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9.7.1 Descrição do tratamento de efluentes gerado na produção do flake

O tratamento do efluente gerada pela PETFIBER envolve tratamentos primários, secundários e terciários, que tem o objetivo de remover das partículas e/ou dos poluentes mediante a operações físicas, química e biológicas (MORENO, 2007).

A apêndice 6 ilustra as etapas do tratamento de efluentes por meio do fluxograma. A primeira etapa é uma medida de redundância. O efluente gerado no processo passa por um tanque de separação onde as tampas e rótulos, que por algum motivo não foram retirados pelo tirador de rótulos, ficam contidos por um filtro de poliéster, que irá permitir a remoção desses sólidos.

O efluente então chega no tanque de equalização, que auxilia na minimização de possíveis variações de vazão e concentração do efluente para que este atinja boas condições para os processos subsequentes.

No tanque de equalização se faz necessário a utilização do sulfato de alumínio para a floculação dos sólidos compostos e da soda, para que haja a correção do pH (BELTRAME, 2000). Ambos são adicionados por meio de dosadores.

Logo após o tratamento primário apresentado, o efluente é levado para o tanque de areia e pedras, que tem objetivo de fazer à remoção de sólidos e parte da matéria orgânica em suspensão e materiais flutuantes (óleos e graxas) (BELTRAME, 2000) (VAN HAANDEL, 1990).

Na indústria de reciclagem de PET em específico, a utilização do sulfato de alumínio e soda no tratamento primário, que embora seja um tratamento de ação física, pode chegar a uma eficiência de 60%, devido a facilidade de sedimentação (BELTRAME, 2000).

Após a flotação o efluente segue para o tanque de decantação, onde na sua entrada encontrasse outro filtro de poliéster e na sua saída um biofilme, que consiste em um conjunto de pedras do tipo morruada que auxiliam na contenção dos sólidos ainda presentes no efluente. Após o biofilme, o efluente chega no tanque de aeração, onde pôr meio de microrganismos aeróbicos, nesta etapa, a massa de microrganismos é mantida em suspensão através da agitação provocada pelos aeradores que trabalham alternadamente de acordo com as necessidades de decantação. Essa agitação é feita para que haja um contato íntimo do lodo com o material orgânico na água resultante do efluente e assim fazendo a remoção da matéria orgânica que não foi removida nos processos anteriores (BELTRAME, 2000).

Após aeração o efluente passa por outro Biofilme, composto por 3 camadas de pedras com diferentes densidades sendo, pedrisco, cascalho lavado e a pedra “morruada”.

Após a passagem pelo Biofilme é finalizado o tratamento secundário e efluente é levado para caixa d’água. O efluente normalmente apresenta um reduzido nível de poluição por matéria orgânica, podendo, na maioria dos casos, serem usados com água de reuso.

A eficiência de um tratamento secundário pode chegar a 95% ou mais dependendo da operação. (BELTRAME, 2000).

O lodo e os rejeitos gerados no processo de tratamento são destinados em BigBags para uma empresa autorizada para destinação correta do mesmo.

9.7.2 Descrição do tratamento de efluentes gerado na produção da fibra

O efluente gerado da produção da fibra, passa primeiro por um tanque de separação de água e óleo e depois segue para ser tratado junto com o efluente da produção do flake.

9.7.3 Dimensionamento dos equipamentos

A tabela abaixo apresenta as dimensões dos principais equipamentos utilizados no tratamento do efluente gerado pela PETFIBER.

Tabela 15 – Dimensões dos equipamentos da ETE

DIMENSÕES DOS EQUIPAMENTOS

Equipamento h (m) c (m) l (m) V (m³)

Tanque de equalização 2,5 8 2 40

Tanque de areia 2,5 2 0,5 2,5

Tanque de decantação 2,4 10 2,4 57,6

Tanque de aeração 2 34 8,5 578

Separador de água e óleo 0,5 1 0,5 0,25

Fonte: Elaboração dos autores, 2019.

9.7.4 Instrumentação e controle de processo

Na etapa de Tratamento de Efluentes precisarão ser controladas as dosagens de reguladores de pH na fase do tratamento da água, que será feita através de aferição manual de pH e de acordo com o resultado será ajustada a vazão através de válvulas com controle manual. O fluxograma PI&D se encontra no apêndice 7.

9.8 CONCLUSÃO

De acordo com o anexo VI da Resolução CONSEMA 98/2017, determinou-se que o licenciamento para a PETFIBER seguirá o modelo trifásico, e, portanto, será necessária a emissão de três licenças ambientais, sendo estas: prévia, de instalação e de operação. Além disso, baseando-se nas descrições da categoria 71.30.02 e no projeto desenvolvido, a PETFIBER irá reciclar cerca de 12.800 Kg de garrafa PET por dia, logo a empresa se enquadra como de pequeno porte e antes da emissão da LAP se faz necessário a elaboração de uma Relatório Ambiental Prévio.

Cerca de 16 resíduos foram listados como gerados nas linhas de produção de reciclagem do PET, extrusão e beneficiamento da fibra, laboratório de controle de qualidade, refeitório, escritórios, recepção, banheiros e estação de tratamento de efluentes. Como planejamento para gestão destes resíduos, a empresa optou por terceirizar o serviço referente a coleta e destinação adequada para cada tipo. Dessa forma será de responsabilidade da PETFIBER, o acondicionamento correto dos resíduos sólidos e líquidos até a data de coleta realizada pela empresa gerenciadora, bem como o acompanhamento referente aos quesitos

ambientais obrigatórios, os quais devem ser seguidos pelas empresas onde são destinados os resíduos.

Quanto a educação ambiental, a PETFIBER demonstra total consciência de sua importância social e ambiental, e pretende por meio de ações como a implementação da coleta seletiva dentro da empresa, de palestras e treinamentos relacionados á questões ambientais cotidianas e a criação de uma horta comunitária, disseminar o ideal de sustentabilidade entre seus funcionários e colaboradores em geral.

Partindo-se do princípio que uma empresa com uma forte gestão ambiental vem se destacando cada vez mais no mercado e na visão dos clientes, o projeto da PETFIBER ainda engloba a instalação de um sistema de reaproveitamento da água da chuva e de uma Estação de Tratamento de Efluentes, sendo que ambas os processos demostrarão benefícios não só ambientais como também financeiros.

10 GESTÃO PELA QUALIDADE

10.1 INTRODUÇÃO

Antigamente realizar o controle e a garantia da qualidade era um diferencial para a empresa. Já, hoje em dia, a realização do controle da qualidade se tornou muito importante, pois uma das exigências mais presentes no mercado é que o produto fornecido possua uma boa qualidade. Portanto a qualidade de um produto é uma condição fundamental para que a empresa se mantenha atuando positivamente no mercado. Conforme DAYCHOUM (2005) o controle de qualidade é a fiscalização dos resultados específicos do projeto para estabelecer se eles estão em conformidade com os padrões de qualidade significativos e estabelecendo formas de deletar as causas dos resultados insatisfatórios.

Como a PETFIBER se atenta a questões ambientais e deseja introduzir um sistema de gestão ambiental que irá efetivar a NBR ISO 14001 para que se aprimore as políticas ambientais e condutas sustentáveis que efetuará. “Desde 1950 a utilização das ferramentas tem sido de alto valor para os sistemas de gestão, sendo um conjunto de ferramentas estatísticas de uso consagrado para melhoria de produtos, serviços e processos.” (MACHADO,2012). Para se manter o controle e a garantia de qualidade a empresa irá utilizar quatro ferramentas que irão ser empregadas em áreas diferentes do processo dela e será aplicado também um sistema de gestão de qualidade.

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