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Unidade didática: “De Vacaciones”

No documento Jogos para aquisição de linguagem (páginas 58-200)

CAPÍTULO II – PARTE PRÁTICA

2. Prática de Ensino Supervisionada

2.2. A prática de ensino supervisionada no 3º Ciclo do Ensino Básico

2.2.2. Unidade didática: “De Vacaciones”

Esta unidade didática também se concretizou em quatro blocos: dois de 90 minutos e dois de 45 minutos, nos dias 19, 21, 26 e 28 de maio. Segundo o horário da turma, as aulas também foram ministradas à Terça-feira das 13h 20m às 14h 05m e à Quinta-feira das 16h 45m às18h 15m.

Mais uma vez, ao tomar conhecimento da unidade a trabalhar, deparo-me com uma grande dificuldade. Esta, apesar de já ter mais informação e conhecimentos sobre a turma, revelou-se ser, realmente, um desafio maior pois o programa curricular é deveras ambicioso. Os conteúdos, quer lexicais (Ocio, Direciones, Tiempo atmosférico, Lugares y servicios) quer gramaticais (Ir a + Infinitivo, El pretérito Perfecto y el Indefinido, Marcadores temporales de passado, Indicadores de lugar) são inúmeros e muito variados.

Ao longo de toda a unidade pretendi trabalhar competências de leitura, da expressão oral, de expressão escrita e do conhecimento explícito, tendo como objetivos: Hablar de las actividades de ócio, Identificar los lugares y servicios de la ciudad, Describir a una ciudad, Hablar del tiempo atmosférico, Hacer planes, Preguntar e indicar direciones, Hablar de acciones pasadas, Exponer información con cohesión, Argumentar su opinión, Exponer información de forma atractiva y Describir imágenes. A proposta de produto final desta unidade era a elaboração de folhetos turísticos.

43 Assim, para que os alunos atingissem os objetivos propostos desenvolvi várias estratégias e atividades. Atendendo ao facto de que a turma se tinha adaptado e reagido bem aos jogos propostos na unidade anterior, achei que poderia continuar a propor diferentes tipos de jogos.

Tal como Luís Barbeiro (1998) defende, evidenciam-se, no jogo, seis características essenciais, sendo elas: os objetivos, a competição, o empenhamento, a autonomia e o termo, que ao serem respeitadas como a essência do jogo, irão ajudar com certeza a que os alunos aprendam mais de forma lúdica.

A primeira aula da unidade, teve como tarefa inicial a leitura de dois textos sobre duas meninas e as suas atividades de lazer preferidas. Aqui, os alunos iniciaram o seu contacto com as atividades de ócio e o vocabulário relativo ao tema, bem como a expressão Ir a + infinitivo. Continuei a aula com as apresentações de um vídeo e de imagens de um documento multiméd ia em PowerPoint, através das quais falámos sobre as atividades de interesse da turma. Para consolidarem estes conhecimentos os alunos fizeram uma ficha de trabalho. Ainda para praticarem a expressão escrita, os alunos escreveram pequenas frases sobre o que fazem habitualmente ao fim de semana, seguindo a expressão e o vocabulário adquiridos. Para terminar a aula, os alunos em grupos tiveram, também, que selecionar um leque de imagens que lhes proporcionei, para escreverem sobre os seus planos para o fim de semana.

Na segunda aula, foram abordados essencialmente os tempos verbais. Iniciei a aula com a visualização de um vídeo sobre Machu Picchu. Após uma breve análise oral sobre o vídeo, a turma foi desafiada a ler um texto sobre La historia de Machu Picchu e a responder a algumas questões para descobrirem mais sobre a “cidade esquecida”. Aqui, partimos para outros textos, para uma mensagem em correio eletrónico de um arqueólogo e para um fragmento do diário do mesmo arqueólogo. O objetivo era identificar os diferentes tempos verbais nos textos que se referiam ao mesmo contexto. Assim, tiveram que completar as definições dos tempos, bem como as respetivas regras. Depois de alguns exercícios de aplicação estivemos, ainda, a rever os Marcadores Temporales relativos a cada tempo verbal.

44 Desta forma, em sequência de várias atividades para desenvolver as várias competências e atingir os objetivos propostos, na segunda aula desta unidade, a turma foi desafiada a jogar o tão conhecido Jogo do Galo (Tres en Raya). Este jogo surge no seguimento da prática dos tempos verbais e para que o grupo se apercebesse realmente onde ainda havia dúvidas, não descorando a necessidade de introduzir um momento mais lúdico ao trabalhar um conteúdo gramatical (tempos verbais) menos agradável para a maioria dos alunos.

Assim, tendo em conta que as regras base do jogo são do conhecimento geral, após projetar a tabela do jogo, passei a explicar à turma que se teriam que dividir em dois grupos. De seguida, disse-lhes que iriam ter de escolher um cartão; esse cartão tinha uma frase com espaço/s em branco, para que o grupo completasse a frase num dos tempos abordados seguindo o marcador temporal presente. Caso o grupo completasse a frase corretamente, poderia colocar o seu círculo ou cruz no local que quisesse da tabela do jogo.

Esta atividade, apesar de provocar algum barulho na sala de aula, devido à agitação que o jogo estimula, resultou como pretendido. A turma reagiu como planeado e foi sempre cooperante e competitiva, tal como esperava, atingindo, assim, os objetivos definidos previamente.

Iniciei a terceira aula com uma reportagem sobre turismo e continuámos com atividades de competência auditiva. Como não poderia deixar de ser, adaptei um diálogo sobre Mis Últimas Vacaciones que interpretámos com um exercício de Verdadeiro ou Falso, o que permitiu, em seguida, que a turma escrevesse sobre as suas últimas férias. Posteriormente, vimos outra reportagem sobre uma agência de viagens (Machu Picchu travel) e os alunos tiveram oportunidade de ler e interpretar outro diálogo numa agência de viagens.

Para que servisse como ponto de partida, optei por lhes fornecer um folheto turístico. Aqui, a turma foi dividida em grupos e forneci a cada grupo imagens e informação sobre uma cidade espanhola e todo o material que iriam necessitar para elaborarem programas/ folhetos turísticos da sua cidade - ¿Qué visitar en…?. Todos os alunos mostraram interesse na atividade, empenhando-se na elaboração dos folhetos. Estes projetos foram apresentados à turma e expostos na sala de aula.

45 Na última aula desta unidade, muito havia a trabalhar. A aula começou com uma abordagem oral sobre o que gostam de visitar e quando, para depois passar a analisar o tempo meteorológico, utilizando como recurso um vídeo. Explorámos este vídeo tendo como suporte uma ficha de trabalho, recolhendo todo o vocabulário e expressões necessárias. Posto isto, optei por lhes mostrar imagens de cidades diferentes para que as descrevessem.

Em seguida, trabalhámos verbos e vocabulário necessário para Describir una ciudad, e seguindo um exemplo que dei, cada aluno descreveu a sua própria cidade. Questionei-os, depois, sobre se realmente conheciam bem a cidade em que viviam, e se nunca se tinham perdido. Inquiridos sobre se sabem dar direções, as respostas foram variadas e como planeado surge a necessidade de lhes esclarecer algumas dúvidas. Utilizei uma ficha informativa com o vocabulário e expressões necessárias para facilitar esta tarefa e para que ficassem com um registo do conhecimento a adquirir.

Ainda nesta unidade, vários exercícios de matching, de descrição e de completar frases foram levados a cabo. Todavia, tendo em conta que estas atividades lúdicas não são vistas pelos alunos de igual forma como um jogo, pois o seu caráter competitivo é reduzido, para despertar de novo mais interesse à turma, voltei a propor um novo jogo.

Desta vez, com o objetivo de trabalhar o léxico e as várias expressões sobre “Pedir e Dar Indicações”, a turma foi também dividida em dois grupos e a cada um deles entreguei três cartões com indicações de lugares. Seguindo as indicações e em dois minutos, cada grupo teve de completar os cartões com o lugar onde chegou. Depois cada grupo escreveu, por sua vez, outras três indicações para que o outro grupo seguisse e revelasse o lugar onde chegou. O grupo com mais pontos teve direito a um prémio.

Estas atividades mostraram-se muito produtivas, eficazes e do interesse dos alunos, pois para além de reverem os diversos conteúdos lexicais e estruturas gramaticais, estimulando e motivando os alunos, permitiram identificar as dificuldades dos mesmos relativamente aos conteúdos. Acredito que com estas atividades consegui, ainda, desenvolver os espíritos de cooperação e competição “saudável” entre os alunos, beneficiando do jogo tal como defende Rixon (1981).

46 Assim, considero que os objetivos propostos foram atingidos, pois, ao longo da unidade, como proposto, a turma foi capaz de levar a cabo, com êxito, os dois jogos propostos, que tinham como objetivo principal verificar se a turma tinha alcançado as metas definidas.

47 APRECIAÇÃO CRÍTICA

Ao iniciar o semestre, em que iria levar a cabo a minha prática de ensino supervisionada, no âmbito da unidade curricular de Estágio II, no 3º Ciclo do Ensino Básico em Língua Estrange ira, Espanhol, senti necessidade de me envolver com o contexto escolar onde iria agir.

Deste modo, a primeira preocupação foi conhecer a Orientadora da Escola Cooperante, as instalações da escola, e, claro, a turma com a qual iria trabalhar. Esta fase foi muito estimula nte e ao mesmo tempo desafiante, pois, ao seguir o Plano Anual da Turma e ao constatar quais as unidades didáticas que iria abordar, apercebi-me que muito trabalho e tempo seriam necessários para terminar com êxito este desafio.

Os conteúdos das unidades em causa foram sugeridos pela minha orientadora, seguindo, para o efeito, as orientações do Marco Comum Europeu de Referência para as Línguas (MCERL) e do Programa do Ministério da Educação e Ciência de Portugal para o 7º ano, nível de Iniciação (A1), do Ensino Básico (s/ d).

Neste contexto, a preparação e organização das atividades letivas foram sempre feitas com rigor científico-pedagógico e didático, e tendo, sempre, em conta o perfil dos alunos. Assim, de acordo com os objetivos estabelecidos neste âmbito, considero que contribuí para a evolução positiva das aprendizagens dos alunos através de estratégias diversificadas; organize i estratégias de pedagogia diferenciada; realizei e executei atividades recorrendo a recursos diversificados, preferencialmente, aos jogos, às tecnologias de informação e comunicação e à realização de atividades em grupo (caso do folheto) e às fichas de trabalho, de forma a envolver todos os alunos nas dinâmicas de aula.

Relativamente às atividades letivas, estas foram sempre concretizadas de forma a adequar as estratégias de ensino e a aprendizagem aos conteúdos programáticos, ao nível etário e às aprendizagens dos alunos, e respetivas planificações.

48 Assim, procurei organizar as minhas unidades elaborando planificações cuidadosamente conjeturadas, seguindo as orientações que me foram dadas, sempre com a preocupação de cumprir os prazos estipulados, para que toda a dinâmica do Plano Anual fosse respeitada.

Em todas as planificações, quer de unidade quer de aula, podemos encontrar devidamente definidos: os objetivos, os conteúdos lexicais e gramaticais, as atividades/ estratégias, o material necessário, os seus destinatários e o tempo necessário.

Em cada unidade, tentei, usando todos os conteúdos a abordar, criar uma dinâmica, seguindo os interesses dos alunos e o tempo que poderia dispensar. Esta não foi uma tarefa fácil, pois o Programa Curricular é muito ambicioso e, com blocos de 45 minutos após o almoço, encadear todos os elementos é uma tarefa árdua.

Tendo em conta, que cabe ao professor criar interesse e motivação nos seus alunos, para os levar a realmente quererem estudar e desejarem aprender, propus-me elaborar todos os meus recursos: como fichas informativas e de trabalho; documentos multimédia em PowerPoint; Jogos e a pesquisar e a recolher todos os vídeos que encontrei pertinentes.

Assim, procurei escolher atividades e estratégias para desenvolver os conteúdos que motivassem e estimulassem os alunos para o seu estudo. Tentei variar nas metodologias de ensino usadas, nas atividades e estratégias, bem como nos materiais fornecidos aos alunos, nunca esquecendo as diferentes realidades existentes na turma, quer a nível de capacidades quer de competências.

Tentei, mediante as várias condicionantes, ser criativa e inovadora. Logo, por experiênc ia própria, reconheci que o Jogo deveria ser uma boa opção, bem como outras atividades lúdicas menos competitivas, pois não podemos esquecer que segundo Eigen e Winkler (1989), “O acaso e as regras são os elementos do jogo. O jogo é um fenómeno natural que desde o início tem guiado os destinos do mundo: ele manifesta-se nas formas que a matéria pode assumir, na sua organização em estruturas vivas e no comportamento social dos seres humanos.” (p. 26).

49 Portanto, eis uma tarefa “ingrata”, mas simultaneamente muito desafiante, a de tentar encontrar o equilíbrio entre as várias atividades/ estratégias, quer em relação ao seu grau de dificuldade quer ao seu grau de interesse. Pois, quando temos atividades muito fáceis ou simples, estas acabam por se tornar para a maioria dos alunos aborrecidas e desinteressantes; por outro lado, se procuramos algo mais complexo, podemos correr o risco de que os alunos não sejam capazes de realizar tais tarefas, o que pode prejudicar a sua autoestima e os levar ao desinteresse e à desistência.

Posto isto, procurei conhecer a turma de forma a combinar a dificuldade e o ritmo de trabalho, através de uma avaliação formativa,sugerindo atividades estimulantes e que estivessem, conjuntamente, ao alcance dos alunos.

Ao longo da abordagem das unidades didáticas, para além dos jogos, também foram propostas atividades para realizar em grupo ou em pares, que estimularam a cooperação e a competição na turma, respeitando sempre as diferentes competências e os diferentes estilos de aprendizagem. Assim, através destas atividades, o professor pode levar os seus alunos a aprender a se respeitarem como indivíduos ou como grupo, a descobrir como cooperar entre si e a resolver de forma eficaz conflitos.

Tal como defende Jeremy Harmer (1991), o professor deve ter consciência do seu papel na turma (teacher as organiser, as controller, as assessor), mas também na sociedade atual. Pois, numa sociedade cada vez mais competitiva, há que ser cauteloso e saber dosear a competição necessária a cada atividade, para que esta não perca interesse nem se torne num conflito. Desta feita, ao aplicar um Jogo, tentei usar a competição a favor do interesse dos alunos e para despertar a sua atenção, mas especialmente promover a cooperação, pois os jogos foram sempre realizados em grupo ou a pares, para que cada aluno cooperasse com o seu colega, a fim de atingirem o seu objetivo comum.

A maioria dos recursos utilizados nas aulas foram elaborados por mim. Considero que este trabalho, em particular, teve resultados muito positivos, pois os recursos foram adequados, muito bem aproveitados e apresentados com rigor científico e com as qualidades técnica e pedagógica esperadas.

50 Os alunos foram sempre informados do que se iria fazer ao longo da unidade didática e da aula. Quer os conteúdos a abordar, quer os objetivos definidos a atingir foram do conhecimento da turma, o que permitiu criar uma dinâmica de responsabilização. Assim, no início de cada aula, procurei sempre atividades/ estratégias motivadoras que lhes permitissem descobrir o que iríamos trabalhar naquela aula. As atividades estavam dinamicamente articuladas, o que lhes facilitou a tarefa.

O discurso oral, também não foi esquecido, pois a nossa abordagem deve ser cuidadosa e estrategicamente estudada, de forma a encaminharmos a turma para o que pretendemos. Em especial quando se trata de uma língua estrangeira porque devemos adequar o nosso discurso ao nível dos alunos e ao tema com que estamos a trabalhar.

Consequentemente, o discurso foi constantemente estudado e preparado antecipadame nte, através da escolha, da organização dos conteúdos tendo em conta os conhecimentos e interesses dos alunos, os seus pré-requisitos, para que os alunos conseguissem criar relações entre os novos conhecimentos e as aprendizagens anteriores, dando origem a aprendiza ge ns significativas, como defende Ausubel (1982).

Ao longo desta etapa, tentei sempre criar e adaptar materiais autênticos e variados para que todo o processo de ensino e de aprendizagem fosse o mais adequado possível ao grupo de alunos com o qual trabalhei.

Concedi e promovi a igualdade de oportunidades de participação, promoção da integração dos alunos e da adoção de regras de sã convivência, colaboração e respeito, exercendo, em simultâneo o exercício da autoridade e adequação das ações desenvolvidas para a manutenção da disciplina na sala de aula. Mostrei-me sempre disponível para prestar apoio aos alunos durante a realização das tarefas propostas.

Consequentemente, a turma sempre se sentiu à vontade para interagir e participar em todas as atividades. Sempre que eram solicitados, os alunos estavam disponíveis para colaborar e

51 dinamizar a aula. Desta forma, foi fácil obter feedback, detetar se as atividades eram do interesse da turma e se os conteúdos estavam a ser assimilados corretamente.

Neste contexto, considero que consegui superar as dificuldades que foram surgindo através das atividades e estratégias que utilizei e da ajuda dos professores orientadores. As dificuldades que senti prendiam-se com o tempo necessário para realizar as atividades, a articulação das diferentes atividades, os métodos de trabalho dos alunos, o controlo da turma e a aplicação de estratégias.

Ao elaborar a planificação, o professor tem de decidir o tempo que vai necessitar para cada atividade, o que é extremadamente difícil, uma vez que não sabemos ao certo quanto tempo cada aluno precisa para realizar determinada tarefa. Assim como é complexo cumprir o tempo determinado, pois muitas vezes podemos encontrar imprevistos, como por exemplo, a falta de material, os alunos terem muitas dúvidas ocupando o tempo que tínhamos programado para fazer uma outra tarefa, entre muitos outros. Quando os acontecimentos não dependem só de nós é difícil gerir e controlar o tempo. Mas, as planificações são flexíveis e abertas, como defende Pacheco (1999) e por isso mesmo, suscetíveis de adaptação, reformulação sempre com o objetivo primordial de os alunos terem sucesso nas diferentes aprendizagens a realizar.

Quando coloquei os alunos a trabalhar em grupo, apercebi-me que, muitas vezes os alunos conversavam e se distraiam do trabalho a realizar, o que prejudicava a dedicação à atividade proposta. Contudo, penso que consegui aplicar estratégias de controlo da turma que levaram a turma a entender que o tempo estipulado para a atividade era para a sua realização e não para conversarem. Também na segunda unidade didática que lecionei, consegui cumprir as planificações que, devido ao extenso programa, eram muito ambiciosas e requeriam muita colaboração e empenho dos alunos.

Ao longo das diferentes unidades didáticas lecionadas, concluí que a concretização eficaz das atividades letivas decorreu do cumprimento dos objetivos de aprendizagem dos alunos, dado que, os alunos revelaram uma evolução gradual e bastante satisfatória das suas aprendizage ns, patente na participação ativa nas atividades, bem como no seu empenho, na sua participação pertinente e nos resultados obtidos.

52 Para colmatar as dificuldades foram implementadas estratégias que fossem ao encontro das necessidades dos alunos. De forma a manter o grupo empenhado na sua aprendizagem, foram efetuados trabalhos práticos; realizados jogos; utilizados recursos no âmbito das tecnologias de informação e comunicação e concretizadas atividades de estímulo de interesse dos alunos.

Por último, devo salientar a aplicação de Jogos. Esta estratégia foi sempre bem aceite por todos, quer alunos, quer professores orientadores. Com a introdução dos jogos como estratégia de ensino e de aprendizagem, considero que consegui captar a atenção e interesse da turma. Sempre que se apercebiam que se tratava de um Jogo, a competição entre os alunos surgia de imediato e estes participavam com mais entusiasmo. Mas como já referi anteriormente, procurei sempre gerir esta competição a favor de cada aluno e de cada atividade. Tentei tirar o proveito necessário da competição, pois assim conseguia facilmente captar o seu interesse e empenho, no entanto, reforcei que os objetivos só poderiam ser atingidos com o sucesso do grupo e, por isso, com a cooperação de todos.

Desta forma, penso que o Jogo bem planeado, bem definido, bem articulado, com rigor científico e pedagógico foi, e é, uma mais-valia na sala de aula.

53 CONCLUSÕES E PERSPETIVAS FUTURAS

O Jogo é um recurso didático de especial interesse no desenvolvimento e aprendizagem dos alunos que motiva de forma incondicional os alunos.

Contudo, não podemos esquecer que cabe ao professor a “árdua” tarefa de dinamizar a utilização do jogo na sala de aula, pois este não pode ser usado por pura diversão. O jogo didático segue regras, conteúdos didáticos e tem objetivos de aprendizagem bem definidos a alcançar. Assim, o aluno deve ser preparado para encarar o Jogo na aula como um momento lúdico mas em que a participação e responsabilidade são tão importantes como noutra atividade escolar qualquer.

Neste sentido, saliente-se o facto da parte prática deste trabalho ser o resultado do meu próprio trabalho, que começou no dia em que senti a responsabilidade de ter uma parte do futuro de

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