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O simples facto do trabalho numa rádio se tornar bastante relativo, pois podem surgir acontecimentos inesperados que de alguma forma irão alterar a organização do trabalho, não houve muito tempo para o desenvolvimento de tarefas extra-estágio, ou seja, tarefas que não constam no plano de estágio. Contudo, antes do estágio, já pensava em desenvolver um vídeo institucional.

Mas, devido ao excesso de tarefas desenvolvidas durante o estágio que me proporcionaram um grande contacto com o mundo jornalístico, não pude desenvolver um vídeo institucional, mais propriamente, um vídeo de apresentação da instituição, mas apliquei os conhecimentos adquiridos na unidade curricular de Comunicação Multimédia, e realizei um filme SWF (Anexo V), que pretendia informar os ouvintes da localização das novas instalações da rádio. A proposta foi aceite e o filme foi colocado na página Web da Esposende Rádio.

2.6.3 – MÚSICA IN

MÚSICA IN foi o nome do programa que decidi propor a Esposende Rádio, programa especialmente direccionado para os mais jovens, uma necessidade que a instituição carecia. Este programa da minha autoria, tinha como intuito a aderência da faixa etária mais jovem visto que grande parte das audiências da Esposende Rádio é de uma faixa etária mais velha. Assim, decidi seleccionar algumas das ideias que poderiam cativar os mais jovens de forma a tornarem-se nossos ouvintes. Debates de temas actuais, música moderna, passatempos,

30 informações especialmente direccionada para os mesmos, eram ideias que poderiam fazer deste programa a abertura de novos horizontes e o surgimento de novas propostas, pois no meu entender, um locutor de rádio não deve transmitir o que lhe convém, mas sim o que os ouvintes pretendem ouvir pois são eles a quem pretendemos agradar.

Desta forma, a 10 de Setembro de 2011 dei início ao programa “MÚSICA IN”, que acompanhava os ouvintes todos os sábados durante duas horas, das 13 horas às 15 horas. Os primeiros dois sábados foram o suficiente para conseguir sentir-me à vontade visto que já realizava directos nas rubricas semanais. Contudo, a realização de um programa necessita de muito mais organização e de uma programação prévia relativamente as actividades a desenvolver durante estas duas horas. Antes da abertura do programa era feita uma selecção de músicas modernas e para esta selecção, eu recorria a rádios nacionais, mais propriamente direccionadas aos mais jovens, como por exemplo a Rádio Comercial e a Cidade FM, onde todas as novidades prevalecem. Realizava também uma busca de notícias interessantes relativamente aos ícones dos mais novos, figuras públicas, pois no meu entender são estes pormenores que dão vida ao programa. Também eram discutidos temas actuais, que na hora do programa eram publicados no facebook da Esposende Rádio, onde os ouvintes deixavam as suas opiniões que eram divulgadas em directo por mim durante o programa. Este método de interacção dava-me uma certa noção da aderência por parte dos ouvintes, que sem dúvida alguma, era liderada pelos mais novos. Como qualquer outro programa da Esposende Rádio, o programa para além de diferente, devia seguir a estrutura dos restantes programas, ou seja, havia publicidade, anúncio da meteorologia, divulgação de outros programas da Esposende Rádio e de eventos que iriam ocorrer no futuro.

Para a concretização desta proposta foi imprescindível um certo treino relativamente ao equipamento, desde a mesa de som, micros, leitores de CD e com o próprio programa de emissão. Contudo, as dificuldades não foram muitas e com o passar do tempo, o meu à- vontade reflectiu-se pelo crescimento do número de tarefas executadas durante estas duas horas. Foi sem dúvida a melhor proposta aceite e concretizada, que teve grande êxito, e que neste momento se encontra em standby devido à realização do relatório e da minha ausência, mas que certamente tomará de novo rumo, caso me seja possibilitado.

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Reflexão Final

Depois desta ultima etapa concluída, recorro agora as últimas considerações sob a forma de apreciação crítica relativamente ao estágio na Esposende Rádio imprescindíveis de apontar. Começo por apontar que este estágio é sem dúvida alguma, uma mais-valia no que diz respeito a aquisição de experiência profissional para um recém-licenciado, pois para além de permitir aprofundar certos conhecimentos facultados nestes três anos de licenciatura, permitiu desenvolver o meu “à vontade” perante o público, dar-me uma noção daquilo que realmente é o mundo do trabalho. Refiro ainda, que a escolha da instituição foi plenamente satisfatória, superando todas as minhas expectativas, pois tanto a nível profissional como pessoal foram me dadas as melhores condições de trabalho, apoio, motivação e atenção, inserindo-me assim não só num grupo de trabalho mas também numa família.

A nível de trabalho, este foi evoluindo consoante a experiência e envolvimento com o público interno. Assim sendo, o primeiro mês reflecte-se num mês calmo, onde fui tomando conhecimento da rotina e do método de trabalho. Com o passar do tempo, as minhas opiniões e propostas iam surgindo a tal ponto de ser tratado como um verdadeiro jornalista, realizando as funções como tal, sentindo-me dia após dia cada vez mais útil, tentando oferecer todo o meu contributo.

Todas as tarefas desenvolvidas foram gratificantes, mas sem dúvida alguma, que disponibilizarem-me a oportunidade de ser produtor de um programa de rádio era algo que eu não esperava devido a falta de experiência profissional. Relativamente ao programa MÚSICA IN, reforço que foi das melhores experiências da minha vida, pois consegui um forte apego com grande parte dos ouvintes e senti que era realmente esta tarefa que no futuro gostaria de desempenhar.

Concluindo, o Curso de Comunicação e Relações Públicas tornar-se-á vantajoso para o meu futuro, e sem arrependimento mas com orgulho refiro que alcancei a meta que mais desejava alcançar, que é estar apto para um futuro no ramo do jornalismo.

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Bibliografia

FERRARETTO, Luiz Artur (2010) - E o rádio? Novos horizontes mediáticos. Porto Alegre: EDIPUCRS, Editora Universitária

FONTCUBERTA, Mar de (1999) – Pistas para compreender o mundo, A Notícia. Lisboa: Editorial Notícias (1ª edição)

LENDREVIE, Jacques, et al. (1992) Mercator. Teoria e prática do marketing. Lisboa: Publicações Dom Quixote, Colecção Gestão & Inovação;

LAMPREIA, J. Martins (2003). Comunicação Empresarial – As Relações Públicas na

Gestão. Lisboa: Texto Editora, LDA.

MENESES, João Paulo (2003) – Tudo o que se passa na TSF…para um “Livro de Estilo”. Porto: Jornal de Notícias (1ª edição)

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