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VOCÊ PROCURA UM DEUS QUE NUNCA MUDE?

No documento Bill Hybels - O Deus que Você Procura (páginas 183-200)

Há algo na lutas, nos conflitos e nos esforços mutuamente compartilhados que forja um elo muito forte. Poucos relacionamentos contam com a intensidade da parceria dos soldados, prontos para morrer juntos a qualquer momento, ou até mesmo com a empolgação de uma temporada bem-sucedida entre companheiros de um time de atletismo. Por que outro motivo os veteranos de guerra continuariam a celebrar aqueles poucos anos da vida com reencontros regulares? Por que outro motivo os ex-companheiros de colegial de imediato começam a falar sobre o "grande jogo" ou sobre o trote arriscado anos depois de haverem ocorrido?

Tenho descoberto que as regatas fazem mais do que provar o valor do barco e da tripulação; também criam relacionamentos inexeqüíveis em terra seca. No tipo de competições à vela de que participamos, dependemos de todos fazerem seu trabalho, e corretamente. Uma manobra perdida, uma bordada malfeita, e o nosso barco pode perder segundos preciosos, ou mesmo a própria regata.

Nem todos os homens que competem em meu barco são crentes em Cristo, mas as lutas que enfrentamos, as vitórias que compartilhamos e as amargas decepções que superamos têm-se combinado para criar um elo muito significativo entre nós.

Um homem em particular, contudo, tem tanto interesse nas coisas espirituais quanto os adolescentes nos empregos. Neste último verão, desci ao cais, e ele veio correndo ao meu encontro antes que eu chegasse ao barco.

– Bill – disse ele – muito obrigado pela fita da mensagem que você me deu. Ajudou muito!

Fiquei espantado!

– É, olhe só! – Ele apontou para cima na direção do cordame, e vi que havia tirado a fita da caixa plástica e cortado em tiras, que transformou em "birutas". – Ela realmente me ajudou!

O resto do pessoal riu e caçoou de mim.

– Olhe, Bill, quando o vento ficar forte mesmo, talvez consigamos ouvir sua voz!

Suponho que, para alguns de vocês que ainda consideram não ter achado o que procuravam, este livro talvez não tenha sido mais útil do que minha fita cassete para o meu companheiro. Antes que você tome aquela decisão final, entretanto, quero deixar com você um último pensamento, algo que talvez você não tenha considerado: seu mundo está mudando. Cada dia, tudo ao seu redor – desde os fios de cabelo em sua cabeça até as rugas de seu rosto, dos relacionamentos que são preciosos para você ao emprego que você suporta – tudo está mudando.

A isso, talvez você responda: "E daí".

Talvez você pense que não precisa de Deus agora; talvez esteja mesmo se saindo muito bem, considerando todas as coisas, mas haverá uma hora em sua vida em que precisará exatamente do tipo de Deus que estivemos apresentando. E, quando essa hora chegar, por favor, lembre- se disto: ele não mudou. E não mudará. Tudo o que eu disse neste livro será verdade igualmente daqui a vinte anos.

Num mundo tornado caótico pelas mudanças, você acabará descobrindo, como já descobri eu mesmo, que essa é uma das qualidades mais preciosas do Deus que procuramos: ele não muda.

O trauma da mudança

Foi um dos acontecimentos mais difíceis que eu jamais enfrentara, e olhe que já enfrentei dos grandes. Já tive de consolar pais que acabavam de perder um filho; ajudei casais a remendar a devastação emocional de um caso amoroso; segurei a mão de um membro da igreja que morria de câncer. Mas esse foi o mais doloroso de todos.

Minha esposa e eu havíamos recolhido duas crianças para cuidar delas temporariamente, e um elo forte logo se desenvolveu entre mim e o garotinho de oito anos. A criança ficou conosco diversos meses, e estávamos começando a ver coisas boas acontecerem em sua vida.

Em determinada ocasião, Ronnie e eu passamos diversas horas na garagem, trabalhando num modelo de carro. Ele estava muito animado com o projeto, e eu o via tratar o carro com um respeito quase reverente. Ele queria que tudo se encaixasse e tivesse uma aparência perfeita, e tiramos o tempo para fazer com que ficasse bem certinho.

Enquanto o projeto continuava, recebi o telefonema que eu sabia que um dia viria. (Por que precisava ser aquela hora?) Voltei à garagem, onde Ronnie e eu havíamos recomeçado a trabalhar no modelo. Orando para poder iniciar a conversa da melhor forma, falei finalmente, com tanta ternura quanto possível: "Bem, amigão, em alguns dias teremos de fazer outro tipo de acerto aqui, porque as pessoas que tomam as decisões a respeito de onde vocês moram vão pedir que você mude outra vez".

Depois que falei aquelas palavras, uma frieza assustadora passou pelo rosto de Ronnie. Eu podia ver a tensão começar a subir por seu queixo. Ele ficou quieto, mas as emoções claramente fervilhavam dentro dele. Talvez eu não devesse ficar surpreso, mas fiquei – ele ergueu lenta, mas resolutamente o punho e esmagou o precioso modelo de carro.

Cinco minutos antes, esse ato teria parecido um sacrilégio, mas isso antes que o arquiinimigo – a mudança – soprasse até ele seu hálito horrendo.

Ele se encostou contra a parede da garagem, como se não pudesse distanciar-se o suficiente do carro esmagado e berrou: "O que eles pensam que sou, uma bola de futebol? Me jogam aqui, e me jogam ali, e me chutam por aí de um lado para outro. Não agüento mais ser uma bola de futebol!".

Aquele precioso sujeitinho estava de fato perdido num vendaval de mudanças. Assim que ele achava que as raízes estavam começando a fincar no chão, era arrancado e plantado em outra parte. Suas escolas

mudavam, as vizinhanças mudavam, as casas mudavam e até mesmo os "pais" mudavam. Às vezes, as coisas mudavam para melhor, às vezes mudavam para pior, mas o que ele detestava mais do que qualquer outra coisa era a mudança em si. Ele estava até disposto a escolher uma situação ruim, contanto que pudesse ficar no mesmo lugar por algum tempo.

Você alguma dia se sente assim, desejando erguer as mãos e berrar "Tempo!", fazendo tudo parar?

Você sabe quantas vezes já me sentei na sala para aconselhar um casal e um dos cônjuges apontou o dedo para o outro e gritou: "Você mudou! Não é a pessoa com quem me casei!".

Você sabe quantas vezes já conversei com empregados que amam trabalhar para sua firma – talvez até tenham trabalhado lá décadas a fio – e a companhia é comprada por outra; então as pessoas mudam, o objetivo muda, a atmosfera muda e de repente os empregados se lembram com tristeza "daqueles velhos tempos"?

Países são reordenados e governos inteiros são destituídos por um golpe cuidadosamente executado. Zagueiros dos grandes times "envelhecem" aos 36 anos de idade e se aposentam; estadistas morrem; matriarcas se vão. Estamos perdidos num mar de mudanças. Assim que achamos que aprendemos a criar bebês, temos de aprender a disciplinar a criancinha de dois anos. Quando aprendemos a ser bons com ela, nos vemos de repente às voltas com pré-adolescentes; quando chegamos a ser bons com os pré-adolescentes, vemo-nos diante dessas criaturas estranhas chamadas adolescentes. Nunca conseguimos chegar onde deveríamos.

Só porque nosso time ganhou o campeonato no ano passado não quer dizer que vá ganhar este ano. Pior ainda, só o fato de que um dia um amigo foi fiel ou um cônjuge fez votos de amor não garante que a fidelidade e os votos serão honrados dez anos depois.

As coisas mudam. Nós mudamos. Os peritos nos dizem que as pessoas mais bem-sucedidas são as que aprendem a lidar com as

mudanças. Mas estou convencido de que a melhor maneira de lidar com uma mudança, por irônico que pareça, é chegando a conhecer um Deus que não muda, que oferece uma âncora no mar revolto das mudanças.

Nosso Deus não muda

Quando eu era garoto, lembro-me de ter visto um versículo bíblico escrito acima do púlpito de uma igreja:

"Eu, o senhor, não mudo".1 E lembro-me de ter pensado que essa afirmação era ao mesmo tempo a mais indiscutível e a menos aplicável que jamais lera na vida.

"É isso aí", disse comigo mesmo. "Deus não muda. A igreja -não muda. O coro não muda. E daí? Grande coisa! O que isso tem que ver comigo?"

Um dos meus problemas era que eu tinha a compreensão de todo errada do que a "imutabilidade" – ou a inalterabilidade – de Deus de fato significava. Para mim, significava que Deus estava congelado, estático e sem disposição para se mexer. Tudo em torno dele mudava, mas ele não, e talvez por isso estivesse tornando-se cada vez menos aplicável.

Mas então me deparei com uma passagem da Escritura que desfez a compreensão que eu tinha da imutabilidade de Deus. Em Gênesis, no capítulo 18, Abraão tem uma fascinante conversa face a face com Deus. Deus confia a.Abraão seu plano de acabar com Sodoma e com Gomorra por causa da maldade dessas cidades. Quando Abraão descobre que o Senhor tenciona destruir a cidade que seu sobrinho adotara como cidade natal se não se encontrasse determinado número de justos, ele fica um tanto nervoso. Abraão havia feito negócios em Sodoma. Havia caminhado pelas ruas de Gomorra. Sabia que, se o futuro dessas cidades dependesse de justiça, o prazo de vida que tinham estava prestes a expirar.

Numa tentativa desesperada de conter o inevitável, Abraão inicia uma conversa com Deus.

– Olha, Senhor, tu não destruirias os justos com os maus, destruirias? E se houver cinqüenta justos morando nessas cidades? Não mostrarias a tua ira a cinqüenta justos, não é mesmo?

Deus analisa mais uma vez a questão, com muito cuidado.

– Não – diz ele. – se houver cinqüenta justos em Sodoma, pouparei a cidade por causa deles.

Então Abraão começa a contar todos os justos de Sodoma e de Gomorra de que consegue se lembrar. Depois de contar até três, ele está num beco sem saída – mas ainda tem 47 indivíduos para chegar aos cinqüenta! Assim, Abraão passa a "pechinchar" com Deus para ver se ele salvaria as cidades por 45 justos, depois por quarenta, depois por trinta, depois por vinte, e, finalmente, por dez justos.

Fiquei totalmente estarrecido a primeira vez que percebi a plena implicação desse texto. Será que revela um Deus que muda de planos? Será que servimos a um Deus que reagirá às orações e responderá aos pedidos dos seres humanos? Talvez eu não entenda realmente a natureza desse negócio de imutabilidade, pensei.

Descobri que a imutabilidade de Deus, qualquer que seja o seu significado, não elimina a possibilidade de termos um Deus sensível e disposto a reagir aos nossos problemas e pedidos. Não estamos apenas vivendo num mundo determinista. Temos um Deus que se move, age e reage. Contudo, ao mesmo tempo, temos um Deus de todo coerente em seu caráter.

Deus é de todo coerente no caráter

O fato de Deus ser coerente por completo em seu caráter é uma boa notícia, mas graças apenas à qualidade do seu caráter. Às vezes, a coerência pode representar um mal. Conheço muitas pessoas desonestas, indolentes, pérfidas. Nessas situações, a coerência é um problema imensurável.

Mas, quando o assunto é Deus – seu poder, sua presença, seu conhecimento, seus compromissos, sua misericórdia, sua generosidade e tudo o mais – torna-se muito claro que qualquer mudança seria para pior. Se Deus mudasse, isso implicaria ter de ser menos misericordioso. Teria de ser menos fiel. Teria de falar menos comigo e me orientar menos, e não quero isso. E você?

Posso querer que minha esposa mude, posso querer que meus filhos mudem e posso querer que meus amigos e minha igreja mudem – e com certeza quero que eu mesmo mude –, mas não quero que Deus mude.

Pense um pouco. Qualquer produto pode ser melhorado. Pode-se criar um sabão em pó que deixe as roupas mais brancas e seja melhor para o meio ambiente. Pode-se melhorar o cereal matinal favorito acrescentando-se mais vitaminas, mais fibras ou deixando-o mais torradinho, mas como é possível melhorar a onisciência? Como seria possível melhorar a onipotência? Como melhorar a retidão perfeita? Deus só pode mudar sendo menos do que é, e a Bíblia é inflexível em afirmar que isso nunca acontecerá. "... em quem [Deus] não há mudança nem sombra de variação".2

Observe, não apenas não há variação, mas não há nem sombra de variação. Deus nem mesmo começa a se inclinar para longe da justiça, quanto menos mover os pés. Ele é coerente. Num mundo onde tudo muda (e isso geralmente significa que tudo se deteriora), Deus permanece inabalável em cada aspecto de seu caráter.

É justamente aqui que a imutabilidade começa a tocar nossas vidas de forma poderosa. A despeito do ensinamento das Escrituras, a despeito de séculos de experiência cristã passada fielmente de uma geração a outra, ainda tenho momentos em que começo a duvidar de algumas coisas a respeito de Deus. Às vezes, quando as pressões da minha vida estão aumentando, sussurro para mim mesmo: "Não acho que Deus esteja sabendo disso". Ele pode ser onisciente, mas, de algum modo, esse problema lhe escapou à atenção.

Isso quando não nos metemos numa situação complicada – a desgraça parece inevitável e Deus, distante – e dizemos, amedrontados: "Não acho que ele esteja presente comigo neste momento. Pode ser a primeira vez que tenha tirado uma folguinha de quinze minutos, mas enfim aconteceu!".

Senão, nos enterramos num vício, nos emaranhamos num relacionamento destrutivo ou vemos um ente querido preso por circunstâncias aparentemente insuperáveis, e gememos baixinho: "Deus pode ser todo-poderoso, mas acho que nem mesmo ele tem o poder de resolver este problema".

Talvez digamos para nós mesmos: "O Deus do Moisés que fendeu as águas, o Deus do Davi que matou Golias – esse era Deus na melhor forma. Mas, não sei como, com o passar do tempo, os séculos prejudicaram um pouco esse Deus".

Alguns de nós temem que talvez Deus tenha "perdido a qualidade". Sua bola rápida não dispara como antes. Sua bola em curva se perde e sua bola curta já não é tão curta, e os que ficamos no campo estamos já sem condições de nos desviar de todos os ataques que agora vêm voando em nossa direção.

A isso, Deus bradaria por meio do profeta Malaquias: "Eu, o senhor, não mudo".3 Deus é onisciente desde a eternidade passada e o será até a eternidade futura. Deus sempre saberá tudo a seu respeito. Ele estará sempre presente. Toda vez que você sobe num avião, pode descansar tranqüilo no fato de que Deus está no seu avião. Ele não está ficando em casa por uns dias. Não está tirando um dia ou outro de folga. Ele não perdeu a qualidade.

Tudo que Deus foi, é – e podemos beneficiar-nos imensuravelmente dessa verdade preciosa. O mesmo Deus que deu poder a sansão, a Gideão e a Paulo ainda quer dar poder à minha vida e à sua vida, porque não mudou. Essa é uma ótima notícia para os comprometidos – mas é uma notícia preocupante para os presumidos.

Má notícia para os presumidos

Se os crentes comprometidos podem achar consolo na natureza imutável de Deus, outros talvez esperem de todo o coração que Deus tenha abrandado com o passar dos anos. Talvez você ache que Deus, embora no Antigo Testamento revelasse traços de maldade, tenha-se suavizado um pouco no Novo Testamento e agora, 2 mil anos depois, simplesmente olhe para baixo, sorria e diga: "Ora, criança será sempre criança – e acho que todos foram bem bonzinhos este ano".

Deixe-me falar bem francamente com você: Deus não odeia o pecado menos do que há dez mil anos. Você não será julgado diferentemente de Adão e de Eva, porque os padrões de Deus para nós não são nem um pouco diferentes. Seu padrão tem sido, e sempre será, a perfeição: um único pecado, e você tem de prestar contas dele.

Esse é o trato.

Não pense que pode "passar batido" por um Deus um pouco menos vigilante hoje em dia. Isso simplesmente não acontecerá. Se você cometeu aquele único pecado e não se arrastou para dentro da proteção espiritual do plano de Jesus Cristo, está numa situação em que não desejaria estar.

Na cidade de Washington, como em muitas outras cidades, todas as principais rodovias têm pistas para carros com um número especificado de passageiros. Se você dirigir por essas pistas nas horas de pico e não tiver no carro o número exigido de pessoas, vai ficar 65 dólares mais pobre se for pego. Às vezes, contudo, quando há um acidente grave ou em feriados nacionais, as restrições perdem o efeito e qualquer pessoa pode usá-las. Outras vezes, os motoristas simplesmente se arriscam. Vão costurando para dentro e para fora dessas pistas restritas na esperança de que nenhum carro-patrulha apareça em seu espelho retrovisor. Não é assim com Deus.

Suas restrições nunca perdem o efeito. Ele não muda as regras de acordo com o calendário ou com uma geração em particular. Não faz

exceções para desafios especiais. Deus não diz: "Tudo bem, despeje sua raiva sobre toda a sua família. Você teve um dia difícil no trabalho. Eu entendo. Dessa vez, seu pecado não será contado contra você".

Essa é uma idéia assustadora, não é mesmo? Mas lembre-se, o mesmo Deus que nunca muda suas leis também nunca muda sua oferta gratuita de graça, amor, segurança e bênção.

Segurança imutável

Quando Todd tinha cerca de cinco anos, subiu na minha cama bem cedo certa manhã, e passamos alguns minutos conversando. Como era meu costume, puxei-o bem pertinho de mim e falei:

– Eu amo você, amigão.

– Eu também amo você, papai.

Então resolvi acrescentar algo novo. Falei:

– Sabe que vou ser louco por você pelo resto da sua vida? – Quer dizer mesmo quando eu ficar mais velho?

– Sim, amigão, mesmo quando você ficar mais velho. – Mesmo quando eu tiver, sei lá, trinta anos?

– Sim, filho, mesmo quando você tiver trinta anos. Ainda serei louco por você.

Enquanto Todd ia pegando no sono em meus braços, fiz uma prece por ele. Por favor Filho, nunca desperdice um momento sequer preocupando-se se algum dia deixarei de amá-lo.

Entretanto, quantas horas tenho desperdiçado me perguntando quando Deus vai parar de me amar, de ser misericordioso comigo ou de me abençoar. Malaquias 3:6 e Tiago 1:17 prometem que não serei o primeiro a experimentar uma falha de Deus. Jamais existirá quem a experimente, e nada mais é que uma perda colossal de tempo nos preocuparmos com isso.

Essa segurança imutável serve-nos de rocha inexorável num mundo cheio de incertezas. Ultimamente você deu alguma olhada num mapa-

múndi de mais de dez anos? Do declínio da União soviética às mudanças na África, vivemos num mundo sem fronteiras nacionais imutáveis. Você pegou alguma vez um livro de astronomia de dez anos atrás? Descobertas recentes de satélites nos levaram muito além do que conhecíamos há apenas dez anos.

Praticamente em cada esfera dos estudos acadêmicos e científicos, o conhecimento se torna ultrapassado assim que acaba de ser registrado.

Mas este estudo do Deus que procuramos é um estudo para as eras. Se a língua portuguesa como a conhecemos for decifrável daqui a 2 mil anos, alguém deve poder apanhar este livro e se beneficiar tanto com o caráter e com a natureza imutáveis de Deus quanto aquele que o ler nos anos derradeiros deste nosso século.

O inverso também ocorre. O que nos foi escrito há milhares de anos tem o mesmo valor para nós hoje. Como sabemos tudo isso a respeito do Deus que procuramos, alguns de vocês podem agora estar perguntando: "Bem, e daí, o que esse Deus quer de mim?".

Os deuses do mundo pagão antigo responderiam: "Dê-nos seu primogênito e queime-o no fogo". Os deuses de outras religiões talvez. respondessem: "Trate de obedecer a todas as regras". Mas o Deus que procuramos responde de uma forma que talvez o surpreenda. O Deus que procuramos diz: "Dê-me seu coração. Estenda as mãos. Calce os sapatos. Vamos caminhar juntos por toda a vida".

Caminhando com Deus

No século VIII antes de Cristo, Israel começou a se perguntar: O que Deus quer de nós, afinal? O povo começou a pensar em diversas

No documento Bill Hybels - O Deus que Você Procura (páginas 183-200)