• Nenhum resultado encontrado

UNIDADE ESCOLAR FORÇA

No documento Download/Open (páginas 80-94)

CAPITULO III O DELINEAMENTO E RESULTADOS DA REALIZAÇÃO DA PESQUISA DE CAMPO: QUEM É E O QUE PENSA O ATUAL PROFESSOR DO

3.1 UNIDADE ESCOLAR FORÇA

A primeira escola a ser pesquisada fica na zona Sul de Barueri e optamos em manter sigilo tanto na escola que participou da pesquisa, quanto ao sigilo com relação à participação dos professores que gentilmente responderam ao questionário aplicado. Achamos por bem chamar a primeira escola de “Força” e seus professores de (A, B, C, D, E).

A escola “Força” possui atualmente 780 alunos do Ensino Médio, e seu funcionamento é das 13h às 18h50min, de segunda a sexta-feira, onde funcionam 05 salas de aula e das 19h às 23h, funcionando 10 salas de aulas. Atualmente possui 32 professores.

Na primeira parte da pesquisa, deixamos os professores bem à vontade e percebe-se que o número de profissionais do sexo feminino é muito maior que os profissionais do sexo masculino. Sendo que 60% dos professores são do sexo feminino.

A formação desses profissionais em 80% dos participantes ocorreu em instituição de Ensino Superior Privada, em diversas áreas da graduação: “História, Matemática, Letras e Pedagogia”, sendo que a maioria está no magistério há mais de vinte anos, 80% dos professores lecionam na rede Estadual de Ensino a mais de vinte anos e estão na mesma Unidade Escolar a mais de cinco anos.

Observa-se ainda que 80% dos profissionais da escola “Força” possuí especialização, assim como a situação funcional no magistério é efetivo, sendo que 40% lecionam a disciplina de Matemática e 40% leciona Português, 20% outras disciplinas, o que podemos perceber que em alguns casos o professor leciona há muito tempo outras disciplinas que não é a sua formação e classificam as condições de trabalho na Unidade Escolar como Regular.

Na segunda parta da pesquisa 40% dos profissionais concordam com a política de bonificação em dinheiro para valorização do professor, outros 40% concordam parcialmente e somente 20% discorda totalmente com a forma de bonificação adotada pelo Governo Estadual de valorização dos professores.

Mais de 80% dos profissionais confessaram que iniciaram no magistério por acaso, os outros 20% concorda totalmente que a opção pelo magistério foi por “acaso”, que ao fazer o Ensino Superior, a graduação, não pensavam em lecionar.

Ao falar sobre a profissão do professor, 80% concorda parcialmente quanto, a profissão de o professor ser “considerada” por muitas pessoas um “Bico”, 20% discorda parcialmente, o que nós faz refletir sobre a própria visão do professor, que não consegue enxergar a grande importância do seu trabalho.

Quanto à sua prática em sala de aula, 60% concorda totalmente que o professor realmente só aprende em sala de aula, no dia a dia, com seus alunos, porque os cursos de graduação estão longe da realidade, tanto do professor quanto do aluno, não preparam os futuros professores para o mercado de trabalho. A graduação hoje está em grande parte dos cursos com seus conteúdos ultrapassados, focados somente na teoria, esquecendo à prática e com carga horária insuficiente, o que não dá o suporte necessário ao futuro professor. Ao iniciar a carreira do magistério, o professor precisa buscar soluções e aprender como ministrar sua aula para classes com alunos tão diferentes um do outro, porém 20% concorda que a prática só aprende em sala de aula, os outros 20% discorda parcialmente.

É importante ressaltar que na escola “Força”, 100% dos seus professores concorda que a profissão do professor requer uma formação contínua, sendo que 60% concorda totalmente que uma boa formação inicial é importante para se dar uma boa aula, 40% concorda parcialmente, o que nos faz refletir que a formação do professor precisa ser contínua.

Observa-se ainda, através das respostas do grupo, que 80% dos professores concordam totalmente, que a experiência do trabalho em sala de aula, ajuda na própria formação do professor, 20% concorda parcialmente.

Quando indagado aos professores se pudessem estariam em outra atividade profissional,é surpreendente a posição dos profissionais, sendo que 80% concordam parcialmente, 20% concorda totalmente, demonstrando o descontentamento desses profissionais, o que vem de encontro, quando perguntamos se acham que os professores entram no magistério por acaso: Com 80% dos profissionais que concordam parcialmente e 20% concorda totalmente.

A nossa grande surpresa é que os professores, não atribuí ao salario todos os problemas que enfrentam em seu trabalho. Perguntamos se os professores têm boa formação, o que falta é um bom salário? São curiosas as respostas dos professores, pois 20% concordam totalmente, 40% discordam totalmente, 20% discorda parcialmente e os outros 20% não tem opinião a respeito sobre o item questionado.

Os professores atrelam as más condições de trabalho diretamente aos alunos que não querem adquirir conhecimentos, sendo que 20% concordam totalmente, 40% discorda totalmente e os outros 40% concorda parcialmente.

Ao pesquisar sobre o, dia-a-dia do professor, 60% concordam totalmente, 20% concorda parcialmente e somente 20% não tem uma opinião a respeito, quanto à questão questionada: Que cada dia que passa há mais tarefas para o professor, 80% dos professores explica que se não houvesse tanta burocracia nas Unidades Escolares, com preenchimento de papeladas, relatórios diversos, o trabalho do professor fluiria muito melhor, somente 20% dos professores entrevistados não tem opinião a respeito.

Quando questionados ao grupo, se os professores são responsáveis pelo fracasso do aluno, 80% discorda totalmente e 20% discordam parcialmente, o que demonstra claramente que o professor não se sente nem um pouco responsável em alguns casos pelo fracasso de seus alunos, pois explicam que tentam todas as alternativas para que seu aluno consiga atingir o resultado desejado.

Ao tratar de um assunto polêmico que é muito discutido pelos professores. “A formação em Serviço”. O grupo da escola “Força” foi questionado se os cursos em formação em serviço são teóricos e não servem para nada? 60% dos professores discordam parcialmente, 20% concorda parcialmente e os outros 20% não tem

opinião a respeito, o que faz pensar, que para o professor a formação em serviço é importante para o melhor desempenho do seu trabalho.

Perguntado sobre a Proposta Curricular, percebe-se uma divisão entre os professores. “A Proposta Curricular ajuda o professor a dar uma boa aula?”, 40% discordam parcialmente, 60% concorda parcialmente, o que demonstra que a Proposta Curricular, deve ser mais debatida na Unidade Escolar “Força”.

Na escola de pesquisa, 60% dos professores concordam parcialmente, que em geral, a formação do professor é inadequada para a nova geração da era da informatização, prejudicando sua atuação como professor, 20% discorda parcialmente e 20% discordam totalmente, o que reforça a questão que foi colocada aos professores sobre como se deu o seu ingresso no magistério, mais de 60% dizem que entraram no magistério por acaso.

Os profissionais, professores atuantes, entendem que ao governo interessa o controle da classe, sendo que, 40% concordam parcialmente, 40% discordam parcialmente, 20% não tem opinião a respeito.

Quando colocada à questão que os professores, não tem força para mudar a atual estrutura educacional, 40% concordam totalmente, 40% discorda totalmente, acreditam que se a classe fosse unida, podiam mudar a atual estrutura educacional e 20% discorda parcialmente, não conseguem pensar claramente, sobre a questão que foi levantada na pesquisa.

Ao analisar tudo o que foi exposto e as respostas dos professores. Perguntamos o que pensam sobre a formação aligeirada, se a formação aligeirada, permite uma qualificação deficiente ao profissional da educação: Para nossa surpresa, 60% concorda totalmente que a formação aligeirada como vê muito nos dias atuais, possibilita uma qualificação deficiente do profissional da educação, sendo que 20% discordam parcialmente e os outros 20% discorda totalmente.

Diante das questões, que foram levantadas junto aos professores, entende-se que o professor precisa de uma formação mais direcionada para o magistério. Que o aluno ao entrar na graduação ele precisa ter claro quanto à responsabilidade de se “tornar”, ou não professor. Que a profissão do professor não deve e não pode ser considerada como um “bico”, principalmente no Ensino Médio, onde o aluno, já está com tantas dúvidas quanto à carreira a seguir, o que fazer ou não quando terminar o Ensino Médio. Em muitos casos está cansado de trabalhar durante o dia e precisa

ter um excelente profissional para despertar nesse aluno o entusiasmo para o estudar, o aprender, o conhecer.

Conforme a participação dos professores da Unidade Escolar “Força”, anexamos à pesquisa de cada professor, que foi composta por duas partes.

No documento Download/Open (páginas 80-94)