Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
RELATÓRIO ANALÍTICO E PARECER PRÉVIO
CONTAS ANUAIS DO GOVERNO DO ESTADO DE
MATO GROSSO DO SUL RELATIVAS AO EXERCÍCIO
FINANCEIRO DE 2006
GOVERNADOR
JOSÉ ORCÍRIO MIRANDA DOS SANTOS
CONSELHEIRO RELATOR
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
INDICE ANALITICO
1 – APRESENTAÇÃO --- 07 2 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS --- 07 3 – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS --- 08 4 – ESTRUTURA ADMINISTRATIVA--- 095 – PRINCÍPIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL --- 10
6 – INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO --- 11
6.1 – PLANO PLURIANUAL--- 11
6.2 – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS --- 16
6.3 – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL--- 18
6.3.1 – ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL --- 19
6.3.1.1 – PREVISÃO DAS RECEITAS--- 19
6.3.1.2 – FIXAÇÃO DAS DESPESAS --- 21
6.3.1.3 – DESPESA FIXADA PARA ADMINISTRAÇÃO DIRETA ---- 24
6.3.1.4 – DESPESA FIXADA PARA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA - 26
6.3.2 – ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS --- 28
6.4 – EVOLUÇÃO DA PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA--- 29
7 – GESTÃO ORÇAMENTÁRIA --- 31
7.1 – CRÉDITOS ADICIONAIS--- 31
7.1.1 – CRÉDITOS ADICIONAIS AUTORIZADOS --- 31
7.1.2 – CRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOS --- 32
7.1.3 – EXISTÊNCIA E DISPONIBILIDADE DE RECURSOS --- 33
7.1.4 – RECURSOS UTILIZADOS --- 34
7.1.5 – DESPESA AUTORIZADA --- 35
7.2 – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO --- 35
7.3 – RECEITA ARRECADADA E DESPESA REALIZADA--- 37
7.4 – EQUILÍBRIO ENTRE RECEITA E DESPESA --- 38
7.4.1 – RECEITA ARRECADADA X DESPESA EMPENHADA--- 38
7.4.2 – RECEITA ARRECADADA X DESPESAS LIQUIDADA --- 38
7.5 – RECEITA PREVISTA E ARRECADADA --- 39
7.5.1 – CONCEITOS DA ABOP PARA A RECEITA--- 40
7.5.2 – RECEITA PREVISTA E ARRECADADA SEGUNDO AS CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS ECONÔMICAS --- 41
7.5.3 – TPR POR CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS ECONÔMICAS --- 43
7.5.4 – RECEITAS CORRENTES --- 44
7.5.4.1 – RECEITAS TRIBUTÁRIAS --- 45
7.5.4.2 – TRANSFERÊNCIAS CORRENTES--- 46
7.5.4.3 – OUTRAS RECEITAS CORRENTES--- 47
7.5.5 – RECEITAS DE CAPITAL --- 48
7.5.5.1 – TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL--- 49
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7.5.5.3 – ALIENAÇÃO DE BENS--- 50
7.5.6 – RECEITA CORRENTE LÍQUIDA --- 50
7.6 – DESPESA AUTORIZADA E REALIZADA --- 52
7.6.1 – CONCEITOS DA ABOP PARA A DESPESA --- 53
7.6.2 – DESPESAS REALIZADAS POR CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS ECONÔMICAS --- 54
7.6.3 – DESPESAS CORRENTES--- 56
7.6.4 – DESPESAS DE CAPITAL --- 57
7.6.5 – PPD POR CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS ECONÔMICAS --- 58
7.6.6 – DESPESAS REALIZADAS POR FUNÇÕES DE GOVERNO --- 59
7.6.6.1 – ENCARGOS ESPECIAIS --- 60 7.6.6.2 – PREVIDÊNCIA SOCIAL --- 61 7.6.6.3 – EDUCAÇÃO--- 62 7.6.6.4 – SEGURANÇA PÚBLICA --- 63 7.6.6.5 – SAÚDE --- 63 7.6.6.6 – ADMINISTRAÇÃO --- 64
7.6.7 – PPD POR FUNÇÕES DE GOVERNO--- 66
7.6.8 – DESPESAS REALIZADAS PELA ADMINISTRAÇÃO DIRETA --- 67
7.6.8.1 – PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO --- 68
7.6.8.2 – SECRETARIAS DE ESTADO--- 69
7.6.8.3 – PROCURADORIAS GERAIS E DEFENSORIA PÚBLICA --- 70
7.6.8.4 – ENCARGOS GERAIS DO ESTADO--- 71
7.6.9 – DESPESAS REALIZADAS PELA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA---- 71
7.6.9.1 – AUTARQUIAS ESTADUAIS --- 72
7.6.9.2 – FUNDAÇÕES ESTADUAIS--- 73
7.6.9.3 – FUNDOS ESTADUAIS --- 75
7.6.9.4 – EMPRESAS PÚBLICAS --- 76
8 – EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO E MINISTÉRIO PÚBLICO--- 77
8.1 – ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA --- 77
8.2 – TRIBUNAL DE CONTAS --- 78
8.3 – TRIBUNAL DE JUSTIÇA --- 79
8.4 – MINISTÉRIO PÚBLICO--- 80
9 – EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL --- 81
10 – EVOLUÇÃO DA RECEITA E DESPESA --- 81
10.1 – RECEITA ARRECADADA --- 82
10.2 – DESPESA REALIZADA --- 83
10.3 – RECEITA ARRECADADA X DESPESA REALIZADA--- 84
11 – GESTÃO FINANCEIRA --- 84
11.1 – RECEITAS E DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS --- 85
11.2 – RECEITAS E DESPESAS EXTRA–ORÇAMENTÁRIAS --- 85
11.3 – SALDO DISPONÍVEL --- 85
11.4 – CONTAS DE INTERFERÊNCIA --- 86
12 – GESTÃO PATRIMONIAL --- 86
12.1 – DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS--- 86
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12.2.1 – ATIVO FINANCEIRO --- 88 12.2.1.1 – DISPONÍVEL --- 89 12.2.1.2 – REALIZAVEL --- 90 12.2.2 – ATIVO PERMANENTE --- 90 12.2.2.1 – INVESTIMENTOS --- 91 12.2.2.2 – IMOBILIZADO--- 91 12.2.2.3 – DIFERIDO --- 9112.2.2.4 – OUTROS BENS – CRÉDITOS – VALORES --- 91
12.2.3 – ATIVO REAL --- 93
12.2.4 – PASSIVO FINANCEIRO--- 93
12.2.5 – PASSIVO PERMANENTE--- 94
12.2.6 – PASSIVO REAL --- 96
12.2.7 – SITUAÇÃO FINANCEIRA–PATRIMONIAL LIQUIDA --- 96
12.2.8 – SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL --- 97
12.2.9 – SITUAÇÃO ECONÔMICO–FINANCEIRA --- 98
13 – CRÉDITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA--- 99
13.1 – EVOLUÇÃO DA DÍVIDA ATIVA --- 99
13.2 – COMPOSIÇÃO DO SALDO --- 100
13.3 – ARRECADAÇÃO --- 101
13.4 – CONCEITOS DA ABOP --- 102
13.4.1 – TPR – ARRECADAÇÃO --- 102
13.5 – INDICADORES DE GESTÃO DA DÍVIDA ATIVA --- 102
13.5.1 – ÍNDICE DE ARRECADAÇÃO --- 103
13.5.2 – ÍNDICE DE GESTÃO --- 103
13.5.3 – ÍNDICE DE ADMINISTRAÇÃO DA INADIMPLÊNCIA --- 104
13.5.4 – CANCELAMENTO DE INSCRIÇÕES --- 104 14 – ENDIVIDAMENTO --- 105 14.1 – DÍVIDA FLUTUANTE --- 105 14.1.1 – RESTOS A PAGAR --- 106 14.1.1.1 – EVOLUÇÃO --- 107 14.1.1.2 – INSCRIÇÃO --- 109 14.2 – DÍVIDA FUNDADA --- 110 14.2.1 – EVOLUÇÃO --- 110
14.2.2 – DÍVIDA FUNDADA INTERNA --- 111
14.2.2.1 – COMPOSIÇÃO --- 111
14.2.2.2 – MOVIMENTAÇÃO --- 112
14.2.3 – DÍVIDA FUNDADA EXTERNA --- 113
14.2.3.1 – COMPOSIÇÃO --- 113
14.2.3.2 – MOVIMENTAÇÃO --- 114
14.2.4 – OUTRAS OBRIGAÇÕES --- 115
14.2.4.1 – COMPOSIÇÃO --- 115
14.2.5 – DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA --- 115
14.2.5.1 – SITUAÇÃO --- 116
14.2.5.2 – EVOLUÇÃO – DCL --- 116
14.2.5.3 – EVOLUÇÃO – DCL/RCL --- 117
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14.3 – OPERAÇÕES DE CRÉDITO --- 119
14.3.1 – INTERNAS E EXTERNAS --- 120
14.3.2 – ANTECIPAÇÃO DA RECEITA --- 120
14.4 – AMORTIZAÇÃO DA DÍVIDA CONTRATADA--- 120
14.5 – CONCESSÃO DE GARANTIAS E CONTRAGARANTIAS --- 121
14.6 – METAS FISCAIS --- 122
14.6.1 – RESULTADO PRIMÁRIO --- 122
14.6.2 – RESULTADO NOMINAL --- 123
14.7 – PRECATÓRIOS --- 124
15 – DESPESAS COM A EDUCAÇÃO --- 125
15.1 – RECEITAS VINCULADAS --- 125
15.2 – RECRUSOS DE CONVÊNIOS E TRANSFERÊNCIAS VINCULADAS --- 126
15.3 – MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO --- 126
15.3.1 – VALOR MÍNIMO ESTABLECIDO --- 126
15.3.2 – CÁLCULO DA DESPESA REALIZADA --- 127
15.4 – ENSINO FUNDAMENTAL --- 129
15.5 – RECURSOS DO FUNDEF --- 130
15.6 – APLICAÇÃO DE RECURSOS NO ENSINO SUPERIOR --- 131
15.7 – APLICAÇÃO DE RECURSOS NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO --- 132
16 – AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DA SAÚDE --- 132
16.1 – RECEITAS VINCULADAS --- 132
16.2 – VALOR MÍNIMO A APLICAR --- 133
16.3 – APLICAÇÃO DOS RECURSOS --- 133
16.4 – DELINEAMENTO DA APLICAÇÃO --- 134
16.5 – TRANFERÊNCIA DO ESTADO --- 134
16.6 – CONSIDERAÇÕES GERAIS --- 135
17 – DESPESA TOTAL COM PESSOAL --- 136
17.1 – DESPESA REALIZADA --- 136
17.2 – EVOLUÇÃO DAS DESPESAS COM PESSOAL --- 139
18 – PREVIDÊNCIA SOCIAL --- 140
18.1 – FUNDO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DE MS – MSPREV --- 140
18.1.1 – DESPESA PREVIDENCIÁRIA --- 141
18.2 – CONTRIBUIÇÃO PATRONAL --- 142
19 – TRANSFERÊNCIAS AOS MUNICÍPIOS--- 142
20 – RENÚNCIA DE RECEITA --- 143
21 – DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA O SETOR PRIVADO --- 144
22 – CUMPRIMENTO DO ARTIGO 58 DA LRF --- 145
23 – SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA --- 146
23.1 – EMPRESA DE SANEAMENTO DE MS – SANESUL --- 146
23.1.1 – BALANÇO PATRIMONIAL --- 147
23.1.2 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS --- 148
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23.1.4 – PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES --- 148
23.2 – COMPANHIA DE GÁS DE MS – MS-GÁS --- 149
23.2.1 – BALANÇO PATRIMONIAL --- 150
23.2.2 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS --- 150
23.2.3 – DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES --- 151
23.2.4 – PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES --- 151
24 – EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO --- 151
24.1 – EMPRESA DE SERVIÇOS AGROPECUÁRIOS DE MS – AGROSUL--- 151
25 – RELATÓRIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL --- 153
25.1 – RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA --- 153
25.2 – RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL --- 154
26 – MANIFESTAÇÃO DO CORPO INSTRUTIVO --- 154
27 – PARECER DO CORPO ESPECIAL – AUDITORIA --- 154
28 – PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL --- 155
29 – RESSALVAS E RECOMENDAÇÕES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES ---- 155
30 – CONSIDERAÇÕES FINAIS --- 159
30.1 – ASPECTOS QUE SOBRESSAIRAM–SE POSITIVAMENTE --- 159
30.2 – ASPECTOS QUE SOBRESSAIRAM–SE NEGATIVAMENTE --- 161
30.3 – DOCUMENTOS AUSENTES --- 166
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1 – APRESENTAÇÃO
Novamente exerço a honrosa missão de Relator das Contas Anuais do Governo Estadual, apresentadas pelo ex-Governador do Estado de Mato Grosso do Sul, Sr. José Orcírio Miranda dos Santos, alusiva ao exercício financeiro de 2006. Ressalta-se que o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em atendimento ao disposto no art. 77, inciso I da Constituição Estadual enviou a esta Egrégia Corte de Contas, tempestivamente, através do OF/GABGOV/MS/Nº 117/2007, de 13 de abril de 2007, a Prestação de Contas Anuais sub examine, a qual está composta através dos documentos relacionados no item 3.0, do Anexo I, do Manual das Peças Obrigatórias, aprovadas pela Instrução Normativa nº 01/95, de 21.02.1991, bem como de outros documentos e informações de praxe.
Nesse compasso, a Prestação de Contas encontra-se apta e devidamente instruída para emissão do parecer prévio pertinente.
2 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O acompanhamento dos atos praticados pela Administração Estadual no decorrer do exercício financeiro e a conseqüente apreciação das contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, cujo resultado é descrito através de Relatório Analítico e emissão de Parecer Prévio com a finalidade de subsidiar tecnicamente o seu julgamento pela Assembléia Legislativa, se traduz como uma das mais relevantes atribuições constitucionais e legais do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul consoante o que dispõe o inciso I do artigo 77 da Constituição Estadual combinado com o § 3º do artigo 46 da Lei Complementar Estadual nº 48/90.
Os trabalhos técnicos acima descritos são realizados sobre as
contas governamentais que devem ser apresentadas a esta Corte,
consubstanciadas dos Balanços: Orçamentário. Financeiro e Patrimonial, alem de se fazerem acompanhar do Relatório do órgão Central de Contabilidade, dos Balanços Gerais Consolidados do Estado e demais demonstrativos exigidos pela legislação, conforme estabelece a Lei Orgânica do Tribunal de contas do Estado de MS, aprovada através da Lei Complementar Estadual acima mencionada, em seu artigo 46, § 1º.
Por força do que dispõe a Lei Complementar Federal nº 101/2000, em seu artigo 56, as mesmas contas devem ser prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, incluindo, além da suas próprias, as dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, e cabendo ao Tribunal de Contas emitir o competente Parecer Prévio separadamente, no prazo de sessenta dias, contados a partir do seu recebimento, por força do que dispõe o artigo 57, do mesmo diploma legal citado.
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apreciação é feita de forma consolidada, através das contas governamentais e, individualmente, em processos próprios, relativos às prestações de contas apresentadas pelos titulares dos Poderes Legislativo (Assembléia Legislativa e Tribunal de Contas) e Judiciário, além do Ministério Público e demais gestores de recursos públicos estaduais, quando o Tribunal julgará o responsável quite, em crédito ou em débito, consoante estabelece o art. 105 do Regimento Interno, aprovado pela Resolução Normativa TC/MS nº 057, de 07/07/2006.
Em cumprimento a este compromisso é que se apresenta o Relatório Analítico sobre os resultados do exercício financeiro de 2006, elaborado de forma a evidenciar a atuação do governo estadual nas diversas áreas da administração pública, bem como da observância às normas constitucionais, legais e regulamentares na execução dos orçamentos públicos, além de evidenciar o cumprimento dos programas previstos na lei orçamentária anual quanto à sua legalidade, legitimidade, economicidade e, por fim, o atingimento das metas em consonância com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias e seus reflexos no desenvolvimento econômico e social do Estado.
O presente Relatório contempla ainda, os aspectos relacionados ao planejamento governamental, onde são abordados, de forma seqüencial, os resultados dos exames procedidos nos demonstrativos contábeis e informações financeiras previstas na Lei nº 4.320/64, e os resultados das análises dos relatórios previstos na Lei Complementar nº 101/2000, com vistas ao cumprimento dos seus dispositivos sobre o equilíbrio orçamentário e os limites da despesa com pessoal, previdenciária, dívida, operações de crédito e restos a pagar.
Na consecução dos trabalhos, foram considerados como importantes fontes de apoio, o resultado da análise do Corpo Instrutivo, o exame de auditagem realizado pelo Corpo Especial–Auditoria e o abalizado Parecer proferido pelo Douto Ministério Público Especial, cujas conclusões estão referendadas no presente Relatório, ainda que de maneira sintetizada.
Os estudos, relativos às séries históricas apresentados em diversas Tabelas e Gráficos, foram realizados em valores reais, ou seja, corrigidos monetariamente pela média anual do IGPM – Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas, índice oficial de atualização monetária do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, tomando por base o exercício de 2006.
3 – DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Integram a Prestação de Contas Consolidada:
• Balanço Geral do Estado, composto pelos demonstrativos
contábeis exigidos pela Lei Federal nº. 4320/64, quais sejam: Balanço Orçamentário – Balanço Financeiro – Balanço Patrimonial – Demonstração das Variações Patrimoniais – Demonstração da Dívida Fundada – Demonstração da Dívida
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Flutuante, segundo os Anexos 12, 13, 14, 15, 16 e 17 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos 2, 6, 7, 8, 9, 10 e 11;
• Relatório da execução orçamentária, financeira e patrimonial;
• Demonstrativo das aplicações de recursos próprios na
manutenção e desenvolvimento do ensino;
• Demonstrativo das aplicações de recursos próprios nas ações e serviços públicos da saúde;
• Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal (apensados);
• Lei Orçamentária Anual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Plano Plurianual (apensados);
• Outros documentos exigidos pela legislação.
4 – ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
No encerramento do exercício financeiro de 2006, a estrutura administrativa do Estado de Mato Grosso do Sul, representada pelos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo e pelo Ministério Público, era constituída da seguinte forma:
Poder Legislativo Nº de Órgãos
Assembléia Legislativa 01
Tribunal de Contas 01
Fundo Especial – TC/MS 01
Fundação – TC/MS 01
Poder Judiciário Nº de Órgãos
Tribunal de Justiça 01
Fundo Especial 01
Poder Executivo Nº de Órgãos
Secretarias de Estado 14
Procuradoria Geraldo Estado 01
Defensoria Pública 01 Encargos Gerais 02 Fundos Especiais 27 Autarquias 13 Fundações 10 Empresas Públicas 02
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Ministério Público Estadual Nº de ÓrgãosProcuradoria Geral de Justiça 01
Fundos Especiais 02
Total de Órgãos 81
5 – PRINCÍPIOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
A Lei Complementar nº. 101/2000, foi instituída com a finalidade de promover o equilíbrio das contas públicas por meio do estabelecimento de mecanismos de controle da gestão fiscal, cujo principal fundamento é o de criar normas de conduta de forma organizada e transparente, para o responsável pela gestão de recursos públicos em todas as esfera de Governo e em todos os Poderes do Estado.
Nesse sentido, a Lei de Responsabilidade Fiscal foi estruturada em torno de quatro princípios, quais sejam: Planejamento, Controle, Transparência e Responsabilização, cujos aspectos delineamos a seguir:
Planejamento – Prima pelo estabelecimento de metas e condições para a execução orçamentária da despesa, bem como, para a previsão, a arrecadação e a renúncia da receita. Em função de ser considerado um dos aspectos mais importantes a ser observado pelos administradores públicos, apresentamos um estudo mais detalhado sobre o assunto no item 5 deste Relatório. Controle – Foi dividido em duas formas, sendo a primeira, o estabelecimento de limites para a realização ou comprometimento de algumas categorias de despesas e, a segunda, a atribuição de competência aos Tribunais de Contas para atuar preventivamente, mediante acompanhamento da evolução das despesas, emissão de alertas quando os limites estabelecidos estiverem próximos de serem atingidos e indicação de fatos que possam comprometer custos e resultados de programas ou indicar irregularidades na gestão orçamentária.
Transparência – Assegurada pelo incentivo à participação da
população e pela realização de audiências públicas no processo de elaboração e na execução dos planos, da lei de diretrizes orçamentárias e dos orçamentos, a transparência, como princípio estabelecido nos artigos 48 e 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal, encontra-se instrumentalizada por:
• Planos, orçamentos e lei de diretrizes orçamentárias; • Prestação de contas e respectivo parecer prévio; • Relatório resumido de execução orçamentária; • Relatório resumido de gestão fiscal
• Participação popular;
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Responsabilização – Implica na possibilidade de aplicação de
sanções às autoridades e demais responsáveis pelo cumprimento das regras trazidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme especificadas na Lei nº. 10.028/2000 (Lei dos Crimes Fiscais) que promoveu alterações no Código Penal Brasileiro, na Lei nº. 1.079/1950 (Lei dos Crimes de Responsabilidade) e no Decreto-Lei nº. 201/1967, cujos entes federativos, poderão ficar impedidos de receber transferências federais voluntárias, obter garantias e celebrar operações de crédito.
6 – INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
O Planejamento Governamental pode ser definido como o conjunto de projeções de objetivos a serem alcançados, de maneira sistematizada, por meio de programas indicadores de metas e de diretrizes traçadas em função dos recursos disponíveis.
No seu contexto, inclui a explicitação de pressupostos técnicos de política fiscal, econômica e administrativa, pelas quais serão alcançados os objetivos e metas, e como se corrigirão os desvios eventuais no curso da execução.
A ação planejada compreende, também, todas as despesas da administração direta e indireta, inclusive fundacional, e todos os investimentos, além da perspectiva de créditos a que recorrerá para sua cobertura.
Ainda, no tocante ao planejamento na administração pública, a Constituição Federal institucionalizou a integração entre os processos de planejamento e orçamento, ao tornar obrigatória a elaboração dos três instrumentos básicos para esse fim, quais sejam, o Plano Plurianual – PPA, destinado às ações de médio prazo, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, para servir de elo de ligação entre o PPA e a LOA, que é a Lei Orçamentária Anual e serve para discriminar a gestão de um exercício financeiro.
Em linhas gerais, o Orçamento–Programa se insere em um sistema de planejamento, onde a execução orçamentária deve ser entendida como uma ação planejada, cujo acompanhamento e avaliação são aspectos importantes e imprescindíveis no decorrer da gestão governamental.
Para o exercício financeiro de 2006, o Governo Estadual teve a sua disposição os seguintes instrumentos de planejamento:
6.1 – PLANO PLURIANUAL
Previsto no artigo 165, inciso I, da Constituição Federal e na Constituição do Estado em seu artigo 160, § 1º, o Plano Plurianual – PPA, é um
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estabelecer as diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas de capital e outras delas decorrentes, abrangendo um período de quatro anos, cuja instituição deve ocorrer através de lei específica.
O Plano Plurianual, para o período de 2004/2007, foi instituído através da Lei nº 2789 de 29.12.2003 e encontra-se estruturado em programas distribuídos entre os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo e o Ministério Público Estadual e demais órgãos independentes e, na qual constam estabelecidas as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Estadual e os programas a serem implementados no quadriênio, de acordo com as características regionais do Estado e observados os conceitos estabelecidos na legislação específica, tanto federal quanto estadual.
Visando a readequação dos valores, através das Leis nº. 2.966 de 29/12/04 e 3.177 de 28/12/05, foram promovidas a primeira e a segunda revisão dos valores consignados na lei de aprovação, sendo excluídos os valores executados nos exercícios de 2004 e 2005, respectivamente, e ocorrendo o acréscimo das previsões para os exercícios de 2008 e 2009.
Conforme consta na Lei que o instituiu, o Plano Plurianual é composto por programas que se estruturam em ações na forma de projetos e atividades e operações especiais relacionados diretamente ao objetivo expresso no programa, apresentando alocações de recursos na ordem de R$22.879.305.633,00, após as revisões acima mencionadas.
A exemplo dos exercícios anteriores, constata-se a ausência de detalhamento dos dispêndios globais por exercícios, constando apenas a previsão do exercício de 2004 em contrapartida dos demais exercícios pelo total geral, o mesmo ocorrendo após as duas revisões, relativas aos exercícios de 2005 e 2006, onde constam, em valores globais, as inclusões dos valores relativos aos exercícios de 2008 e 2009, conforme se demonstra a seguir:
TABELA 6.1 DISPÊNDIOS GLOBAIS Lei nº 2789 de 29.12.2003 Valores R$ Exercício de 2004 3.437.539.900,00 Exercícios de 2005/2007 15.593.530.953,00 Total Geral 19.031.070.853,00 Lei nº 2966 de 29.12.2004 Valores R$ Exercício de 2005 5.273.506.830,00 Exercícios de 2006/2008 18.558.847.821,00 Total Geral 23.832.354.651,00 Lei nº 3177 de 28.12.2005 Valores R$ Exercícios de 2006/2007 10.553.359.824,00 Exercícios de 2008/2009 12.325.945.809,00 Total Geral 22.879.305.633,00
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O Plano Plurianual, revisado, concentra a maior parte dos dispêndios, cerca de 89,6%, no âmbito do Poder Executivo, a serem executados principalmente na consecução de programas finalísticos que têm por objetivo atender diretamente o que se identifica como demandas da sociedade, cuja distribuição é apresentada, nas tabelas e gráficos seguintes, por Poderes e Ministério Público, além de desdobramentos por órgãos e funções de governo.
TABELA 6.2
COMPOSIÇÃO DOS DISPÊNDIOS GLOBAIS POR PODERES E MINISTÉRIO
PÚBLICO Especificação Valores % Poder Legislativo 953.394.665,00 4,17 Poder Judiciário 1.074.090.438,00 4,69 Poder Executivo 20.508.384.578,00 1,50 Ministério Público 343.435.952,00 89,64 Total Geral 22.879.305.633 100,00 Fonte: Lei nº 3177 de 28/12/2005
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.2
0 5.000.000.000 10.000.000.000 15.000.000.000 20.000.000.000 25.000.000.000 Série1 953.394.665 1.074.090.438 343.435.952 20.508.384.578
Poder Legislativo Poder Judiciário Ministério Público Poder Executivo
Fonte: Lei nº 3177 de 28/12/2005
TABELA 6.3
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
Especificação Valores %
Assembléia Legislativa 623.389.244,00 2,72
Tribunal de Contas 330.005.421,00 1,44
Tribunal de Justiça 1.074.090.438,00 4,70
Procuradoria Geral do Estado 115.527.873,00 0,50
Procuradoria Geral da Justiça 343.435.952,00 1,50
Defensoria Pública-Geral do Estado 117.187.638,00 0,51
Secretaria de Estado de Coordenação Geral do Governo 159.240.051,00 0,70
Secretaria de Estado de Receita e Controle 846.395.811,00 3,70
Secretaria de Estado de Gestão Pública 152.934.062,00 0,67
Secretaria de Estado de Infra-Estrutura e Habitação 162.192.659,00 0,71
Secretaria de Estado da Produção e Turismo 93.831.510,00 0,41
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos 16.893.874,00 0,07 Secretaria de Estado de Trabalho, Assist. Social e Econ. Solidária 144.746.538,00 0,63
Secretaria de Estado de Saúde 9.050,00 0,00
Secretaria de Estado de Educação 2.145.189.207,00 9,38
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública 1.471.812.477,00 6,43
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário 21.767.816,00 0,09
Secretaria de Estado de Cultura 29.195.098,00 0,13
Secretaria de Estado da Juventude e do Esporte e Lazer 3.959.927,00 0,02 Secretaria de Estado de Planejamento e de Ciência e Tecnologia 18.355.569,00 0,08
Encargos Gerais Financeiros do Estado 5.471.088.502,00 23,91
Encargos Gerais de RH e Patrimônio do Estado 60.702.220,00 0,26
Fundos Especiais 6.510.455.589,00 28,46 Agências Estaduais 1.428.325.242,00 6,24 Fundações Estaduais 1.015.819.484,00 4,44 Institutos Estaduais 209.628.394,00 0,92 Empresas Estaduais 29.821.517,00 0,13 Loteria Estadual de MS 4.243.934,00 0,02
Departamento Estadual de Transito de MS 261.910.219,00 1,15
Junta Comercial de MS 17.150.317,00 0,08
Total Geral 22.879.305.633,00 100,00
Fonte: Lei nº 3177 de 28.12.05
A maior parte dos recursos tem previsão para serem aplicados através dos Fundos Especiais com 28,46% e dos Encargos Gerais Financeiros do Estado com 23,91% de participação.
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
Assembléia Legislativa Tribunal de Contas
Tribunal de Justiça Procuradoria Geral do Estado
Defensoria Pública Geral do Estado Procuradoria Geral da Justiça
Sec. de Est. de Coord. Geral de Governo Sec. de Est. de Rec. e Controle
Sec. de Est. de Gestão Pública Sec.de Est. de Infra-Estrutura e Habitação
Sec.de Est.da Produção e Turismo Sec. de Est. de Meio Ambiente e Rec. Hídricos
Sec. de Est. de Trab. Assist. Social e Ecônomia Solidária Sec. de Estado de Saúde
Sec. de Estado de Educação Sec. de Est. de Justiça e Segurança Pública
Sec. de Est. de Desenvolvimento Agrário Sec. de Estado de Cultura
Sec.de Est. da Juventude e do Esporte e Lazer Sec.de Est. de Planej. e de Ciência e Tecnologia Encargos Gerais Financeiros do Estado Encargos Gerais de RH e Patrimônio do Estado
Departamento Estadual de Trânsito Fundos Especiais
Agências Estaduais Fundações Estaduais
Institutos Estaduais Loteria Estadual de MS
Empresas Estaduais Junta Comercial de MS
Fonte: Lei nº 3177 de 28/12/2005
TABELA 6.4
COMPOSIÇÃO DOS DISPÊNDIOS GLOBAIS POR FUNÇÕES DE GOVERNO
Nº Especificação Valores % 01 Legislativa 953.394.665,00 4,17 02 Judiciária 1.074.090.438,00 4,69 03 Essencial a Justiça 577.088.532,00 2,52 04 Administração 2.485.056.063,00 10,86 06 Segurança Pública 1.828.695.695,00 7,99 08 Assistência Social 591.392.370,00 2,58 09 Previdência Social 2.671.573.040,00 11,68 10 Saúde 1.885.293.743,00 8,24 11 Trabalho 47.480.167,00 0,21 12 Educação 2.664.409.334,00 11,64 13 Cultura 175.292.522,00 0,77 14 Direitos da Cidadania 334.087.869,00 1,46 16 Habitação 46.210.697,00 0,20 17 Saneamento 1.132.889,00 0,01 18 Gestão Ambiental 148.477.081,00 0,65 19 Ciência e Tecnologia 86.804.878,00 0,38 20 Agricultura 263.192.791,00 1,15 21 Organização Agrária 15.778.616,00 0,07 22 Industria 51.712.341,00 0,23 23 Comercio e Serviços 171.300.524,00 0,75 24 Comunicação 16.567.815,00 0,07 25 Energia 83.711.501,00 0,37 26 Transporte 1.554.495.564,00 6,79
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28 Encargos Especiais 5.108.071.370,00 22,33
Total Geral 22.879.305.633,00 100,00
Fonte: Lei nº 3177/05 de 28.12.05
As funções Encargos Especiais com 22,33%, Previdência Social com 11,68% e Educação com 11,64%, são as funções com maior participação nas previsões do Plano Plurianual.
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.4
Legislativa Judiciária Essencial a Justiça Administração Segurança Pública Assistência Social Previdência Social Saúde Trabalho Educação Cultura Direitos da Cidadania Habitação Saneamento Gestão Ambiental Ciência e Tecnologia Agricultura Organização Agrária Industria Comercio e Serviços Comunicação Energia Transporte Desporte e Lazer Encargos Especiais Fonte: Lei nº 3177 de 28/12/2005
Considerando que as metas governamentais não foram pré-estabelecidas separadamente por exercício financeiro, na Lei que aprovou o Plano Plurianual para o quadriênio 2004/2007, não foi possível verificar a compatibilização dos programas constantes neste instrumento de planejamento com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.
Cumpre ainda, destacar que não constam nos presentes autos informações quanto a eventuais alterações que porventura tenham sido efetuadas no Plano Plurianual, no exercício financeiro de 2006.
6.2 – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
De acordo com os §§ 3º e 4º do artigo 204 da Constituição Federal, cabe a Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelecer as metas e prioridades da administração pública para o exercício financeiro subseqüente, definindo as orientações para a Lei Orçamentária Anual, dispondo sobre as alterações na legislação tributária e estabelecendo a política de aplicação dos recursos públicos.
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
A Lei de Responsabilidade Fiscal ao preconizar o equilíbrio fiscal do ente público como princípio basilar, conferiu a Lei de Diretrizes Orçamentárias uma série de inovações, aumentando de forma significativa o próprio conteúdo e transformando-a no principal instrumento de planejamento, para que haja uma administração orçamentária equilibrada, cujo efetivo comando do planejamento público anual, cabe a Lei Orçamentária Anual.
Através do artigo 4º, inciso I, da Lei Complementar nº 101/2000, foram acrescidas à Lei de Diretrizes Orçamentárias as seguintes funções:
• equilíbrio entre receitas e despesas;
• critérios e forma de limitação de empenhos;
• normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
• demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.
As diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de 2006 foram estabelecidas na Lei nº 3046 de 08.07.2005 e compreende:
• as diretrizes gerais para a elaboração dos orçamentos da administração pública estadual;
• as prioridades e metas da administração pública estadual; • a organização e estrutura dos orçamentos;
• as disposições relativas à política de pessoal;
• as disposições sobre as alterações na legislação tributária;
• as metas e riscos fiscais determinados pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Nos termos do parágrafo 1º, do artigo 12, os limites para as despesas de pessoal, bem como os índices estabelecidos para as despesas totais dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público Estadual, foram fixados nos seguintes percentuais:
• Despesas de pessoal – o estabelecido nos artigos 19 e 20 da LRF;
• Assembléia Legislativa – 4,48% da Receita Corrente Líquida; • Tribunal de Contas – 2,35% da Receita Corrente Líquida; • Tribunal de Justiça – 6,835% da Receita Corrente Líquida; • Ministério Público – 2,84% da Receita Corrente Líquida; • Defensoria Pública – 1,00% da Receita Corrente Líquida.
Verifica-se ainda que, em cumprimento as disposições contidas no art. 4º, parágrafos 1º, 2º e 3º da Lei Complementar nº 101/2000, o Governo do Estado apresentou os Anexos de Metas e Riscos Fiscais, conforme consta nos artigos 22 e 23 da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
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6.3 – LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
A Lei Orçamentária Anual, além de regulamentações contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal, está constitucionalmente prevista no parágrafo 4º, incisos I, II e III, do art. 160, da Constituição Estadual, com redação equivalente ao parágrafo 5º, incisos I, II e III, do art. 165, da Constituição Federal, cujo texto transcrevemos:
A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas ou matidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimentos das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público.
Através da Lei nº 3176 de 28.12.2005, o Poder Legislativo de Mato Grosso do Sul aprovou o Orçamento Geral do Estado (LOA) relativo ao exercício financeiro de 2006, com uma receita estimada e uma despesa fixada no montante de R$ 5.159.173.100,00 (cinco bilhões cento e cinqüenta e nove milhões cento e setenta e três mil e cem reais), englobando os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos, cuja composição, estabelecidos nos artigos 5º e 6º, assim se apresenta:
TABELA 6.5
COMPOSIÇÃO DA LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
Especificação Valores %
Orçamento Fiscal 3.891.830.000,00 75,43%
Orçamento de Seguridade Social 1.190.093.000,00 23,07%
Orçamento de Investimentos 77.250.100,00 1,50%
Total 5.159.173.100,00 100,00%
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/2005
Conforme consta no demonstrativo acima, a previsão maior é do Orçamento Fiscal, com uma participação de 75,43% do total geral da Lei Orçamentária Anual.
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.50,00 1.000.000.000,00 2.000.000.000,00 3.000.000.000,00 4.000.000.000,00 VALOR R$ 3.891.830.000,00 1.190.093.000,00 77.250.100,00
1 – Fiscal 2 - Seguridade Social 3 - Investimentos
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/2005
6.3.1 – ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL
6.3.1.1 – Previsão das Receitas
A Lei Orçamentária Anual, em seu artigo 2º, apresenta uma previsão de R$5.081.923.000,00, para as receitas constantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social, cujos valores estão assim distribuídos:
TABELA 6.6
COMPOSIÇÃO DO ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL
Especificação Fiscal Seguridade Social Total
Receitas Correntes 4.499.762.800,00 518.896.200,00 5.018.659.000,00 Receitas de Capital 422.181.000,00 26.874.000,00 449.055.000,00 Deduções p/ FUNDEF (385.791.000,00) - (385.791.000,00) Total Geral 4.536.152.800,00 545.770.200,00 5.081.923.000,00 Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/05.
No conjunto dos Orçamentos Fiscal e Seguridade Social, o maior aporte de recursos é de origem das Receitas Correntes com R$ 5.018.659.000,00, sem considerar as deduções para formação do FUNDEF.
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.6
(1.000.000.000,00) -1.000.000.000,00 2.000.000.000,00 3.000.000.000,00 4.000.000.000,00 5.000.000.000,00 6.000.000.000,00 Receitas Correntes 4.499.762.800,00 518.896.200,00 5.018.659.000,00 Receitas de Capital 422.181.000,00 26.874.000,00 449.055.000,00 Deduções FUNDEF (385.791.000,00) - (385.791.000,00)
Fiscal Seguridade Social Total
Fonte:Lei nº 3176 de 28/12/2005.
TABELA 6.7
RECEITAS PREVISTAS POR CATEGORIAS E SUBCATEGORIAS ECONÔMICAS
Especificação Tesouro Outras Fontes Total
Receitas Correntes 4.039.193.000,00 979.466.000 5.018.659.000,00 Receita Tributária 3.123.922.000,00 55.504.500,00 3.179.426.500,00 Receita de Contribuições 0,00 415.475.600,00 415.475.600,00 Receita Patrimonial 13.782.000,00 22.904.500,00 36.686.500,00 Receita de Serviços 0,00 158.431.600,00 158.431.600,00 Transferências Correntes 846.847.000,00 122.842.100,00 969.689.100,00 Outras Receitas Correntes 54.642.000,00 204.307.700,00 258.949.700,00
Receitas de Capital 217.706.000,00 231.349.000,00 449.055.000,00
Operações de Crédito 60.116.000,00 0,00 60.116.000,00
Alienação de Bens 1.000,00 512.200,00 513.200,00
Amortização de Empréstimos 720.000,00 670.000,00 1.390.000,00
Transferências de Capital 122.251.000,00 230.056.000,00 352.307.000,00
Outras Receitas de Capital 34.618.000,00 110.800,00 34.728.800,00
Deduções para o Fundef (385.791.000,00) 0,00 (385.791.000,00)
Receita Total 3.871.108.000,00 1.210.815.000,00 5.081.923.000,00
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/2005.
Dentre as Receitas Correntes a maior previsão de arrecadação é da Receita Tributária com R$ 3.179.426.500,00, sem considerar as deduções para formação do FUNDEF.
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DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.7
-1.000.000.000 0 1.000.000.000 2.000.000.000 3.000.000.000 4.000.000.000 5.000.000.000 6.000.000.000 VALOR R$ 5.018.659.000 449.055.000 -385.791.000 5.081.923.000 Receitas Correntes Receitas de Capital Deduções para o
Fundef Receita Total
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/2005.
6.3.1.2 – Fixação das Despesas
Para as despesas, o art. 5º da Lei Orçamentária Anual, no conjunto dos orçamentos fiscal e da seguridade social, apresenta a seguinte distribuição de valores:
TABELA 6.8
DESPESAS FIXADAS POR PODERES E MINISTÉRIO PÚBLICO
Especificação Tesouro Outras Fontes Total
Poder Legislativo 209.566.000,00 1.244.300,00 210.810.300,00 Poder Judiciário 213.622.000,00 23.876.000,00 237.498.000,00 Ministério Público 75.495.000,00 444.000,00 75.939.000,00 Poder Executivo 3.372.425.000,00 1.185.250.700,00 4.557.675.700,00 Total Geral 3.871.108.000,00 1.210.815.000,00 5.081.923.000,00 Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/2005.
Ao Poder Executivo está destinada a maior parcela dos recursos orçamentários, num total de R$ 4.557.675.700,00, proveniente do Tesouro do Estado e de Outras Fontes.
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DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.80 500.000.000 1.000.000.000 1.500.000.000 2.000.000.000 2.500.000.000 3.000.000.000 3.500.000.000 4.000.000.000 4.500.000.000 5.000.000.000 Série1 210.810.300 237.498.000 75.939.000 4.557.675.700 Poder Legislativo Poder Judiciário Ministério Público Poder Executivo
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/2005.
TABELA 6.9
DESPESAS FIXADAS POR CATEGORIAS ECONÔMICAS E POR GRUPO DE NATUREZA
Especificação Fiscal Seguriddade Total
Despesas Correntes 4.189.088.600,00
Pessoal e Encargos Sociais 1.464.474.900,00 112.662.500,00 Juros e Encargos da Dívida 161.626.800,00 12.593.000,00 Outras Despesas Correntes 1.520.859.700,00 916.871.7000,00
Despesas de Capital 857.658.400,00 Investimentos 532.766.100,00 104.555.700,00 Amortização da Dívida 170.288.900,00 43.377.000,00 Inversões Financeiras 6.637.600,00 33.100,00 Reserva de Contingência 35.176.000,00 Total Geral 5.081.923.000,00 Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/2005
Dentre as Despesas Correntes, a maior previsão de gastos é através de Outras Despesas Correntes com R$ 2.437.731.400,00 de participação, no conjunto dos Orçamentos Fiscal e Seguridade Social.
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.9
0 1.000.000.000 2.000.000.000 3.000.000.000 4.000.000.000 5.000.000.000 VALOR R$ 4.189.088.600 857.658.400 35.176.000
Despesas Correntes Despesas de Capital Reserva de Contingência
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TABELA 6.10DESPESAS FIXADAS POR FUNÇÕES DE GOVERNO
Nº Especificação Tesouro Outras Fontes Total %
01 Legislativa 209.566.000,00 1.244.300,00 210.810.300,00 4,15 02 Judiciária 213.622.000,00 23.876.000,00 237.498.000,00 4,67 03 Essencial a Justiça 124.932.000,00 2.671.200,00 127.603.200,00 2,51 04 Administração 311.746.900,00 238.361.400,00 550.108.300,00 10,82 06 Segurança Pública 325.440.500,00 78.912.400,00 404.352.900,00 7,96 08 Assistência Social 35.543.200,00 95.222.800,00 130.766.000,00 2,57 09 Previdência Social 359.817.800,00 230.908.300,00 590.726.100,00 11,62 10 Saúde 240.532.500,00 176.335.100,00 416.867.600,00 8,20 11 Trabalho 3.995.000,00 6.503.600,00 10.498.600,00 0,21 12 Educação 540.263.000,00 48.879.100,00 589.142.100,00 11,59 13 Cultura 14.647.800,00 24.456.900,00 39.104.700,00 0,77 14 Direitos da Cidadania 55.347.200,00 18.524.800,00 73.872.000,00 1,45 16 Habitação 3.476.900,00 6.741.000,00 10.217.900,00 0,20 17 Saneamento 500,00 250.000,00 250.500,00 0,01 18 Gestão Ambiental 10.636.900,00 22.193.700,00 32.830.600,00 0,65 19 Ciência e Tecnologia 11.991.100,00 7.202.800,00 19.193.900,00 0,38 20 Agricultura 29.973.700,00 28.222.300,00 58.196.000,00 1,15 21 Organização Agrária 0,00 3.139.800,00 3.139.800,00 0,06 22 Indústria 2.000.200,00 9.434.200,00 11.434.400,00 0,23 23 Comércio e Serviços 16.869.600,00 21.007.600,00 37.877.200,00 0,75 24 Comunicações 0,00 3.663.400,00 3.663.400,00 0,07 25 Energia 2.720.500,00 0,00 2.720.500,00 0,05 26 Transporte 187.549.800,00 156.173.200,00 343.723.000,00 6,76 27 Desporto e Lazer 2.836.900,00 6.891.100,00 9.728.000,00 0,19 28 Encargos Especiais 1.132.422.000,00 0,00 1.132.422.000,00 22,28 Res. de Contingência 35.176.000,00 0,00 35.176.000,00 0,70 Total Geral 3.871.108.000,00 1.210.815.000,00 5.081.923.000,00 100,00 Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/2005
Quanto à despesa fixada por função de governo, segundo a Lei Orçamentária Anual, o conjunto dos orçamentos fiscal e da seguridade social destinou a maior parcela para Encargos Especiais com 22,28%, seguido de Previdência Social com 11,62% e Educação com 11,59% de participação.
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.10
Legislativa Judiciária Essencial a Justiça Administração Segurança Pública
Assistência Social Previdência Social Saúde Trabalho Educação
Cultura Direitos da Cidadania Habitação Saneamento Gestão Ambiental
Ciência e Tecnologia Agricultura Organização Agrária Indústria Comércio e Serviços
Comunicações Energia Transporte Desporte e Lazer Encargos Especiais
Reserva de Contingência
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
6.3.1.3 – Despesa Fixada Para a Administração Direta
A Administração Direta teve sua despesa orçamentária inicial fixada em R$ 2.947.399.300,00, correspondente a 57,13% do Orçamento Geral do Estado, e compreende o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e, no âmbito do Poder Executivo, suas Secretarias, Procuradorias Gerais, além dos Encargos Gerais Financeiros do Estado e de Recursos Humanos e Patrimônio, e da Reserva de Contingência.
Por unidade orçamentária, as despesas da Administração Direta a serem realizadas com recursos do Tesouro do Estado, ficaram assim distribuídas:
TABELA 6.11
DESPESA FIXADA POR UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Especificação Valor %
Assembléia Legislativa 137.841.000,00 4,68
Tribunal de Contas 71.099.200,00 2,41
Tribunal de Justiça 202.548.000,00 6,87
Procuradoria Geral da Justiça 75.495.000,00 2,56
Secretaria de Estado de Coordenação Geral do Governo 35.210.400,00 1,19
Secretaria de Estado de Receita e Controle 187.151.200,00 6,35
Secretaria de Estado de Gestão Publica 33.816.100,00 1,15
Secretaria de Estado de Infra-Estrutura e Habitação 20.073.900,00 0,68
Secretaria de Estado da Produção e do Turismo 20.747.600,00 0,71
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Rec. Hídricos 3.735.500,00 0,13 Secretaria Estado de Trabalho Assist. Soc. Econ. Solidária 32.005.700,00 1,09
Secretaria de Estado de Saúde 2.000,00 0,00
Secretaria de Estado de Educação 474.334.500,00 16,09
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Publica 325.440.500,00 11,04
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário 4.813.200,00 0,16
Secretaria de Estado de Cultura 6.800.300,00 0,23
Secretaria de Estado de Planejam. e de Ciência e Tecnologia 4.683.700,00 0,16 Secretaria de Estado da Juventude e do Esporte e Lazer 875.600,00 0,03
Defensoria Publica-Geral do Estado 25.912.000,00 0,88
Procuradoria Geral do Estado 23.525.000,00 0,80
Encargos Gerais Financeiros do Estado 1.212.690.700,00 41,14
Encargos Gerais de RH e Patrimônio do Estado 13.422.200,00 0,46
Reserva de Contingência 35.176.000,00 1,19
Total Geral 2.947.399.300,00 100,00
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/05
Verifica-se que a maior parcela dos recursos está destinada aos Encargos Gerais Financeiros do Estado, num percentual de 41,14% das despesas a serem realizadas pelas unidades orçamentárias que compõem a Administração Direta do Estado, cuja visualização no campo gráfico se demonstra a seguir:
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.11
Assembléia Legislativa Tribunal de Contas
Tribunal de Justiça Procuradoria Geral da Justiça
Secretaria de Est. de Coord. Geral de Governo Secretaria de Est. de Receita e Controle
Secretaria de Est. de Gestão Publica Procuradoria Geral do Estado
Secretaria de Est. de Infra-Estrutura e Habitação Secretaria de Est. de Produção e Turismo
Secretaria de Est. de Meio Ambiente e Rec. Hidricos Secretaria de Est. de Trab. Assist. Soc. Econ. Solidária
Secretaria de Est. de Saúde Secretaria de Est. de Educação
Secretaria de Est. de Justiça e Segurança Publica Procuradoria Geral da Defensoria Publica
Encargos Gerais Financeiros do Estado Encargos Gerais de RH e Patrimônio do Estado
Secretaria de Est. de Desenvolvimento Agrário Secretaria de Est. de Cultura
Secretaria de Est. da Juventude, Esporte e Lazer Secretaria de Est. de Planej. Ciência e Tecnol. Reserva de Contingência
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/05
6.3.1.4 – Despesa Fixada Para a Administração Indireta
A Administração Indireta compõe-se pelas Autarquias, Fundações e Fundos, regidos pela Lei n.° 4.320/64 e pelas Empre sas Públicas, regidas pela Lei das Sociedades por Ações, Lei n.° 6.404/76, onde a s despesas fixadas correspondem as receitas previstas.
A fixação da despesa orçamentária da Administração Indireta, para
o exercício de 2006, correspondeu a R$ 2.162.093.500,00, equivalente a
41,37% do total da previsão orçamentária, dos quais R$ 895.339.600,00 seriam atendidos com recursos do Tesouro do Estado.
Por unidade orçamentária, as despesas fixadas da Administração Indireta, com recursos do Tesouro e de Outras Fontes, estão assim distribuídas:
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
TABELA 6.12DESPESA FIXADA POR UNIDADE ORÇAMENTÁRIA
Tesouro Outras
Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos 80.000,00 4.585.000,00 4.665.000,00 0,22 Agência Estadual de Imprensa Oficial - 3.663.400,00 3.663.400,00 0,17 Loteria Estadual de MS - 938.400,00 938.400,00 0,04 Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos 169.481.000,00 2.040.000,00 171.521.000,00 8,04 Agência de Habitação Popular do Estado de MS 3.476.600,00 6.735.000,00 10.211.600,00 0,48 Agência de Gestão de Integração de Transportes 715.400,00 18.395.200,00 19.110.600,00 0,90 Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal 10.640.000,00 25.412.300,00 36.052.300,00 1,69 Junta Comercial do Estado de MS - 3.792.200,00 3.792.200,00 0,18 Agência Estadual de Metrologia - 3.628.600,00 3.628.600,00 0,17 Instituto de Meio Ambiente - PANTANAL 6.901.900,00 22.119.700,00 29.021.600,00 1,36 Departamento Estadual de Trânsito - 57.912.400,00 57.912.400,00 2,71 Agência Estadual de Adm. do Sistema Penitenciário 53.532.300,00 13.440.000,00 66.972.300,00 3,14 Instituto de Desenv. Agrário e Extensão Rural de MS 14.520.500,00 2.810.000,00 17.330.500,00 0,81 Sub - Total 259.347.700,00 165.472.200,00 424.819.900,00 19,90
Fundação Escola de Governo de MS 60.000,00 1.800.000,00 1.860.000,00 0,09 Fundação de Turismo de MS 1.931.600,00 10.706.800,00 12.638.400,00 0,59 Fundação de Trabalho e Economia Solidária de MS 3.820.000,00 5.723.600,00 9.543.600,00 0,45 Fundação Escola Superior de Controle Externo 5.000,00 165.000,00 170.000,00 0,01 Fundação Serviços de Saúde de MS 71.487.000,00 18.230.700,00 89.717.700,00 4,20 Fundação de Cultura de MS 1.823.500,00 12.101.900,00 13.925.400,00 0,65 Fundação de Desporto e Lazer de MS 1.961.300,00 1.530.100,00 3.491.400,00 0,16 Fundação Est. Jorn. Luiz Chagas de Rádio e Televisão 6.024.000,00 604.400,00 6.628.400,00 0,31 Fundação de Apoio e Desenv. do Ensino Cien. Tecnol. 11.911.000,00 6.989.800,00 18.900.800,00 0,89 Fundação Universidade Estadual de MS 58.028.600,00 9.879.100,00 67.907.700,00 3,18 Sub - Total 157.052.000,00 67.731.400,00 224.783.400,00 10,53
Fundo Especial de Desenv Modern. e Aperf. TC/MS 620.800,00 1.079.300,00 1.700.100,00 0,08 Fundo Esp. Inst. Desenv. e Aperf. Ativ. Juizados Especiais 11.074.000,00 23.876.000,00 34.950.000,00 1,64 Fundo Especial de Apoio e Desenvolvimento do MP - 420.000,00 420.000,00 0,02 Fundo Esp. Execução Prog. Comb. As Drogas Amb. MP - 24.000,00 24.000,00 0,00 Fundo Desenvolvimento Sistema Rodoviário do Estado MS - 135.738.000,00 135.738.000,00 6,36 Fundo de Investimento Social - 175.179.000,00 175.179.000,00 8,21 Fundo de Desenv.e Aperf. Atividades Fazendárias 20.651.200,00 11.640.500,00 32.291.700,00 1,51 Fundo Especial de Apoio ao Prog. de Ajuste Fiscal - 5.002.100,00 5.002.100,00 0,23 Fundo de Provisão de Recursos - 217.779.800,00 217.779.800,00 10,20 Fundo de Previdência Social de MS 351.817.700,00 230.908.300,00 582.726.000,00 27,30 Fundo de Incentivo a Qualidade e Produtividade 45.000,00 28.600,00 73.600,00 0,00 Fundo Especial da Procuradoria Geral do Estado - 2.020.000,00 2.020.000,00 0,09 Fundo Estadual Habitação Desenvolvimento Urbano 300,00 6.000,00 6.300,00 0,00 Fundo Estadual de Apoio a Industrialização - 9.434.200,00 9.434.200,00 0,44 Fundo para o Desenvolvimento do Turismo de MS - 2.880.000,00 2.880.000,00 0,13 Fundo de Defesa e Reparação de Interesses Dif. Lesados - 324.000,00 324.000,00 0,02 Fundo Estadual para Infância e a Adolescência 50.000,00 12.000,00 62.000,00 0,00 Fundo Estadual de Assitência Social 4.622.600,00 4.231.800,00 8.854.400,00 0,41 Fundo Estadual de Defesa dos Direitos do Consumidor - 499.800,00 499.800,00 0,02 Fundo Especial de Saúde de MS 113.043.400,00 112.904.400,00 225.947.800,00 10,59 Fundo Especial de Reequipamento da SSP de MS - 20.500.000,00 20.500.000,00 0,96 Fundo Estadual de Prev. Fiscal. Rep. de Entorpecentes - 500.000,00 500.000,00 0,02 Fundo Estadual de Economia Solidária 175.000,00 780.000,00 955.000,00 0,04 Fundo Esp. p/ Desenv. Ativ. Centro Est. Aperf. Funcional - 207.200,00 207.200,00 0,01 Fundo de Regularização de Terras - 3.139.800,00 3.139.800,00 0,15 Fundo de Investimentos Culturais do Estado de MS - 11.750.600,00 11.750.600,00 0,55 Fundo de Investimentos Esportivos - 5.361.000,00 5.361.000,00 0,25 Sub - Total 502.100.000,00 976.226.400,00 1.450.083.400,00 69,26
Empresa de Gestão Recursos Humano Patr. de MS 5.209.000,00 609.000,00 5.818.000,00 0,27 Empresa de Serviços Agropecuários de MS - 776.000,00 776.000,00 0,04 Sub - Total 5.209.000,00 1.385.000,00 6.594.000,00 0,31 Total 923.708.700,00 1.210.815.000,00 2.134.523.700,00 100,00 Fundos
Fundações
Empresas Públicas
Especificação Fontes Total Autarquias
%
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
Verifica-se que a maior parte dos recursos está destinada ao Fundo de Previdência Social de MS, com 27,30% das despesas a serem realizadas pelas unidades orçamentárias que compõem a Administração Indireta do Estado.
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.12
-200.000.000,00 400.000.000,00 600.000.000,00 800.000.000,00 1.000.000.000,00 1.200.000.000,00 1.400.000.000,00 1.600.000.000,00 VALOR R$ 424.819.900,00 224.783.400,00 1.450.083.400,00 6.594.000,00 Autarquias Fundações Fundos Empresas Públicas
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/05
6.3.2 – ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS
O Orçamento de Investimentos das sociedades de economia mista, previsto no art. 6º da Lei Orçamentária Anual, estimou a receita no montante de 77.250.100,00, distribuído de acordo com as fontes de financiamento dos investimentos, conforme a seguir:
TABELA 6.13.1
FONTES DE FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS
Especificação Recursos Total
Recursos Próprios 41.975.600,00
Diretamente Arrecadados 26.903.000,00
Convênios Diversos 15.072.600,00
Recursos para Aumento de Patrimônio 35.274.500,00
Do Tesouro 5.204.000,00
Operações de Crédito 25.070.500,00
Outras Fontes 5.000.000,00
Total Geral 77.250.100,00
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/05
As maiores fontes de financiamento dos investimentos, segundo as estimativas, provém dos Recursos Próprios – Diretamente Arrecadados, com R$ 26.903.000,00 e dos Recursos para Aumento de Patrimônio – Operações de Crédito, com R$ 25.070.500,00.
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.13.130.000.000,00 32.000.000,00 34.000.000,00 36.000.000,00 38.000.000,00 40.000.000,00 42.000.000,00 Série1 41.975.600,00 35.274.500,00
Recursos Próprios Recursos para Aumento de Patrimônio
Fonte: Lei nº 3176 de 28/12/05
TABELA 6.13.2
ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR EMPRESA Fontes
Empresas de Economia Mista
Tesouro Outras Total %
Empresa de Saneamento de MS
S/A SANESUL 4.000,00 40.544.100,00 40.548.100,00 52,48
Companhia de Gás do Estado de
MS – MS GAS 5.200.000,00 31.502.000,00 36.702.000,00 47,52
Total 5.204.000,00 72.046.100,00 77.250.100,00 100,00
A maior parte dos Investimentos ficou a cargo da SANESUL, com 52,48% de participação.
6.4 – EVOLUÇÃO DA PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA
No contexto geral do período 1999/2006, sob a administração do ex- Governador, o volume global dos Orçamentos Gerais do Estado foi da ordem de R$ 24.248.014.800,00 em termos nominais e de R$30.520.866.976,00 em termos reais, corrigidos pelo IGPM – Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas, considerando os Orçamentos Fiscal, Seguridade Social e Investimentos, conforme tabela seguinte:
TABELA 6.14
EVOLUÇÃO DA PREVISÃO NO PERÍODO DE 1999/2006
Variação % Exercícios Valores Nominais Variação% Valores Reais
Anual Acumulado 1999 1.912.408.600,00 0,00 3.736.631.074,00 0,00 0,00 2000 2.030.048.500,00 6,15 3.606.104.087,00 (3,49) (3,49) 2001 2.143.612.900,00 5,59 3.449.535.019,00 (4,34) (7,68) 2002 2.396.175.900,00 11,78 3.080.794.068,00 (10,69) (17,55) 2003 2.947.358.700,00 23,00 3.489.762.689,00 13,27 (6,61) 2004 3.533.267.400,00 19,88 3.714.159.178,00 6,43 (0,60)
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul
2005 4.125.969.700,00 16,77 4.284.707.761,00 15,36 14,67
2006 5.159.173.100,00 25,04 5.159.173.100,00 20,41 38,07
Total Geral 24.248.014.800,00 30.520.866.976,00
Fonte: Leis Estaduais nºs 1.937/98, 2.063/99, 2.206/00, 2.390/01, 2.601/02, 2.790/03, 2.967/04 e 3176/05
1999 = 95,38% 2001 = 60,92% 2003 = 18,17% 2005 = 3,85%
Correção do IGPM
2000 = 77,63% 2002 = 28,57% 2004 = 5,12%
Na variação anual, a Receita Prevista apresentou decréscimos, em termos reais, nos exercícios de 2000, 2001 e 2002. Por outro lado, ganhou impulso a partir de 2003, gerando sucessivos crescimentos na previsão orçamentária, tendo apresentado o melhor índice em 2006, quando registrou aumento de 20,41% em relação ao exercício de 2005.
Na variação acumulada, com valores, também, corrigidos pelo IGPM, a previsão para 2006, representa um acréscimo de 38,07% em relação ao exercício de 1999.
DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 6.14
VALORES REAIS 0 1.000.000.000 2.000.000.000 3.000.000.000 4.000.000.000 5.000.000.000 6.000.000.000 EVOLUÇÃO 3.736.631.0 3.606.104.0 3.449.535.0 3.080.794.0 3.489.762.6 3.714.159.1 4.284.707.7 5.159.173.1 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Fonte: Leis Estaduais nºs 1.937/98, 2.063/99, 2.206/00, 2.390/01, 2.601/02, 2.790/03, 2.967/04 e 3176/05
7 – GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
7.1 – CRÉDITOS ADICIONAIS
São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento, conforme redação do artigo 40 da Lei Federal nº 4320/64.
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7.1.1 – CRÉDITOS ADICIONAIS AUTORIZADOS
De acordo com o artigo 42 da Lei Federal nº 4320/64, os créditos adicionais (suplementares e especiais) serão autorizados por lei e abertos por decreto executivo.
Com base nas disposições legais e constitucionais e de acordo com a Lei nº 3176 de 29.12.05 – Lei Orçamentária Anual, cuja previsão para a receita e despesa é de R$5.159.173.100,00, o Poder Legislativo autorizou o Poder Executivo a abrir créditos suplementares no decorrer do exercício financeiro de 2006, além da abertura de um crédito especial através da Lei n. 3278 de 23.10.06, nos seguintes limites:
Lei nº 3.176/05
Art. 9º - Fica o Poder Executivo autorizado, durante o exercício do ano 2006, a abrir créditos suplementares até o limite de 25% do total da despesa constante dos orçamentos que integram esta Lei, utilizando como recursos compensatórios as fontes referidas nos incisos I a III do § 1º do art. 43 da Lei Federal nº 4329/64.
§ 1º - Fica autorizada, e não será computada para efeito do limite fixado no caput, a abertura de créditos suplementares:
I – para atender as despesas com pessoal e encargos sociais, bem como despesas com precatórios judiciais;
II – destinados à cobertura de despesas com as transferências constitucionais aos municípios;
III – à conta de recursos provenientes de operações de crédito autorizadas por leis específicas.
§ 2º - O excesso de arrecadação será concedido proporcionalmente em atendimento aos arts. 56, 110 e 130 da Constituição Federal. Art. 10 – Para ajustar as despesas ao efetivo comportamento da receita e atendendo inclusive aos preceitos contidos nos artigos 56, 110 e 130 da Constituição Estadual, fica o Poder Executivo autorizado, no decorrer da execução orçamentária, a abrir créditos suplementares por excesso de arrecadação, no limite do crescimento nominal da receita.
Lei nº 3.278/06
Art. 8º - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir créditos adicionais necessário à instituição orçamentária própria para o FUNDEC – MS, até o limite de R$ 1.130.000,00.
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TABELA 7.1LIMITES DOS CRÉDITOS ADICIONAIS AUTORIZADOS
Lei Autorizativa Art. - § - Inciso Especificação Rec. Valor R$ Lei nº 3.176 – 28.12.05 LOA 9º, Caput Diversos I,II,III 1.289.793.275,00 Lei nº 3.176 – 28.12.05 LOA 9º, § 1º, I Pessoal/Encargos II,III 306.156.317,12 Lei nº 3.176 – 28.12.05 LOA 9º, § 1º, I Precatórios II,III 13.488.049,60 Lei nº 3.176 – 28.12.05 LOA 9º, § 1º, II Transf. Munic. III 134.574.335,24 Lei nº 3.176 – 28.12.05 LOA 9º, § 1º, III Oper. Créditos IV 0,00 Lei nº 3.176 – 28.12.05 LOA 10, Caput Diversos/Excesso II 0,00 Lei nº 3.278 – 23.10.06 8º, Caput Especial III 1.130.000,00
TOTAL 1.745.141.976,96
7.1.2 – CRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOS
O quadro a seguir demonstra o resultado relativo a abertura de créditos adicionais suplementares e especiais no encerramento do exercício financeiro de 2006.
TABELA 7.2
ABERTURA DE CRÉDITOS SUPLEMENTARES E ESPECIAIS Suplementares
Lei nº Artigo Valor Autorizado Valor Utilizado Diferença (+/-)
3.176/05 9º Caput 1.289.793.275,00 633.347.179,77 656.446.095,23 ( - )
3.176/05 9º, §1º,I 319.644.366,72 319.644.366,72 0,00 - o -
3.176/05 9º, §1º,II 134.574.335,24 134.574.335,24 0,00 - o -
Sub-total 1.744.011.976,96 1.087.565.881,73 656.446.095,23 ( - ) Especiais
Lei nº Valor Autorizado Valor Utilizado Diferença (+/-)
3.278/06 1.130.000,00 1.130.000,00 - 0 - - 0 -
Sub-total 1.130.000,00 1.130.000,00 - 0 - - 0 -
Total Geral 1.745.141.976,96 1.088.695.881,73 656.446.095,23 ( - )
Conforme o demonstrativo acima, verifica-se que o Poder Executivo respeitou o limite autorizado para a abertura de créditos adicionais no decorrer do
exercício financeiro de 2006, quando foram concedidos R$ 1.745.141.976,96 (Um bilhão, setecentos e quarenta e cinco milhões, cento e quarenta e um mil,
novecentos e setenta e seis reais e noventa e seis centavos) e utilizados R$1.088.695.881,73 (Um bilhão, oitenta e oito milhões, seiscentos e noventa e cinco mil, oitocentos e oitenta e um reais e setenta e três centavos).
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DISTRIBUIÇÃO GRÁFICA DA TABELA 7.2
0,00 500.000.000,00 1.000.000.000,00 1.500.000.000,00 2.000.000.000,00 Autorizado 1.744.011.976,96 1.130.000,00 Utilizado 1.087.565.881,73 1.130.000,00 Suplementares Especiais
7.1.3 – EXISTÊNCIA E DISPONIBILIDADE DE RECURSOS
Na forma do artigo 43 da Lei Federal nº 4320/64 c/c o inciso V do artigo 167 da Constituição Federal, a abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.
Nos quadros seguintes demonstra-se a apuração desses recursos: TABELA 7.3 SUPERÁVIT FINANCEIRO Especificação Valor R$ Ativo Financeiro 56.690.227,40 ( - ) Passivo Financeiro 25.015.375,07 ( = ) Superávit Financeiro 31.674.852,33 Fonte:Balanço Patrimonial/05(FUNTC–FUNJECC–IAGRO–FEAS–FUNADEP–FUNDECON-FESA-FUNRESP) Disponibilidade R$ 31.674.852,33 TABELA 7.4 EXCESSO DE ARRECADAÇÃO
Especificação Orçada Arrecadada Diferença
Receitas Correntes 5.045.562.000,00 4.804.340.504,16 (241.221.495,64) Receitas de Capital 499.402.100,00 129.164.744,98 (370.237.355,02) Deduções p FUNDEF (385.791.000,00) (394.559.683,11) (8.768.683,11)
Total 5.159.173.100,00 4.538.945.683,11 (620.227.533,97)
Fonte: Comparativo da Receita Orçada com a Arrecadada – Anexo 10