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Veículos de categoria O

No documento NBR 10966-1 (páginas 34-38)

3 Termos e defi nições

4.2 Características dos sistemas de frenagem

4.2.2 Veículos de categoria O

4.2.2.1 Reboques de categoria O1 não precisam ser equipados com um sistema de freio de serviço; porém, se um reboque desta categoria for equipado com um sistema de freio de serviço, ele deve atender aos mesmos requisitos de um reboque de categoria O2.

4.2.2.2 Reboques de categoria O2 devem ser equipados com um sistema de freio de serviço do tipo contínuo ou semicontínuo, ou de inércia (sobrepasso). Este último tipo deve ser autorizado somente para reboques, exceto semirreboques. Porém, sistemas de freio elétricos que estejam de acordo com os requisitos do Regulamento ECE R13:2003, Anexo 14 devem ser permitidos.

4.2.2.3 Reboques de categorias O3 e O4 devem ser equipados com um sistema de freio de serviço do tipo contínuo ou semicontínuo.

4.2.2.4 O sistema de freio de serviço:

a) deve atuar em todas as rodas do veículo;

b) deve distribuir sua ação adequadamente entre os eixos;

c) deve conter pelo menos em um dos reservatórios de ar um dispositivo para drenagem e esvazia- mento em uma posição adequada e facilmente acessível.

4.2.2.5 A ação do sistema de freio de serviço deve ser distribuída entre as rodas de um e do mesmo

eixo simetricamente em relação ao plano médio longitudinal do veículo. Compensação e funções como antibloqueio, que possam causar desvios desta distribuição simétrica devem ser declaradas.

4.2.2.5.1 A compensação pela transmissão de controle elétrico para deterioração ou defeito dentro

do sistema de frenagem deve ser indicada ao condutor por meio do sinal de advertência óptico amarelo especifi cado em 4.2.1.29.2. Este requisito deve aplicar-se a todas as condições de carga quando a compensação exceder os limites de 4.2.2.5.1.1 e 4.2.2.5.1.2.

4.2.2.5.1.1 Uma diferença nas pressões de frenagem transversais em qualquer eixo:

a) de 25 % do valor mais alto para desacelerações do veículo ≥ 2 m/s2;

b) um valor que corresponda a 25 % em 2 m/s2 para desacelerações abaixo desta taxa.

4.2.2.5.1.2 Um valor de compensação individual em qualquer eixo:

a) > 50 % do valor nominal para desacelerações do veículo ≥ 2 m/s2;

b) um valor que corresponda a 50 % do valor nominal em 2 m/s2 para desacelerações abaixo desta taxa.

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4.2.2.5.2 A compensação conforme defi nida acima é permitida somente quando a aplicação inicial

do freio for efetuada em velocidades do veículo maior que 10 km/h.

4.2.2.6 O mau funcionamento da transmissão de controle elétrico não pode acionar os freios, contra-

riando as intenções do condutor.

4.2.2.7 As superfícies de frenagem requeridas para atingir o grau prescrito de efetividade devem

estar em conexão constante com as rodas, rigidamente ou por componentes não sujeitos a falhas.

4.2.2.8 O desgaste dos freios deve ser capaz de ser facilmente ajustado por meio de um sistema

de regulagem manual ou automática. Além disso, o controle e os componentes da transmissão e dos freios devem possuir uma reserva de curso e, se necessário, meios adequados de compensação, de modo que, quando os freios fi carem aquecidos ou as lonas do freio tiverem atingido um certo grau de desgaste, a frenagem efetiva seja assegurada sem regulagem imediata necessária.

4.2.2.8.1 A regulagem do desgaste deve ser automática para os freios de serviço. Porém, a conexão

de dispositivos de regulagem automáticos é opcional para veículos de categorias O1 e O2.

Freios equipados com dispositivos automáticos de regulagem do freio devem, após o aquecimento seguido de resfriamento, ser capazes de se movimentar livremente conforme defi nido em 4.7.3 da ABNT NBR 10966-2, seguindo o ensaio Tipo I ou Tipo III também defi nidos naquele Anexo, quando apropriado.

4.2.2.8.1.1 No caso de reboques de categoria O4, os requisitos de desempenho de 4.2.2.8.1 devem ser atendidos através do cumprimento dos requisitos de 4.7.3 da ABNT NBR 10966-2.

4.2.2.8.1.2 No caso de reboques de categorias O2 e O3 os requisitos de desempenho de 4.2.2.8.1 devem ser atendidos através do cumprimento dos requisitos de 4.7.3 da ABNT NBR 10966-2.

NOTA Até que disposições técnicas uniformes tenham sido acordadas que avaliem corretamente a função do dispositivo de regulagem automática do freio, o requisito de movimento livre deve ser julgado para ser atendido quando movimento livre for observado durante todos os ensaios do freio prescritos para o reboque apropriado

4.2.2.8.2 Deve ser possível verifi car facilmente este desgaste nas lonas do freio de serviço

do exterior ou do lado inferior do veículo, utilizando somente as ferramentas ou equipamento normalmente fornecidos com o veículo, por exemplo, pela provisão de furos de inspeção apropriados ou por outros meios.

4.2.2.9 Os sistemas de frenagem devem ser tais que o reboque seja parado automaticamente se

o engate separar-se enquanto o reboque estiver em movimento. Porém, esta disposição não pode aplicar-se a reboques com uma massa máxima não superior a 1,5 t com a condição de que os reboques sejam equipados com, além do dispositivo de engate, um engate secundário (corrente, cabo de aço etc.) capaz, no caso de separação do engate principal, de evitar que a barra de tração toque o solo e provendo alguma ação de direção residual no reboque.

4.2.2.10 Em todo reboque que é requerido para ser equipado com um sistema de freio de serviço,

o freio de estacionamento deve ser assegurado mesmo quando o reboque estiver separado do veículo para rebocamento. O dispositivo do freio de estacionamento deve ser capaz de ser acionado por uma pessoa em pé no solo; porém, no caso de um reboque utilizado para a condução de passageiros, este freio deve ser capaz de ser acionado de dentro do reboque.

4.2.2.11 Se o reboque for montado com um dispositivo que possibilite o acionamento de ar comprimido

do sistema de frenagem, exceto o sistema de freio de estacionamento para ser interrompido, o sistema primeiramente mencionado deve ser projetado e construído de forma que seja restabelecido positivamente na posição de repouso não antes da retomada da energia do ar comprimido ao reboque.

4.2.2.12 Reboques de categorias O3 e O4 devem atender às condições especifi cadas em 4.2.1.18.4.2. Uma conexão de ensaio de pressão facilmente acessível é requerida na saída do cabeçote de aco- plamento da linha de controle.

No caso de reboques equipados com uma linha de controle elétrica e conectada eletricamente a um veículo para rebocamento com uma linha de controle elétrica, a ação de frenagem automática especifi cada em 4.2.1.18.4.2 pode ser suprimida, contanto que a pressão nos reservatórios de ar comprimido do reboque seja sufi ciente para assegurar o desempenho de frenagem especifi cado em 6.3 da ABNT NBR 10966-2.

4.2.2.13 Reboques de categorias O3 e O4 devem ser equipados com sistemas antibloqueio, conforme os requisitos da ABNT NBR 10966-6. A aplicação de tal sistema é opcional para veículos com classi- fi cação ou aplicação fora-de-estrada.

4.2.2.14 Quando o equipamento auxiliar for provido com energia do sistema de freio de serviço,

o sistema de freio de serviço deve ser protegido para assegurar que a soma das forças de frenagem exercidas na periferia das rodas seja pelo menos de 80 % do valor prescrito para o reboque apropriado conforme defi nido em 6.1.2.1 da ABNT NBR 10966-2. Este requisito deve ser atendido sob ambas as seguintes condições operacionais:

a) durante a operação do equipamento auxiliar; e

b) no caso de quebra ou vazamento do equipamento auxiliar, a menos que tal quebra ou vazamento afete o sinal de controle referido na ABNT NBR 10966-7, deve-se aplicar o item “requisitos de desempenho para o caso de falha do sistema de distribuição de frenagem”.

4.2.2.14.1 As disposições anteriores devem ser atendidas quando a pressão no(s) dispositivo(s)

de armazenagem do freio de serviço for mantida a uma pressão de pelo menos 80 % da pressão de demanda da linha de controle ou equivalente, conforme defi nido em 6.1.2.2 da ABNT NBR 10966-2.

4.2.2.15 Os requisitos adicionais especiais para sistemas de freio de serviço com transmissão

de controle elétrico devem estar de acordo com o descrito em 4.2.2.15.1 e 4.2.2.15.2.

4.2.2.15.1 No caso de uma única falha temporária (< 40 ms) dentro da transmissão de controle elé-

trico, excluindo sua fonte de energia (por exemplo, sinal não transmitido ou erro de dados), não pode haver nenhum efeito distinguível no desempenho do freio de serviço.

4.2.2.15.2 No caso de uma falha dentro da transmissão de controle elétrico (por exemplo, quebra,

desconexão), um desempenho de frenagem de pelo menos 30 % do desempenho prescrito para o sistema de freio de serviço do reboque apropriado deve ser mantido.

Para reboques, conectados eletricamente somente por uma linha de controle elétrica, de acordo com 4.1.3.1.3, e atendendo ao descrito em 4.2.1.18.4.2 com o desempenho prescrito em 6.3 da ABNT NBR 10966-2, é sufi ciente que as disposições de 4.2.1.27.10 sejam executadas, quando um desempenho de frenagem de pelo menos 30 % do desempenho prescrito para o sistema de freio de serviço do reboque não puder ser mais assegurado, provendo o sinal de “solicitação de frenagem da linha de energia” por meio da parte de comunicação de dados da linha de controle elétrica ou pela ausência contínua desta comunicação de dados.

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4.2.2.15.2.1 Uma falha dentro da transmissão de controle elétrico do reboque, não incluindo sua

reserva de energia, que afeta a função e desempenho de sistemas endereçados nesta Norma, deve ser indicada ao condutor pelo sinal de advertência separado especifi cado em 4.2.1.29.2 por meio do pino 5 do conector elétrico, de acordo com a ISO 7638. Além disso, reboques equipados com uma linha de controle elétrica, quando conectados eletricamente a um veículo para rebocamento com uma linha de controle elétrica, devem prover as informações de falha para ativação do sinal de advertência vermelho especifi cadas em 4.2.1.29.2.1 por meio da parte de comunicação de dados da linha de controle elétrica, quando o desempenho prescrito do freio de serviço do reboque não puder ser mais assegurado.

NOTA O conector ISO 7638 (todas as Partes) pode ser utilizado para aplicações de cinco pinos ou sete pinos, quando apropriado.

4.2.2.16 Quando a energia armazenada em qualquer parte do sistema de freio de serviço de um

reboque equipado com uma linha de controle elétrica e conectado eletricamente a um veículo para rebocamento com uma linha de controle eletrônico cair até o valor determinado conforme 4.2.2.16.1, uma advertência deve ser provida ao condutor do veículo para rebocamento. A advertência deve ser provida pela ativação do sinal vermelho especifi cado em 4.2.1.29.2.1 e o reboque deve prover a informação de falha por meio da parte de comunicação de dados da linha de controle elétrica. O sinal de advertência amarelo separado especifi cado em 4.2.1.29.2 também deve ser ativado por meio do pino 5 do conector elétrico, de acordo com a ISO 7638, para indicar ao condutor que a situação de baixa energia está no reboque.

NOTA Os sinais de advertência de falha requeridos do reboque conforme esta Norma devem ser ativados pelo conector acima. O requisito a ser aplicado a reboques com respeito à transmissão de sinais de advertência de falha devem ser aqueles, quando apropriado, que são prescritos a veículos automotores em 4.2.1.29.4, 4.2.1.29.5 e 4.2.1.29.6.

4.2.2.16.1 O valor de baixa energia referido em 4.2.2.16 deve ser aquele que, sem recarga do reser-

vatório de energia e independentemente da condição de carga do reboque, não for possível aplicar o controle do freio de serviço uma quinta vez após quatro atuações em curso total e obter pelo menos 50 % do desempenho prescrito do sistema de freio de serviço do reboque apropriado.

4.2.2.17 Reboques equipados com uma linha de controle elétrica e reboques de categorias O3 e O4 equipados com um sistema antibloqueio devem ser montados com um conector elétrico especial para o sistema de frenagem e/ou antibloqueio, de acordo com a ISO 7638.

4.2.2.17.1 Reboques que utilizam frenagem seletiva como um meio de aumentar a estabilidade

do veículo devem, no caso de uma falha dentro da transmissão de controle elétrico do sistema de estabilidade, indicar a falha pelo sinal de advertência amarelo separado especifi cado em 4.2.1.29.2 por meio do pino 5 do conector ISO 7638.

NOTA As especifi cações da fi ação elétrica da ISO 7638 para o reboque não equipado com uma transmissão de controle eletrônico podem ser reduzidas se o reboque for instalado com seu próprio fusível independente. A avaliação do fusível deve ser tal que a capacidade de corrente dos condutores não seja excedida.

4.2.2.18 Além dos requisitos especifi cados em 4.1.3.6, a energia elétrica fornecida pelo conector

ISO 7638:2003 pode ser utilizada para funções/sistemas sem freio, desde que o sistema de frenagem seja protegido de uma sobrecarga externa ao sistema de frenagem. Esta proteção deve ser uma função do sistema de frenagem.

4.2.2.19 No caso de uma falha em uma das linhas de controle que conectam dois veículos equipados

de acordo com 4.1.3.1.2, o reboque deve utilizar a linha de controle não afetada pela falha para assegurar, automaticamente, o desempenho de frenagem prescrito para o reboque descrito em 6.1 da ABNT NBR 10966-2.

4.2.2.20 Quando a tensão de alimentação para o reboque cair abaixo de um valor especifi cado pelo

fabricante no qual o desempenho prescrito do freio de serviço não puder mais ser garantido, o sinal de advertência amarelo separado especifi cado em 4.2.1.29.2 deve ser ativado por meio do pino 5 do conector ISO 7638. Além disso, reboques equipados com uma linha de controle elétrica, quando conectados eletricamente a um veículo para rebocamento com uma linha de controle elétrica, devem prover as informações de falha para ativação do sinal de advertência vermelho especifi cadas em 4.2.1.29.2.1 por meio da parte de comunicação de dados da linha de controle elétrica.

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