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o "tribuno a capital" na poíica do stado a Guanabara

A mnutnção, e mesmo O

ravamento, da rejeição a acerda e à UD nos subúrbios e na zona l indicam que icou praicamnte intocada a esrutura políico-paidária que vigorava na região desde os anos 50. Embora dispondo do poderoso cacife de ser govmo .• L cerda

falhou na tnaiva de mudr a predisposição desse eleitorado, já que não conseguira quebrar a hegemonia que o

.. Ver Izal F. Piclu,

op.

ito

B, seguido do PSD, goa com O

reforço de lgas Freias, esabelecra nos subúrbios c riocs. O racasso do pojeto lacerdisa de conquisa desses votos pode ser eplicado por a conjW1ção de rês fatores: não ncoporou lidernas locaís radicionaís e nem favoreceu a m�cia de novs, ssim como não nsfomou em

votos as políics públicas aí implemnadas.

No primeiro caso, n exemplo pradmáico é o do depuado José

Antônio Cesário de Melo, represnnte da zona ural. e herdeiro políico de Júlio Cesário de Melo, ango intndnte do Disrito Federal e poderoso chefe da região de Campo Grnde e Sna Cuz. Em julho de 1963, José Antônio Cesio de Melq, que ingressra na ALEG em 1962, pela legnda do Parido Libeador (PL), passou pra a UDN como O único rpresnnte de Snta Cruz na sigla .govnista. ,pesar de ser portador de n expressivo potncial de votos, Cesário foi isolado poliicamente e não conseguiu espaços de atuação no seu novo novo parido. Sem o necessário respaldo paidio, e tndo que nnr a concorrência de lidernçs de ouros paridos, Cesário racassou em monar na região a rede de ,poio ao .govnador.

Lacerda ampouco favoreceu a emergência de novos líderes locaís, ao conio do que parecia apontar a iniciaiva de começar por Cmpo Grnde a experincia das regiões adminisraivs,

- . . "

da Gunab, o r. Romeu Loures. Bsnte difernte dos prefeitos, que inhm

m

caráer elitoral bm mrcado, os adminisradores re.gionais m a unção oriinal, que esava no próprio nome, de "adminisação". Se possuíam a autonomia, esa inha

m

snido e

a

esfera de atuação limiados, que mnte conseguiam r o esquema personalisa e cnzador de Lacerda. Desprovidos de efeiva represenaividade políica, não ivm força para subsituir os esquemas de conrole eleitoral herdados do Disrito Federal.

Essa fala de base políico-pidária nas zonas rural e suburbana é responsável, em boa pte, pelo fato de as iniciaivas do goveno, especialmnte no campo escolr, praicamente eliminando o déicit de

s

na rede pública pia, não trem se

ansfomado indicado por habiacionl, em votos pa o Lacerda. Qunto houve

a

cndidato à políica eplícita mnifestação de rejeição

moradores das favelas

dos anIgos que form nsferidos para os novos conjuntos habitacionais: foi jusamnte na

24"

zona eleitoral, onde se localizavm a Vila Aliança e a Vila Knnedy, que egrão conseguiu esabelecer a maior vant!gem relaiva sobre Flexa. A ransferncia pa subúrbios disantes, mal servidos por comércio e metos de nsporte, gerou insaisfação e votos pa o cndidato de oposição a Lacerda.

o govemo acerda na Guanaba pode ser dividido em dois momntos, com lóics e interesses epecíicos. Nos dois pimeiros nos,

1961

e

1962,

privil�ou a monm do rcabouço políico-

insiucional desse esado especial, um "esado bossa nova", como se dizia à época. Dnro dos limites dados pela sua concepção radical de políica, Lacerda se esforçou pra negociar com a Assembléia Legislaiva e com as forças políics locais. Apesar de sua podrosa atuação no panorama políico nacional, procurou reforçr o elemnto esado do binômio esado-cidade.

Cndidato assumido à eleição presidncial previsa para

1965

.• Lacerd, a

pir de

1963,

não só relegou a segundo plno o processo de esadualização .• como

reforçou os elemn tos radicionais do campo políico da ex-c,pitl fedal: a personalização, a polarização e a nacionalização. Seu projeto de fazer da Gunaba um

eso-cpi,

colocndo em pnmetro plno a cpialidade ainda exercida de fato pela cidade do Rio de Jneiro, inha

m

objeivo e teve

m

efeito. Como

eso·cpi,

a Gunaba deveia ser, al como O Rio de Jneiro fora no passado, a viine da nação, onde o cndidato-govenador pretndia expor os feitos de sua adminisração. Por ouro lado, ao rr o papel radicionalmnte exercido pela cidade. não .por acaso chamada de "belacap", o .goveno Lacerda não conseuiu estabelecer os alicerces

undadores capzes de sustnar wna nova idenidade políica para o Rio de Jneiro, a de esado federaivo.

A maneira como concebia a políica pode explicar, m aluma medida, a diiculdade de acerda em comndar o processo de criação de wna nova esrutura políica na Gunabara. Pa o "ribuno da capial", políica era uerra, a conlito. Essa concepção ia na direção cona da aividade roineira e coidiana requerida paa a consiuição de uma esutura políico-pidária nova e duradoura. Desse modo, ao conio do chguismo e do amalismo, que simbolizaam políicas calcadas no zeitado ncionmnto de a máquina de lona pmnncia, o lacerdismo se sustntou na idnicação pessoal e imediaa com o líder carismáico. Erm ntndidos como "políicos lacerdiss" aqueles que maIS de perto conseuim incorporar as cacterisics pessoIs de Lacerda, como Sandra Cavalcni e aul Brunini.'o Vale ainda lembrr que sua posição no acirrado e polrizado debate políico-ideolóico que marcou os anos

60,

como prncipal lidernça civil do nicomunismo, favorecia ideniicações radicis lacerdisas x ni­ lacerdistas , que reduziam as possibilidades de ntendimento em tomo de wn projeto comwn para o novo esado da Gunabara.

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pesnado no X ncno

nul da NPOCS, Cxmbu,

196

(meo).

Esse acn tuado viés personalisa de acerda mbm se fez presnte no processo de escolha dos secreários, mrcado, desde o início, pelos critérios da "impessoalidade" e da "despoliização". Traava-se sobreudo de deixar de lado qualquer nome que pudesse r a dispuar a cna políica com O .govnador, mesmo à

cusa de apoios relevntes. Um bom exemplo é O da Sereia de Jusiça que,

promeida ao depuado Adauto Lúcio Cardoso, uma s iuras de maIor expressão da DN, acabou nas mãos de um "téOlico'" o advo.gado lcino Salazr, até não wn desconhecido procurador da Jusiça do ex-Disito Fedl.

Por ouro lado, sob o pretexto de pôr m à "poliiqgem", a composição do secreriado mnte resultou da disposição do govenador de incorporr quadros da D ou de presiiar a AEG. s exceções icarm por cona de Celio Borja, indicado pela bncada udnista carioca para subsituir Raphael de Almeida Malhães na Secreia de Govno, e Lapo Coelho, membro do PSD e ex­ presiden te da ssmbléia, que ssumiu a Secreia Sm Pasa no m de

1962

jusamente pra tnar inulmnte, é verdade icular o govno com a AlEG. Em sua ande iori, os políicos udenistas que paricipaam do secreiado inham, sobretudo, wna liação pessoal m r: é o cso e aul Brunini (Sem Pasa), Sandra Cavalcani (Seriços

'.

Sociais) e Raphael de Almeida Mgalhães (Govno).

Ouro elmnto que complicou a criação de uma nova esuura de poder na Gunabara foi a difícil relação do govenador com O seu parido. Lacrda

consa sua rajetória políica aposndo mais no acúmulo de capial pessoal do que naquele que lhe podria ser delegado pela UDN, que ele não a como fonte impulsionadora de sua careira políica. Eleito govnador, buscou monr denro da UDN carioca um grupo políico formado basicamnte por depuados de prunetro mndato. Para ocupar o esratéico cargo de líder do govno na Assembléia Legislaiva, Lacerda indicou cinco depuados sm nnhuma perincia parlamenar anterior: Celio Borja, Nina Ribeiro, Vitorino ]mes, Mac Dowell de Csro e Mauro Mgalhães. Depuados mais experientes e que conhecim melhor os mendros da máquina paidária, como Raul Brunini, foram escolhidos menos por essa experiência, e mais pela idelidade pessoal que dedicavam ao govenador.

Se o pil políico de Lacerda não o crednciava para a tarefa delicada de monar uma esrutura de esado fedraivo na Gunabra, é preciso levr m cona ambém o peso da atuação do goveno federal nesse espaço políico. Essa presnça do goveno federal se acnuou na medida em que Lacrda incnivou o componente nacionlizador da políica canoca, convncido de que a manutnção da

capilidade de ato do Rio de Jneiro era um fator favorável aos intresses de sua campanha para presidente da República.

"Cidade dividida", "cidade parida", são expressões eqün temn e mpregads hoje m

a

para deinir o Rio de Jneiro, em l pra expressr a tnsão nre rgiões disins da cidade que convivem lado a lado. lO!

No nnto, a tnsão mis prounda é que se mnifesa na mbígua idnidade políica do Rio de Jneiro, ainda s vols com O la de ser ou não ser.

Em pau, o nigo debate que mistura pssado, presnte e futuro: a cidade pode volar a ser capil do Brasil, que se nsfomar oura vez em esado da Gunaba, ou, inalmnte, pretnde se in trar de vez ao esado do Rio de Jneiro? As caras conmuam na mesa,

indicando que o j.go ainda não acabou.

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o io do jomisa Zur

Vnu, Oe

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0 1 . Mônica Pimenta Velloso. 1987.

A brsilie vere

r

ela:

nacionlismo e reionalismo

paulista (2& d. - 1 990)

02.

le

Chaves Pandoli

&

Mário pn. 1987.

Da revolução e 30

o

gole e 37:

a

depuração das elites (2& d. - 1 997)

03. Angela Maria de Castro Gomes

&

Maria Celina S. D'Araújo. 1987.

Getulimo e

trabalhimo:

tensões e dimensões do Partido Trabalhista Brasileiro.

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Os intelectuais e a política cultural o o Noo.

05. Angela Maria de Casro Gomes

&

Mieta de Moraes Fereira. 1988.

Inustrialiação e

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