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Os adolescentes agressores sexuais que ainda estão a concluir o tratamento específico devido a agressão sexual estão provavelmente em maior risco de reincidência sexual do que os que já tenham concluído o tratamento. Os adolescentes que completaram a intervenção são provavelmente mais capazes de lidar com muitos dos fatores dinâmicos (ou variável) de alto risco, descritos neste documento. Pesquisas recentes têm demonstrado que os adolescentes que participaram no tratamento que abarca uma componente de estreitamento da relação familiar, junto com intervenções específicas para crime sexual eram menos propensos a cometer mais crimes sexuais e não sexuais (Borduin et al., 1990; Worling & Curwen, 2000a). Nas checklists/orientações de preditores de risco para adolescentes, Epps (1997), Lane (1997), Perry e Orchard (1992), Ross e Loss (1991), e Steen e Monnette (1989) observaram que os adolescentes que não estão dispostos a envolverem-se mais no tratamento específico de agressão apresentam maior risco de reincidência.

Em relação aos adultos há certamente muita discussão em torno da eficácia do tratamento (por exemplo, Harris et al., 1998; Marques, 1999). Deve ser salientado, contudo, que na meta-análise realizada por Hanson e Bussière (1998) observou-se que, os homens adultos que completaram o tratamento para agressores sexuais foram significativamente menos propensos a reincidir sexualmente. Boer et al. (1997) também afirmaram que os agressores que apresentam pouca predisposição para o tratamento estão em maior risco de reincidência sexual.

Cotação

Presente O adolescente ainda não completou a maior parte (75% ou mais) dos objetivos do tratamento específico de agressão sexual, decorrente da avaliação efetuada.

Provável ou Parcialmente presente

Provável ou parcialmente evidente que o adolescente ainda não completou a maior parte (75% ou mais) dos objetivos do tratamento específico de agressão sexual, decorrente da avaliação efetuada.

Ausente O adolescente COMPLETOU a maior parte (75% ou mais) dos objetivos do tratamento específico de agressão sexual, decorrente da avaliação efetuada. Desconhecido Informação insuficiente para sustentar uma decisão quanto a este fator de

risco.

Se o adolescente "abandona” o tratamento após um período substancial (por exemplo, 2 anos) de participação com sucesso, pode-se considerar que este fator não está presente, embora vários objetivos não tenham sido atingidos.

ERASOR - ESTIMATIVA DE RISCO DE REINCIDÊNCIA DE AGRESSÃO SEXUAL EM ADOLESCENTES Ricardo G. Barroso & Celina Manita (Versão Portuguesa, 2012)

"Tratamento específico de agressão" refere-se a tratamento para adolescentes agressores sexuais que aborda especificamente questões relacionadas ao risco de reincidência sexual, tais como excitação sexual desviante, atitudes de suporte à reincidência sexual, conhecimento do impacto na vítima, e outras questões, nomeadamente, ambiente familiar disfuncional, relação progenitores-filho e expressão afetiva. Claro que, além de avaliar o adolescente relativamente a este fator, será importante recolher informações junto do(s) terapeuta(s) responsável(eis) pelo tratamento.

FATORES DE RISCO COMUMMENTE CITADOS MAS NÃO SUPORTADOS ATÉ AO MOMENTO PELA INVESTIGAÇÃO

Os fatores abordados nesta seção devem ser consultados com extrema cautela quando usados na estimativa de risco para adolescentes - pelo menos, até ao presente - devido à falta de suporte empírico. Talvez com a recolha de dados adicionais no futuro e/ou melhoria das técnicas de medição, estes fatores possam ser demonstrados como estando relacionados com posterior risco.

Negação do delito sexual

É quase afirmar ao acaso que os infratores que negam os crimes sexuais apresentam maior risco de reincidência sexual. Adolescentes que negam que estavam presentes no momento do delito, que negam que a interação era sexual, ou que negam que a interação sexual foi agressiva (ou seja, o delito era consensual) são muitas vezes considerados de alto risco, até que de alguma forma reconheçam os crimes. Na verdade, todas as checklists/diretrizes disponíveis de predição de risco contemplam a negação do delito sexual como um indicador de alto risco (Bremer, 1998; Epps, 1997; Perry & Orchard, 1992; Prentky et al., 2000; Ross & Loss, 1991; Steen & Monnette, 1989; Wenet & Clark, 1986). A bibliografia disponível indica que, contrariamente ao referido, agressores sexuais adolescentes que negam os crimes sexuais não são mais propensos a reincidir sexualmente (Kahn & Chambers, 1991; Langstrom e Grann 2000). Análise mais detalhada de dados disponíveis, consequente num recente estudo (Worling & Curwen, 2000a), revelaram que os adolescentes que negaram as agressões sexuais apresentaram significativamente menos propensão de reincidência sexual (Worling, no prelo). Hanson e Bussière (1998), na sua recente meta-análise com agressores sexuais adultos, constataram que não há relação entre a negação do delito e reincidência sexual posterior.

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Ausência de empatia

Tal como no caso da negação, quase todas as checklists/directrizes existentes incluem a falta de remorso ou empatia como evidência de um maior risco para agressores sexuais adolescentes (Epps, 1997; Perry & Orchard, 1992; Prentky et al., 2000; Ross & Loss, 1991; Steen & Monnette, 1989; Wenet & Clark, 1986). É amplamente aceite que o agressor que é incapaz de compreender o impacto que os seus comportamentos têm na vítima, ou que tem dificuldade em demonstrar empatia para com as vítimas, está mais propenso a que ocorra reincidência de agressões sexuais. Apesar da força desta suposição clínica, não existem, no entanto atualmente, dados que suportem a inclusão deste fator como preditor de reincidência sexual. Por exemplo, Smith e Monastersky (1986) observaram que não há relação significativa entre reincidência sexual, num período médio de 28 meses posterior à primeira agressão sexual, e a incapacidade do agressor entender o impacto da agressão sexual. Da mesma forma, Langstrom e Grann (2000) encontraram que os agressores com baixo nível de empatia não apresentavam maior risco de condenação por um crime sexual. Numa revisão da literatura de estudos com adultos, Hanson e Bussière (1998) constataram que não havia relação entre reincidência sexual e baixa empatia. Talvez se a investigação conceber medidas diferentes de empatia ou remorso, se encontre suporte para o uso desta variável.

Historial de crimes não-sexuais

Um historial de crimes não-sexuais é reconhecido como um fator de risco para reincidência sexual adolescente em várias checklists/diretrizes publicadas (Bremer, 1998; Epps, 1997; Perry & Orchard, 1992; Prentky et al., 2000; Ross & Loss, 1991; Wenet & Clark, 1986). Embora seja verdade que existe uma relação entre anteriores acusações por crimes não-sexuais e reincidência sexual para adultos do género masculino (Hanson & Bussière, 1998), há um consenso na investigação realizada até ao momento de que, este fator NÃO está relacionado com crimes sexuais subsequentes para agressores sexuais adolescentes (Kahn & Chambers, 1991; Lab et al., 1993; Langstrom & Grann, 2000; Sipe et al., 1998; Rasmussen, 1999; Worling & Curwen, 2000a). No entanto, como esperado, a maioria dos investigadores evidenciaram que um historial de delitos não-sexuais é preditivo de posteriores crimes não-sexuais.

História de abuso sexual infantil do agressor

Alguns autores postulam que os adolescentes que são vítimas de abuso sexual infantil apresentam maior risco de reincidência sexual (Perry & Orchard, 1992; Steen & Monnette, 1989; Wenet & Clark, 1986). No entanto, os dados disponíveis indicam que os adolescentes agressores sexuais que apresentam uma história passada de abuso sexual enquanto crianças, não apresentam maior risco de reincidência sexual (Hagan & Cho, 1996; Rasmussen, 1999; Worling & Curwen,

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2000a). Em relação a adultos agressores sexuais, Hanson e Bussière (1998) também constataram que não há relação entre reincidência de crime sexual e história de vitimização sexual passada do agressor.

Agressões sexuais com penetração

Os autores das checklists/diretrizes existentes sugerem que os adolescentes que praticam penetração (anal, vaginal ou oral) durante as agressões sexuais apresentam maior risco de reincidência sexual (Epps, 1997; Ross & Loss, 1991; Steen & Monnette, 1989). Contudo, no único estudo deste fator com adolescentes, Langstrom e Grann (2000) encontraram que a penetração da vítima não estava relacionada a condenações por crimes sexuais posteriores. Com efeito, os dados relatados por estes autores sugerem que os agressores que se envolveram em crimes sem contacto são, em média, 3 vezes mais propensos a novas acusações por um crime sexual. A existência de agressões anteriores sem contacto é considerado, no Static-99, um fator de alto risco, para adultos agressores sexuais (Hanson & Thornton, 1999). Além disso, na meta-análise de estudos anteriores com adultos agressores sexuais do género masculino, Hanson e Bussière (1998) constataram que o grau de contacto sexual não está relacionado com posterior reincidência de agressão sexual.

REFERÊNCIAS

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Tabela 1: Estudos publicados sobre reincidência de agressão sexual em adolescentes

Estudo Local Número e género da amostra Idade da amostra (anos) Tempo de follow- up Medida de reincidência ofensiva sexual adolescente Borduin, Henggeler, Blaske, & Stein, 1990 Estados Unidos da América 16 Indivíduos do género masculino M=14 M=3 anos Acusações Hagan & Cho,

1996 Estados Unidos da América 100 Indivíduos do género masculino 12-19 2-5 anos Condenações Kahn & Chambers, 1991 Estados Unidos da América 221 proporção de indivíduos do género masculino para feminino 20:1 8-18 M=14.7 M=20 meses Condenações Lab, Shields, &

Schondel, 1993 Estados Unidos da América 151 Indivíduos do género masculino e 1 do género feminino M=14 1-3 anos Condenações Långström & Grann, 2000 Estados Unidos da América 44 Indivíduos do género masculino e 2 do género feminino 15-20 M=18.13 M=60.95 meses Condenações

Rasmussen, 1999 Estados Unidos da América 167 Indivíduos do género masculino e 3 do género feminino 7-18 M=14 5 anos Condenações

Schram, Malloy, & Rowe, 1992 Estados Unidos da América 197 Indivíduos do género masculino M=14.5 5 anos Acusações Sipe, Jensen, &

Everett, 1998 Estados Unidos da América 124 Indivíduos do género masculino 11-18 M=6 anos Advertências de adultos Smith & Monastersky, 1986 Estados Unidos da América 112 Indivíduos do género masculino 10-16 M=14.1 M=28 meses Acusações Worling & Curwen, 2000ª Estados Unidos da América 139 Indivíduos do género masculino e 9 do género feminino 12-19 M=15.5 2-10 anos M=6.23 anos Acusações

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ERASOR 2.0

ESTIMATIVA DE RISCO DE REINCIDÊNCIA DE AGRESSÃO SEXUAL EM ADOLESCENTES

James R. Worling & Tracey Curwen (SAFE-T Program, Thistletown Regional Centre, Canada) Ricardo G. Barroso, PhD & Celina Manita, PhD (Versão Portuguesa, 2012)

Este é um SUMÁRIO do instrumento de avaliação. APENAS VÁLIDO SE a cotação for feita segundo o formulário de codificação em anexo. O nome do adolescente e a data de avaliação deverão ser anotados na página 1.

Fatores de Alto Risco de Reincidência de Agressão Sexual Presente

Provável/ Parcialmente

presente

Ausente Desconhe- cido

Interesses Sexuais, Atitudes e Comportamentos

1. Interesses sexuais desviantes (crianças, violência ou ambos)

2. Interesses sexuais obsessivos/Preocupação com pensamentos sexuais 3. Atitudes que suportem agressão sexual

4. Falta de vontade em alterar interesse e atitudes sexuais desviantes

Histórico de Crimes Sexuais

5. Crimes sexuais contra duas ou mais vítimas

6. Crime sexual contra a mesma vítima duas ou mais vezes 7. Anterior sanção aplicada por adultos por crime(s) sexual(is)

8. Ameaça de, ou uso de, violência ou armas durante a agressão sexual 9. Crime sexual contra crianças

10. Crime sexual contra desconhecidos 11. Escolha indiscriminada da vítima

12. Crime sexual contra vítima do género masculino (e apenas masculino) 13. Comportamentos diversos de crimes sexuais

Funcionamento Psicossocial

14. Orientação interpessoal antissocial

15. Relações interpessoais instáveis/isolamento social

16. Envolvimento com pares desviantes e com influência negativa 17. Agressão interpessoal

18. Escalada recente de raiva e sentimentos negativos 19. Autorregulação deficitária dos afetos e comportamentos

Funcionamento Familiar / Ambiental

20. Ambiente familiar stressante

21. Relação progenitores – agressor problemática / Rejeição parental 22. Falta de colaboração do(s) progenitor(es) em participar na avaliação 23. Fatores ambientais de risco de reincidência de agressão sexual

Intervenção / Programa Terapêutico

24. Inexistência de planos/estratégias de tratamento

25. Programa de terapia específico para a agressão sexual incompleto

Outros Fatores

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