XXVII Congresso de Iniciação Científica
Análise comparativa da rotação de culturas no munícipio de Tatuí-SP
Aluno Autor: Caio Augusto Pires de Campos, Orientador: André Rodrigues dos Reis, Aluno Colaborador: Maria Gabriela Dantas Bereta Lanza, Matheus Souza Ferreira, João Pedro Castro Servilha. Unesp Campus de Tupã, Engenharia de Biossistemas, caiopercampos@gmail.com Bolsa: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Palavras Chave: Rotação de culturas, soja, cana-de-açúcar.
Introdução
A difusão de tecnologias de plantio como rotação de culturas tem sido cada vez mais empregada como aumento na fonte de renda do agricultor 1). A rotação de culturas, pela inclusão de espécies com sistema radicular agressivo e pelos aportes diferenciados de matéria seca altera as propriedades do solo.
Plantas leguminosas são fixadoras biológicas de nitrogênio. Além disso, esse processo contribui para a melhoria da qualidades dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo 1).
O baixo rendimento do arrendamento das terras para cana-de-açúcar na região está forçando os agricultores a retomar a produção de grãos principalmente soja, o que gera demanda por novas informações tecnológicas e agronômicas para essas culturas.
Objetivos
O objetivo deste estudo é fazer uma análise comparativa das principais culturas plantadas na região de Tatuí. Sabe-se que dentre as culturas mais plantadas na região são pastagens e cana-de- açúcar, porém todo canavial necessita de uma tempo de pousio ou área de reforma do solo. Nesse processo, os agricultores plantam outras culturas, portanto, o estudo objetiva analisar quais culturas são colocadas na sucessão e realizar a estimativa de área plantada de cana-de-açúcar, feijão, soja e milho entre os anos 2010 e 2015.
Material e Métodos
Os dados desse estudo referentes ao ano agrícola 2015 para as culturas cana-de-açúcar, feijão, soja e milho foram obtidos na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral do município de Tatuí-SP. Os dados referentes a áreas plantada em 2010 foi obtido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os resultados são baseados em questionários respondidos por agricultores do município. A área plantada de cada cultura pelos produtores foi apresentada por área total plantada em hectares (ha).
Resultados e Discussão
De acordo com a Tabela 1, observa-se a área plantada em hectares das culturas cana-de-açúcar,
feijão, soja e milho nos anos agrícolas 2010 e 2015.
Observa-se um pequeno decréscimo na área plantada com cana-de-açúcar. Isso é bastante comum, pois parte das áreas são utilizadas para reforma ou recuperação dos solos para evitar degradação química, física ou biológica do solo.
Durante esse período, os agricultores optam por plantar soja ou milho. A área plantada de soja duplicou nesse período, pois sabe-se que a soja é uma leguminosa e uma excelente planta fixadora biológica de nitrogênio. A cana-de-açúcar por ser uma gramínea não faz fixação biológica de nitrogênio. Na rotação de culturas, recomenda-se plantio de plantas leguminosas após plantio de gramíneas para aumentar a qualidade biológica do solo.
Tabela 1. Área plantada de cana-de-açúcar, feijão, soja e milho no município de Tatuí-SP.
Culturas Área (ha) 2010
Área (ha) 2015
Pastagens - 16.655
Cana de açúcar 9.576 8.917
Feijão 1200 285
Soja 300 652
Milho 4.611 4831
Observa-se uma queda drástica no plantio de feijão nesse período. Esse fato pode ser caracterizado pela queda nos preços do produto nesse período, sendo substituído pelo plantio da soja. Houve um acréscimo na área plantada de milho entre 2010 e 2015. O milho plantado na região de Tatuí é destinado principalmente para a fabricação de ração para animais.
Conclusões
No município de Tatuí o principal fator na variação de área plantada entre as culturas cana-de-açúcar, feijão, soja e milho é a rotação de culturas.
Agradecimentos
Os autores são gratos a Secretaria de Agricultura e do Meio Ambiente do município de Tatuí por fornecer os dados de entrevista com os produtores e auxílio na discussão dos dados obtidos.
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1Stone, L.F; Silveira, P.M. R. Bras. Ci. Solo. 2001, p. 1-395-401.
