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O exemplo acima mostra uma situação de símbolos de igualdade na qual foi utilizado o dado, obtendo a estratégia de se pensar como os números são iguais. Esses resultados foram observados com as peças do dado, com os símbolos colocados.Os estudantes dessa série definiram uma lógica e foi se adiantando através das peças aplicadas, tendo um raciocínio na obtenção dos números, buscando sempre as peças.

Quanto à interação social, observou-se que o símbolo = é uma igualdade nos números dos sistemas. Sendo assim, é muito importante propiciar, em situações escolares, momentos de atividades de trabalho em grupo para que os sujeitos sejam capazes de compreender e respeitar as formas de participação dos colegas de trabalho.

Em atividades grupais, os sujeitos são capazes de compreender e respeitar as formas de participação em sala de aula, mostrando-se, assim, capazes de conhecer a si mesmos, seus

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próprios limites, valores, capacidades, tornando-se possível observar o raciocínio que está sendo desencadeado de forma construtiva e prazerosa, em um processo de investigação matemática.

Obteve-se como resultado dessas atividades que os alunos da 2ª, 3ª e 4ª série usaram bastante o raciocínio lógico e conseguiram resolver as multiplicações, aliadas das operações de adição com os jogos.

6.4 BATALHA DE NÚMEROS COM OS ALUNOS DA 2ª, 3ª E 4ª SÉRIE

A batalha de números é uma forma de promover um jogo que esteja alinhado com as aprendizagens da área da matemática. Com este jogo, os estudantes da 2ª, 3ª e 4ª série colocam em prática conhecimentos de maior e menor, bem como desenvolveram habilidades no que tange a resolver problemas que contemplam as quatro operações. Por sua vez, o jogo expõe um desafio que será ajustado e caracterizado pelo nível de dificuldade e como teoricamente deve ser realizado com esta atividade.

De acordo com Lapa (2017, p. 30) os objetivos da batalha de números se resumem da seguinte forma:

Resolver problemas matemáticos envolvendo as quatro operações; exercitar o raciocínio lógico, encontrando o resultado das operações; fixar a aprendizagem dos conceitos “maior” e “menor”; estabelecer relações de medidas, fazendo estimativa entre os possíveis resultados das operações;

fixar conhecimento adquirido na sala de aula.

A partir do conjunto de objetivos que envolvem a batalha de números, é possível obter resultados satisfatórios no aprendizado do alunado envolvido na atividade, pois várias habilidades serão postas a se desenvolverem pela própria experiência que o jogo vai requisitar de cada aluno.

Os tópicos abordados concentraram-se em cálculo mental, sendo aquele que analisa os números e as operações que estão inclusas em determinada atividade, o que não elimina o uso do papel e do lápis; as quatro operações, que tradicionalmente contemplam adição, subtração, multiplicação e divisão, com o propósito de alcançar sucesso nos assuntos da área de matemática em momentos subsequentes; comparação de valores, o que significa verificar qual a maior ou menor quantidade ou se elas têm a mesma equivalência quantitativa; e, por fim, a

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estimativa, que consiste em formular uma ponderação aproximada a um valor, sendo, por exemplo, um cálculo, uma quantia, um peso, uma medida.

Os materiais utilizados foram cartas em cartolina envolvendo as quatro operações, contendo no mínimo nove cartas de cada operação, sendo um total de 36 cartas para dar conta da atividade, onde todas tiveram o tamanho aproximado de baralho comum.

As sugestões de valores para cartas foram de adição para os alunos da 2ª série, onde contemplou-se os seguintes: 22+35; 42+9; 19+42; 28+25; 33+19; 30+26; 39+7; 40+11; de subtração para os discentes da 3ª série: 72-35; 39-12; 45-23; 62-41; 50-18; 55-17; 48-13; 69-23; 70-45; de multiplicação: 7x2, 8x3, 9x4; e de divisão para os alunos da 4ª série, abordando-se as seguintes questões: 52:4; 72:9; 77:7; 56:7; 60:6; 81:9; 70:5; 63:9; 56:8

O procedimento consiste em fazer com que as cartas sejam embaralhadas e distribuídas entre os participantes e todos devem receber o mesmo número de cartas. Na primeira rodada, sorteia-se quem irá iniciar o jogo. O escolhido seleciona uma de suas cartas e põe sobre a mesa. Os demais jogadores deverão colocar cartas envolvendo a mesma operação (caso não tenha, escolhe qualquer uma de suas cartas e coloca na mesa, mesmo que não seja da mesma operação).

Ganha a rodada quem colocar a carta com o maior resultado relacionado à operação da carta do primeiro jogador (o ganhador recolhe as cartas da rodada para si). O próximo a iniciar a rodada será o participante que estiver depois de quem iniciou a rodada anterior, no sentido horário. O jogo é ganho por quem tiver sido vitorioso o maior número de rodadas após acabarem todas as cartas.

Trata-se de um jogo em que o cálculo mental com as quatro operações básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão), a partir de números naturais, está presente na própria estrutura do jogo, ou seja, para jogar é necessário operar. Além disso, é fundamental a percepção da ação das operações sobre os números, isto é, perceber, por exemplo, que o que faz um número natural aumentar muito rapidamente é uma multiplicação.

É muito comum o incentivo ao cálculo mental na escola, a apresentação para o aluno dos valores a serem operados, com a operação definida e este, simplesmente, calcular o resultado. Por exemplo, encontrar o resultado de 3 x 9, 12 + 8, 60 – 6, 9:3.

A pesquisa foi realizada em ambiente de sala de aula com as quatro operações distribuídas em sugestão de valores para as cartas, conforme apresentado acima e por série,

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com um desenvolvimento de cálculo mental e através de cada jogada das cartas, envolvendo a comparação de escritas numéricas, relação entre a numeração oral e escrita.

Assim, decidiu-se manter a realização dessa atividade, visto que todos os alunos estavam na expectativa dela, junto com o jogo para se ter o maior resultado relacionado à operação da carta, de maneira que a comparação se baseasse exclusivamente na escrita numérica.

No início da atividade, os grupos optaram por sortear quem iria iniciar o jogo. Essas questões motivaram os sujeitos a olhar para as cartas e prestar atenção às operações distribuídas. Dessa forma, passaram a testar suas quatro operações: adição, subtração, multiplicação e divisão.

Abaixo, apresenta-se o diálogo do grupo de alunos da 3ª série, conforme o uso da nomenclatura aluno, seguida de numeração que foi de 1 a 8:

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