4.2 Materiais e métodos
4.2.4 Variáveis de produção dos painéis
Tabela IV. 1 - Variáveis de produção dos painéis
Tipo de painel Material utilizado Quantidade de painéis
produzidos/material Painel de madeira compensado
laminado
Clones Eucalyptus: 1,2,3,4,5 ,6 e
Pinus oocarpa 6
Painel de madeira aglomerado convencional
Clones Eucalyptus: 1,2,3,4,5 , 6 e
Pinus oocarpa 6
Painel madeira aglomerado
orientado (OSB) Clones Eucalyptus: 1,2,3,4,5 e 6 6
4.2.4.1 Variáveis da produção dos painéis de madeira aglomerada convencional
Os painéis aglomerados foram produzidos na Unidade Experimental de Produção de Painéis de Madeira (UEPAM) - UFLA, nas dimensões de 480x480x15mm, densidade nominal de 0,70g/cm³. Foram fabricados 6 painéis, com 6 repetições para cada um dos clones de
Eucalyptus urophylla e Pinus oocarpa, sendo este ultimo utilizado apenas como parâmetro
referencial.
As partículas foram geradas em um picador de disco e posterior redução no moinho de martelo. Estas partículas foram secas a uma umidade média de 3% e, em seguida, foram peneiradas para a retirada de “finos” e levadas ao misturador de partículas, foi acrescentada a resina uréia-formaldeído (UF), em quantidade de 8% de sólido resinoso (base massa seca das partículas) e 1% de emulsão de parafina. Em seguida, a massa dos painéis foi colocada em uma caixa formadora do colchão e pré-prensado em uma prensa hidráulica. Na seqüência, o colchão foi prensado em uma prensa pneumática, à temperatura de 160ºC e pressão específica de 40kgf/cm2, por um período de 8 minutos.
4.2.4.2 Variáveis da produção dos painéis de madeira orientada (OSB)
Os painéis OSB foram fabricados na Unidade Experimental de Produção de Painéis de Madeira (UEPAM) - UFLA, com as dimensões de 480x480x15mm e com a proporção entre
camadas externas e interna de 25:50:25. Foram fabricados 6 painéis com 6 repetições cada um dos clones de Eucalyptus urophylla.
As partículas do tipo “strand” foram obtidas num picador de disco com as dimensões de 85x25x7mm, secas a umidade média de 3% e peneiradas para a retirada de “finos”.
A seguir, as partículas foram levadas ao misturador de partículas para adição da resina fenol-formaldeído (FF), em quantidade de 6% de sólido resinoso (base massa seca das partículas), densidade de 0,65g/cm³. A massa foi levada a uma caixa orientadora de partículas e depois conformada a um colchão em uma pensa hidráulica, para finalmente ser levado a prensa pneumática por um período de oito minutos, à temperatura de 180ºC e pressão específica de 40kgf/cm².
4.2.4.3 Variáveis da produção dos painéis de madeira compensado estrutural
Para facilitar o processo de laminação e o amolecimento da madeira, as toras foram cozidas por um período de 72 horas, em um tanque contendo água a 66°C, na Unidade Experimental de Produção de Painéis de Madeira - UEPAM/UFLA. Em seguida, as mesmas foram levadas a um torno para serem laminadas e depois guilhotinadas nas dimensões finais de 480x480x2mm de espessura cada lâmina, sendo utilizadas cinco lâminas para cada painel.
As lâminas foram classificadas e secas até umidade de 6 a 8%, e foram fabricados 6 compensados, com 6 repetições cada um deles dos clones Eucalyptus urophylla e Pinus
oocarpa, sendo este ultimo utilizado como parâmetro referencial.
A resina utilizada na colagem das lâminas dos painéis de madeira compensada foi à resina fenol-formaldeído (FF), com 320g por painel em linha de cola dupla.
Os painéis foram prensados a uma temperatura de 150ºC e pressão específica de 10kgf/cm² para o Pinus oocarpa e de 15kgf/cm² para os clones de Eucalyptus urophylla por um período de 10 minutos.
4.2.5 Determinação das propriedades físico-mecânicas dos painéis: Esquema de distribuição, dimensões e normas utilizadas para obtenção dos corpos de prova, e avaliação das propriedades físico-mecânicas dos painéis de aglomerado convencional, OSB e compensado.
Para o dimensionamento e distribuição dos corpos de prova nos painéis de madeira aglomerada convencional e nos painéis de madeira orientada (OSB), utilizaram-se os seguintes parâmetros de acordo com a Tabela IV. 2.
Tabela IV.2 - Normas, quantidade e dimensões dos corpos de prova obtidos para cada painel de madeira aglomerada convencional e painel de madeira orientada (OSB)
Propriedade Norma Quantidade de corpos de
prova por painel
Dimensões dos corpos de prova
Absorção de água (AA) ASTM 1982: D1037-100 2 150x150mm
Inchamento em espessura (IE)
ASTM 1982:
D1037-100 2 150x150mm
Taxa de não retorno em espessura (TNRE)
ASTM 1982:
D1037-100 2 150x150mm
Flexão estática (MOE) DIN 52362,1982 4 250x50mm
Flexão Estática (MOR) DIN 52362,1982 4 250x50mm
Compressão Paralela (CP)
ASTM 1982:
D1037-34.22 4 100x25mm
Ligação Interna (LI) ASTM 1982: D1037-28 4 50x50mm
Fonte: ASTM (1982); DIN (1982)
A Figura 4.1 representa o esquema de distribuição dos corpos de prova nos painéis de aglomerado convencional e aglomerado orientado (OSB).
FIGURA 4.1 - Disposição dos corpos-de-prova nos painéis de aglomerado e OSB, sendo F.E = Flexão estática; L.I = Ligação interna; C.P = Compressão paralela das fibras; A.A = Absorção de água; I.E = Inchamento em espessura.
Fonte: pesquisa de campo
Para o dimensionamento e corte dos corpos de prova dos painéis de madeira compensada laminada utilizaram-se os seguintes parâmetros de acordo com a Tabela IV.3.
Tabela IV.3 - Normas, quantidade e dimensões dos corpos de prova obtidos para cada painel de compensado
Propriedade Norma Quantidade Dimensões
Massa específica (ME) ABNT 31:000.05-001/3, 2004 3 100x50mm
Absorção de água (AA) ABNT 31:000.05-001/3, 2004 4 75x25mm
Umidade (U) ABNT 31:000.05-001/3, 2004 4 68x25mm
Cisalhamento ABNT 31:000.05-001/3, 2004 3 150x25mm
Flexão paralela e
perpendicular as fibras (FE) ABNT 31:000.05-001/3, 2004 3 300x75mm
As Figuras 4.2 e 4.3 representam os esquemas de distribuição dos corpos de prova no painel de compensado laminado. Na Figura 4.2 os corpos de prova para a realização do teste de flexão estática foram posicionados no sentido paralelo às fibras da camada da lâmina externa do painel. Na Figura 4.3 os corpos de prova para a realização do teste de flexão estática foram posicionados no sentido perpendicular às fibras da camada da lâmina externa do painel.
Figura 4.2 - Disposição dos corpos-de-prova para painéis de madeira compensada, sendo F.E = Flexão paralela as fibras; M.E = Massa específica (densidade); C = Cisalhamento; A.A = Absorção de água; T.U = Umidade Fonte: pesquisa de campo.
Figura 4.3 - Disposição dos corpos-de-prova para painéis de madeira compensada, sendo F.E = Flexão perpendicular as fibras; M.E = Massa específica (densidade); C = Cisalhamento; A.A = Absorção de água; T.U = Umidade.
Fonte: pesquisa de campo