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4 ACOMPANHAMENTO DE CONDICIONALIDADES, BUROCRACIA E

4.1 Metodologia

4.1.2 Variáveis independentes

 Modelo do acompanhamento das condicionalidades de educação

 Variável independente 1: Percentual de funcionários da área de educação em relação à população

Essa variável foi calculada considerando o total de funcionários específicos da área de educação, disponíveis na Munic/IBGE 2014, em relação à população.

A primeira hipótese que será testada neste modelo é:

H1: Quanto maior a proporção de funcionários na área de educação do município com

relação à população, maior o acompanhamento das condicionalidades de educação.

 Variável independente 2: Autonomia da burocracia de educação: percentual de funcionários estatutários da área de educação

Essa variável é resultado da divisão entre o número de funcionários estatutários da área de educação pelo número total de funcionários dessa mesma área, ambos disponíveis na Munic de 2014.

Assim, a segunda hipótese que será testada neste modelo é:

H2: Quanto maior o percentual de funcionários estatutários da área de educação, maior

o acompanhamento das condicionalidades de educação.

 Variável independente 3: Politização da burocracia de educação: percentual de funcionários somente comissionados da área de educação

Essa variável foi calculada dividindo-se o número de funcionários somente comissionados da área de educação pelo número total de funcionários dessa área, utilizando-se dados disponíveis na Munic de 2014.

Desta forma, a terceira hipótese que será testada neste modelo é:

H3: Quanto menor o percentual de funcionários somente comissionados da área de

educação, maior o acompanhamento das condicionalidades de educação.

 Variável independente 4: Capacidade da burocracia de educação: percentual de funcionários com ensino superior completo da área de educação

Para esta variável, foram utilizados dados do Inep (2016), uma vez que na Munic não há informações sobre a formação dos profissionais da área de educação. Infelizmente, só há no Inep o indicador de percentual de docentes com curso superior, não estando disponível informação sobre os demais profissionais da área de educação, o que pode ser considerado uma fragilidade do presente trabalho.

A quarta hipótese deste modelo é:

H4: Quanto maior o percentual de docentes com ensino superior completo, maior o

 Modelo do acompanhamento das condicionalidades de saúde

 Variável independente 1: Percentual de funcionários da área de saúde em relação à população

Essa variável foi calculada considerando-se o total de funcionários específicos da área de saúde, disponíveis na Munic/IBGE 2014, em relação à população.

A primeira hipótese que será testada é:

H1: Quanto maior a proporção de funcionários na área de saúde do município com

relação à população, maior o acompanhamento das condicionalidades de saúde.

 Variável independente 2: Autonomia da burocracia de saúde: percentual de funcionários estatutários da área de saúde

Essa variável foi calculada dividindo-se o número de funcionários estatutários da área de saúde pelo número total de funcionários dessa área, utilizando-se dados disponíveis na Munic de 2014.

Assim, a segunda hipótese que será testada neste modelo é:

H2: Quanto maior o percentual de funcionários estatutários da área de saúde, maior o

acompanhamento das condicionalidades de saúde.

 Variável independente 3: Politização da burocracia de saúde: percentual de funcionários somente comissionados da área de saúde

Essa variável foi calculada dividindo-se o número de funcionários somente comissionados da área de saúde pelo número total de funcionários dessa área, utilizando-se dados disponíveis na Munic de 2014.

Desta forma, a terceira hipótese que será testada neste modelo é:

H3: Quanto menor o percentual de funcionários somente comissionados da área de

 Variável independente 4: Capacidade da burocracia de saúde: percentual de funcionários com ensino superior completo da área de saúde

Para esta variável, foram utilizados dados do DATASUS22, já que na Munic não havia informações sobre a formação dos profissionais das áreas de educação e de saúde. No DATASUS há a quantidade total de profissionais e a quantidade de profissionais de acordo com a formação. Assim, dividiu-se o número total de profissionais com nível superior pelo número total de profissionais.

A quarta hipótese deste modelo é:

H4: Quanto maior o percentual de funcionários com ensino superior completo da área

de saúde, maior o acompanhamento das condicionalidades de saúde.

 Variáveis do contexto político

Serão consideradas, em ambos os modelos, variáveis do contexto político local. A primeira delas é a competição eleitoral, medida pela margem de votos do primeiro colocado, isto é, a diferença de votos entre o 1o e o 2o colocados dividido pelo total de votos nas eleições de 2012. Sendo assim, a quinta hipótese desta tese é:

H5: Quanto maior a competição eleitoral, maior será o acompanhamento das

condicionalidades.

Levou-se em consideração também a ideologia do partido do prefeito, definida a partir da classificação de Tarouco e Madeira (2015). A escala proposta pelos autores, que varia de 1 a 7, na qual 1 seria mais à esquerda e 7 mais à direita, se mostrou precisa e confiável. Para categorizar, partidos com valores menores ou iguais a 3 foram classificados como Esquerda; partidos com valores acima de 3 e até 5, Centro; e partidos acima de 5, Direita. O Partido Social Democrático (PSD) ainda não existia na época do survey procedido pelos autores, mas como em 2012 houve 499 prefeitos eleitos pelo PSD, escolheu-se categorizá-lo como Centro para diminuir a quantidade de missing na base de dados. A sexta hipótese do modelo é:

22 As informações disponíveis são geradas a partir dos dados enviados pelas Secretarias Municipais e Estaduais de

Saúde por meio do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/SUS) e consolidadas no Banco de Dados Nacional pelo DATASUS (MS, 2016).

H6: Se o partido do prefeito for de esquerda, o acompanhamento das condicionalidades

será maior.

Por fim, considerou-se se o partido do prefeito era da base do governo federal. Para definir se o partido era ou não da base do governo federal – considerando a legislatura que abrangesse o ano de 2014, período recortado para o presente estudo –, utilizou-se levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), com base em votações nominais. A categorização proposta é de apoio consistente, apoio condicionado e oposição. Para os propósitos desta tese, os partidos que apresentaram apoio consistente foram categorizados como sendo da base do governo; os que apresentaram apoio condicionado ou se posicionaram contrariamente, como sendo oposição ao governo. Mais uma vez, o PSD não está no levantamento e foi considerado como oposição ao governo. Entende-se que prefeituras governadas por partidos de oposição são mais fiscalizadas e cobradas, fazendo com que acabem apresentando melhor desempenho na implementação de políticas públicas, por isso, a última hipótese que será testada nessa tese é:

H7: Se o partido do prefeito for da base do governo federal, o acompanhamento das

condicionalidades será menor.