• Nenhum resultado encontrado

4. RESULTADOS

4.1 Variáveis demográficas, depressão, ansiedade e AFECTS

Testes de Spearman revelaram uma correlação linear significativa entre a duração da epilepsia em anos (p<0,05) e os temperamentos “Depressivo” e “Ansioso”. Os escores de BDI também foram demonstraram uma relação linear com os temperamentos Depressivo (p<0,01) e Disfórico (p<0,01).

Observamos uma tendência dos pacientes com mais anos de estudo a apresentarem o temperamento “Hipertímico” (p<0,05).

O número de drogas antiepilépticas foi diretamente relacionado ao temperamento “Eutímico” (p<0,05) e inversamente correlacionado ao temperamento “Obsessivo” (p<0,05), o qual também foi inversamente relacionado ao escore total do BDI (p<0,05). (Tabela 4)

Em relação às dimensões emocionais, “Medo” correlacionou-se positivamente com a idade de início e a duração da epilepsia (p<0,05). Também foi demonstrada uma forte relação inversa entre “Vontade” e “Controle” com altos escores no BDI (p<0,01). (Tabela 5)

4.2 Epilepsia Mesial do Lobo Temporal Direita e Esquerda

Quando os dois grupos foram comparados em relação aos temperamentos afetivos, não houve diferenças estatisticamente significativas. No entanto, quando a mesma comparação foi feita através das dimensões emocionais do temperamento, encontramos uma média menor da dimensão "Sensibilidade" no grupo com foco ictal à direita (30.80 ± 6.9 vs 36.66 ± 7.01, p=0.009). (Tabela 6)

4.3 AFECTS: Pacientes versus controles

Quando ajustados aos anos de estudo, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre pacientes e controles em relação às dimensões do temperamento. (Tabela 7)

5. DISCUSSÃO

O presente estudo descreve e compara as dimensões emocionais e temperamentos afetivos em pacientes com epilepsia do lobo temporal mesial e controles normais. Embora estudos anteriores não tenham mostrado diferenças significativas (LOCKE et a.l, 2009; PIZZI et al., 2009), o lado da zona epileptogênica não foi considerado e as amostras não foram homogêneas quanto à presença de esclerose hipocampal identificada à RMN.

Como as bases neurobiológicas do temperamento envolvem de modo direto o complexo amígdalo-hipocampal (WHITTLE et al., 2006), é possível supor que as próprias descargas ou o dano estrutural observado em estudos de neuroimagem possam interferir no temperamento dos pacientes com epilepsia mesial do lobo temporal.

Estudos de morfometria hipocampal (IIDAKA et al., 2006) demonstraram correlações positivas em voluntários do sexo feminino entre o volume do hipocampo esquerdo e a dimensão do temperamento denominada Harm Avoidance (“Medo”). Segundo os autores, parte das explicações para este achado entre as mulheres deve-se ao fato de uma maior resposta a estímulos aversivos e efeitos hormonais relacionados ao receptores estrogênicos hipocampais (ADINOFF et al., 2003; OSTLUND et al., 2003).

OMURA et al., 2005, já haviam demonstrado uma correlação positiva entre volume hipocampal direito e comportamento extraversivo e uma correlação negativa entre volume hipocampal esquerdo e neuroticismo (interpretado neste contexto como equivalente ao Harm Avoidance). No entanto, este estudo foi alvo de críticas nas questões metodológicas devido a, por exemplo, utilizar diversos questionários de temperamento e personalidade ao longo do estudo. OLER et al., 2010 também observaram correlações entre o comportamento ansioso em macacos e a ativação amigalo-hipocampal durante experimento conduzido nos primatas de uma mesma linhagem.

Estudos anteriores demonstraram que crianças e adultos com epilepsia têm um aumento em traços de temperamento como impulsividade, ansiedade e maior probabilidade de desenvolver transtornos do humor (BAUM et al., 2007; PARK et al., 2007; MOSCHETTA et al., 2011). TRACY MA et al (2010) também encontraram resultados semelhantes em um estudo onde 23% dos pacientes adultos epilépticos apresentavam temperamento ansioso.

No presente estudo, ambos os grupos com EMLT esquerda e direita demonstraram que a duração da doença teve uma correlação positiva com os temperamentos "Depressivo" e "Ansioso”. O temperamento “Depressivo” também teve uma correlação linear com a pontuação no BDI. Este achado é pouco inesperado, pois depressão e ansiedade são as comorbidades psiquiátricas mais comumente observadas em pacientes com EMLT (GAITATZIS et al., 2004; SWINKELS et al., 2005. BRAGATTI et al., 2010).

Algumas variáveis relacionadas à doença, já aparecem como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos do humor. ALTSHULER et al. (1990), demonstraram maior incidência de depressão associada a descargas ictais à esquerda, enquanto outros transtornos, como a hipomania parecem estar relacionadas a descargas ictais no lado oposto (HURWITZ et al., 1985). Outros estudos sugerem que, em pacientes com epilepsia mesial do lobo temporal, o volume hipocampal esquerdo diminuído, independentemente do lado das descargas, seria um achado atribuível ao transtorno depressivo per se (SHAMIM et al., 2009).

Além disso, o número de anos de estudo foi positivamente correlacionada com temperamento "Hipertímico". Isto deve ser considerado uma preliminar embora achado interessante, uma vez que o temperamento "Hipertímico" tem sido proposto como um fator protetor contra o suicídio em pacientes com transtornos de humor e ansiedade. (VÁSQUEZ et al., 2010) Lembrando que o suicídio é mais comum entre pacientes com epilepsia quando comparados à população em geral (ESPINOSA et al., 2010; OLIVEIRA et al., 2011), seria interessante investigar o quanto a educação e o temperamento "Hipertímicos" modulam tal risco.

Outro achado potencialmente interessante neste estudo exploratório foi a correlação inversa entre o número de drogas antiepilépticas (DAEs) e temperamento "Obsessivo". Uma vez que este temperamento é caracterizado pela organização, disciplina, controle emocional e afeto restrito, esse resultado pode refletir uma visão do paciente na qual ele acredita firmemente que pode tratar a doença com menos medicação. Outras interpretações são de que as bases neurobiológicas deste temperamento podem ser menos adequadas ao tratamento com DAE, por ser um tipo "estável", ao passo que outros tipos chamados de "instáveis", como o "Ciclotímico" e o "Irritável", seriam mais susceptíveis a beneficiar-se com o efeito estabilizador do humor de alguns fármacos antiepilépticos. (DRANE et al., 2002)

A relação direta entre "Medo" e duração da epilepsia, observada no estudo, pode ser explicada pela presença de uma doença crônica. Conrad el AL, 2007 demonstraram maiores índices de Harm Avoidance (traduzido como “Medo”) entre pacientes com dor crônica. Estudos prévios sugeriram que esta dimensão emocional não estaria correlacionada com lesões ou descargas em zonas específicas do cérebro. (Strauss and col, 1982). No entanto, tem sido demonstrado que em indivíduos com lesões envolvendo a amígdala, a diminuição do aprendizado emocional, observada nestes pacientes, pode ser uma consequência de um condicionamento ao medo diminuído. (Kemppainen and col, 2006)

Trabalhos anteriores mostraram correlações significativas entre os escores de BDI e os traços de personalidade Harm Avoidance (traduzido como “Medo”) de modo direto e Self-Directedness (traduzido como “Autodirecionamento” ou a junção de “Vontade” e “Controle”) de modo inverso. (Peirson and col, 2001; Celikel and col., 2009). No entanto, esses estudos utilizaram o Inventário de Temperamento e Caráter (TCI), o que acaba confundindo temperamento e personalidade. De forma similar, em nosso estudo "Vontade" e "Controle" foram inversamente relacionadas aos escores do BDI. Correlações similares também foram encontrados em indivíduos normais (FINCH et al., 2001) e em pacientes com outros distúrbios neurológicos crônicos, tais como a doença de Asperger. ( BUTZER et al., 2003)

Curiosamente, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas em relação ao AFECTS entre os pacientes com EMLT e os controles. Algumas possíveis explicações podem ser o número reduzido de pacientes, viés de amostragem do grupo de controle ou o nível educacional superior do último. Na verdade, esses resultados negativos estão em corroboram estudos anteriores, apesar de avaliar indivíduos com diferentes instrumentos (LOCKE et al., 2009; PIZZI et al., 2009).

Talvez o mais interessante dado do presente estudo tenha sido a menor média da dimensão "Sensibilidade" em pacientes com descargas geradas no lobo temporal direito. No modelo proposto por WHITTLE et al. em 2006, o circuito chave na geração do afeto negativo e o constrangimento (Constraint) envolve estruturas límbicas subcorticais (amígdala e giro do cíngulo), hipocampo e córtex pré-frontal à direita, enquanto uma rede similar, porém à esquerda, seria a responsável pelo afeto positivo. Se isso for verdadeiro, uma preservação relativa do lobo esquerdo, supostamente conectado ao afeto positivo, poderia levar à redução da dimensão "Sensibilidade" nos pacientes com foco ictal à direita.

6. CONCLUSÃO

Apesar das suas limitações, este e é o primeiro estudo a explorar as diferenças no temperamento em pacientes com epilepsia mesial do lobo temporal, utilizando o questionário AFECTS. O baixo número de pacientes estudados e a diferença no nível educacional entre pacientes e controle certamente são os mais importantes.

Mesmo assim, associações com significância estatística e condizentes com estudos prévios em linhas similares demonstram que os dados aqui obtidos têm a sua importância, principalmente pensando em estudos futuros sobre esse tema.

Nossos achados apontam para uma possível conexão entre as dimensões emocionais do temperamento e a lateralidade do foco epiléptico, indo ao encontro de dados prévios quanto à influência da lateralidade no humor e na personalidade. A reprodução destes resultados poderá ajudar a compreender e promover melhores tratamentos dos aspectos psicossociais e comportamentais da epilepsia.

7. REFERÊNCIAS

ADINOFF B., et al. Gender differences in limbic responsiveness, by SPECT, following a pharmacologic challenge in healthy subjects. NeuroImage 2003.18, 697–706.

AKISKAL H.S. et al. TEMPS-A: Validation of a short version of a self-rated instrument designed to measure variations in temperament. Journ Affect Disord, 2005; 85: 3-16

AKISKAL H.S. et al. TEMPS-I: Delineating the most discriminant traits of cyclothymic, depressive, irritable and hyperthymic temperaments in a nonpatient population. Journ Affect Disord, 1998; 5: 7-19.

ALLPORT G.W., Pattern and Growth in Personality. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1961

ALTSHULER L.L., DEVINSKY O. et al. Depression, anxiety and temporal lobe epilepsy: laterality of focus and symptoms. Arch Neurol 1990;47:284-88

ANDRADE-VALENÇA L.P.,et al. Clinical and neuroimaging features of good and poor seizure control patients with mesial temporal lobe epilepsy and hippocampal atrophy. Epilepsia 2003; 44:807-14.

BABB T.L.B. et al. Pathological findings in epilepsy. In: Engel JJ, editor. Surgical treatment of the epilepsy. New York: Raven Press; 1987:511-4.

BAUM et al. Temperament, family environment and behavior problems in children with new-onset seizures. Epilepsy and Behavior. 2007,10; 2:319-27 BECK A.T., EPSTEIN N., BROWN G., STEER R.A. An Inventory for Measuring Clinical Anxiety: Psychometric Properties. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 1988; 56(6): 893-897

BECK A.T., WARD C.H., MENDELSON M., MOCK J., ERBAUGH J. An inventory for measuring depression. Archives of General Psychiatry, 1961;4:561-571

BERG A.T., BERKOVIC S.F.,et al. Revised terminology and concepts for organization of seizures and epilepsies: Report of the ILAE Commission on Classification and Terminology, 2005-2009. Epilepsia. 2010;51:676-85.

BRADLEY et al. Neurology in Clinical Practice. Ed Elsevier, Fifth edition, 2004 BRAGATII J.A., TORRES C.M., LONDERO R.G., ASSMAN J.B., Fontana V et al. Prevalence of psychiatric comorbidities in temporal lobe epilepsy: the value of structured psychiatric interviews. Epileptic Disord. 2010;12:283-91.

BUTZER B., KONSTANTAREAS M.M. Depression, Temperament and their Relationship to Other Characteristics in Children with Asperger’s Disorder. Journal on Developmental Disabilities, 2003;3 67-72

CLARK L.A., et al. Temperament as a unifying basis for personality and psychopathology. Journal of Abnormal Psychology, 2005; 114: 505–521.

COSTA J.C. et al. Fundamentos Neurobiológicos da Epilepsias:Aspectos Clínicos e Cirúrgicos. Ed Lemos, First edition, 1998

COCKERELL A.C., JOHNSON A.L., et al. Prognosis of epilepsy: A review and further analisys of the first nine years of the British National General Practice Study of Epilepsy. Epilepsia 1997; 38: 31-46

CLONINGER C.R., SVRAKIC D.M., PRZYBECK T.R. A psychobiological model of temperament and character. Archives of General Psychiatry, 1993 50, 975- 990.

DRANE D.L. et al. Cognitive and behavioral effects of antiepileptic drugs. Epilepsy and Behavior, 2002;3(5):49-53

ESPINOSA G.A., et al. Wisconsin Card Sorting Test performance and impulsivity in patients with temporal lobe epilepsy: suicidal risk and suicide attempts. Epilepsy and Behavior 2010; 17(1):39-45.

EYSENCK H. The definition of personality disorders and the criteria appropriate for their description. Journal of Personality Disorders, 1987; 1: 211-19.

FINCH F.J., GRAZIANO W.G. Predicting Depression from Temperament, Personality and Patterns of Social Relation. Journal of Personality, 2001;69(1) 27-55

FISCHER R.S., VAN EMDE BW., BLUME W, et al. Epileptic seizures and epilepsy: definitions proposed by the International League Against Epilepsy (ILAE) and the International Bureau of Epilepsy (IBE). Epilepsia, 2005; 46: 470- 2.

GAITATZIZ A., TRIMBLE M.R., SANDER J.W. The psychiatric comorbidity of epilepsy. Acta Neurologica Scandinavica 2004; 110: 207-20

GOMES M.M., ZEITONE R.G., et al. A house-to-house survey of epileptic seizures in an urban community of Rio de Janeiro, Brazil. Arq Neuropsiqu, 2002; 60: 708-11

GRUCZA R.A., CLONINGER C.R., et al. Personality and depressive symptoms: a multi-dimensional analysis. J. Affect. Disord. 2003; 74: 123–130.

GUERREIRO C.A., CENDES F., et al. Clinical patterns of patients with temporal lobe epilepsy and pure amygdalar atrophy. Epilepsia 1999; 40: 453-461

NETO J.G., MARCHETTI R.L. Aspectos epidemiológicos e relevância dos transtornos mentais associados à epilepsia. Rev Bras de Psiquiatria, 2005; 27 (4); 232-38

HARDEN C.L., GOLDSTEIN M.A., et al. Anxiety disorders in epilepsy. In: Ettinger A.B., Kanner A.M., eds. Psychiatric Issues in Epilepsy: a practical guide to diagnosis and treatment. Philadelphia: Lippincott Williams, 2007; 248-63 HEANEY D.C., MACDONALD B.K., EVERITT A., et al. Socioeconomic variation in incidence of epilepsy: a prospective community based study in south east England. BMJ, 2002; 325: 1013-16

HURWITZ T.A., WADA J.A., et al. Cerebral organization of affect suggested by temporal lobe seizures. Neurology, 1985; 35: 1335-37

IIDAKA T., MATSUMOTO A., et al. Volume of left amigdala subregion predictec temperamental trait of harm avoidance in female young subjects: A voxel-based morphometric study. Brain Research, 2006; 1125:85-93.

JAM M.M., GIRVIN J.P. et al. Seizure semiology: Value in identifying seizure origin. Can J Neurol Sci, 2008; 35: 22-30

KANNER A.M. et al. Mood disorders and epilepsy: a neurobiologic perspective of their relationship. Dialogues Clin Neurosci, 2008; 10: 39-45

KOBAU R. et al. Prevalence of self-reported epilepsy or seizure disorder and its associations with self-reported depression and anxiety: results from the 2004 Health Styles Survey. Epilepsia, 2006; 47: 1915-21

LAHL R., et al. Neuropathology of Focal Epilepsies: An Atlas. Ed. John Libbey, 2003; Pg 17-49

LAMBERT M.V., ROBERTSON M.M. Depression in epilepsy: etiology, phenomenology and treatment. Epilepsia, 1999; 40(Suplemento 10): S21-S47

LANDOLT H. Some clinical electroencephalographical correlations in epileptical psychosis (twilight states). Electroencephalogr Clin Neurophysiol, 1953; 5: 121

LARA D.R., et al. The Affective and Emotional Composite Temperament (AFECT) model and scale: A system-based integrative approach J Affect Disord. 2012; 140(1): 14-37.

LARA D.R., LORENZI T.M., BORBA D.L. et al. Development and validation of the Affective and Emotional Composite Temperament Scale (AFECTS): a brief self-report scale. J Affect Disord, 2008;111:320–33.

LEITE J.P., et al. Calcified neurocysticercotic lesions and postsurgery seizure control in temporal lobe epilepsy. Neurology, 2000; 55 (10): 1485-91

temporal lobe versus extratemporal lobe epilepsy. Epilepsy and Behavior, 2010; 17: 172-77

MAIER M., MELLERS J., TOONE B., et al., Schizophrenia, temporal lobe epilepsy and psychosis: an in vivo magnetic resonance spectroscopy and imaging study of hippocampus/amygdale complex. Psychol Med, 2000; 30: 571- 81

MATHERN G.W., ADELSON P.D., CAHAN L.D., LEITE J.P. Hippocampal neuron damage in human epilepsy: Meyer’s hypothesis revisited.

Prog Brain Res 2002; 135:237-51.

MC ADAMS D.P. The five-factor model in personality: a critical appraisal. J Pers. 1992; 60(2): 329-61.

MC CORMICK D.A., CONTRERAS D., et al. On the cellular and network basis of epileptic seizures. Annu Rev Physiol 2001; 63 815-846

MOSCHETTA S, FIORA LA, FUENTES D, GOIS J, et al. Personality traits in patients with juvenile myoclonic epilepsy. Epilepsy Behav. 2011;21(4):473-7. MOST S.B., CHUN M.M., JOHNSON M.R., KIEHL, K.A. Attentional modulation of the amygdala varies with personality NeuroImage 2006. 31, 934–944.

MURAKAMI F., et al. Anxiety traits associated with a polymorphism in the serotonin transporter gene regulatory region in the Japanese. J. Hum. Genet,. 1999; 44: 15–17.

NAKAMURA T., et al., 1997. Serotonin transporter gene regulatory region polymorphism and anxiety-related traits in the Japanese. Am. J. Med. Genet., 1997; 74: 544–545.

OLER J.A. et al. Amygdalar and hippocampal substrates of anxious temperament differ in their heritability, Nature, August 2010; 466: 864-868

OLER J.A., FOX A.S., SHELTON S.E., CHRISTIAN B.T., et al. Serotonin transporter availability in the amygdala and bed nucleus of the stria terminalis predicts anxious temperament and brain glucose metabolic activity. J Neurosci. 2009 Aug 12;29 (32): 9961-6.

OLIVEIRA G.N., et al. Suicidality in temporal lobe epilepsy: measuring the weight of impulsivity and depression. Epilepsy and Behavior. 2011 Dec;22(4):745-9.

OMURA K., TODD R.C., CANLI T. Amygdala gray matter concentration is associated with extraversion and neuroticism. Neuroreport. 2005; 16(17):1905- 8.

OSTLUND H., et al.. Estrogen receptor gene expression in relation to neuropsychiatric disorders. Ann. N. Y. Acad. Sci., 2003; 1007, 54–63.

PARK et al. Temperament and Character factors in Korean children with epilepsy. The Journal of Nervous and Mental Disease. 2007,195 ;6:470-76

PIZZI A.M. et al. Comparison of personality traits in patients with frontal and temporal lobe epilepsies. Epilepsy and Behavior, 2009;15:225-29

PUJOL J. et al. Anatomical variability of the anterior cingulate gyrus and basic dimensions of human personality. Neuroimage. 2002; 15(4): 847-55.

RAFNSONN V., OLAFSSON E., et al. Cause-specific mortality in adults with unprovoked seizures: a population based incidence cohort study. Neuroepidemiology, 2001; 20: 232-6

ROSENOW F., LÜDERS H.. Presurgical evaluation of epilepsy. Brain, 2001; 124: 1683-700

SANDER J.W. et al. The Epidemiology of Epilepsy revisited. Current Opinion in Neurology, 2003; 2: 165-70

SHAMIM S., et al. Temporal lobe epilepsy, depression, and hippocampal volume. Epilepsia. 2009; 50(5): 1067-71.

SLATER E., BEARD A.W. The schizophrenia like psychosis of epilepsy. Br J Psychiatry, 1963; 109: 95-150

SLOVITER R.S. et al. Feedforward and feedback inhibition of hippocampal principal cell activity evoked by perforant path stimulation: Gabamediated mechanisms that regulate excitability in vivo. Hippocampus 1991; 1:31-40. SWINKELS W., KUYK J., DYCK V. SPINHOVEN P. Psychiatric comorbidity of epilepsy. Epilepsy and Behavior, 2005; 7: 17-50

TAUCK D.L., NADLER J.V. et al. Evidence of functional mossy fiber sprouting in hippocampal formation of kainic acid-treated rats. J Neurosci 1985; 5:1016- 22.

TRACY MA et al. Personality traits and social behaviors predict the psychological adjustment of Chinese people with epilepsy, Seizure 2010

TRIMBLE M.R. The psychoses of epilepsy. New York: Raven Press, 1991.

UMEKAGE T., et al. Serotonin transporter-linked promoter region polymorphism and personality traits in a Japanese population. Neurosci. Lett. 2003; 337: 13– 16.

VÁZQUEZ G.H., et al. Hyperthymic temperament may protect against suicidal ideation. Journal of Affective disorders, 2010;127:38-42

WHITTLE S. et al. The Neurobiological Basis of Temperament: Towards a better understanding of psychopathology. Neuroscience and Biobehavioral Reviews. 2006; 30: 511-25

YACUBIAN E.M.T., et al. Manifestações clínicas de crises parciais complexas do lobo temporal: Um estudo vídeo-eletroencefalográfico. Arquivos de Neuropsiquiatria, 1994; 52(2): 137-43

ANEXO A : Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Título da Pesquisa: “O TEMPERAMENTO EM PACIENTES COM EPILEPSIA TEMPORAL MESIAL REFRATÁRIA: ANÁLISE QUALITATIVA E IMPACTO DE VARIÁVEIS EPILEPTIFORMES.”

Na epilepsia parcial do lobo temporal (crises convulsivas geradas por uma área localizada) é possível que haja uma relação entre o local da crise no cérebro, a presença ou não de lesão no exame de imagem do cérebro e o temperamento do paciente ( “o jeito que a pessoa é”).

Os pacientes com epilepsia parcial do lobo temporal de difícil controle, que internam nesta unidade, realizam exames de Ressonância Magnética Nuclear do Encéfalo e Vídeo-Monitorização Eletroencefalográfica como parte de sua avaliação inicial, para determinar exatamente de onde vêm as crises e se há alguma lesão operável. Os resultados destes exames vão ser comparados com os resultados do questionário de temperamento, respondido pelo próprio paciente. Esse teste não acarreta nenhum tipo de risco, pois se trata de um questionário.

Através destes resultados vamos poder saber se há correlação entre a epilepsia parcial do lobo temporal e os diferentes tipos de temperamento. Isso nos ajudará a melhorar o tratamento dos pacientes com esta doença.

Concordar em participar deste estudo não implica em qualquer modificação no tratamento que já está sendo feito, nem tampouco os resultados destes exames terão efeito sobre ele. Da mesma forma, a não concordância em participar deste estudo não irá alterar de forma nenhuma o tratamento estabelecido.

Eu _______________________________________________ (paciente ou responsável) fui informado dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada, sendo garantido que meus dados são confidenciais e que concordar ou não em participar do estudo não afetará o meu tratamento.

Caso tiver novas perguntas sobre este estudo, posso chamar o Dr André Palmini ou a Dra Naiana Posenato, nos telefones 51-99874543 e 51-93344290, respectivamente ou ligar para o CEP/PUCRS no telefone 3320-3345.Para qualquer pergunta sobre os meus direitos como participante deste estudo, se pensar que fui prejudicado, também posso ligar para o CEP/PUCRS no telefone 3320-3345.

Declaro que recebi cópia do presente Termo de Consentimento.

_________________________ ___________________________ __/__/__

Assinatura do paciente Nome do paciente

Data

____________________________ _______________________________ __ /__ /__

Assinatura do pesquisador Nome do pesquisador

ANEXO B: Protocolo EMLT X Temperamento

Dados de identificação Nº IP:____________________ Nome:__________________________________________________________

Reg:__________ Data internação: ___/___/___ Data Nascimento: ___/___/___ 1.IDADE:_____ (anos)

2.SEXO: M ( ) F( )

3.LATERALIDADE: ( ) Destro ( ) Sinistro ( ) Ambidestro

4.ESTADO CIVIL: ( )Solteiro ( ) Casado ( ) Separado ( ) Viúvo

5.OCUPAÇÃO: ( ) s/ ocupação atual ( ) c/ocupação atual ( ) estudante

( )auxílio doença ( )aposentadoria invalidez ( ) aposentadoria 6. ESCOLARIDADE

( ) analfabeto ( ) 1º grau incompleto ( ) 1º grau completo ( ) 2º grau incompleto ( ) 2º grau completo

( ) nível técnico ( ) 3º grau incompleto ( ) 3º grau completo 7. ANOS DE ESTUDO COMPLETO:_____________________ 8. IDADE DE INÍCIO DAS CRISES:______________ ( em anos) 9. DURAÇÃO DAS DOENÇA _______________ ( em anos) 10.IDADE DE INÍCIO DE TRATAMENTO:___________ ( em anos) 11. FREQÜÊNCIA DE CC PARCIAIS COMPLEXAS ( Crises/mês) TIPO de CRISE

12. Crise Parcial Simples Sim ( ) Não ( ) 13. Crise Parcial Complexa Sim ( ) Não ( )

14. Crise Parcial Secundariamente Generalizada Sim ( ) Não ( ) 15. PRESENÇA DE AURA: ( )sim ( ) não

16. TIPO DE AURA ( ) Epigástrica ( ) Dejá Vú/ Jamais Vú ( ) Piloereção ( ) Cefálica ( ) Speech Arrest ( ) Calor Ascendente ( ) Odor Estranho ( ) Alucinação Visual ( ) Alucinação Auditiva ( ) Medo ( ) Ilusão ( ) Prazer

17. DROGAS ANTI EPILEPTICAS Nº ______ 18.( ) Dose CARBAMAZEPINA ( em mg) 19. ( )Dose FENITOÍNA( em mg)

20. ( ) Dose ÁCIDO VALPRÓICO( em mg) 21. ( ) Dose LAMOTRIGINA( em mg) 22. ( ) Dose OXCARBAZEPINA( em mg) 23. ( ) Dose FENOBARBITAL( em mg) 24. ( ) Dose PRIMIDONA( em mg) 25. ( ) Dose LEVETIRACETAM(em mg) 26. ( ) Dose ACETAZOLAMIDA(em mg) 27. ( ) Dose TOPIRAMATO( em mg) 28. ( )Dose Clonazepam( em mg) 29. ( ) Dose Clobazam( em mg)

30. ANTIPSICOTICOS Nº ________ 31. EEG: Local das descargas Interictais:

( )Descargas Temporais ( )dir. ( )esq. ( )bilateral ( )Descargas Frontais ( )dir. ( )esq. ( )bilateral ( )Descargas Parietais ( )dir. ( )esq. ( )bilateral ( )Descargas Occipitais ( )dir. ( )esq. ( )bilateral

32.EEG:Local das descargas Ictais:

Descargas Temporais Mesiais ( )dir. ( )esq.

33.RMN: Local da lesão: Sem lesão (0) Lobo Temporal mesial ( )dir. ( )esq.

34.RMN: TIPO DE LESÃO: ( Sem lesão : 0)

( ) EH – Esclerose Hipocampal (Atrofia Hipocampal) ( ) TU – Tumor Mesial

( ) D – Displasia ( ) H – Heterotopia

( ) MVA m– Malformação arteriovenosa mesial ( ) Gliose

( )Disgenesia

35. BDI (Valor total) ___________ 36. BAI (Valor total) ___________

37. AFECTS * ( ) Depressivo ( ) Ansioso ( ) Ciclotímico ( ) Disfórico ( ) Apático ( ) Eutímico ( ) Irritável ( ) Lábil ( ) Desinibido ( ) Hipertímico ( ) Obssessivo

* Neste protocolo apenas o temperamento afetivo final do AFECTS foi exposto. A escala completa, incluindo as dimensões emocionais, e que foi utilizada para análise, está detalhada no ANEXO C.

ANEXO C: Escala AFECTS

Marque a alternativa que mais corresponde ao seu jeito de ser e de agir em geral. Não há respostas certas ou erradas, responda de acordo com o que você é, não com o que você desejaria ser.

Documentos relacionados