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Viagem à Grécia

No documento Três anos na Itália (2.514Mb) (páginas 178-188)

Afastando-me das belas e férteis plagas sombreadas de Mes- sina, vagamos pelo mar Jônico, que, à primeira vista, já desperta, em nosso espírito, grandes e clássicas memórias! O tempo está es- plêndido e o vento, calmo. Assim, pude bebê-lo a longos tragos, sentindo-me sempre muito bem durante a noite, no tombadilho, acompanhada de minha filha. O ar estava impregnado dessas lem- branças que operavam uma espécie de transformação em todo o meu ser, à medida que me aproximava da célebre Hellas20, sau-

dando a guirlanda de ilhas tão históricas quanto poéticas que, na antiguidade, formavam o arquipélago.

Aqui, seja pela calma do mar, que permitia ao navio desli- zar contornando as ilhas com a serenidade de um cisne, abrindo passagem nas tranquilas águas de um lago, seja pelas impressões novas e grandiosas que povoam meu espírito, neste céu da Grécia, não sentia os terríveis sintomas do mal do mar aos quais sempre estou sujeita. E, assim, pude entregar-me às recordações que, atra- vés dessas ilhas e de tantos outros lugares importantes, propicia- vam-me tão maravilhosa viagem.

Havíamos passado os estreitos entre o continente e a ilha Sapienza, célebre pelo combate que aí travaram, por terra e por

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mar, os espartanos e os atenienses, e mais tarde pela batalha en- tre genoveses e venezianos, irmãos por muito tempo divididos! Zante, Cefalônia, com suas memórias e os restos de destruição deixados pelos turcos, como, aliás, em toda a Grécia; Ítaca, com a sombra de Ulisses e do que se chama Castelo da Odisseia e escola de Homero; esta pequena ilha clássica, berço da história grega e onde grande parte da população atual eterniza ainda os nomes de Ulisses e Penélope, dando seus nomes às crianças que batizam, todas elas aparecem diante de nossos olhos dominados por seus nobres fantasmas de um passado memorável e por sua desolação presente!

Bem mais distante, estendendo-se sobre as colinas, belas ci- dades, vilarejos, igrejas e campos cultivados ou arborizados as- semelham-se a um grande parque. Corfu, com sua capital e seu belo porto sempre coberto de navios, poderosa chave por meio da qual os ingleses ainda conservam sob sua dependência a república jônica das sete ilhas, que, embora gozando dos benefícios da civi- lização britânica, aspiram por sua união às outras irmãs gregas, já libertadas do jugo bárbaro dos turcos.

O sentimento nacional fala sempre mais alto, no coração dos povos, sobre as grandes vantagens que possam usufruir sob o domínio de um governo estrangeiro. O amor pela pátria é uma chama sagrada que arde no coração dos povos, qualquer que seja sua posição política ou seu estado de civilização anterior, até de barbárie. Nenhum coração verdadeiramente patriótico e huma- nitário deixa de sentir, a meu ver, que até os argelinos e indianos, tão decadentes em nossos dias, têm razão de se revoltar contra o domínio de duas modernas nações ao qual estão submetidos. Quando os bretões e os gauleses, ainda povos bárbaros, resistiram heroicamente ao exército romano, que terminou por submetê-

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-los, sentiram-se eles menos infelizes e mais resignados sob o jugo de seus vencedores e usurpadores de seus direitos do que aqueles que agora oprimem? Entretanto, as nações parecem esquecer as lições que receberam e os males por que passaram, tornando-se insensíveis ao sentimento dos outros. Foi e será sempre assim, em todos os tempos, o pensamento das nações conquistadoras. A antiga Jônia tem razão de almejar, pela natureza, nacionalida- de, história e afeição, reunir-se à Grécia regenerada e participar de seu destino.

Revendo o clássico arquipélago, hoje despojado da glorio- sa suntuosidade que o tornou, em tempos idos, tão magnífico, vejo essas ilhas que aparecem e desaparecem diante de meus olhos como se fossem apenas sombras veneráveis e chorosas, à espera de que as gerações futuras lhes tragam de volta, sob nova forma, a grandeza perdida.

Durante a noite cintilante de estrelas, perfumada por suave brisa, escutava sonhadora o barulho da água agitada apenas pelo movimento do navio. Nesta noite calma e melancolicamente es- plêndida, a rocha de Leucate, inclinada sobre o mar, ergue-se das sombras com lembranças do templo de Apolo e da mais célebre poetisa da antiguidade, cujo funesto amor por um ingrato a le- vou a precipitar-se no mar, na esperança de esquecer seus males.

Parecia-me ver a grande sombra de Safo pairando ainda nesta ilha, imortalizada por sua genialidade e desgraça, onde toda poe- sia desapareceu, deixando em seu lugar o prosaico estado em que hoje está, com o nome de Santa Maura.

Continuando a contemplar, emocionada, todas essas ruínas das artes, tristes pela decadência de sua glória passada, no silêncio de meu coração, pensei e escrevi um poema de Byron.

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The isles of Greece, the isles of Greece! Where burning Sapho loved and sung. Where grew the arts of war and peace, Where Delos rose and Phoebus sprung! Eternal summer gilds them yet, But all, except their sun, is set.

Cérigo, antiga Cítera, maravilhosa ilha que foi o principal lar de Vênus, em cujo templo se encontravam multidões de ena- morados, está agora coberta de rochedos, em torno dos quais há ainda alguns vales férteis, onde trabalha uma população bastante vulgar. Contudo, se a deusa do amor perdeu para sempre seus templos, seus atributos e as homenagens que lhes prestavam os pagãos, conserva ainda, entre todos os povos, um templo em cada coração humano, e seu reino, mais estável que o dos reis, durará até o fim dos tempos.

Diz-se que há poucos anos o escultor Siegil, procurando descobrir, em suas excursões, uma antiga espécie de mármore, visitou uma velha e piedosa senhora que lhe contou a história de sua felicidade, provando que na antiga Cítera, hoje tão modifi- cada, a força do amor se faz sentir ainda em toda sua plenitude. Seu jovem marido e ela, que se amavam ternamente, construí- ram uma casinha na praia desta ilha, em que viveram muito fe- lizes, isolados do resto do mundo. A terrível inveja da felicidade veio, inexorável, destruir essa doce união de dois corações que se bastaram a si mesmos: a morte levou o marido, e a viúva, em sua imensa dor, sentiu solidão, tanto em sua casinha, como em toda a ilha. Tudo ficou insuportável. Deixou a casa e a ilha, isolando- -se num convento da ordem de São Basílio, entre os rochedos da Moreia. Mesmo participando de todas as práticas religiosas, não

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pôde sufocar o amor e o desgosto que trazia no coração, nem mesmo na velhice, como contava a Siegil.

As macerações prescritas nestas tumbas de vivos para adorar um Deus cheio de bondade nunca conseguiram, nem na Grécia, nem em outros lugares, suplantar nos corações a adoração da ra- inha de Cítera. A alguma distância de Cérigo, está Moreia com suas rochas, suas aldeias, suas torres de mármore e seu convento, encerrando, como tantos outros conventos, corações partidos.

No cume do Cabo Matapão, tão atormentado pelas tempes- tades, um pequeno eremitério aparece, como ninho de água, sus- penso entre as altas rochas sobre o mar. Lá vivia um solitário, do qual não se conhece a história, talvez tocante ou grande como a de tantos outros que envelheceram no santuário do coração e de- sapareceram silenciosamente na obscuridade de um túmulo. Ele detestava, diziam-me, do alto da eminência com que dominava seu eremitério, a bandeira grega, sempre que os navios a vapor passavam perto de seu rochedo. Olhei curiosamente o rochedo, mas nem bandeiras nem o homem apareceram. Estaria morto? O capitão, a quem fizera a pergunta, não soube responder. Mas afirmou que, em sua passagem por este mesmo lugar, há pouco tempo, percebera sua presença com a bandeira.

Atualmente, o eremitério está deserto e o eremita que aben- çoava os navios desapareceu. Uma cruz negra cravada na rocha indi- ca que ele era cristão. Que reflexões podem sugerir esta cruz, esta ro- cha suspensa sobre o mar, esta cabana onde viveu, por tanto tempo, um solitário entregue, talvez, à contemplação do nada desta vida?

Hidra, a famosa Égina, Salamina – sobre a qual a sombra do grande general Temístocles, o salvador de Atenas, na segunda invasão dos persas, parece ainda pairar – ofereceram-me, como todas as outras ilhas que vira, impressões profundamente melan-

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cólicas. Onde estão vossos esplendores artísticos e guerreiros, ó, brilhantes irmãs de Hellas? Como os homens mais ferozes que os séculos ousaram destruir totalmente vossas maravilhas, tantas obras admiráveis?

Minha alma se apiedava de deplorável decadência das ilhas gregas, quando a mais gloriosa de suas ruínas se mostrou ao lon- ge, como se me dissesse: “Olhe a mais nobre e maior vítima do imensurável fervor dos homens!"

– “Eis a Acrópole e o Partenon de Atenas!” – gritavam alguns passageiros, agrupando-se na proa do navio com seus binóculos que dirigiam à venerável colina, radiosa ainda somente pela pre- sença da estátua de Minerva, obra de Fídias, cujos manto e lança dourada brilhavam de longe, atraindo o olhar dos marinheiros que se aproximavam do porto do Pireu, pensando nas lembranças de suas glórias passadas, sob os últimos raios de sol que se esvaíam. Partenon! Este nome retém em meu espírito, junto a todos os grandes nomes da Grécia, o que de melhor os antepassados me fizeram apreciar de seus dias. Que pena! Está tudo tão longe...

Entramos pelo célebre porto de Ática, o Pireu. Não se perce- bia o menor resquício de sua antiga glória. Até o mar baixara de nível na atualidade; pode-se dizer que também ele humilhou-se, tendo em vista as gerações que sucederam a um tão grande povo. No momento em que a França ocupou a Grécia, aquele porto foi melhorado. Entretanto, não se pode ficar satisfeito por progressos materiais obtidos mediante o preço da humilhação de um povo.

As edificações do Pireu são insignificantes e não chamam a atenção. Em compensação, as lembranças que se ligam aos grandes nomes de Salamina, como Temístocles, Aristides e tantos outros, despertam, ainda, verdadeiro interesse naqueles que abordam essas terras, trazendo o espírito pleno dos esplendores da antiga Grécia.

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Logo que o paquete entrou nas águas do Pireu, uma mul- tidão de pequenos barcos rodeou-o, e pude usufruir do curioso espetáculo apresentado por inúmeros barcos pesqueiros guiados por homens com roupas pitorescas, compostas por uma larga saia branca, uma jaqueta curta e um gorro vermelho, ou ainda por uma imensa calça à moda turca, bem menos elegantes que as rou- pas nacionais que vi em Atenas e em outras partes da Grécia. As pessoas têm, quase todas, o mau gosto de trocar a antiga roupa grega pelos poucos graciosos vestuários modernos. Esses gregos, em sua decadência, copiam sobretudo a moda francesa.

Era quase noite quando descemos à terra, porque primeira- mente quisemos visitar a pedra batida pelas ondas, que chamam de Tumba de Temístocles. Diz-se que ali estão os restos mortais do célebre general, morto em Magnésia, banido por seus ingratos conterrâneos.

Era deveras interessante ver a agilidade e o bom humor dos pescadores que, de saia, subiam e desciam, conduzindo os passa- geiros à terra, em suas pequenas embarcações, em que também os cocheiros, vestidos da mesma maneira, os conduziam a Ate- nas, distante uma hora do Pireu, ou a um hotel no próprio porto. Fomos os últimos a sair, pois desejava entrar de dia na cidade de meus sonhos de juventude, e, por isso, passamos a noite no porto.

Pela manhã, abri a janela de meu quarto que dava para o mar, e a Salamina de nossos dias, tão morna e tão triste, apresentou- -se de novo aos meus olhos, enquanto aquela dos velhos tempos, com todas as glórias, mostrava-se radiosa e feliz aos olhos de meu espírito. Minha querida filha interrompeu-me em minha con- templação muda, e ambas, apreciando os objetos que nos rodea- vam, tomamos o café e partimos para Atenas em um carro que nos esperava à porta do hotel.

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Atenas 12 de maio de 1859

A estrada de Pireu a Atenas, árida e monótona, como pare- cia a diversos viajantes que a ela se referiram, oferece belezas par- ticulares, sobretudo para aqueles que a percorrem com o espírito pleno não da Atenas de nossos dias, mas da antiga, de onde nos fala ainda este imenso vale semeado de bosques de oliveiras, de belos álamos de amendoeiras, de vinhas, rodeado de colinas, de montanhas célebres que se apresentam à medida que nos aproxi- mamos da desaparecida cidade de Sólon. O Himeto, o monte do bom mel, mostra-se à direita, iluminado por essa luz tão poetica- mente brilhante, particular do céu da Grécia; do lado esquerdo, a longínqua extensão do Parnaso, com seus cumes despojados do verde, o monte Pentélico e muitas outras montanhas e locais renomados da antiguidade agora desertos e desolados. Olhando esta antiga cidade dos deuses, a Acrópole de Atenas, não pode- mos deixar de sentir secreta veneração, semelhante à que nos ins- pira um grande gênio, que a cólera ou a ingratidão dos homens levou à miséria.

Depois de atravessar o Cefiso, este poético rio, reduzido ago- ra a um riacho quase imperceptível, tomamos uma longa estrada ladeada por bosques de oliveiras que se estendiam até a entrada de Atenas. Os sorrisos da primavera recuperavam o encanto dos campos, e nunca, nem mesmo os mais belos bosques da Europa, haviam produzido em mim tamanho enlevo como aqueles, visto que me aproximava da cidade de meus sonhos!

Enfim, entramos em Atenas, por suas ruas estreitas e sujas, de aspecto miserável, em meio aos vestígios de habitações dos tur- cos. O bazar da cidade conserva ainda o relógio presenteado pelo

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lorde Elgin, com o objetivo de consolá-la pela perda dos tesou- ros de arte que lhe arrebatara. Todavia estava muito emocionada para me fixar nesta triste parte da moderna Atenas. O sol brilhava com grande esplendor sobre as veneráveis relíquias dessa antiga cidade, sobre o Partenon, cujas colunas de belo mármore branco que ainda restam de pé, iluminadas pelo sol, atraíam meu olhar, como se eu visse aparecer grandes sombras com as quais poderia me comunicar.

Atenas! Que poderia escrever sobre ti, encontrando-me tão emocionada em meio a tuas grandiosas lembranças? Des- crever os nobres resquícios de tua antiguidade? Outras penas bem mais capazes que a minha já fizeram o suficiente criticar, censurar o que se passa na atualidade? Outros já o fizeram, com menos ou mais verdade, com maiores ou menores injustiça e exagero.

Não farei senão envolvê-la em meu olhar ávido por contem- plar, não somente o que resta de tuas obras primas que ainda atraem a admiração dos visitantes esclarecidos, mas também ver tuas paisagens, todos os ângulos de teu solo memorável, onde tantas cenas se passavam. Deixarei aqui, como aliás em toda a Grécia, que meu espírito se alimente dessa preciosa substância moral que teu poderoso gênio legou ao mundo moderno. Teus deuses, templos e cidades, tuas inimitáveis maravilhas artísticas, tudo desapareceu com teu antigo povo e tua glória!

Contudo, os raios da grande sede deste astro luminoso que se espalham pelas nações que surgiram posteriormente, esclarecen- do o espírito dos infatigáveis trabalhadores da inteligência, ilumi- narão plenamente – não tenho dúvidas – a nova estrada a seguir pela civilização do mundo a raça helênica, que não quis, não quer e nem deve morrer.

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Sócrates

Minha primeira visita em Atenas foi à prisão de Sócrates, aber- tura feita no flanco de uma colina do museu, do qual não existem mais vestígios. Aproximei-me com profunda veneração e, sentada sobre uma pedra isolada, imaginei ver o cristo do paganismo, cal- mo e grande, sob a implacável sentença de morte que lhe infligiram os injustos perseguidores de suas sábias doutrinas. Estava ali, este filósofo de filosofia prática, que ensinava a sabedoria da qual toda sua vida foi verdadeira imagem, lamentando as trevas que ainda en- volviam o espírito de seus compatriotas, esforçando-se para fazê-los acreditar na ideia de uma verdadeira, divina e única força que regia o mundo e para qual deveriam voltar-se todas as aspirações da alma.

Sócrates, sublime mártir da verdade, que, imune a toda forma de egoísmo, obedecia à alta lei de seu espírito, desejava apenas ins- truir os homens e aperfeiçoá-los. Ele viu e ousou dizer o que nin- guém antes dele pudera. As grandes verdades que ensinava ficaram à época desconhecida, e os homens a quem suas sábias máximas e a pureza de sua natureza não puderam livrar dos erros, deram- -lhe a cicuta por recompensa. Grande, mesmo depois de dois mil e quatrocentos anos, a imagem deste ilustre filósofo, “que marca, na história da filosofia, uma nova época, porque dissuadiu, como se sabe, os filósofos de especulações obscuras ou muito elevadas que existiam até então, levando-os a se ocuparem do homem e da moral, repetindo sem cessar a sublime máxima de Tales: conhe- ce-te a ti mesmo”. Foi aqui, disse a mim mesma, que tiveram vez as calúnias dos sofistas dos quais atacara as falsas máximas. Aqui, ele recebeu, com a tranquilidade do justo, a sentença fatal que os acusadores apresentaram contra ele, por meio do desprezível Me- leto, que a obteve pelo ódio do tribunal de Areópago, sobre o qual

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Demóstenes dizia não haver pronunciado, durante o correr dos séculos passados, nenhum julgamento que não fosse justo!

Justiça! Desapego ao interesse! Liberdade! Qual será o povo verdadeiramente feliz para saber compreender essas três grandes palavras e fazer delas o triplo fundamento de todas suas ações? Os erros e infâmias do velho mundo que condenaram Sócrates pare- ciam agonizar diante das ambições, das grandezas e das misérias desde esse tempo. Cerca de quatro séculos depois, nova era apa- rece trazendo o regenerador dos homens! O Cristo mostrou-se imbuído de toda perfeição humana e ensinou as mais sublimes virtudes, sobre as quais deu vivo exemplo durante sua divina mis- são aqui na terra. O sacrifício do Gólgota foi consumado, porém os homens continuam os mesmos! As nações continuam a ma- tar-se, como em nossos dias, para se engrandecer ou se defender, as imperfeições não foram substituídas pela virtude, e o gênero humano carrega ainda sua cruz de flagelos.

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