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VARIÁVEIS TEMPORAIS DA MARCHA

No documento LUCIANA MEDEIROS MARCIANO (páginas 114-122)

GRUPOS MUSCULARES

4.3 VARIÁVEIS TEMPORAIS DA MARCHA

O GC não apresentou diferença em relação aos grupos experimentais (GI e GII) na condição PRÉ e permaneceu sem alterações (p>0.05) durante o período em que os grupos experimentais realizaram o treinamento. Todavia, as comparações entre o GC e os grupos GI e GII após o treinamento (PÓS) revelaram diferenças significativas em todas as varáveis temporais da marcha (p<0.05).

As variáveis temporais de tempo do ciclo da marcha (TCM), tempo da fase de apoio (TFA), tempo de duplo apoio (TDA) foram menores (p<0.05) após o treinamento, independente dos protocolos de treinamento aplicados. O tempo da fase de apoio (TFA) do grupo GII apresentou forte tendência à significância (p=0.053) em relação ao GI. Os resultados das variáveis temporais encontram-se descritos na Tabela 17.

TABELA 17- Variáveis temporais da marcha (média  desvio padrão), antes (PRÉ) e após (PÓS) o período de treinamento de força muscular dos grupos experimentais (GI e GII) e controle (GC).

Variável PRÉ PÓS Variação (%)

TCM GI 1,13  0,10 1,10  0,09 -3 α β

TCM GII 1,19  0,16 1,09  0,09 -8 α β

TCM GC 1,16  0,11 1,21  0,13 4

TFA GI 0,71  0,07 0,69  0,07 -3 α β

TFA GII 0,76  0,12 0,67  0,06 -11 α β *

TFA GC 0,73  0,09 0,77  0,11 6

TFB GI 0,42  0,04 1,10  0,09 -2

TFB GII 0,43  0,05 0,42  0,04 -2

TFB GC 0,44  0,04 0,44  0,03 1

TDA GI 0,17  0,03 0,13  0,05 -22 α β

TDA GII 0,18  0,05 0,14  0,02 -22 α β

TDA GC 0,16  0,05 0,18  0,07 11

NOTA: Tempo do ciclo da marcha (TCM); Tempo da fase de apoio (TFA); Tempo da fase de balanço (TFB); Tempo de duplo apoio (TDA).

α diferenças (p<0.05) entre as condições (PRÉ e PÓS) no grupo experimental.

β diferenças (p<0.05) entre os grupos (GI, GII e GC) na condição PÓS.

* valor forte tendência à significância no grupo (p =0.053)

4.4 – VARIÁVEIS ESPACIAIS LINEARES DA MARCHA

O GC não apresentou diferença em relação aos grupos experimentais (GI e GII) na condição PRÉ e permaneceu sem alterações (p>0.05) durante o período em que os grupos experimentais realizaram o treinamento. Todavia, as comparações entre o GC e os grupos GI e GII após o treinamento (PÓS) revelaram diferenças significativas em

todas as variáveis espaciais lineares da marcha (p<0.05).

O grupo GI apresentou um aumento médio de 0.14m no comprimento da passada (CP), enquanto o grupo GII apresentou um aumento médio de 0.04m no CP após o período de treinamento de força (ambos p<0.05), porém não houve diferenças entre os grupos GI e GII (p>0.05). A velocidade de deslocamento da marcha (VM) apresentou aumento (p<0.05) em GI (0,14m/s) e GII (0,11m/s), sem diferença entre os grupos GI e GII (p>0.05). A cadência da marcha (CAD) dos grupos experimentais experimentou um aumento médio (p<0.05) de 7 passos/min. no GI e de 4 passos/min. no GII. Os aumentos observados no GI foram maiores (p<0.03) do que aqueles encontrados no GII.

A velocidade de contato do calcanhar diminuiu (p<0.05) no grupo GI (0,04 m/s) e no grupo GII (0,19 m/s), porém não houve diferença na redução entre os grupos (p>0.05).

Os deslocamentos médio-laterais do centro de massa (COM Lateral) foram menores em relação aos valores encontrados no início do treinamento, mas não apresentaram diferenças (p>0.05) entre os grupos GI (0.03m) e GII (0.09m) na condição PÓS.

Não foram encontradas diferenças (p>0.05) entre os grupos GI e GII no deslocamento vertical do centro de massa corporal (COM Vertical), mas os dois grupos experimentais apresentaram alterações (p<0.05) entre as condições PRÉ e PÓS.

Observou-se que o GI apresentou uma tendência (não significativa) de aumentar o COM Vertical (+0.10m), enquanto o GII apresentou uma tendência de diminuí-lo (-0.30m).

A altura de elevação do pé (EP) permaneceu inalterada ao longo do período do estudo, independente do tipo de treinamento aplicado. A Tabela 18 apresenta os valores encontrados para as variáveis espaciais lineares antes (PRÉ) e após (PÓS) o período de

treinamento e a comparação com o grupo controle (GC).

TABELA 18: Variáveis espaciais lineares da marcha (média  desvio padrão) antes (PRÉ) e após (PÓS) o período de treinamento entre os grupos (GI, GII e GC).

Variável PRÉ PÓS Variação (%)

CP GI 0,99  0,35 1,13  0,12 13 α β

CP GII 1,20  0,06 1,24 0,08 3 α β

CP GC 1,16  0,14 1,05  0,35 - 10

VM GI 0,91  0,34 1,05  0,15 16 α β

VM GII 1,06  0,14 1,17  0,13 11 α β

VM GC 1,02  0,20 0,94  0,33 - 8

VCC GI 0,93  0,43 0,89  0,22 - 4 α β

VCC GII 1,09  0,14 0,90  0,17 - 17 α β

VCC GC 0,92  0,16 0,97  0,08 6

EP GI 0,03 0,01 0,03 0,00 10

EP GII 0,04 0,01 0,03 0,01 - 5

EP GC 0,03 0,01 0,03 0,01 10

CAD GI 49,1  17,1 55,9  3,2 12 α β π

CAD GII 52,7  5,6 56,9  3,3 8 α β

CAD GC 52,6  4,9 52,7  5,2 0

COM Vertical GI 2,9  1,1 3,0  0,4 5 α β

COM Vertical GII 3,6  0,7 3,3  0,5 - 8 α β

COM Vertical GC 3,7  0,8 3,7  0,8 - 1

COM Lateral GI 3,8  1,8 3,5  0,1 - 7 α β

COM Lateral GII 4,3  1,6 3,4  0,9 - 21 α β

COM Lateral GC 4,1  1,3 4,2  1,3 3

NOTA: Comprimento da passada (CP); Velocidade da Marcha (VM); Velocidade de contato do calcanhar (VCC); Elevação do pé (EP); Cadência (CAD). Centro de massa corporal (COM).

α diferenças (p<0.05) entre as condições (PRÉ e PÓS) no grupo experimental.

β diferenças (p<0.05) entre os grupos (experimental e controle) na condição PÓS.

π melhoria (p<0.05) do grupo sobre o outro (GI sobre GII ou vice-versa)

4.5 – VARIÁVEIS ESPACIAIS ANGULARES DA MARCHA

O GC não apresentou diferença em relação aos grupos experimentais (GI e GII) na condição PRÉ e permaneceu sem alterações (p>0.05) durante o período em que os grupos experimentais realizaram o treinamento. Todavia, as comparações entre o GC e os grupos experimentais (GI e GII) após o treinamento (PÓS) revelaram diferenças significativas em todas as variáveis espaciais angulares da marcha (p<0.05), o que demonstra que os programas de treinamento foram capazes de influenciar a marcha dos participantes. A seguir, apenas as comparações entre os grupos GI e GII serão apresentadas. Os valores discretos encontram-se na tabela 19 e os perfis de deslocamento angular na Figura 19 e 20.

A média do pico de inclinação anterior da pelve (PIAP) do grupo GI (-1,77º) e do grupo GII (3,45º) não apresentou alterações após o período de treinamento (p>0.05), mas apresentou tendência oposta (não significativo) entre GI (retroversão) e GII (anteversão).

A amplitude de rotação pélvica (ARP) e a amplitude de obliqüidade pélvica (AOP) apresentaram aumentos médios (p<0.05) de 0,76º na ARP e 3,57º na AOP após o treinamento de força para o GI. O GII apresentou um aumento médio (p<0.05) de 0,59º na ARP e 0,61º na AOP. Não houve diferença entre os grupos (GI e GII) na ARP (p>0.05). Por outro lado, AOP do GI apresentou incrementos (p=0.03) quando comparado ao GII após período de treinamento de força (PÓS).

Figura 19: Deslocamento angular da pelve nos planos sagital (superior), transverso

Para as ações ao redor do quadril, os picos de extensão (PEQ) e flexão do quadril (PFQ) dos participantes dos grupos experimentais (GI e GII) não apresentaram aumento nestas variáveis (p<0.05). A amplitude articular do quadril (AAQ) aumentou em ambos os grupos (GI e GII). Os aumentos (p<0.05) na AAQ foram de 5,50º (GII) e de 4,24º (GI), todavia, sem diferenças (p>0.05) entre os grupos experimentais.

Na avaliação dos ângulos do joelho, as variáveis do pico de extensão (PEJ), pico de flexão do joelho (PFJ) e amplitude articular do joelho (AAJ) não apresentaram alterações (p>0.05) nos grupos experimentais (GI e GII). As variações no grupo GI, do PEJ, PFJ e AAJ foram -1,46, -0,47 e -0,99, respectivamente e no grupo GII 0,79º, 5,50º e 0,75º, simultaneamente.

Na articulação do tornozelo, os grupos experimentais (GI e GII) apresentaram melhorias (p<0.05) sobre o Pico de Extensão do Tornozelo (PET) e na Amplitude Articular do Tornozelo (AAT), mas não houve diferença (p>0.05) entre os grupos. O Pico de Flexão do Tornozelo (PFT), não apresentou alterações (GI = 0.68º; GII = 3.93º;

p>0.05) após o período de treinamento. As variações médias da articulação do tornozelo para o GII foram de 4.66º no PET e de 8.20º a AAT e no grupo GI de 3,44º no PET e 6,63º na AAT. Os valores médios das variáveis angulares estão expressos na Tabela 19.

Figura 20: Deslocamento angular do quadril, joelho e tornozelo antes (PRÉ) e após (PÓS) o treinamento de força muscular dos grupos GI, GII e GC.

TORNOZELO

TABELA 19: Variáveis espaciais angulares da marcha (média  desvio padrão) antes (PRÉ) e após (PÓS) o período de treinamento entre os grupos (GI, GII e GC).

Variável PRÉ PÓS Variação (%)

NOTA: Pico de inclinação anterior da pelve (PIAP); Amplitude de rotação pélvica (ARP); Amplitude de obliqüidade pélvica (AOP); Pico de flexão do quadril (PFQ); Pico de extensão do quadril (PEQ); Amplitude Articular do quadril (AAQ); Pico de flexão do joelho (PFJ); Pico de extensão do joelho (PEJ); Amplitude Articular do joelho (AAJ); Pico de flexão do tornozelo (PFT); Pico de extensão do tornozelo (PET); Amplitude Articular do tornozelo (AAT).

Α diferenças (p<0.05) entre as condições (PRÉ e PÓS) no grupo experimental.

π melhoria (p<0.05) do grupo sobre o outro.

No documento LUCIANA MEDEIROS MARCIANO (páginas 114-122)

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