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Seguem alguns exemplos de urbanizações realizadas em vias urbanas:

duplicação da avenida Antônio da Rocha Viana – Rio Branco (2003 – 3,2 km de extensão);

urbanização da via Chico Mendes/rodovia AC-40 – Rio Branco (2003 – 8 km de extensão);

duplicação da avenida Waldomiro Lopes/revitalização da rua Otávio Rola – Rio Branco (2007 – 4 km de extensão);

duplicação e revitalização da avenida Ceará/estrada Dias Martins – Rio Branco (2007; 2008; 2010 – 5 km de extensão);

urbanização da avenida da Sobral (2008 – 2,8km de extensão);

urbanização das avenidas São Francisco e Joaquim Macedo (2009 – 5 km de extensão);

complexo Amadeo Barbosa/quarta ponte (2010 – 5,2 km de extensão);

duplicação da rua Pernambuco (2010 – 0,6 km de extensão);

urbanização da avenida Raimundo Chaar – Assis Brasil (2009);

urbanização da avenida Japiim e ramal do Batoque – Mâncio Lima (2010);

urbanização da avenida Mâncio Lima – Cruzeiro do Sul (2010);

urbanização da avenida Edmundo Pinto – Capixaba (2011).

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Atualmente, a Eletroacre é uma concessionária federal de serviço pú-blico responsável pela distribuição e comercialização de energia elétrica para todo o Acre, cujo controle acionário, que antes pertencia ao governo estadual, é exercido pela Eletrobras, que detém 93,29% do total de seu capital social. O suprimento de energia elétrica da capital e das seis localidades interligadas ao Sistema Rio Branco, é feito pela Eletronorte.

O interior do estado, desde 1999, através de um contrato de comodato, vem sendo suprido pela Guascor do Brasil Ltda., na forma de Produtor Inde-pendente de Energia (PIE), por intermédio de Sistemas Isolados de Geração.

Destaque-se que o suprimento de energia elétrica a todo o estado é feito atra-vés de termoelétricas a diesel.

A Eletrobras Eletronorte produz 75,88% da energia elétrica gerada no Acre, distribuída por 302 km de linhas de transmissão em 230 kV. O sistema conta ainda com cinco subestações e 406 MVA de capacidade de transforma-ção. Desde 2002, o estado, que faz parte do sistema Acre/Rondônia, também é abastecido por uma linha de transmissão em 230 kV que liga Rio Branco à cidade de Abunã, em Rondônia. A partir da SE Rio Branco, a transformação 230/138KV – 100 MVA alimenta em dois circuitos de 69 KV as SE Tangará e São Francisco, cada uma com dois transformadores de 69/13,8 KV – 26,6 MVA; e um circuito em 69 KV alimenta a SE Sena Madureira 69/13,8 KV – 12,5 MVA.

A partir da SE Rio Branco, a transformação 138/13,8 KV – 55 KVA, através de um circuito de 138 KV, alimenta a SE Epitaciolândia 138/13,8 KV – 12,5 MVA. Além da capital, a energia transmitida pela Eletrobras Eletronorte supre os mercados interligados de Senador Guiomard, Plácido de Castro, Bujari, Porto Acre, Acrelândia, Redenção, Vila Campinas, Capixaba, Xapuri, Brasileia e Assis Brasil.

árEadEconcEssãoEsistEmasElétricosda ElEtroacrE

A divisão territorial é composta basicamente pelas mesorregiões do Vale do Acre/Purus e Vale do Juruá, que abrigam os 22 municípios do estado. Para o suprimento de energia elétrica e planejamento das atividades de distribuição e comercialização da energia, a área da concessão é dividida em duas regiões elétricas com as mesmas denominações.

rEgiãoElétricado valEdo acrE/purus

Atende 14 municípios, sendo que 13 estão interligados ao Sistema Acre/Rondônia e conectados ao Sistema Rio Branco via linhas de transmis-são ou distribuição; e um sistema com geração térmica isolada (Santa Rosa do Purus).

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Localidade No de consumidores Distância de

Área(km2) Densidade Urbano Rural Total Rio Branco (km)

Manoel Urbano 1.774 159 1.933 215 10.635 0,18

Santa Rosa 586 0 586 298 6.140 0,1

Sena Madureira 9.171 927 10.098 145 23.732 0,43

Acrelândia 3.236 1.827 5.063 105 1.814 2,79

Bujari 2.248 1.245 3.493 22 3.037 1,15

Capixaba 1.685 1.311 2.996 62 1.696 1,77

Plácido de Castro 3.333 1.591 4924 95 1.945 2,53

Porto Acre 3.836 2.389 6.225 78 2.609 2,39

Senador Guiomard 5.092 1.221 6.313 24 2.321 2,72 Rio Branco 106.301 6.107 112.408 0 8.831 12,73

Assis Brasil 1.624 309 1.933 342 4.977 0,39

Brasileia 6.282 1.670 7.952 232 3.918 2,03

Epitaciolandia 4.479 926 5.405 230 1.655 3,27

Xapuri 3.878 1.000 4.878 188 5.347 0,91

Total 153.525 20.682 174.207 2.036 78.657 1,8

Fonte: Eletroacre.

Tabela 5

Acre – Principais dados do estado Junho 2013

rEgiãoElétricado valEdo juruá

Atende oito municípios supridos por seis usinas térmicas, sendo que três estão interligados ao Sistema Cruzeiro do Sul/Mâncio Lima/Rodrigues Alves.

Os cinco restantes são supridos por usinas térmicas instaladas nos res-pectivos municípios. A estrutura para o apoio logístico e operacional está lo-calizada em Rio Branco e Cruzeiro do Sul (Tabela 6).

Os sistemas isolados citados são supridos por seis plantas do Produtor Independente de Energia (PIE) Guascor, diversificadas de fontes de geração térmica em localidades com características físicas distintas, diferentes das en-contradas no sistema interligado, pois não estão concentradas e possuem mo-dulações intrínsecas ao mercado da localidade a ser atendida, que vão desde 390 kW até 18.848 kW de capacidade nominal instalada.

Fatos relevantes:

consolidação da estrada Rio Branco/Cruzeiro do Sul em 2010;

conclusão dos empreendimentos das UHE do Rio Madeira em 2012;

inventário do potencial hidrelétrico no Peru pela Eletrobras em 2011;

custo anual para a geração de energia elétrica através de térmicas com combustível diesel para a região do Juruá de R$ 100 milhões;

infraestrutura

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investimento necessário para a construção de uma linha Rio Branco/

Cruzeiro do Sul na tensão de 230 kV é de R$ 500 milhões;

potencial hidrelétrico da Bolívia.

programa luzpara todos

O Decreto nº 4.873, de 11 de novembro de 2003, instituiu o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica, denominado Luz para Todos.

O programa é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia com par-ticipação da Eletrobras e suas empresas distribuidoras.

O principal objetivo do programa é levar a energia elétrica às comu-nidades que se encontram nas localidades com menor IDH e às famílias de baixa renda, contribuindo com a redução da pobreza e o aumento da renda familiar.

A chegada da energia elétrica nessas localidades facilita a integração de outros programas sociais, tais como educação, saúde, saneamento, assim como o desenvolvimento econômico, social e cultural de cada comunidade.

A Eletroacre eletrificou, até junho de 2013, 26.680 domicílios rurais, beneficiando 133.400 pessoas, atendendo inclusive a movimentos sociais (as-sentamentos e comunidades indígenas).

Com a implantação pelo governo federal do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Luz para Todos foi inserido no programa, passando a fazer parte de suas metas.

Localidade No de consumidores Distância de

Área(km2) Densidade Urbano Rural Total Rio Branco (km)

Cruzeiro do Sul 22.657 2.690 25.347 640 8.816 2,88

Mâncio Lima 3.757 359 4.116 674 5.502 0,75

Marechal Thaumaturgo 1.497 146 1.643 558 8.190 0,2

Porto Walter 1.263 23 1.286 585 6.453 0,2

Rodrigues Alves 2.577 964 3.541 632 3.078 1,15

Feijó 5.835 315 6.150 360 27.964 0,22

Jordão 790 0 790 453 5.361 0,15

Tarauacá 6.591 775 7366 400 20.199 0,36

Total 44.967 5.272 50.239 4.302 85.563 0,46

Fonte: Eletroacre.

Tabela 6

Acre – Principais dados do estado Junho 2013

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p

ortoS

,

AeroportoS

,

rodoviáriAS

,

eStrAdASeponteS

Há 12 anos, a interligação rodoviária do estado com o restante do país se dava de forma absolutamente precária, com uma estrada inacabada e mal man-tida, que dava acesso à maioria dos municípios do interior do estado apenas durante o curto verão amazônico, relegando as cidades – incluindo Cruzeiro do Sul, a segunda maior do Acre – ao isolamento rodoviário durante meses.

No período de 2000 a 2010, dobrou a extensão de rodovias federais asfaltadas no Acre, atingindo um percentual de 90% de pavimentação asfáltica dos 1.221 km de rodovias federais no estado, que representa o maior índice das unidades federativas da região Norte.

Durante esse período, grandes sonhos se concretizaram, após décadas de expectativas. Por exemplo, a partir de 2012, a ininterrupção da BR-364, na extensão de 647 km que faz a integração do Acre de leste a oeste, garantiu acesso rodoviário permanente entre as duas maiores cidades do estado – Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

Entre os grandes desafios da construção da BR-364 estão a edificação de 4,3 km de pontes ao longo de uma região de acesso dificílimo em grande parte do ano; e a viabilização da logística de transporte dos insumos aos canteiros de obra.

Paralelamente, durante esse período foram implantadas as pontes inter-nacionais de Assis Brasil e Brasileia, além de haver sido concluída a estrada do Pacífico, que interliga o Acre ao mercado asiático através dos portos do Peru.

Em suporte a este desenvolvimento, a prefeitura de Rio Branco inaugu-rou, em 2012, a Rodoviária Internacional de Rio Branco, com infraestrutura e arquitetura acima do padrão da maioria das rodoviárias, como estratégia de fomento ao corredor turístico.

Na maior parte dos municípios ocorreram melhorias de terminais rodo-viários, havendo, no entanto, demanda para a implantação de novos terminais em alguns municípios agora servidos continuamente pela estrada.

Foram também construídas rampas portuárias em concreto armado em Rio Branco, duas em Xapuri, com previsão de outras, em 2014, para Jordão, Santa Rosa dos Purus, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter.

Quanto ao transporte aéreo, em 1999 havia ainda cinco aeródromos operando com pista em solo natural, sem pavimentação, enquanto hoje onze funcionam com pista pavimentada – ressalva deve ser feita ao município de Epitaciolândia, que teve o aeródromo desativado por se tratar de uma cidade pequena e conurbada com Brasileia.

Já o aeroporto de Cruzeiro do Sul conta com a mesma pista de pousos e decolagens de 1999; entretanto, em 2009 foi inaugurado o novo terminal de passageiros, com projeto arquitetônico que valoriza a cultura amazônica

infraestrutura

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(lembrando uma habitação indígena), e reconhecido pela Infraero como um dos mais arrojados projetos de pequeno porte.

Finalmente, o aeroporto Plácido de Castro, em Rio Branco, construído em 1999, recebeu recentemente uma reforma no pavimento da pista de pou-sos e decolagens em função de apresentar variações severas de nível, preju-dicando gravemente seu uso. Além disso, a condição de uso é mediana, por se tratar de edificação não adequada à condições climáticas de Rio Branco e dimensionada para a demanda até 2010, razão pela qual está em fase de pro-jetos a sua reforma.

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As condições sociais da população do Acre sofreram uma intensa trans-formação na última década. A melhoria no padrão médio de vida está associa-da ao processo de desenvolvimento econômico pelo qual o estado tem passa-do, possibilitanpassa-do, dentre outras coisas, o aumento da renda e do emprego.

O projeto de desenvolvimento do estado diz respeito ao conjunto de uma formação social, que busca criar e desenvolver uma base produtiva de alta escala e superior produtividade, garantir a conservação dos recursos natu-rais, fortalecer a cultura e identidade da população e responder ao universo de carências sociais que afetam a dignidade e liberdade das pessoas.

O bom desempenho da economia acreana pode ser evidenciado pela evolução do Produto Interno Bruto (PIB), que mede o valor do conjunto dos bens e serviços produzidos destinados ao consumo final. Em termos nomi-nais, o valor do PIB triplicou entre 2002 e 2011, passando de R$ 2,9 bilhões para R$ 8,8 bilhões em valores correntes, conforme Gráfico 35.

A estratégia para o crescimento da economia está pautada nos fortes investimentos em infraestrutura, industrialização, fortalecimento dos setores agropecuário e florestal, inovação tecnológica e aumento de produtividade.

O crescimento do PIB manteve-se em quase toda a série analisada supe-rior às taxas do Brasil e da região Norte, conforme mostra o Gráfico 36. O PIB do estado expandiu anualmente, em média, 5,6%. Em 2009 observa-se o me-nor crescimento (1,2%), em consequência do baixo desempenho da economia do país, que, afetada pela crise mundial, retraiu 0,3%.