópole contemporânea.

Do cruzamento entre a história do obelisco da memória e a lenda africana da árvore da memória, nasce a es- colha do espaço que se dá a ação artística. Que acontece com um trajeto realizado a pé, que culmina em uma série de voltas em torno do obelisco, em referências as voltas dadas pelos negros em torno da Baobá, antes de serem traficados.

A cidade é feita de territórios, paredes, demarcações e limitações, que podem ser físicas, sociais ou psicológi- cas. Carrego aqui, um pouco disso nas costas.

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_ Horizontes de expectativa: indícios e ocorrências (2017-2019) (in progress)

Este trabalho tem sido constituído de uma série de registros fotográficos, impressos no formato de 8cm(L) x 9cm(A), fazendo uma menção ao formato fotográfico das polaroides.

Os espaços e objetos registrados nas imagens fotográficas, fazem parte de situações espaciais que se encon- tram em um momento entre uma ideia de ruína e uma proposta de reconstrução.

Apesar das marcas do fazer e do corpo não estar presente, a presença do humano é sugerida de diferentes formas.

Quem se identifica com esses espaços? Sobre que cidade estamos falando? A qual recorte social e geográfico pertencem esses espaços? Quais as conexões, vínculos e identidades são compartilhadas?

De certa maneira, se é possível afirmar que o receptor “produz” a obra, é porque ele a recon- stitui segundo o horizonte de suas experiências no tempo mesmo em que a apreende. Por outro lado, como a obra procede de intencionalidade, o confronto com ela leva o receptor a redimensionar seu universo de referências e, por conseguinte, seu horizonte de expectati- vas(...) Nesse campo exploratório, a obra escapa às regras em seu sentido restrito. Podemos sustentar, assim, que, de fato, a relação estética põe em curso uma produtividade.

(Luciano Vinhosa – Obra de arte experiência estética: arte contemporânea em questões)

Horizontes de espectativa

Outras possibilidades de montagem, variando formato da foto, dimensão e agregando objetos coletados dos lugares fotografados.

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Horizontes de espectativa

Outras possibilidades de montagem, variando formato da foto, dimensão e agregando obje- tos coletados dos lugares fotografados.

Horizontes de espectativa

Outras possibilidades de montagem, variando formato da foto, dimensão e agregando obje- tos coletados dos lugares fotografados.

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Horizontes de espectativa

Outras possibilidades de montagem, variando formato da foto, dimensão e agregando objetos coletados dos lugares fotografados.

_ Estudos de locus (2019) (in progress)

Neste processo, ainda recente, é dado continuidade aos estímulos apresentados nas fotografias da proposta de *Horizontes de expectativa: indícios e ocorrências, desenvolvendo possíveis desdobramentos a partir do corpo ainda como elemento sugerido, mas que não aparecia propriamente nos registros do trabalho anterior, onde o desenho vem como forma de falar sobre o registro desse gesto físico, agora apontado mais diretamente por fotografias de partes do meu corpo, realizando gestos sutis que tentam emular um movimento ou posição dos objetos vistos nas fotografias de registros dos espaços, objetos esses que trazem para um raciocínio es- cultórico.

*_ Horizontes de expectativa: indícios e ocorrências (2017-2019) (in progress)

Este trabalho tem sido constituído de uma série de registros fotográficos, impressos no formato de 8cm(L) x 9cm(A), fazendo uma menção ao formato fotográfico das polaroides.

Os espaços e objetos registrados nas imagens fotográficas, fazem parte de situações espaciais que se encon- tram em um momento entre uma ideia de ruína e uma proposta de reconstrução.

Apesar das marcas do fazer e do corpo não estar presente, a presença do humano é sugerida de diferentes formas.

Quem se identifica com esses espaços? Sobre que cidade estamos falando? A qual recorte social e geográfico pertencem esses espaços? Quais as conexões, vínculos e identidades são compartilhadas?

De certa maneira, se é possível afirmar que o receptor “produz” a obra, é porque ele a recon- stitui segundo o horizonte de suas experiências no tempo mesmo em que a apreende. Por outro lado, como a obra procede de intencionalidade, o confronto com ela leva o receptor a redimensionar seu universo de referências e, por conseguinte, seu horizonte de expectati- vas(...) Nesse campo exploratório, a obra escapa às regras em seu sentido restrito. Podemos sustentar, assim, que, de fato, a relação estética põe em curso uma produtividade.

(Luciano Vinhosa – Obra de arte experiência estética: arte contemporânea em questões)

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Estudos de locus: Braço (2019)

Materiais: Fotografia, grafite, carvão e crayon.

Dimensões: cada imagem é fixada em uma placa de maderia de dimensões: A: 33cm / L: 30 cm / P: 1 cm

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Estudos de locus: Primeiro Plano (2019) Materiais: Fotografia, grafite, carvão e crayon.

Dimensões: cada imagem é fixada em uma placa de maderia de dimensões: A: 33cm / L: 30 cm / P: 1 cm

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Estudos de locus: Tênue e Dorsal (2019) Materiais: Fotografia, grafite, carvão e crayon.

Dimensões: cada imagem é fixada em uma placa de maderia de dimensões: A: 33cm / L: 30 cm / P: 1 cm

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_ Montagem

Os trabalhos ficam montados em três linhas, onde a base do primeiro tríptico fica a 1m do chão, com 5 cm de distância entre cada linhas de três quadros. Entre uma imagem e outra do mesmo tríptico a distância é de 3 cm.

_ Molduras

Todas as imagens são apresentadas com molduras for- mada por uma base retangular de madeira e uma placa de acrílico posicionada sobre a imagem. Sendo assim a imagem fica entre a placa de madeira (de 0,5cm de es- pessura – 30 cm de largura – 33 cm de altura) e a placa quadrada de acrílico transparente (de 0,2cm de espes- sura – 29 cm de largura – 29 cm de altura). Onde a ima- gem fica no centro, entre uma placa e outra, formando uma espécie de “sanduiche”. As placas são juntas com parafusos em cada uma das pontas e acima e ao centro. Este último prende o objeto a parede.

Placa de madeira

Placa de acrílico

Imagem vista pela transparência do acrílico

_ Anotações sobre lugares esquecidos (2015-2019) (in progress)

Estes desenhos fazem parte de uma série desenvolvida tendo como disparo criativo a visita a lugares abando- nados/esquecidos na cidade para realizar esses registros. Materiais:Papel, grafite, carvão e crayon.

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No documento Renato Almeida São Paulo, 1982 (páginas 58-98)

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