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Você sabia que temos uma Lei Nacional que trata da questão da aces sibilidade?

Figura 13 -Fonte: Ilustrador

O percentual de instituições de ensino que possuem instalações físicas adequadas para receber estudantes com deficiência é muito pequeno, mas está aumentando rapidamente. O índice de acessibilidade nas escolas passou de 4,8% em 2002 para 17,5% em 2010, de acordo com levantamento divulgado pelo MEC em maio de 2010. Ou seja, somente 17,5% das escolas do País têm banheiros e outras dependências (salas de aula, corredores, auditórios, bibliotecas etc.) acessíveis para portadores de deficiências ou mobilidade reduzida. O índice de acessibilidade na rede pública é de 14,6% enquanto no setor privado é bem maior, de 29,7% Disponível em: <http://criancaesperanca. globo.com/platb/infancia-e- juventude-no-brasil/category/ acessibilidade> Acesso em: 20

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A afirmação contida na ilustração esta corretíssima!

A Lei n° 10.098 de 2000, que trata da questão da acessibilidade, estabele- ce normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobi- liário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

O Decreto n° 5.296/2004, que regulamenta a lei citada, define que barreira é qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação, com segurança, das pessoas.

O mesmo decreto, em seu artigo 24, garante que:

os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalida- de, públicos ou privados, proporcionarão condições de acesso e utiliza- ção de todos os seus ambientes ou compartimentos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/ fed/decret/2004/decreto-5296-2-dezembro-2004-534980-norma-pe. html>. Acesso em: 20 jun. 2013.

Portanto, fica nítida a responsabilidade legal da escola na adequação dos seus ambientes visando à acessibilidade ao meio físico. Vale lembrar que

Figura 14 -Fonte: Ilustrador

Conheça a esta Lei na íntegra acessando o endereço: http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l10098.htm.

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essa questão é um conceito intimamente ligado à qualidade.

4.2 Modificações para garantia da acessibi-

lidade

É necessário promover as modificações, manutenção ou reformas requeridas para adaptação do espaço educativo, garantindo a acessibilidade universal. Pensando nesse ponto, o Ministério da Educação – MEC, por meio do Guia de Consulta do FUNDESCOLA, apresenta alguns aspectos de caráter genéri- co a serem observados para a garantia da acessibilidade na escola:

Perfil: a entrada, ao nível da calçada, deverá ter perfil adequado, facilitando

o trânsito de portadores de necessidades espe- ciais.

Travessias: deverão ser sinalizadas com faixas,

tendo o meio-fio rebaixado. No caso de haver desnível nos acessos e circulações externos, pre- ver rampas com declividade máxima de 8,33%.

Estacionamento: em todo estacionamento, devem existir vagas preferen-

ciais, reservadas para veículos utilizados por pessoa portadora de deficiência. Essas vagas devem ser as mais próximas do acesso à entrada do estabeleci- mento, ter piso nivelado e serem adequadamente sinalizadas.

Entradas: pelo menos uma das entradas do esta-

belecimento deve permitir o acesso ao portador de necessidades especiais e estar sinalizada.

Rampas: devem ter largura mínima útil de 1,20 m, piso antiderrapante e

patamar intermediário de repouso a cada 9 m ou em caso de mudança de direção. No início e final da rampa, deve haver prolongamento horizontal de, no mínimo, 1,20 m. A declividade máxima admitida é de 8,33%.

Corrimão: deve ser colocado em, pelo menos, um dos lados da rampa e

dos patamares, não devendo ser interrompido. Deve ter altura de 0,80 m, com prolongamento de 0,45 m nas extremidades da rampa, tomando-se

Figura 15 -Fonte: Ilustrador

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o cuidado para que tal prolongamento não interfira na circulação. O corrimão deve ter perfil circular, diâmetro aproximado de 0,04 m, guardar separação mínima de 0,04 m da parede e superfície lisa, para permitir boa empunhadura e fácil deslizamento.

Portas: devem possuir largura útil mínima

de 0,90 m, maçanetas do tipo “alavanca” e

pegador auxiliar para facilitar o fechamento por pessoas em cadeira de rodas.

Circulação interna: o piso da área de circulação

deve ser contínuo, uniforme e antiderrapante. Quando houver ressalto, sua altura não deve ul- trapassar 0,03 m e suas quinas devem ser arre- dondadas ou chanfradas.

Sanitários: devem ter porta com largura mínima de 0,90 m, piso antider-

rapante, plano e uniforme, espaço interno livre que permita a circulação e o giro completo da cadeira de rodas. O compartimento do vaso sanitário tem de ter, no mínimo, 1,50 m de largura por 1,70 m de comprimento. O lavatório deve ser fixado na parede, com a borda superior localizada a uma altura de 0,80 m do piso. Sifão e tubos de instalação devem estar situados a 0,25 m da borda da frente para permitir o acesso de pessoa em cadeira de rodas. As torneiras devem ser do tipo alavanca, operáveis com um único movimento.

Figura 17 -Fonte: Ilustrador

Figura 18 -Fonte: Ilustrador

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Ainda conforme o citado guia, a norma ABNT, NBR-9050, de setembro de 1994, é o documento mais importante sobre a acessibilidade universal, de- vendo ser consultada antes de toda e qualquer adaptação ou implantação realizada com o objetivo de garanti-la .

É importante destacar que, quando a escola não dispõe de acessos exter- nos universais, é obrigatória a sua execução. O acesso, tanto à sala de aula como à circulação dentro dela são aspectos que podem ser solucionados de forma criteriosa, em algumas salas, escolhendo-se para adaptação as que apresentem maior facilidade, resguardando-se os direitos do portador de necessidades especiais, sem que haja perda da capacidade de atendimento do estabelecimento.

Resumo

Nesta aula, mostramos a importância de conhecer o contexto de acessibi- lidade arquitetônica para adequação e manutenção estrutural dos espaços físicos, exigências legais para instalação e funcionamento ambientes educa- tivos, a fim de atender os requisitos de acessibilidade ao portador de neces- sidades especiais nas escolas.