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Para este estudo serão contempladas as proposições das Normas Internacionais para pesquisas biomédicas envolvendo seres humanos um dos documentos que fundamenta a pesquisa é a Resolução 196/96 do conselho nacional de Saúde.

A Resolução 196/96 da Lei de Diretrizes e Normas Regulamentadas, de pesquisa envolvendo seres humanos do Conselho Nacional de Saúde deve atender às exigências éticas e cientificas que contempla princípios como o Consentimento Livre e Esclarecido, ou seja, dos indivíduos alvos, beneficência, não maleficência, justiça e equidade, confidencialidade e fidelidade para com os envolvidos na pesquisa. Assim os indivíduos deverão ser respeitados na sua autonomia sendo tratados com dignidade e protegidos quando estiver vulnerável, sendo garantido o Maximo de benefícios, evitando riscos e danos que possa comprometê-los no contexto social, psíquicos, emocionais, físicos, econômicos ou culturais.

O código de Ética dos profissionais de enfermagem reúne normas e princípios, direitos e deveres pertinentes à conduta ética do profissional que deverá

ser assumida por todos. Neste estudo será preservado o direito inalienável do homem e a preservação da sua identidade, conforme contemplado no Código de Ética de Enfermagem.

Os resultados da pesquisa serão divulgados apenas no âmbito acadêmico e poderão ser utilizados para fins científicos ficando os mesmos disponíveis para a instituição durante todo período de realização do estudo. Ao termino do mesmo será disponibilizada uma copia.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os profissionais de enfermagem, durante a assistência ao cliente, estão expostos a vários riscos ocupacionais relacionados aos agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidente de trabalho.

O trabalho de enfermagem é classificado pela assistência nas 24 horas, permitindo a continuidade do atendimento aos pacientes. Durante o cuidado desses pacientes, os profissionais de enfermagem utilizam instrumentos de trabalho como:

agulhas, lâminas de bisturi, tesouras, pinças, materiais de vidro, e outros instrumentos que são perfurantes e cortantes. Muitas vezes prestam cuidados a pacientes agressivos, agitados, ansiosos, com estado critico e psiquiátricos, onde encontram dificuldade em realizar procedimentos com segurança (SARQUIS; FELLI, 2002 apud VITAL, 2009).

Analisando a saúde do trabalhador no contexto da equipe de enfermagem, através dos tempos, é possível averiguar que estes profissionais estão expostos a vários cargos que comprometem a saúde, gerando elevados índices de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais (VIDAL, 2010).

O estudo teve como finalidade Evidenciar o perfil epidemiológico dos acidentes de trabalho por exposição a material perfuro cortante dos profissionais de enfermagem do Hospital Regional de Castro Alves. Foi realizado com 26 profissionais, sendo 20 técnicos de enfermagem e 6 enfermeiras. A análise foi feita a partir dos resultados do questionário apresentado através de gráficos e relatos em resposta a questões no objeto da pesquisa.

A segurança no trabalho visa à realização das atividades, sem oferecer riscos à saúde e a segurança do trabalhador, visando possibilitar bem estar físico, mental e social nas condições e na organização do processo de trabalho.

A NR 32 tem como finalidade estabelecer as diretrizes básicas para implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores das instituições de saúde, como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

As precauções padrão são um conjunto de medidas de controle de infecção a serem cumpridas universalmente, como forma eficiente de reduzir os riscos ocupacionais e de transmissão de agentes infecciosos nas instituições de saúde.

A adoção de medidas básicas como a higienização das mãos, uso correto do EPIs, imunização dos profissionais, manipulação e descarte adequados de materiais perfuro cortantes, são caracterizadas por precauções padrão.

Gráfico_1: % da faixa etária dos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem

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10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

20 - 30 31- 40 > 40

Técnicos Enfermeiros

Analisando a faixa etária dos profissionais, foi observado um maior percentual de 83% das enfermeiras na faixa etária entre 20 a 30 anos, enquanto entre os técnicos houve igualdade entre as faixas etárias de 20 a 30 e maior de 40 de 35%.

Sarquis e Felli (2002), em seu estudo observaram que o maior número de acidentes ocorreu entre as faixas etárias de 20-30 anos com 10,37%. Considerando os resultados deste estudo, estão em concordância com o autor acima citado, quando diz que a faixa etária de maior percentual foi de 20 a 30 anos. Isto pode estar relacionado com a falta de experiência dos profissionais de enfermagem, que terminam sua formação acadêmica jovens e ingressam no mercado de trabalho sem ter muita destreza e habilidade técnica e cientifica em realizar suas atividades.

Grafico_2: % de sexo dos Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Masculino Feminino

Técnicos Enfermeiros

Foi observada predominância do sexo feminino entre as enfermeiras e as técnicas de enfermagem de 100%, sendo justificado devido à categoria profissional.

Segundo Almeida (2010), a enfermagem é exercida majoritariamente por mulheres, considerando-se que cuidados aos enfermos mostram-se cultural e socialmente apropriados para o trabalho feminino. Existem diferenças para o exercício profissional entre homens e mulheres, além de ser comum a sobrecarga de trabalho das mulheres, que muitas vezes conciliam com as atividades domesticas, mais de um local de exercício profissional, o que representa um desgaste físico e mental, que mais tarde pode repercutir em agravos a saúde.

Os resultados encontrados neste estudo estão em concordância com a literatura, observando que a força de trabalho é predominantemente feminina na unidade hospitalar citada.

Gráfico_3: % de tempo de formada.

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20%

40%

60%

80%

100%

0 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 > 20

Técnicas Enfermeiras

Com relação ao tempo de formada foi observado um percentual entre as enfermeiras de 100% de 0 a 5 anos, já entre as técnicas houve um maior percentual de 45% entre 6 a 10 anos e menor percentual de 5% para mais de 20 anos.

Portanto verifica-se que os profissionais têm pouco tempo de formação, variando entre 0 a 05 anos e 06 a 10 anos, observando que quanto menor o tempo de formada, maior risco de acidente. Isto pode ser justificado pela inexperiência e a pouca habilidade técnica. Já os profissionais com mais tempo são mais experientes e demonstra maior segurança e destreza na realização de suas atividades laborais.

Gráfico_4: % referente ao setor de atuação

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Centro Cirúrgico Enfermaria Emergência

Técnicas Enfermeiras

Analisando o gráfico houve maior percentual de 50% das enfermeiras atuando na unidade de internação (clinica medica e cirúrgica) e em relação às técnicas de enfermagem 55% na unidade de Emergência.

Alguns estudos demonstram que os profissionais de Unidade de clinica medica ou cirúrgica estão mais expostos a esse tipo de acidente, devido à sobrecarga de trabalho e aos números de procedimentos invasivos somando as condições de trabalho.

Já para Brandi; Benatti; Alexandre (1998), estudo constatou que o pronto socorro é uma unidade com maior número de acidentes, sendo atribuído ao intenso ritmo de trabalho. Sabe-se que essa é uma das unidades com maior numero de procedimentos invasivos, mais especificamente a administração de medicamentos por via parenteral e coleta de sangue.

Por esses achados pode-se supor que o ritmo intenso, com conseqüente sobrecarga de trabalho, pode ter grande significado na ocorrência do acidente de trabalho com perfuro cortante.

Os resultados estão em concordância com os autores acima citados, em relação aos enfermeiros a unidade referente foi de clinica medica e cirúrgica, já no que diz respeito aos técnicos de enfermagem foi a unidade de emergência.

Gráfico_5: % do tempo de serviço na instituição pesquisada

0%

20%

40%

60%

80%

100%

0 a 10 11 a 20 21 a 30

Técnicas Enfermeiras

Foi verificado um maior percentual para as enfermeiras de 100% em relação ao tempo na Instituição de 0 a 10 anos e das técnicas de enfermagem um percentual de 90% de 0 a 10 anos e um menor percentual respectivamente equivalente a 5% entre 11 a 20 e 21 a 30 anos.

No que diz respeito ao tempo de serviço na Instituição, os dados obtidos deixaram evidente que a população deste estudo tinha de 0 a 10 anos trabalhando na mesma. Pesquisadores aventam a hipótese de que profissionais com mais tempo de serviço e experiência podem se sentir mais seguros e de certa forma negligenciar certas precauções no cuidado aos pacientes, por confiar demasiadamente em sua destreza, com isso acidentando-se algumas vezes, já os profissionais com pouco tempo de serviço acidentam-se mais devido pouca habilidade técnica, inexperiência e insegurança na realização das suas atividades laborais.

Gráfico_6: % de esquema vacinal completo

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10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Vacinada contra HepatiteB Vacinada contra tétano

Técnicas Enfermeiras

Analisando o gráfico em relação ao esquema vacinal, 100% das enfermeiras e 95% das técnicas estão imunizadas em relação à antitetânica e 84% das enfermeiras e 70% das técnicas estão imunizadas contra hepatite B.

As medidas especificas de quimioprofilaxia para hepatite B é a vacinação pré- exposição, devendo ser indicada para todos os profissionais da área de saúde. É uma vacina extremamente eficaz (OMS, 2004 apud CONCEIÇÃO, 2010).

Evitar o acidente por exposição ocupacional é o principal caminho para prevenir a transmissão dos vírus da hepatite B e C e do vírus da HIV. Entretanto a imunização contra a hepatite B é o atendimento mais adequado pós-exposição são os componentes fundamentais para um programa completo de prevenção dessas infecções e elementos importantes para a segurança do trabalho.

Conforme resultados acima, a equipe de enfermeiros e técnicos de enfermagem estão vacinados contra a hepatite B, reforçando assim uma das medidas mais eficazes e preventivas contra a infecção pelo vírus da hepatite B.

Gráfico_7: % de ocorrência de acidentes com perfuro cortante

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Sim Não

Técnicas Enfermeiras

Analisando o gráfico em relação a acidente com perfuro cortante, foi observado um percentual de 65% das técnicas de enfermagem e de 16% das enfermeiras.

Para Marziale; Rodrigues (2002 et al apud MOTA, 2010), Pesquisas sobre acidentes de trabalho com material perfurocortamte entre profissionais de enfermagem, foi constatado que a categoria de auxiliares e técnicos de enfermagem foi a mais afetada. Esta constatação se justifica pelo fato desses profissionais estarem diretamente responsáveis pela assistência ao paciente e terem contato continuo com material perfurocortamte, conseqüentemente, utilizando praticas inadequadas como: reencape, manuseio e descarte de agulhas, o que potencializa a ocorrência dos acidentes.

Considerando os resultados obtidos no estudo, houve uma concordância com a literatura acima citada. Concordando que os técnicos de enfermagem estão mais expostos aos riscos com acidentes com material perfuro cortante por estarem executando vários procedimentos invasivos e sendo os materiais perfuro cortante um dos seus principais instrumentos de trabalho na pratica profissional diária.

Gráfico_8: % de condutas tomadas após ocorrência de acidente com perfuro cortantes

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Técnicos Enfermeiras

Lavagem do local

Notificação de acidente de trabalho Emissão da CAT

Atendimento médico imediato Teste rápido ( +)

Teste rápido ( - ) Nenhuma

Verificando o gráfico sobre as condutas tomadas, foi observado que 100%

das enfermeiras realizaram lavagem local, notificação, atendimento médico imediato e realizaram teste com resultado negativo. Já as técnicas de enfermagem 100%

realizaram lavagem local, 43% notificação, 38% realizaram teste com resultado negativo, 30% atendimento médico imediato e 15% tiveram emissão de CAT.

Segundo o Manual do Ministério de Saúde (2004), após o acidente com perfuro cortante os procedimentos recomendados em caso de exposição a material biológicos são: cuidados locais na área exposta, lavagem exaustiva com água e sabão em caso de exposição percutanea, recomendações especificas para imunização contra tétano e hepatite, medidas de quimioprofilaxia e acompanhamento sorológico para hepatite e HIV (CONCEIÇÃO, 2010).

Brasil (2006), condutas após acidente: lavagem do local exposto com água e sabão; exposição de mucosas deve se lavar exaustivamente com água ou solução salina; não deve realizar procedimentos que aumentem a área exposta, como cortes e injeções locais; está contra indicado o uso de soluções irritativas; conhecimento da fonte; possível uso de quimioprofilaxia; realização dos exames; acompanhamento durante seis meses; suporte emocional; reforçar a prática de biossegurança e precauções universais; registro do acidente (CAT) e notificação do Sinam.

Nos casos de exposição com material biológico, o Ministério da Saúde determina que as Instituições de Saúde tenham à disposição dos profissionais

protocolos escritos e avaliação médica imediata. O profissional deve comunicar imediatamente a autoridades competentes, para que possa informar o acidente através da notificação por meio da comunicação de acidente de trabalho (CAT).

(MOTA, 2010).

De acordo ao exposto acima, os resultados mostraram que a maioria dos profissionais seguiu o protocolo da Instituição, conforme o protocolo do Ministério da Saúde. Desde a lavagem das mãos à notificação no Sinam. Foi observado que só 15% dos técnicos de enfermagem realizaram a emissão da CAT, mesmo sendo legalmente obrigatória a sua emissão e 43% realizaram notificação, causando assim uma subnotificação dos acidentes de trabalho.

Gráfico_9: % de acompanhamento sorológico após acidente

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Técnicas Enfermairas

Imediatamente após acidente, 3 a 6 meses e 1 ano

Imediatamente após acidente e aos 3 meses

Apenas um exame após acidente

Não realizou

Avaliando o gráfico de acompanhamento foi observado que 100% das enfermeiras realizaram apenas exame pós-acidente e 46% das técnicas não realizaram, 30% apenas exame pós-acidente, 16% não responderam e 8%

Imediatamente e após 3 meses e 1 ano.

O acompanhamento sorológico anti-HIV deve ser realizado no momento do acidente, sendo repetido após seis e doze semanas e pelo menos seis meses depois. O teste deverá ser feito, após aconselhamento pré e pós-teste sorológico (MARZIALE et al., 2004).

Segundo a ANVISA o protocolo de avaliações pós-acidentes deve ser da seguinte forma: Primeira: seis semanas, solicitar sorologia para HIV, transaminases

e hemograma completo. Segunda: três meses: solicitar anti HIV e transaminases.

Terceira: seis meses: solicitar anti HIV, transaminases e marcadores virais para hepatite B e C.

O acompanhamento dos profissionais de saúde, através das sorologias pós- acidente com material perfuro cortante é de fundamental importância para investigação e caracterização de uma doença ocupacional. Conforme resultados apresentados acima só 8% dos técnicos de enfermagem conseguiram seguir o acompanhamento conforme protocolo da ANVISA /Ministério da Saúde. A maioria só realizou o exame pós-acidente e não tiveram acompanhamento e ainda tiveram aqueles que não realizaram nenhum exame.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização da presente pesquisa abordando a temática dos acidentes de trabalho com exposição a material perfuro cortante entre os profissionais de enfermagem do Hospital Regional de Castro Alves foi extremamente importante, pois através dessa, verificou-se a ocorrência destes acidentes.

Os profissionais de enfermagem estão expostos á ocorrência de acidentes de trabalho de varias naturezas, principalmente com materiais perfuro cortantes.

Considerando que esses acidentes podem ocorrer em decorrência do exercício profissional e do modo de vida desses trabalhadores. Os resultados obtidos com esta pesquisa mostram que os técnicos de enfermagem se acidentaram mais. Isto se justifica devido esta categoria profissional ter contato direto com a assistência ao paciente, realizando procedimentos invasivos.

Com relação aos acidentes por exposição à material biológico houve predominância dos acidentes com perfuro cortante. Os acidentes com material perfuro cortante são ocasionados por inúmeras condições como reencape de agulhas, desconectar agulhas de seringas, descartar agulhas em recipientes superlotados, transportar e manipular agulhas desprotegidas, descarte inadequado de objetos perfuro cortantes e administração de medicamentos intramusculares e intravenosos.

As faixas etárias dos profissionais eram de 20 a 30 anos, com predominância do sexo feminino. Segundo Almeida (2010), a enfermagem é exercida majoritariamente por mulheres, considerando-se que cuidados aos enfermos mostram-se cultural e socialmente apropriados para o trabalho feminino.

Os setores hospitalares onde os acidentes são mais comuns foram nas unidades de clinica medica, clinica cirúrgica e emergência. Autores apontam essas Unidades com percentual mais elevado, devido à quantidade de procedimentos invasivos, mais complexos e com grande rotatividade de pacientes.

O esquema vacinal da equipe estava completo, a maioria dos profissionais estavam com cobertura vacinal completa contra hepatite B. Evitar o acidente por exposição ocupacional é o principal caminho, entretanto a imunização contra a

hepatite B é o atendimento mais adequado para um programa completo de prevenção.

A maioria dos profissionais seguiu o protocolo da Instituição, conforme o protocolo do Ministério da Saúde. Desde a lavagem das mãos à notificação no Sinam. Foi observado que poucos técnicos de enfermagem realizaram a emissão da CAT, mesmo sendo legalmente obrigatória a sua emissão, causando assim uma sub-notificação dos acidentes de trabalho.

Apenas um pequeno percentual dos técnicos de enfermagem conseguiu seguir o acompanhamento sorológico conforme protocolo da Instituição de acordo com ANVISA /Ministério da Saúde.

Concluindo os profissionais de enfermagem estão exposto a acidentes de trabalho com material perfuro cortante, a prevenção desses acidentes e a medida mais eficaz para diminuir essa exposição ocupacional.

Faz-se necessário estudos mais aprofundados sobre as causas mais comuns e conseqüências para os profissionais, possibilitando elaboração de programas de educação, treinamento dos profissionais, supervisão das rotinas de trabalho, tornando habitual a pratica das precauções de biossegurança, como a adoção das medidas básicas: a lavagem das mãos, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), imunização dos profissionais, manipulação e descarte adequado dos materiais perfuro cortante que são denominadas precauções padrão.

É importante que se implemente programa de educação permanente que aborde as questões de acidente com material perfuro cortante, esclarecendo a importância da notificação, do atendimento médico imediato, da imunização, da emissão da comunicação de acidente de trabalho(CAT) e do acompanhamento sorológico pós acidente.

Ressaltando que o sucesso de qualquer programa educativo está diretamente ligado à participação e reconhecimento por partes dos trabalhadores e apoio da Instituição Hospitalar.

A Instituição precisa mostrar as informações do protocolo de acidentes com material perfuro cortante, incentivando e informando a importância de todas as

etapas e principalmente da notificação no Sinam e da emissão da CAT, pois a falta de informação, gera uma subnotificação, que prejudica os estudos e pesquisa que visam melhorar este percentual.

Este estudo revela-se de fundamental importância para as Instituições de saúde, principalmente a Instituição pesquisada visto que possibilita um maior conhecimento sobre esta temática ainda tão comum entre os trabalhadores de enfermagem e evidencia a necessidade de uma intervenção por parte da Instituição juntamente com a CIPAT para reduzir e controlar cada vez mais estes percentuais, sendo necessária a aplicação de medidas preventivas, educacionais e de controle epidemiológico, visando uma conscientização individual e coletiva.

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