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AMBIENTE FAMILIAR DE LETRAMENTO E DESEMPENHO ESCOLAR: ESTUDO DE CASO EM VARGEM ALTA/E.S.

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Academic year: 2023

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A presente pesquisa trata das práticas de alfabetização no ambiente familiar de crianças que adquirem a linguagem escrita com facilidade ou com dificuldade. Na introdução são discutidos os conceitos de alfabetização e alfabetização, em seguida as possíveis causas das dificuldades de aprendizagem na aquisição da linguagem escrita e a influência da família nesse processo de alfabetização.

2-ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

A TEORIA BIOECOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Ou seja, é saudável para a pessoa em desenvolvimento ter cada vez mais oportunidades de exercer controle sobre a situação, por exemplo, deixando a criança decidir como realizar algum tipo de atividade na companhia dos pais ou de um amigo. Essas características (reciprocidade, equilíbrio de poder e afeto), quando presentes nas díades de observação, e principalmente nas díades de atividade conjunta, facilitam a formação de um terceiro tipo de relacionamento entre duas pessoas, a díade primária. Por exemplo, pai e filho contando uma história formam naturalmente uma díade de atividade conjunta que ocorre no contexto de uma díade primária; mas se a criança sai com o pai para vê-lo ler na igreja, a díade é claramente de observação.

O terceiro elemento do microssistema diz respeito aos papéis, que devem ser entendidos como “um conjunto de atividades e atitudes esperadas de uma pessoa que ocupa uma determinada posição na sociedade e de outras pessoas em relação a essa pessoa” (Bronfenbrenner 1996, p. 85). Bronfenbrenner (1996) ressalta ainda que é preciso considerar não apenas as expectativas da pessoa em relação ao relacionamento com o outro, mas também o que ela acha que o outro espera do relacionamento, por exemplo as expectativas que o pai tem em relação ao que o outro espera. criança espera dele. O conhecimento interambiental diz respeito ao conhecimento de um ambiente sobre outro, por exemplo na biblioteca temos informações de outros lugares e culturas através de livros.

O potencial de desenvolvimento de um ambiente num mesossistema aumenta se a transição inicial da pessoa para esse ambiente não ocorrer sem problemas.

ESTUDOS RELACIONADOS AO LETRAMENTO

Segundo Xavier (2002), o letramento digital envolve a realização de práticas de leitura e escrita diferentes das formas tradicionais de alfabetização e letramento. Introduz assim a questão de um ambiente de leitura e escrita, que é o uso sistemático de situações de leitura e escrita, ou seja, situações de leitura e escrita. Esse ambiente de alfabetização é enfatizado por Ferreiro, para que ocorra tanto na família quanto na sala de aula, para dar oportunidades àquelas crianças que no seu cotidiano não convivem com situações com a linguagem escrita, uma exposição a situações com o uso da escrita . linguagem, a eventos de alfabetização.

O trabalho de Araújo é um impulso adicional para a nossa investigação, que visa observar as práticas de alfabetização existentes em famílias de crianças bem-sucedidas na escola, que têm problemas de alfabetização, apesar de aparentemente terem o mesmo perfil socioeconómico. A alfabetização pode ser uma vantagem para um grupo, mas pode tornar-se uma desvantagem para outro grupo, especialmente quando estes veem as suas formas de alfabetização não valorizadas pela sociedade em geral, o que se torna uma situação de exclusão social. Assim vemos que a escola pode contribuir para que os alunos tenham dificuldades na aquisição da linguagem escrita quando, por falta de compreensão, por não saberem quais são as formas de alfabetização utilizadas nas famílias onde os alunos fazem parte, priorizam apenas a indicação de suas competências linguísticas. própria alfabetização, excluindo, em última análise, aqueles alunos que não têm acesso a este tipo de alfabetização.

Dado que a investigação sobre alfabetização aqui apresentada se centra no nível de conceptualização e no ambiente da sala de aula, entendemos que o nosso trabalho pode contribuir para preencher a lacuna da alfabetização, ao tentar compreender as práticas de alfabetização em famílias do mesmo nível socioeconómico.

O PROBLEMA

METODOLOGIA

A experiência profissional anterior, em que a pesquisadora trabalhou com crianças em fase de alfabetização, levou à observação do ambiente familiar daquelas crianças que apresentavam mais facilidade ou mais dificuldade em aprender a ler e escrever. Optamos por trabalhar com alunos do 1º e 2º ano do ensino fundamental, pois a pesquisa visa descobrir quais fatores do ambiente externo da escola podem contribuir. Inicialmente pensamos em trabalhar apenas com famílias cujos alunos estivessem no 2º semestre do 1º ano, sendo expectável que já tenham um domínio inicial de leitura e escrita. Assim, seria possível identificar aqueles que demonstravam maior ou menor facilidade de aprendizagem.

Descobriu-se que um número significativo de alunos era tanto de alto desempenho quanto de alunos com dificuldades de aprendizagem. Tendo em conta o tempo de realização deste estudo, bem como o facto de a amostra poder representar todos os sujeitos, seleccionámos através de amostragem estratificada as famílias de doze alunos, seis dos quais apresentaram bom desempenho (cinco do segundo ano e um do primeiro ano). série) e seis deles, que apresentavam dificuldades de aprendizagem (três do 1º ano e três do 2º ano), aprox. 20% dos alunos de cada turma que tiveram aprendizagem fácil e difícil (o que justifica um maior número de alunos na segunda série) estão entre os de melhor desempenho). Identificadas as famílias a serem entrevistadas, verificando quais alunos tiveram desempenho acima ou abaixo da média, o próximo passo foi entrevistar essas famílias.

Essa etapa não foi difícil, pois nossas categorias já estavam pré-determinadas, compostas por variáveis ​​que, de acordo com a literatura profissional citada, influenciam significativamente no processo de aquisição da linguagem escrita.

CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS OBSERVADAS

Verificamos também que uma das mães de filhos bem-sucedidos, embora trabalhe na área, cursa faculdade. Assim, vemos que se acredita que as mães das crianças com melhor desempenho estão num nível ligeiramente superior em comparação com as mães das crianças que falharam. Esses familiares trabalham juntos na educação dos filhos com apoio voltado aos cuidados de higiene e saúde, ou zelando pelos filhos na ausência da mãe.

A maioria das crianças com bom desempenho escolar foi amamentada por curto período de tempo (geralmente até três meses) e menos tempo em comparação com as de baixo desempenho, cujo período durou de um ano e meio a dois anos, com exceção de uma mãe que não amamentou . Talvez a maioria das crianças prefira alimentos que não são realmente recomendados para a sua saúde, devido ao que lhes é oferecido no refeitório da escola. Contudo, os problemas que as crianças enfrentam parecem ser maiores no grupo de crianças com fraco desempenho. Ou seja, metade destas crianças nasceram prematuramente ou não se alimentaram bem, resultando num peso abaixo do normal, o que pode refletir a sua capacidade de aprendizagem.

Em contraste, a maioria das crianças com desempenho inferior tinha menos de dois anos de frequência pré-escolar.

ANÁLISE DOS DADOS

Porém, o estilo de liderança, observado através do comportamento das mães com seus filhos durante a entrevista, bem como através de suas falas, transmite um tipo de autoridade menos eficaz se comparado ao das mães de crianças que apresentam bom desempenho acadêmico. Este fato mostra que não existe interação entre o microssistema familiar e o microssistema escolar, ou seja, o mesossistema das crianças com dificuldades de aprendizagem é desarticulado. Ao contrário das mães de crianças bem-sucedidas, as mães de crianças com problemas apresentavam um conceito limitado ou tradicional de alfabetização; suas concepções de pessoa alfabetizada limitavam-se ao ato de saber ler e escrever, e alguns (a minoria) não sabiam responder à pergunta.

Para a maioria das mães de crianças de baixa renda, seus filhos são mais ou menos alfabetizados, pois não sabem ler e escrever corretamente. Quase todas as mães mencionaram que sempre conversam com os filhos sobre a escola. Percebemos que no grupo de crianças de baixa renda são contadas mais histórias por meio da leitura.

A maioria das crianças de ambos os grupos tem contos de fadas infantis, bem como livros para desenhar ou colorir.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao estudar as condições de alfabetização nas famílias, observamos também as seguintes características ou variáveis, que, embora não estejam diretamente relacionadas às práticas de alfabetização, podem interferir negativamente na aprendizagem das crianças que apresentam maiores dificuldades em saber: gravidez e mãe não saudáveis, nascimento prematuro de a criança; Percebemos também que a contribuição da escola para a recuperação dos alunos com dificuldades de aprendizagem tem sido ineficaz, pois não tem assumido uma postura preventiva, mas tem procurado ajudar após o aparecimento do insucesso, e aparentemente, de forma desligada da família e pela família e professores responsáveis ​​pelo processo de recuperação. Por outro lado, para isso é fundamental que a escola reconheça que seus alunos pertencem a uma classe social que, embora aparentemente homogênea, apresenta em si especificidades que podem contribuir para diferenças na aprendizagem.

As análises e reflexões realizadas ao longo deste estudo levam-nos a concluir que as dificuldades de aprendizagem dos alunos no processo de aquisição da linguagem escrita se devem, em grande parte, a uma série de condições peculiares descobertas neste grupo, resultantes de interações entre diferentes sistemas sociais. Ampliaria nossa contribuição se as variáveis ​​descobertas como de maior interferência no processo de aprendizagem fossem analisadas em outros contextos. Por fim, destacamos que nossas observações não só permitiram compreender que os ambientes familiares das crianças com dificuldades de aprendizagem revelaram-se mais frágeis nas práticas relacionadas às habilidades de leitura, mas também nos permitiram identificar fatores que podem interferir indiretamente na aprendizagem destas crianças. .

Além disso, a forma como foi trabalhado o processo de cura da criança merece ser reavaliada, para possibilitar a recuperação imediata ou durante o ano letivo, e não após constatada a reprovação ou desaprovação da criança.

Dados relativos aos pais ou responsáveis) 2) Estado civil dos pais da criança. relacionamento estável, filho do relacionamento atual. relacionamento estável, filho de relacionamento anterior. A criança participa de reuniões comunitárias relacionadas à educação religiosa. se sim), são utilizados materiais escritos nessas reuniões? A criança participa regularmente da comunidade em alguma atividade patrocinada pela Igreja. se sim), quais atividades. celebrações, teatro, celebrações, atividades de caridade).

A família tem o hábito de participar de outras atividades culturais e/ou esportivas na comunidade. se a resposta for sim), a criança participou junto com a família. A criança tem um lugar em casa para fazer os trabalhos escolares. se a resposta for sim), em quais (quais) locais?. A criança tem um lugar para brincar em casa. se a resposta for sim), em quais (quais) locais?.

A criança utiliza as ferramentas eletrônicas à disposição da família. se a resposta for sim), que ferramentas são essas.

Referências

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Entretanto, o percentual de alunos que ingressaram no ensino superior com idade mais avançada é maior nos cursos oferecidos no período noturno, o que sugere que esses alunos demoram