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Capítulo VII Considerações finais 94

Anexo 2 Transcrição das entrevistas, segundo ordem cronológica 107

Nome: Hugo Murta Idade: 30 anos

Habilitações literárias: licenciatura Entidade que representa: Diretor

Função que desempenha na entidade que representa: Serenata Hostel

1- Sim já tinha conhecimento. Até fui eu que estive a intervir com os senhores da UNESCO.

2- Uma maior afluência, muitas visitas tivemos nós nesse ano, cerimónias. Até o Lula da Silva veio cá fazer uma pós-graduação nesse ano.

3-Impacto a nível turístico enorme, divulgação do nosso país, divulgação da cidade de Coimbra e para o comércio sempre foi mais viável esta apresentação da UNESCO. A taxa de ocupação também aumentou, local e hoteleira a nível de Hostels, até este Hostel ficou mais cheio.

4-Maior abundância, não temos infraestruturas para albergar tanta gente, basicamente.

5-Sim, claro que sim.

6-Torre da Universidade, a Universidade em si, alguns pontos turísticos que são muito caraterísticos, o Café de Santa Cruz…

7-Cidade pequena, de estudantes, uma cidade com bom património, temos vários monumentos considerados pela UNESCO muito bons e lá está o nosso primeiro rei de Portugal está cá sepultado.

8-Isso aí já estamos a tomar medidas, as infraestruturas já estão a modificar. Estamos a ter mais pessoas que em vez de ficarem uma noite, ficam duas por causa da nossa hospitalidade e simpatia e os turistas adoram isso. A cidade de Coimbra tem muito para oferecer.

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9-Do património é eficiente mas podia ser melhor, a divulgação, mais publicidade, mais mapas, mais publicidade na internet, e não só no nosso país mas lá fora porque há muita gente que não sabe do património fantástico que nós temos, pouca divulgação.

10-Revistas, internet, fóruns também e depois as redes sociais mais conhecidas: Facebook, Instagram, Twitter, 9gag. Se também pudessem pôr emojis ou assim uma coisa para divulgar mais.

11-Há outro património a divulgar como o Portugal dos Pequenitos, nós vamos ter também em Junho a procissão da Nossa Senhora, Coimbra não é só a Universidade também tem outras coisas bonitas de se ver, temos o Choupal que também é bonito de se ver, a natureza que nós temos. Temos outros institutos não só a Universidade mas também os politécnicos. O ideal era aliar a Universidade a todo o outro património.

- 109 - Nome: Mercedes Gonçalves

Idade: 44 anos

Habilitações literárias: bacharelato

Entidade que representa: Turismo da Universidade de Coimbra

Função que desempenha na entidade que representa: Coordenadora

1-No dia (risos);

2-Tem havido um aumento de turistas, estamos com um maior número de turistas por sermos património mas não só. É difícil perceber se vem pelo património, ou se pelo aumento geral do turismo em Portugal. Portanto não dá para perceber se foi efeito de “boom”ou da classificação, haverá alguma influência da classificação pelo facto de sermos património mas também pelo aumento do Turismo em Portugal. É difícil distinguir ou medir o que poderá ser.

3-O impacto melhor que trouxe foi mais reconhecimento por parte de instituições do Turismo, nomeadamente do Turismo de Centro e também dos médias. Isto foi onde foi mais visível o interesse pelo Turismo da Universidade.

4-Os impactes negativos que tem mais é as dificuldades na manutenção dos edifícios e as regras, às vezes um bocadinho absurdas para repararmos o que está estragado. Burocratizou demasiado o processo de fazer obras para conservar, ninguém se incomoda que esteja a cair. Quando nós queremos fazer obras para conservar e reparar aumenta-nos a burocracia. É o aspecto mais negativo é este.

5-Penso que sim, há mais turistas em Coimbra agora do que havia em 2013, é verdade, é um facto mas tem a ver com o aumento dos turistas que estão em Lisboa ou no Porto e lá não há atribuição, portanto…

6-A Universidade;

7-Tem uma imagem positiva mas de um desconhecimento total do que há para visitar, as pessoas quando chegam a Coimbra desconhecem o património que há para visitar, maior parte acredita que se vê Coimbra em duas horas ou que só há a Universidade para ver, este é o problema maior.

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8-Exatamente pelo motivo de as pessoas desconhecerem o que há para visitar, as pessoas não percebem que têm motivos para estar dois dias em Coimbra. É uma manhã, uma tarde e chega-lhes. Só se apercebem do que há quando chegam. Isto é o principal problema da cidade, é a falta de marketing, não há estratégia, há falta de uma apresentação conjunta do que há para fazer na cidade, não há vai-se à“net”, não conseguem perceber o que há para visitar.

9- Não, falta a divulgação do património de Coimbra, faltam postos de atendimento turístico na cidade, que fecham aos fins-de-semana, fecham à hora de almoço, há falta de sinalética para as pessoas se orientarem, há falta disso tudo, mesmo as pessoas aqui dentro da Universidade não se apercebem do que há.

10-Eu penso que aqui, é em primeiro, é ter uma estratégia, perceber o que se quer, para que a pessoa se aperceba que tem muito para fazer na cidade e aqui à volta. A cidade não é só monumentos, é também lazer de praia perto, de rio, de montanha, de aldeias de Xisto, disso tudo.

11-Pode, é bastante não é? Porque para além da Universidade, tens as Sés, tens o jardim botânico. Aliar às tradições académicas, ao fado, aos estudantes, a toda essa parte imaterial que também é património.

- 111 - Nome: Alice Luxo

Idade: 45 anos

Habilitações literárias: licenciatura

Entidade que representa: Living Place

Função que desempenha na entidade que representa: Intérprete do Património

1 – Tinha conhecimento, e é assim sou uma apaixonada por Coimbra (risos). E portanto estou ligada às questões do Turismo e acompanhei o processo desde o início da candidatura, as iniciativas, as exposições, as palestras, fui sempre acompanhando.

2- Notou-se um aumento muito significativo de turistas, muito significativo.

3- Coimbra está a ganhar mais, a limpar a cara digamos assim. Estamos a ganhar muito mais confiança em Coimbra como cidade, muito positivo, muito positivo que eu noto é finalmente há um trabalho conjunto entre cidade e Universidade, não é?! Uma coisa muito recente não é? Estamos a falar de dois anos que começam a fazer agora este trabalho. Esta classificação foi o maior impacto, a ligação entre Universidade e cidade.

4- É assim, não são bem negativos é tomar consciência das falhas enquanto… para atrair realmente pessoas e em termos de Turismo continua a ser o nosso problema, a nossa falha porque realmente não estávamos preparados para isto, o número em crescendo de visitantes e não conseguimos arranjar modo de os manter cá, não estamos a conseguir transmitir isso a quem vem não é? Há coisas para fazer na cidade…

5 – Sim.

6 – A Universidade, sem sombra de dúvida não é?

7 – (Ahh) Positiva, pelo património naturalmente, pela mística não sei como é que isso… pelo património imaterial, até mais do que a aura que Coimbra tem enquanto cidade, esse é o grande factor de actividade penso eu… que está a ser trabalhado e vamos chegar lá! (risos)

8- Não se conseguiu criar, é assim junto das unidades hoteleiras e dos operadores turísticos não é? Ainda há um trabalho a ser feito de conquista parte a parte, pensar que estamos todos a trabalhar no mesmo sentido. As pessoas têm de saber o que há para

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fazer na cidade e não têm de andar á procura, essa é a grande falha. Onde quer que cheguem, é assim devemos ser um bocadinho promotores da cidade e dizer que há isto e isto e mais aquilo mas continuamos a ver pessoas à volta com o mapa na mão e estão se calhar se se virarem ao contrário têm ali um sítio interessante para irem visitar não é? Falta um bocadinho desse vestir a camisola, cada um de nós vestir um bocadinho a camisola pela cidade.

9- É assim, está ser feito e tem vindo a melhorar e mesmo a forma de divulgação tem vindo a melhorar nitidamente, os folhetos, tudo isso, são mais atrativos, as plataformas estão mais interessantes, mais interactivas, está a ser feito.

10- Hum (risos), é assim isso tem de ser com promotores turísticos, mostrar, é o trabalho de conquistar, de ir às feiras, às bolsas de turismo, ir junto das unidades hoteleiras e os técnicos de turismo e os guias também, e depois ter uma imagem de conjunto, isto é assim quem chega tem de conseguir construir o seu percurso dentro de Coimbra de forma autónoma não é? E têm de estar as coisas bem identificadas, os cartazes… utilizar as novas tecnologias para isto que nos permitem igualmente viver de uma forma mais interessante não é?

11- É assim, é um atributo que Coimbra tem, portanto neste momento faz parte da cidade, não é? Deve ser tido como orgulho, portanto qualquer promoção da cidade deve fazer sempre referência a isso não é? Integrar aqui uma série de redes, de catedrais, esse tipo de coisas que fazem parte não é? A nível mundial realmente foi uma promoção excepcional o selo da UNESCO.

- 113 - Nome: Filomena Pinheiro

Idade: 51 anos

Habilitações literárias: licenciatura

Entidade que representa: Turismo do Centro

Função que desempenham na entidade que representa: Diretora de operações turísticas

1 – Sim, tinha conhecimento. Já… isto foi um processo longo, um processo moroso, passou por muitas etapas e sim sabia que tinha sido apresentada candidatura, tinha sido reformulada e pronto, soube pelos meios…

2 – Bom, assim que se, que começa um processo não é a classificação que altera é óbvio que o reconhecimento é um tipo de orgulho para todos, para aqueles que estão envolvidos na candidatura e para a população em geral. Por muito que as pessoas pensem “isto não me vai afetar” há sempre sentimento de pertença e aquela relação com o património com a coisa sua que faz com que exista uma tendência para expressar essa alegria e esse orgulho.

3- Impactos positivos tem sempre: o reconhecimento permite consequências. Por um lado, o reconhecimento faz com que, é um reconhecimento mundial e por isso, como tal além de haver gente (não só turistas) mas estudiosos que se debruçam sobre o tema, há já um alerta mundial que significa algo. É óbvio que Coimbra não é uma cidade desconhecida nem a Universidade de Coimbra é património desconhecido antes da classificação. No entanto, Coimbra passa a ter um outro lugar naquilo que é o património classificado pela UNESCO e por isso há que preservar, que visitar e tem importância vital para a cultura mundial e se isso acontece é óbvio que nós ficamos já debaixo do olhar de um público mais alargado não é?! Um público que estava atento que reforçou a sua estima e o seu interesse por Coimbra mas aquele que não estava e passou a estar e passou a ter a noção que aqui em Coimbra, a Universidade representa algo de muito valioso. Por outro lado, nós também vamos sentir isso não é?! Este orgulho faz-nos reagir. Ahh, impactos positivos além dessa notoriedade, é sobretudo a oportunidade de intervirmos sobre o património e intervirmos sobre os comportamentos, de intervirmos sobre a relação entre a comunidade e o património existente, enfim é um ponto de partida. É óbvio que a Universidade já cá estava antes da classificação mas como às vezes é difícil ter, tomar medidas quer em termos de política cultural, quer me

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termos de política turística sobre a comunidade, sem mote próprio sem razão aparente e não pode ser assim, tem de haver uma razão. Ora esta é a razão, é a maior oportunidade é a razão que nós temos para intervir no património que está a precisar de intervenção, alimentar na comunidade coimbrã uma ação diferente, um olhar diferente, dar-lhe palco envolve-los no processo. Há vários candidatos a património mundial, uns estão mais afastados dos outros da comunidade onde estão integrados, a Universidade está dentro da cidade, está com as pessoas, é óbvio que representa muito para todos nós, para todos os portugueses e sobretudo para todos os cidadãos de Coimbra, quando eu digo Coimbra no sentido alargado porque nós aqui quase que dizemos que a Região centro é Coimbra não é?! Identificamo-nos muito com este património mas agora temos a obrigação acrescida de sublinharmos este património, dar-lhe palco, falarmos dele, envolvermo-nos, preparar-nos para receber mais turistas, turistas diferentes porque nós agora vamos ter um novo perfil do turista não é?! É óbvio que ele já existia mas não numa escala que nós pretendemos que aconteça com a classificação.

4- Oh, eu acho que neste momento nós não devemos pensar nisso. Temos que pensar que é uma oportunidade, é óbvio que… eu há dois anos, três anos, quando…pouco depois da classificação, houve uma reunião sobre os sítios de património mundial em Viseu e convidaram muitos dos atores do território de territórios que têm muito notoriedade que têm património classificado, e Guimarães, Angra, Batalha, Alcobaça…Guimarães e Angra salientaram mais o protecionismo, dois factores: o protecionismo do património que podia envolver porque é assim não é só aquele que é classificado, é todo aquele, toda a envolvente, e por isso, Guimarães e Angra é como Coimbra, a classificação envolve a cidade, toda a construção que existe classificado ou não, e por isso as pessoas precisam de continuar a viver nestes espaços se as medidas forem muito apertadas mesmo na recuperação, na reabilitação isso pode ser um constrangimento e foi esse o constrangimento que mais evidenciaram, além do êxodo dos turistas, o intervir com o quotidiano da comunidade mas isto nós estamos a falar de espaços pequenos. Eu acho que Coimbra não tem aspectos negativos só positivos, eu prefiro assim mas esta é a minha maneira de ver, percebe?! Eu, a minha perspectiva é que nós temos, esta é a grande oportunidade, esta é a força para Coimbra, para a região e nós temos de a saber aproveitar, de nos mobilizar, temos de ter a capacidade de aceitar os pressupostos da candidatura e as condições com que foi aprovada, estas foram as condições temos de as aceitar, temos de dar a volta mas esta classificação mexeu muito

- 115 - com as pessoas, e é uma forma de nós mudarmos a nossa mentalidade, nós também sabemos que Coimbra precisa desse envolvimento com a comunidade, Coimbra é um destino cultural sobretudo, se nós não estivermos preparados para isso… Coimbra tem tantos professores aposentados, nós saímos do país e vamos a cidades que não têm a importância histórica e cultural que tem Coimbra e tem professores aposentados que são guias, guias voluntários que se orgulham daquilo como se fosse parte da vida deles e nós temos de ter também essa capacidade de mobilizar aquelas pessoas que ainda podem dar muito à cidade, porque hoje nós temos, nós vamos ter um novo perfil de turista, isso não tenho dúvida nenhuma, além daqueles que tínhamos e nós também já éramos um destino de turismo cultural mas isto vai ser reforçado de gente mais, que procura muito mais que uma cidade com património, não, vêm aprofundar as razões porque nem todas as cidades com património construído tem património classificado por isso as que são têm de… são públicos mais atentos mas também hoje o turista moderno, é um turista que vive muito das experiências, das emoções, e sabemos que Coimbra tem gente espetacular que já não está no ativo mas que tem muito para dar, contadores de histórias, de experiências e são essas, esse é o factor diferenciador de visitarmos com guia que está preparado para apresentar a monumentalidade do património mundial ou aquele que passa a herança, que passa a história.

5- Sim, sem dúvida, se os dados são públicos…

6- A Universidade.

7- Eu penso que no todo tem uma imagem positiva, primeiro porque é uma cidade aberta com luz, alegre, jovem porque tem muitos estudantes, uma cidade com vida. Depois porque é uma cidade do litoral, é uma cidade, pronto, que penso eu, nós quando estamos mais perto do mar sentimos uma luz, uma atração completamente diferente, não nos sentimos presos, fechados, controlados não é?! Temos essa sensação de liberdade, e depois pela monumentalidade que existe, mesmo que tenhamos um património um pouco degradado, um património a necessitar de intervenção, temos património e isso é visível, e isso é o que os turistas sentem que pertence à comunidade, ele alberga vida, futuro, dinâmicas e isso é muito importante, o resto são oportunidades para trabalhar (risos).

8- Pronto, isso é o que nós estamos a trabalhar em Coimbra e no centro. É o nosso problema, também porque há uma relação com os operadores turísticos ainda não muito

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madura também porque ainda não temos as grandes âncoras, não nos podemos esquecer que o país é pequeno e nós estamos a oitenta quilómetros, cem quilómetros do aeroporto do Porto e estamos a duzentos quilómetros de Lisboa, temos excelentes vias quer ferroviárias quer rodoviárias e por isso, enquanto não tivermos programas de animação consistentes, estruturados, uma capacidade para prender o turista ele vai ficar nos grandes centros porque além, primeiro porque primeiro o turista cultural é um turista exigente, é um turista que depois precisa de complementar a visita ao património quer actividades culturais mais exigentes e por isso, fica na cidade e depois porque os operadores assim trabalham- o alojamento é sempre nos polos onde tem mais…mas penso que isto também é uma tendência e também o comportamento. Nós não conseguimos acompanhar a evolução dos mercados e não se adaptaram a ele, não é pelo preço baixo que nós conseguimos reter as pessoas e atrair os turistas. Eu tenho que lhes saber dar programas atrativos, programas diferentes e é esse o nosso objectivo: vender uma região diferenciada com uma diversidade de património natural e patrimonial única., mas isto leva tempo. É mais fácil trabalhar o turista que viaja em família do que as massas, nós também não temos aqui e este não é um turismo de massas mas nós quando falamos o que pesa muito é Lisboa, Porto e o Algarve e qualquer um deles são âncoras muito fortes e daí a média nacional que é pesada por este três grandes se juntarmos com a Madeira é óbvio não tem outra possibilidade e depois estamos a analisar Lisboa, Porto, Algarve e Coimbra por isso não tem outra hipótese mas de qualquer forma a região centro ainda não tem essa atratividade, temos de trabalhar. Estamos a tomar medidas nesse sentido mas pronto as coisas têm de haver trabalho em rede, temos todos de estar formatados para atrair, para acolher, é óbvio que nós somos uma população acolhedora que sabe estar, sabe fazer, tem um “modus vivendi” único mas isso não é suficiente, nós não podemos ter uma atitude passiva, temos que lhes dar mais de modo a que fiquem mais interessados e depois programações fortes, programações diferenciadas e por isso precisamos de conhecer o perfil do turista.

9- Não, não é eficiente porque os resultados não são…mas é culpa de todos nós, tem de haver um trabalho de rede articulado e sustentado de modo a que esta comunicação crie impactes positivos no turista.

10- A melhor estratégia é um rol, ter orgulho dele, falar dele porque se nós o sentimos cada um de nós que estamos cá, conseguimos transmitir aos outros e por isso propaga-

- 117 - se. Não é mais uma experiência mas é algo que mobiliza e que depois promove ou o retorno ou até a divulgação e atração de outros públicos.

11- Sim, claro! A âncora deve ser esta, nós temos de aproveitar as âncoras. Tal como nós que pretendemos criar maior atratividade para a região centro, procuramos nas âncoras os pontos fortes e depois as outras são produtos complementares que se promovem e se desenvolvem tanto mais quanto mais os motores se desenvolverem. Aqui a âncora é a Universidade, sempre foi! Mesmo quando não era classificada não é?! Por isso sim, a âncora é mas Coimbra tem muito mais que a Universidade porque nós não podemos só olhar para a Universidade, Coimbra tem muito. Nós temos aqui o Buçaco, que está a doze quilómetros de Coimbra que não é nada, é um património valiosíssimo também candidato à classificação mas mais importante que isso é um património único quer natural, quer construído e que complementa. Nós temos é de saber abrir-nos agora para criar um destino mais completo, mais diversificado a partir de uma âncora que é a Universidade. Temos de ter a capacidade de não olhar só para a baixa e a Universidade porque atravessar o rio Mondego já é uma dificuldade grande (risos). Nós temos um outro ponto grande de atracção que a estatística lhe confere e que nós conhecemos sempre, que é o Portugal dos Pequenitos e no entanto, Coimbra nunca se quis identificar com o Portugal dos Pequenitos… não é?! E a verdade é que nós vemos a mobilização que tem, não é?! A atratividade que tem e por isso é preciso olhar para o conjunto patrimonial de Coimbra e da região e saber tirar usufruto dele porque não existem assim tantos destinos com tanta riqueza patrimonial num raio tão pequeno, temos é de ter essa capacidade. Olhar para isso como o Lorvão, o mosteiro do Lorvão, o próprio Mondego porque nós podemos também… Hoje o turista cultural é um turista camaleão que faz tudo não é?! É capaz de fazer uma descida de canoa e depois vir visitar a Universidade e quando visitar os outros elementos e depois vai ver um bom espetáculo (se tiver para ver) não é?!

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Nome: António Martins

Idade: 50 anos

Habilitações literárias: licenciatura

Entidade que representa: Comissão para a cooperação e desenvolvimento regional do centro

Função que desempenha na entidade que representa: Coordenador do Gabinete de Apoio ao Investimento

1- Sim, acompanhei o todo o processo enquanto cidadão ou em funções