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Exemplos Numéricos

No documento PARTE II - FLEXÃO NORMAL SIMPLES (páginas 57-66)

9. SEÇÃO T

9.2 Seção T com Armadura Simples

9.2.4 Exemplos Numéricos

1º) Dimensionar a armadura longitudinal de flexão da viga com a seção transversal mostrada na Figura 57, sendo dados:

concreto C20 aço CA-50

s = 1,15

c = f = 1,4

Mk = + 15.000 kN.cm c = 2,5 cm

brita 1

t = 6,3 mm bf = 100 cm hf = 8 cm bw = 20 cm h = 50 cm

20 100

8

50

Figura 57 – Dimensões da seção T.

RESOLUÇÃO

Como exemplo de aplicação a resolução será feita segundo as equações teóricas deduzidas e também conforme as equações com coeficientes K. O momento fletor de cálculo é:

kN.cm 000 . 21 15000 . 4 , 1 M .

Md f k  

O valor de acg (distância do centro de gravidade da armadura tracionada à borda tracionada da seção) será adotado como 5 cm, o que resulta na altura útil:

d = h – 5 cm = 50 – 5 = 45 cm

Os valores limites entre os domínios 2, 3 e 4 para o aço CA-50 e para os concretos do Grupo I de resistência, são:

x2lim = 0,26d = 0,26 . 45 = 11,7 cm x3lim = 0,63d = 0,63 . 45 = 28,4 cm a) Equações teóricas

Inicialmente supõe-se que resultará 0,8x  hf e a seção T será calculada como retangular, com dimensões bf . h. Aplicando a Eq. 20 da seção retangular, com bf ao invés de bw , encontra-se a posição da linha neutra (x):

d 0,4x

f x b 68 , 0

Mdf cd  , com Md sempre com valor absoluto.

45 0,4x

4 , 1 0 , x 2 100 . 68 , 0 000 .

21    x = 5,0 cm

A profundidade do diagrama retangular simplificado de distribuição de tensões de compressão no concreto, para os concretos do Grupo I de resistência (Eq. 12), é:

0,8x = 0,8 . 5,0 = 4,0 cm

Como resultou 0,8x = 4 cm < hf = 8 cm, a hipótese inicial foi confirmada, e a seção T deve ser dimensionada como retangular bf . h, com as equações definidas para a seção retangular. A verificação do domínio mostra que a seção T encontra-se no domínio 2,40 dado que:

x = 5,0 cm < x2lim = 11,7 cm

Além disso, a posição da linha neutra atende o limite apresentado na Eq. 58:

x/d = 5,0/45 = 0,11 ≤ 0,45  ok! (para concretos do Grupo I de resistência) A armadura é calculada aplicando a Eq. 22, com sd = fyd = fyk/s :

   

2 y d

s d 11,23cm

0 , 5 . 4 , 0 15 45 , 1 50

000 . 21 x

4 , 0 d f

A M 

 

A área de armadura mínima de flexão conforme a Tabela 2 é:

As,mín = 0,15% bw h = 0,0015 . 20 . 50 = 1,50 cm2  As > As,mín

b) Equações com coeficientes K

Supondo inicialmente que resultará 0,8x  hf e a seção T será calculada como retangular, com dimensões bf . h, aplicando a Eq. 64 encontra-se a posição da linha neutra (x):

6 , 000 9 . 21

45 . 100 M

d K b

2 d

2

cf  

Com concreto C20 e aço CA-50, na Tabela A-1 determinam-se os valores de x = 0,11, Ks = 0,024 e domínio 2. Sendo x = x/d, os valores de x e 0,8x são:

x = x . d = 0,11 . 45 = 5,0 cm 0,8x = 0,8 . 5,0 = 4,0 cm < hf = 8 cm

Como resultou 0,8 x < hf , a hipótese inicial foi confirmada, ou seja, a seção T deve ser dimensionada como seção retangular bf . h. Verifica-se também que a posição da linha neutra atende o limite apresentado na Eq. 58, para concretos do Grupo I de resistência:

x = x/d = 0,11 ≤ 0,45  ok!

A armadura tracionada resulta da Eq. 65 (ou Eq. 30):

40Nas seções T geralmente resulta o domínio 2, porque a área de concreto comprimido é normalmente grande.

45 000 . 02421 , d 0 K M

Ass d   As = 11,20 cm2 c) Deformações

Como resultou o domínio 2, a deformação na armadura tracionada é sd = 10 ‰ e a deformação no concreto da fibra mais comprimida é (Eq. 24):

x d

x

sd cd  

0 , 5 45

0 , 5 10

cd  

  cd = 1,25 ‰ (no domínio 2 cd deve estar entre zero e 3,5 ‰).

d) Detalhamento da armadura

O detalhamento da armadura longitudinal de flexão está mostrado na Figura 58. Como o momento fletor é positivo, a armadura deve ser disposta próxima à borda inferior da viga. A Tabela A-4 mostra que para a área calculada As = 11,23 cm2 podem ser colocadas 6  16 mm (12,00 cm2), e a tabela mostra também quantas das seis barras  16 mm podem ser dispostas em uma única camada. Considerando que o cobrimento é c = 2,5 cm, para quatro barras a largura bw mínima é de 20 cm, igual à largura existente de 20 cm, sendo possível, portanto, alojar quatro barras na primeira camada. As duas barras restantes devem ser colocadas na segunda camada, amarradas nos ramos verticais dos estribos. O espaçamento livre mínimo na direção vertical entre as barras das duas camadas é (Eq. 11):





cm 1,0

= 1,9 . 0,5 0,5d

cm 1,6 cm 2 a

agr máx, mín

,

v av,mín = 2,0 cm

Supondo que o CG da armadura esteja posicionado 0,5 cm acima da face superior das barras da primeira camada, a distância acg entre o centro de gravidade da armadura e a borda tracionada é:

acg = c + t +  + 0,5 = 2,5 + 0,63 + 1,6 + 0,5 = 5,2 cm  ok! foi adotado de início como 5,0 cm.

A viga não necessita de armadura de pele, pois h = 50 cm (ver Eq. 9), no entanto será aplicada com a área indicada na NB 1/1978:

Asp,face = 0,05% bw . h = 0,0005 . 20. 50 = 0,50 cm2

(3  5 mm  0,60 cm2 em cada face vertical. Esta armadura não está indicada na Figura 58).

cg

6 Ø 16

20

8 100

50

av

CG

d

a 0,5

Figura 58 – Detalhamento da armadura longitudinal na seção transversal.

2º) Dimensionar a armadura longitudinal de flexão para a seção T mostrada na Figura 59, sabendo-se que:

Mk = + 8.000 kN.cm concreto C25 aço CA-50

s = 1,15

c = f = 1,4 c = 2,5 cm

t = 5 mm brita 1 bf = 45 cm hf = 7 cm bw = 18 cm h = 30 cm

18

7

30 45

Figura 59 – Dimensões da seção transversal.

RESOLUÇÃO

Assim como o exemplo anterior, o problema é de dimensionamento, onde as duas incógnitas são a área de armadura As e a posição da linha neutra (x). A resolução será feita segundo as equações teóricas e do tipo K. O momento fletor de cálculo é:

Md = f . Mk = 1,4 . 8000 = 11.200 kN.cm

Adotando acg = 5 cm, a altura útil d resulta: d = h  acg = 30 – 5 = 25 cm

Os limites entre os domínios 2, 3 e 4, para o aço CA-50 e concretos do Grupo I de resistência, são:

x2lim = 0,26d = 0,26 . 25 = 6,5 cm x3lim = 0,63d = 0,63 . 25 = 15,8 cm a) Equações teóricas

Inicialmente supõe-se que a seção T será calculada como retangular bf . h, para 0,8x  hf . Aplicando a Eq. 20 da seção retangular, com bf no lugar de bw , encontra-se a posição da linha neutra (x):

d 0,4x

f x b 68 , 0

Mdf cd

25 0,4x

4 , 1

5 , x2 45 . 68 , 0 200 .

11    x = 9,7 cm

0,8x = 0,8 . 9,7 = 7,8 cm > hf = 7 cm

Logo, a hipótese de seção retangular bf . h não é válida, pois a linha neutra passa na nervura (alma) da viga, e neste caso a seção deve ser dimensionada com as equações desenvolvidas para a seção T. O valor inicial de x (9,7 cm) deve ser recalculado para a seção T. Inicialmente, calcula-se a parcela M1d do momento fletor resistente total (Eq. 55):

f w

f cd

f

d

1 b b h 0,85f d 0,5h

M   

  

25 0,5.7

6.168kN.cm 4

, 1

5 , 85 2 , 0 . 7 18 45

M1d    

A segunda parcela do momento fletor resistente (Eq. 56), considerando Md sempre com valor absoluto, é:

M2d = Md – M1d = 11.200 – 6.168 = 5.032 kN.cm

Agora, da parcela M2d pode-se calcular a posição correta da linha neutra (Eq. 57):

d 0,4x

f x b 68 , 0

M2dw cd

25 0,4x

4 , 1

5 , x 2 18 . 68 , 0 032 .

5    x = 11,2 cm, e verifica-se que 0,8x = 9,0 cm > hf = 7 cm Foi confirmada a aplicação da formulação de seção T, que encontra-se no domínio 3:

x2lim = 6,5 cm < x = 11,2 cm < x3lim = 15,8 cm

Além disso, deve ser verificado se a posição da linha neutra atende o limite apresentado na Eq. 58:

x/d = 11,2/25 = 0,45 ≤ 0,45  ok! a viga pode ser dimensionada.

Caso resulte x/d > 0,45, geralmente a solução mais viável é aumentar a altura h da seção transversal.41 Nos domínios 2 e 3 a tensão na armadura tracionada é igual a fyd . As parcelas As1 e As2 da armadura são (Eq.

59 e Eq. 60):

   

2 f

y d d 1 1

s 6,56cm

7 . 5 , 0 15 25 , 1

50

168 . 6 h

5 , 0 d f

A M 

 

   

2 y d

d 2 2

s 5,64cm

2 , 11 . 4 , 0 15 25 , 1

50

032 . 5 x

4 , 0 d f

A M 

 

As = As1 + As2 = 6,56 + 5,64 = 12,20 cm2 b) Equações com coeficientes K

Supondo-se que a seção T será calculada como seção retangular, com a Eq. 64:

5 , 200 2 . 11

25 . 45 M

d K b

2 d

2

cf  

Com concreto C25 e aço CA-50, na Tabela A-1 determina-se o valor x = 0,40. Com x = x/d, os valores para x e 0,8x são:

x = x . d = 0,40 . 25 = 10,0 cm 0,8x = 0,8 . 10,0 = 8,0 cm > hf = 7 cm

Portanto, com 0,8x > hf , a seção T deve ser dimensionada com as equações desenvolvidas para a seção T. Calcula-se x

* referente à altura da mesa comprimida (Eq. 66):

x* = d

h 25 ,

1 f

= 0,35

25 7 25 ,

1  

Com x* = 0,35 na Tabela A-1 encontra-se Kc

* = 2,7. Com Kc

* determina-se a primeira parcela do momento fletor resistente total (Eq. 67):

41Uma solução teórica seria dimensionar a seção T com armadura dupla, como feita para seção retangular. No entanto, neste caso muito provavelmente a flecha da viga deverá superar a flecha máxima permitida pela norma, e aumentar a altura da viga é uma solução mais viável.

 

* c

2 w f d

1 K

d b

M  b  =

 

250 . 7 6

, 2

25 18

45 2

kN.cm A segunda parcela do momento fletor resistente é (Eq. 56):

M2d = Md – M1d = 11.200 – 6.250 = 4.950 kN.cm

Com o momento fletor M2d calcula-se a posição correta x da linha neutra (Eq. 68):

d 2

2 w

c M

d

K b = 2,3

950 . 4

25 18 2

Na Tabela A-1, com Kc = 2,3, encontram-se x = 0,44, Ks = 0,028 e o domínio 3. Verifica-se que x

atende ao limite máximo de 0,45 (Eq. 58). A posição da linha neutra resulta:

x = x . d = 0,44 . 25 = 11,0 cm , e 0,8x = 8,8 cm > hf = 7 cm, o que confirma a seção T.

A área de armadura é (Eq. 69):

 

d

K M h 5 , 0 d f

A M s 2d

f y d

d

s 1

  

 

25

950 . 0284 , 0 7 5 , 0 15 25 , 1 50

250 .

As 6 

As = 6,69 + 5,54 = 12,23 cm2 c) Detalhamento

O detalhamento da armadura longitudinal de flexão está mostrado na Figura 60. Para a área calculada As = 12,20 cm2, com auxílio da Tabela A-4 podem ser definidos os arranjos: 2  20 + 3  16 (12,30 cm2), ou 6

 16 (12,00 cm2), ou 3  20 + 2  12,5 (11,95 cm2). A Tabela A-4 também mostra que é possível colocar três barras  20 mm em uma única camada, pois a largura bw mínima é 17 cm (para o cobrimento c = 2,5 cm), menor que a largura bw existente (18 cm). Isso mostra que é possível dispor duas barras  20 mm mais uma barra  16 mm (entre as duas). As outras duas barras restantes ( 16) devem ser colocadas na segunda camada, amarradas nos ramos verticais dos estribos.

cga

CG

2 Ø 20 3 Ø 16

18 ah

Figura 60 – Detalhamento da armadura longitudinal na seção transversal.

O espaçamento livre mínimo na direção vertical entre as barras das duas camadas é (Eq. 11):





cm 1,0

= 1,9 . 0,5 0,5d

cm 0 , 2 cm 2 a

agr máx, mín

,

v av,mín = 2,0 cm

Supondo que o CG da armadura esteja posicionado 0,5 cm acima da face superior das barras da primeira camada, a distância acg entre o centro de gravidade da armadura e a borda tracionada é:

acg = c + t +  + 0,5 = 2,5 + 0,5 + 2,0 + 0,5 = 5,5 cm  ok! foi adotado de início como 5,0 cm.

O detalhamento indicado na Figura 60 mostra uma alta quantidade de armadura para a seção transversal da viga, devida principalmente à baixa altura h. Torna-se muito importante neste caso verificar a abertura das fissuras na seção transversal, bem como também a flecha.42 Se a viga não atende a esses requisitos, geralmente aumenta-se a sua altura.

3º) Dada a laje nervurada esquematizada na Figura 61, dimensionar a área de aço As das nervuras, consideradas biapoiadas. São dados:

concreto C30 c = 2,0 cm

brita 1 Mk = + 1.350 kN.cm/nervura

vão a das nervuras = 600 cm aço CA-50

4

50

bf

b1 b1

bloco

10 10

29

Figura 61 – Dimensões (cm) da laje nervurada.

RESOLUÇÃO

Como o momento fletor solicitante é positivo e a mesa da laje nervurada está comprimida pelo momento fletor, a seção formada é T, para cada nervura.43 Conforme o desenho da laje mostrado na Figura 61 tem-se: bw = 10 cm ; h = 29 cm ; hf = 4 cm ; b2 = 50 cm. O momento fletor de cálculo é:

kN.cm 890 . 1 1350 . 4 , 1 M

Md f k  

A largura colaborante é dada pelas dimensões b1 à esquerda e à direita das nervuras, conforme definida na Eq. 52:



 

cm 25 50 . 5 , 0 b 0,5

cm 60 600 . 1 , 0 a 1 , b 0

2

1  b1 = 25 cm

A largura colaborante da mesa é:44 bf = bw + 2b1 = 10 + 2 . 25 = 60 cm Para a altura útil será adotado o valor:45 d = h – 2,5 cm = 29 – 2,5 = 26,5 cm O valor de Kc é (Eq. 64):

42O estudo de flecha e verificação de abertura de fissura em peça sob flexão serão feitos posteriormente.

43Se o momento fletor solicitante fosse negativo, a seção a considerar seria a retangular (10 x 29 cm).

44Nas lajes nervuradas geralmente a largura colaborante coincide com a distância entre os eixos das nervuras.

45Na maioria das vezes as nervuras não têm estribos.

3 , 890 22 . 1

5 , 26 . 60 M

d K b

2 d

2

cf  

Com Kc = 22,3, na Tabela A-1 encontram-se domínio 2, x = 0,03 e Ks = 0,023. A verificação se o cálculo da seção T deve ser feito com as equações desenvolvidas para a seção retangular ou para a seção T é feita comparando 0,8x com hf :

cm 8 , 0 5 , 26 . 03 , 0 d .

xx    0,8 x = 0,8 . 0,8 = 0,6 cm < hf = 4 cm

Portanto, cálculo de seção T como seção retangular. Além disso, x = 0,03 < 0,45, o que atende ao limite máximo estabelecido na Eq. 58. A área de armadura tracionada em cada nervura é (Eq. 65):

d 2 s

s 1,64cm

5 , 26

890 . 0231 , d 0 K M

A    (2  10 mm  1,60 cm2)

O detalhamento da seção transversal das nervuras está mostrado na Figura 62. O espaçamento livre mínimo entre as barras deve ser (Eq. 10):





cm 2,3

= 1,9 . 1,2 1,2d

cm 0 , 1 cm 2 a

agr máx, mín

,

h ah,mín = 2,3 cm

Considerando que não há a necessidade de estribos nas nervuras, e com o cobrimento c = 2,0 cm, o espaçamento livre existente entre as barras é:

ah = bw  2(c + ) = 10 – 2(2,0 + 1,0) = 4,0 cm

Portanto, ah > ah,mín , e podem ser dispostas as duas barras na largura da nervura.

2 Ø 10

10

Figura 62 – Detalhamento da armadura de flexão na seção transversal da nervura.

4º) Calcular o momento fletor admissível de serviço para a seção T indicada na Figura 63. São conhecidos o concreto C20 e o aço CA-50.

RESOLUÇÃO

O problema em questão é de verificação, onde as incógnitas são a posição da linha neutra (x) e o máximo momento fletor que a seção pode resistir (Mk). O cálculo pode ser feito com as equações teóricas, supondo-se inicialmente que a seção T tenha sido calculada como seção retangular.

Como a armadura tracionada As está localizada no lado superior da viga, o momento fletor solicitante tem sinal negativo, o qual comprime o lado inferior da viga. Portanto, a mesa inferior está comprimida e pode ser considerada formando uma seção T juntamente com a alma.

80 5 A = 25,20 cm²s

20

8

200 cm

85

Figura 63 – Dimensões da seção transversal e área de armadura tracionada.

Das equações de equilíbrio de forças resultantes no concreto comprimido e na armadura tracionada (Eq. 53) tem-se: Rcc = Rst . E supondo que a seção tenha sido dimensionada nos domínios 2 ou 3, a tensão na armadura tracionada sd é igual à máxima tensão possível no aço (fyd). A força resultante de tração na armadura é (Eq. 17):

kN 096 . 1 20 , 1525 , 1 A 50

Rst sd s 

Para atender ao equilíbrio de forças resultantes deve-se ter Rcc = Rst = 1.096 kN. Supondo seção retangular a posição x da linha neutra é calculada pela Eq. 16, com bf no lugar de bw :

cm 6 , 5 x 4 , 1 0 , x2 200 . 68 , 0 096 . 1

f x b 68 , 0

Rccf cd    

Comparação de 0,8x com hf : 0,8x = 0,8 . 5,6 = 4,5 cm < hf = 8 cm

Como resultou 0,8x < hf , a seção T pode ser calculada como retangular com seção bf . h. O valor calculado para x está correto. Tem-se também que x/d = 5,6/80 = 0,07 < 0,45, e verifica-se que o limite máximo foi atendido (Eq. 58). A verificação do domínio serve para confirmar se sd é realmente igual a fyd:

x2lim = 0,26 . 80 = 20,8 cm ; x3lim = 0,63 . 80 = 50,4 cm

Como x = 5,6 cm < x2lim = 20,8 cm, a seção está no domínio 2 e sd é realmente igual a fyd . O momento fletor máximo de serviço pode ser calculado pela Eq. 20 com bf no lugar de bw , e com f = 1,4:

d 0,4x

f x b 68 , 0

Mdf cd

80 0,4.5,6

4 , 1

0 , 6 2 , 5 . 200 . 68 , 0 M . 4 ,

1 k    Mk = 60.431 kN.cm

Portanto, o momento fletor característico (Mk) de serviço é – 60.431 kN.cm (momento fletor negativo).

5º) Calcular o momento fletor máximo de serviço que a seção mostrada na Figura 64 pode resistir. São conhecidos o concreto da viga (C30) e o aço (CA-50).

RESOLUÇÃO

O problema em questão é de verificação (incógnitas x e Mk), como o exemplo anterior. Porém, como a armadura tracionada está na borda inferior da viga, o momento fletor solicitante tem sinal positivo e, por isso, a mesa está comprimida e pode ser utilizada no cálculo formando uma seção T junto com a alma. O cálculo deve ser iniciado buscando-se a posição da linha neutra, por meio da equação de equilíbrio das forças resultantes. São feitas as suposições de que a viga tenha sido dimensionada nos domínios 2 ou 3 e que a seção T tenha sido calculada como seção retangular bf . h.

45

5 50

20

8 120

A = 20,80 cm²s

Figura 64 - Seção transversal com dimensões (cm) e área de armadura de tração.

Da equação de equilíbrio de forças resultantes tem-se Rcc = Rst , e supondo que a seção está no domínio 2 ou 3 tem-se sd = fyd . A resultante de força na armadura tracionada é (Eq. 17):

kN 904 80 , 1520 , 1 A 50

Rst sd s 

Supondo seção retangular e o equilíbrio de resultantes, tem-se Rcc = Rst = 904 kN. A posição da linha neutra é (Eq. 16):

cm 2 , 5 x 4 , 1

0 , x3 120 . 68 , 0 904

f x b 68 , 0

Rccf cd    

Verificação de 0,8x com hf :

0,8x = 0,8 . 5,2 = 4,2 cm < hf = 8 cm

Portanto, a hipótese de seção T como retangular bf . h está confirmada. Tem-se também que:

x/d = 5,2/45 = 0,12 < 0,45 , e verifica-se que o limite máximo foi atendido (Eq. 58).

O momento fletor máximo de serviço, com f = 1,4, é (Eq. 20):

d 0,4x

f x b 68 , 0

Mdf cd

45 0,4.5,2

4 , 1

0 , 2 3 , 5 . 120 . 68 , 0 M . 4 ,

1 k    Mk = 27.875 kN.cm

Portanto, o momento fletor de serviço é 27.875 kN.cm (momento fletor positivo).

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