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UNIVERSIDADES FEDERAIS: Trabalho Docente

3.23 Universidades Federais: Cronologia de Fundação

3.23.2 UNIVERSIDADES FEDERAIS: Trabalho Docente

Os números sobre a titulação docente, nas universidades federais, são distribuídos em graduados, especialistas, mestres e doutores. A Figura 8 representa os seus valores em 2000 e 2003. 0,00 5.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 1.975 1.980 1.990 2000* 2.003 GRADUADOS ESPECIALISTAS MESTRES DOUTORES

Figura 8 – UNIVERSIDADES FEDERAIS: Representação gráfica do número de

docentes por titulação – graduados, especialistas, mestres e doutores, em 2000 e 2003. Fonte: BRASIL. INEP.

Não foram disponibilizados os dados de 1975 a 1990. Em 2000, tinha-se 47.906 docentes, não tendo sido incluídos 16 docentes sem graduação; o maior número era de mestres, seguidos de doutores, especialistas e graduados; 68,01% eram mestres e doutores. Em 2003, eram 48.570 docentes, o que representa uma taxa anual média, de variação no período, de 0,46%; o maior número era de doutores, seguido pelo de mestres, graduados e especialistas, mas 73,01% eram mestres e doutores.

Os dados mostram que as universidades federais, em 2003, haviam atingido a proporção mínima, exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de um terço dos docentes com a titulação de mestres e doutores.

Espera-se que as universidades federais tenham todos os seus docentes com a titulação de doutor, no mais breve espaço de tempo possível.

Os números sobre o regime de trabalho docente, nas universidades federais, são distribuídos em horistas, tempo parcial e tempo integral. A Figura 9 representa os seus valores em 2000 e 2003. 0,00 5.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 35.000,00 40.000,00 45.000,00 1.975,00 1.980,00 1.990,00 2.000,00 2.003,00 HORISTA TEMPO PARCIAL TEMPO INTEGRAL

Figura 9 – UNIVERSIDADES FEDERAIS: Representação gráfica do número de

docentes por regime de trabalho – horista, tempo parcial e tempo integral em 2000 e 2003. Fonte: BRASIL. INEP.

Não foram disponibilizados os dados de 1975 a 1990. Em 2000, havia 47.922 docentes; o maior número estava em tempo integral, seguido de tempo parcial; não há registro sobre horistas, e 84,94% estavam em tempo integral. Em 2003, eram 48.570 docentes, o que representa uma taxa anual média de variação no período de 0,45%, com 83,01% em tempo integral.

Os dados mostram que as universidades federais, em 2003, haviam atingido a proporção mínima, exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de um terço dos docentes em regime de tempo integral.

Espera-se que as universidades federais tenham todos os seus docentes em regime de dedicação exclusiva.

IV DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM SANTA CATARINA A miséria das massas representa sem dúvida um impedimento para a produção do saber. Mas esta situação é dialética, e por isso contém em si a força que irá anulá-la. (PINTO, 1969, p. 334).

A fundamentação teórica mostra, pela bibliografia e referência eletrônica, a existência de uma lacuna nas pesquisas sobre a universidade. Evidenciada a inexistência de estudos longitudinais sobre parâmetros educacionais como ofertas de vagas, candidatos inscritos no vestibular, alunos matriculados, conclusões de cursos, titulação docente e regime de trabalho docente, objeto da presente tese. Na fundamentação histórica, ficou evidente pela bibliografia e, principalmente na referência eletrônica, a preocupação da maioria das universidades em dedicarem um espaço sobre sua história. Isso mostra a necessidade de registros temporais sobre a existência da universidade e, o mesmo, tenho certeza, se aplica às instituições de educação superior não-universitária e à pesquisa longitudinal de parâmetros educacionais. Sobre a fundamentação legal, foram ressaltados os principais artigos da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional relacionados à educação superior. Entre estes, existem alguns que estão diretamente relacionados com a expansão na oferta de vagas e a consolidação das instituições de educação superior em Santa Catarina.

A Universidade Federal de Santa Catarina é a primeira universidade fundada no Estado em 1960, como mostra a Tabela 8.

O Instituto Polytechnico, fundado em Florianópolis, em 14 de fevereiro de 1917, foi uma importante iniciativa, visando dar ao Estado de Santa Catarina uma Instituição de Educação Superior. Suas aulas iniciaram entre os dias 19 e 23 de abril de 1917, com os Cursos de Especialização em Farmácia, Odontologia, Agrimensura e Comércio. Através de

lei específica, sua organização observou o disposto no Decreto Lei n 11.530, de 18/03/1915, e foi reorganizado de acordo com o Decreto Federal n 19.851, de 11/04/1931, que reformulou o Ensino Superior. Sua Congregação foi composta por professores catedráticos e efetivos, pelos docentes livres em exercício de catedrático, por um representante dos docentes livres, eleito por seus pares. O Instituto esteve sob intervenção do Estado, de 14 de dezembro de 1932 e 14 de agosto de 1933. Em 1934, só funcionavam os cursos de Agrimensura e Farmácia. Os alunos do Instituto Polytechnico fundaram, em 1920, a “Revista Acadêmica” e o Centro Acadêmico “José A. Boiteux”, como órgão de representação dos alunos dos Cursos de Especialização, em 1925. Esses dois fatos indicam a preocupação dos alunos com a formação política e com a informação. O Instituto Polytechnico foi doado ao Governo do Estado em 1935. E os diplomas dos seus alunos só foram reconhecidos, pelo Congresso Nacional, em 1956. Dentro do Instituto Polytechnico, entre 21 de dezembro de 1931 e 11 de fevereiro de 1932, por iniciativa de seus professores, foi fundada, independente deste, a Faculdade de Direito (VIEIRA, 1986). Esta veio a ser a mais antiga unidade que compõe a Universidade Federal de Santa Catarina, com a denominação, hoje, de Centro de Ciências Jurídicas.

No meu contato com alunos de diferentes cursos de graduação e, de alguma forma, com outra literatura diferente da literatura de Genética Humana, minha área de formação acadêmica, constatei a riqueza de oportunidades que a universidade abriga. Verifiquei que a comunidade universitária pouco fala ou lê do muito que se escreve sobre a própria universidade como instituição, sobre a qual existe uma extensa produção artística, científica, filosófica e tecnológica. Para Santiago (2001), a universidade pouco investe de forma organizada e sistemática nos campos de conhecimento ligados ao seu âmbito de ação. Ele constata que o insucesso acadêmico discente é uma questão geral que aparece em estudos realizados em diferentes sistemas de educação superior europeus, norte- americanos, sul-americanos e australianos. Isso pode ser um indicador da falta que nos faz o conhecimento sobre a Universidade. A falta desse conhecimento afeta não só suas atividades mais gerais, mas de forma específica, a formação de recursos humanos nos diferentes campos do conhecimento, uma de suas funções principais.

Em trabalhos colaborativos com alguns docentes na Associação Catarinense das Fundações Educacionais, tive a oportunidade de verificar a existência de um quadro rico no

processo de implantação da educação superior, de forma abrangente, no interior do Estado de Santa Catarina. Esbocei, no início da década de 1980, sem conseqüências práticas, um trabalho investigativo sobre estas Fundações.

A presente investigação foi motivada pela observação empírica de que aquele conjunto discreto de Fundações Educacionais, de âmbito municipal das décadas de 1970/1980, avolumou-se quanto ao número de alunos, transformou-se quanto ao formato jurídico em universidades na década de 1990.

4.1 ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DAS FUNDAÇÕES EDUCACIONAIS,