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Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 7

No documento RELATÓRIO ANALÍTICO E PARECER PRÉVIO (páginas 45-51)

VALORES REAIS 0,00 500.000.000,00 1.000.000.000,00 1.500.000.000,00 2.000.000.000,00 2.500.000.000,00 3.000.000.000,00 3.500.000.000,00 EVOLUÇÃO 1.829.615.767,6 1.965.889.346,41.725.120.571,18 1.989.354.234,5 2.226.047.010,0 2.520.035.124,2 2.879.411.975,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Conforme demonstram a tabela e o gráfico acima, o Estado vem mantendo crescimento constante na arrecadação do ICMS, a partir do exercício de 2003, o que demonstra que o Governo do Estado apresentou um desempenho muito bom no exercício da competência tributária, havendo, em 2006, um incremento de 57,38% em relação ao exercício financeiro de 2000, considerando-se os valores corrigidos pela IGPM/FGV.

7.5.4.2 – Transferências Correntes

Estas receitas, provenientes de recursos financeiros recebidos de pessoas de Direito Publico e Privado (deduzido o valor destinado ao FUNDEF), foram distribuídas conforme quadro demonstrativo abaixo:

TABELA 7.20

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES PREVISTAS E ARRECADADAS ORÇAMENTOS FISCAL E SEGURIDADE SOCIAL

Transf. Da União 555.831.475,00 608.988.365,83 65,53%

Transf. Do Fundef 244.804.000,00 260.036.987,93 27,98%

Transf. Inst. Privadas 7.504.900,00 5.570.000,00 0,60%

Trans. D o Exterior 0,00 68.320,59 0,01%

Transf. De Convênios 97.395.300,00 54.707.274,90 5,88%

Total 905.535.675,00 929.370.949,25 100,00%

Participação

Especificação Prevista - R $ Arrecadada - R$

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Como destaque das Transferências Correntes, que somaram à arrecadação auferida pelo Estado o montante de R$ 929.370.949,25, sobressaíram- se as transferências da União com R$ 608.988.365,83, sendo que as receitas provenientes do “Fundo de Participação dos Estados” – FPE, com R$ 375.388.310,71, deduzido o repasse em favor do FUNDEF, contribuiu com 40,39% de sua categoria, bem como demonstrou um acréscimo em termos proporcionais, de 10,67% em relação ao exercício anterior, quando foram arrecadados R$ 339.190.772,71.

Destacaram-se, ainda, as Transferências de Recursos do FUNDEF, participando com R$ 260.036.987,93 para a formação do montante das Transferências Correntes no exercício financeiro de 2006, representando 27,97% de sua categoria, bem como demonstrou um acréscimo, em termos proporcionais, de 13,65% em relação ao exercício anterior quando houve uma arrecadação de R$ 228.803.288,45.

7.5.4.3 – Outras Receitas Correntes

Decorrentes de multas, juros de mora, indenizações restituições, cobrança da dívida ativa, as Outras Receitas Correntes apresentaram o seguinte desempenho:

TABELA 7.21

OUTRAS RECEITAS CORRENTES PREVISTAS E ARRECADADAS ORÇAMENTOS FISCAL E SEGURIDADE SOCIAL

Multas e Juros 29.772.000,00 27.639.987,75 22,67% Indenizações e Restituições 25.212.600,00 34.870.018,50 28,59% Dívida Ativa 9.002.000,00 7.528.278,39 6,17% Receitas Diversas 194.963.100,00 51.916.648,35 42,57%

Total 258.949.700,00 121.954.932,99 100,00%

Especificação Prevista - R$ Arrecadada - R$ Participação

Fonte: Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada – Anexo 10

Como destaque, a receita arrecadada referente a Receitas Diversas, no valor de R$ 51.916,35 que representa 42,57% de sua categoria.

Em segundo lugar vem Indenizações e Restituições no valor de R$ 34.870.018,50 que representa 28,59% de sua categoria.

Muito embora não esteja entre as receitas que mais se sobressaíram no exercício financeiro de 2006 em razão do volume arrecadado, merece destaque e será estudada mais detalhadamente no item 13 do presente Relatório, a

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arrecadação proveniente da Dívida Ativa, cujo montante consignou-se em R$ 7.528.278,39, representando apenas 83,62% da receita prevista na Lei Orçamentária (R$9.002.000,00).

7.5.5 – RECEITAS DE CAPITAL

As Receitas de Capital são aquelas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas, da conversão, em espécie, de bens e direitos, e também de recursos de outras entidades de direito público ou privado, que serão utilizados para realizar despesas de capital e ainda o superávit do orçamento corrente, cujo desempenho está demonstrado a seguir:

TABELA 7.22

RECEITAS DE CAPITAL PREVISTAS E ARRECADADAS ORÇAMENTOS FISCAL E SEGURIDADE SOCIAL

Especificação Prevista Arrecadada %

Operações de Crédito 60.116.000,00 767.621,30 0,60

Alienação de Bens 513.200,00 2.222.775,80 1,72

Amortização de Empréstimos 1.390.000,00 1.734.581,44 1,34

Transferências de Capital 352.307.000,00 117.983.420,95 91,34

Outras Receitas de Capital 34.728.800,00 6.456.345,49 5,00

Total 449.055.000,00 129.164.744,98 100,00

Fonte: Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada – Anexo 10

Na previsão orçamentária, as Receitas de Capital representavam 8,83% da Receita do Estado, enquanto que, em relação às efetivamente arrecadadas, contribuíram com um valor correspondente a 2,85% do total arrecadado no exercício financeiro de 2006.

Quanto ao seu desempenho no exercício, R$ 129.164.744,98, este representou apenas 28,76% do montante da Receita Prevista, que era de R$ 449.055.000,00.

Verifica-se ainda, que os maiores ingressos ocorreram em Transferências de Capital, que contribuíram com 91,34%, seguido de Outras Receitas de Capital, com 5,00% do total das Receitas de Capital arrecadadas

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DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 7.22

0,00 50.000.000,00 100.000.000,00 150.000.000,00 200.000.000,00 250.000.000,00 300.000.000,00 350.000.000,00 400.000.000,00 Prevista 60.116.000,00 513.200,00 1.390.000,00 352.307.000,00 34.728.800,00 Arrecadada 767.621,30 2.222.775,80 1.734.581,44 117.983.420,95 6.456.345,49 Operações de Crédito Alienação de Bens Amort de Empréstimos Transferências de Capital Outras Rec de Capital

Fonte: Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada – Anexo 10

7.5.5.1 – Transferências De Capital

Como destaque das transferências de capital, que somaram à arrecadação estadual o montante de R$ 117.983.420,95, sobressaíram-se as receitas provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado de Mato Grosso do Sul – FUNDERSUL, com R$ 93.153.518,41, representando 72,12% de sua categoria.

7.5.5.2 – Operações De Crédito

As operações de crédito realizadas contribuíram com R$ 767.621,30, apresentando um decréscimo de 74,00% em relação ao exercício financeiro de 2005 quando foram captados R$ 2.952.002,67.

7.5.5.3 – Alienação De Bens

Verifica-se que o Estado auferiu receitas provenientes de alienação de bens e direitos patrimoniais, no valor de R$ 42.974.490,27, conforme se demonstra na tabela seguinte:

TABELA 7.23

RECEITAS DE ALIENAÇÃO DE BENS

E s p e c ific a ç ã o A rre c a d a d a s P a ra R e ve n d a (B e n s A p re e n d id o s) 7 0 0 .5 3 7 ,3 6 B e n s R e c u rso s V in c u la d o s 2 1 1 .7 5 2 ,7 4 D e T ítu lo e V a lo re s M S -P R E V 4 0 .7 0 5 .8 9 2 ,6 4 B e n s Im ó ve is 1 .3 5 6 .3 0 7 ,5 3 T o ta l 4 2 .9 7 4 .4 9 0 ,2 7

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Por imposição do Art. 44, da Lei Complementar Federal n° 101/2000, é vedada a aplicação de receita de capital derivada da alienação de Bens e Direitos que integram o patrimônio público, para financiamento de despesas correntes, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social geral e próprio dos servidores públicos.

Na presente prestação de contas não consta detalhamento sobre a aplicação dos recursos provenientes de Alienação de Bens.

Em que pese a ausência de demonstrativo específico, cuja apresentação é obrigatória nos termos do art. 50, inciso VI, da Lei de Responsabilidade Fiscal, foi possível verificar, após notificação à Autoridade Responsável, a destinação parcial desses recursos, conforme comentários contidos na Análise Conclusiva da 5ª I.G.C.E.:

- A maior parte dos recursos foram transferidos para o MS-PREV, conforme determinação contida na Lei de Responsabilidade Fiscal. - Por outro lado, não foram apresentados esclarecimentos acerca das contas Títulos Mobiliários (R$ 1.341.384,56) e Outros Bens Móveis (R$ 48.638,50).

- Também não houve comprovação da destinação dos recursos provenientes da alienação de Bens apreendidos (R$ 700.537,36), Bens – Recursos não Vinculados (R$ 211.752,54) e Bens Imóveis (R$ 1.356.307,53).

7.5.6 – RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

De acordo com o que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal em seu art. 2º, inciso IV, a Receita Corrente Líquida corresponde ao somatório da receitas correntes, inclusive das transferências correntes, deduzidas as parcelas entregues aos Municípios por força constitucional, a contribuição dos servidores para o custeio do sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira entre os diversos sistemas de previdência, conforme estabelece o § 9º do art. 201 da Constituição Federal.

A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu a Receita Corrente Líquida como parâmetro a ser observado na realização de gastos com pessoal, dívida consolidada líquida, operações de crédito, amortização da dívida e concessão de garantias e contra-garantias.

No exercício de 2006, a Receita Corrente Líquida do Estado foi de R$3.427.591.879,41, conforme demonstra a tabela seguinte:

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TABELA 7.24 APURAÇÃO DA RCL Especificação Receitas I – Receita Corrente 4.804.340.604,16 Receita Tributária 3.253.456.804,52 Receita de Contribuições 245.553.862,31 Receita Patrimonial 35.792.062,88 Receita de Serviços 147.044.858,10 Transferências Correntes 1.000.537.983,36

Outras Receitas Correntes 121.954.932,99

II – Deduções 1.376.748.624,75

(-) Transferências Constitucionais e Legais 828.298.207,02

(-) Deduções para formação do FUNDEF 394.559.683,11

(-) Contribuição Plano Seguridade Social do Servidor 150.976.798,29

(-) Compensação previdenciária entre RGPS e RPPS 2.913.936,33

Receita Corrente Líquida (I-II) 3.427.591.879,41

Fonte: RREO – 6º Bimestre/06

Com base no montante da Receita Corrente Líquida, serão verificados os limites dos dispêndios de diversas despesas realizadas no exercício, cujas análises serão procedidas, oportunamente, ao longo deste Relatório.

Na tabela seguinte apresenta-se a evolução da Receita Corrente Líquida, com os valores corrigidos pela variação do IGPM–FGV (Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas).

TABELA 7.25 EVOLUÇÃO DA RCL

Variação % Exercício Valores Nominais Variação

% Valores Reais Anual Acumulado

2000 1.324.695.000,00 0,00 2.353.140.000,00 0,00 0,00 2001 1.531.786.000,00 15,63 2.464.974.000,00 4,75 4,75 2002 1.757.902.000,00 14,76 2.260.157.000,00 (8,31) (3,96) 2003 2.123.550.000,00 20,80 2.509.411.000,00 11,02 6,64 2004 2.591.205.000,00 22,02 2.723.866.000,00 8,54 15,75 2005 3.041.883.000,00 17,39 3.158.913.000,00 15,97 34,24 2006 3.427.592.000,00 12,68 3.427.592.000,00 8,50 45,66 2000 = 77,63% 2002 = 28,57% 2004 = 5,12% Correção do IGPM 2001 = 60,92% 2003 = 18,17% 2005 = 3,85%

De acordo com a tabela, a Receita Corrente Líquida, com base nos valores reais, apresentou um crescimento constante a partir de 2003, tendo registrado em 2006 um incremento de 45,66% em relação ao resultado do exercício de 2000.

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DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 7.25

VALORES REAIS 0,00 500.000.000,00 1.000.000.000,00 1.500.000.000,00 2.000.000.000,00 2.500.000.000,00 3.000.000.000,00 3.500.000.000,00 4.000.000.000,00 EVOLUÇÃO 2.353.140.000,0 2.464.974.000, 2.260.157.000,0 2.509.411.000,0 2.723.866.000, 3.158.913.000,0 3.427.592.000, 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

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