w w w . e l s e v i e r . e s / r a m d
R e v i s t a A n d a l u z a d e
Medicina del Deporte
Original
Respostas psicobiológicas agudas do treinamento resistido com diferentes níveis de interac¸ ão social
C.V.L.S. Teixeira
a,b,∗, S.E. Ferreira
a, A.L. Evangelista
c, M.E. da Silva-Grigoletto
de R.J. Gomes
aaDepartamentodeBiociências,UniversidadeFederaldeSãoPaulo,Santos,SP,Brasil
bFaculdadedeEducac¸ãoFísica,FaculdadePraiaGrande,PraiaGrande,SP,Brasil
cDepartamentodeEducac¸ãoFísica,UniversidadeNovedeJulho,SãoPaulo,SP,Brasil
dDepartamentodeEducac¸ãoFísica,UniversidadeFederaldeSergipe,Aracaju,SE,Brasil
informaçãosobre o artigo
Historialdoartigo:
Recebidoa26dejunhode2015 Aceitea30denovembrode2015 On-lineaxxx
Palavras-chave:
Hipertensãoarterial Treinamentodeforc¸a Treinamentoresistidomanual Ansiedade
Humor
re s um o
Objetivo:Compararrespostaspsicobiológicaseperceptuaisagudasemhomensnormotensosehiper- tensos,apóssessõesdetreinamentoresistidocomdiferentesníveisdeinterac¸ãosocial:treinamento resistidomanualetreinamentoresistidocompesoslivres.
Método: Vinte e seis homens (14 normotensos, 40.29±8.63 anos, índice de massa corporal:
26.53±5.24kg/m2;12hipertensos,46.00±9.13anos,índicedemassacorporal:32.51±4.41kg/m2) foramsubmetidosasessõesúnicasdetreinamentoresistidomanualetreinamentoresistidocompesos livres.Foramaferidosansiedadeehumornosmomentospréepós-intervenc¸ão.Adicionalmente,foiapli- cadoumquestionárioparaidentificarpontospositivosenegativosdasintervenc¸ões.Paraanálisedos resultados,utilizou-seANOVAtwo-wayepost-hocdeBonferroni.Adotou-seníveldesignificânciade5%.
Paraansiedadeehumor,tambémfoiutilizadaanálisedotamanhodoefeito.Aanálisedoquestionário qualitativoconsiderouafrequênciadepontospositivosenegativosrelatadospelosvoluntários.
Resultados: Nenhumaintervenc¸ãofoieficienteemdiminuirsignificativamenteosvaloresiniciaisde ansiedade;noentanto,otreinamentoresistidomanualapresentoumaiormagnitudedediminuic¸ãono tamanhodoefeito.Nosfatoresnegativosdohumor,otreinamentoresistidomanualtambémproporcio- noumaioresmagnitudesparadiminuic¸ãonotamanhodoefeito.Otreinamentoresistidomanualteve maispontospositivosemenospontosnegativosmencionadospelaamostra,emrelac¸ãoaotreinamento resistidocompesoslivres.
Conclusão:Oníveldeinterac¸ãosocialpareceinfluenciarpositivamenteasrespostaspsicobiológicasagu- dasdotreinamentoresistido,eotreinamentoresistidomanualpareceserumaalternativaviávelpara esseobjetivo.
©2016Consejer´ıadeTurismoyDeportedelaJuntadeAndaluc´ıa.PublicadoporElsevierEspa ˜na, S.L.U.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/
licenses/by-nc-nd/4.0/).
Respuestaspsicobiológicasagudasdelentrenamientodefuerzacondiferentes nivelesdeinteracciónsocial
Palabrasclave:
Hipertensión
Entrenamientodefuerza
Entrenamientodefuerzaconresistencia manual
Ansiedad Estadodeánimo
re s um e n
Objetivo:Compararlasrespuestaspsicobiológicasypercepcionalesagudasenhombresnormotensose hipertensos,despuésdesesionesdeentrenamientodefuerzacondiferentesnivelesdeinteracciónsocial:
entrenamientodefuerzamanualyconpesoslibres.
Método: Veintiséis hombres (14 normotensos, 40.29±8.63 a ˜nos, índice de masa corporal:
26.53±5.24kg/m2;12hipertensos,46.00±9.13a ˜nos,índicedemasacorporal:32.51±4.41kg/m2)fue- ronsometidosasesionesindividualesdeentrenamientodefuerzamanualyconpesoslibres.Semidieron laansiedadyelestadodeánimoantesydespuésdelaintervención.Además,seaplicóuncuestionario paraidentificarlospuntospositivosynegativosdelasintervenciones.Paraelanálisisdelosdatos,se
∗ Autorparacorrespondência.
Correioseletrónicos:cauejg@yahoo.com.br,contato@caueteixeira.com.br(C.V.L.S.Teixeira).
http://dx.doi.org/10.1016/j.ramd.2015.11.004
1888-7546/©2016Consejer´ıadeTurismoyDeportedelaJuntadeAndaluc´ıa.PublicadoporElsevierEspa ˜na,S.L.U.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
utilizóANOVAdedosvíasyeltestdeBonferroni.Seadoptóunniveldesignificacióndel5%.Paraansiedad yelestadodeánimotambiénseutilizóelanálisisdeltama ˜nodelefecto.Elanálisisdelcuestionario cualitativoconsiderólafrecuenciadepuntospositivosynegativosreportadosporlosvoluntarios.
Resultados:Laintervenciónnofueeficazenladisminuciónsignificativadelosvaloresinicialesdeansie- dad,sinembargo,elentrenamientodefuerzamanualmostróunamayormagnituddeladisminuciónen eltama ˜nodelefecto.Enlosfactoresnegativosdelestadodeánimoy,elentrenamientodefuerzamanual tambiénproporcionómayoresmagnitudesenladisminucióndeltama ˜nodelefecto.Elentrenamiento defuerzamanualteníamáspuntospositivosymenosnegativosmencionadosporlamuestraenrelación conentrenamientodefuerzaconpesoslibres.
Conclusión:Elniveldeinteracciónsocialpareceinfluirpositivamenteenlasrespuestaspsicobiológicas agudasalentrenamientodefuerzayelentrenamientodefuerzamanualpareceserunaalternativaviable paraestepropósito.
©2016Consejer´ıadeTurismoyDeportedelaJuntadeAndaluc´ıa.PublicadoporElsevierEspa ˜na,S.L.U.
Esteesunart´ıculoOpenAccessbajolaCCBY-NC-NDlicencia(http://creativecommons.org/licencias/
by-nc-nd/4.0/).
Keywords:
Hypertension Strengthtraining Manualresistancetraining Anxiety
Mood
Psychobiologicalacuteresponsesofresistancetrainingwithdifferentlevelsof socialinteraction
a b s t r a c t
Objective:Tocomparetheacutepsychobiologicalandperceptualresponsesinnormotensiveandhyper- tensivemenafterresistancetrainingsessionswithdifferentlevelsofsocialinteraction:manualresistance trainingandfreeweightsresistancetraining.
Method:26men(14normotensive,40.29±8.63years,BodyMassIndex:26.53±5.24kg/m2;12hyper- tensive,46.00±9.13years,BodyMassIndex:32.51±4.41kg/m2)underwentsinglesessionsofmanual resistancetrainingandfreeweightsresistancetraining.Anxietyandmoodweremeasuredinpre-and post-intervention.Inaddition,aquestionnairewasappliedtoidentifypositiveandnegativepointsof theinterventions.Fordataanalysis,weusedtwo-wayANOVAandpost-hocBonferroni.Thesignificance leveladoptedwas5%.Foranxietyandmooditwasalsousedanalysisofeffectsize.Theanalysisof thequalitativequestionnaireconsideredthefrequencyofpositiveandnegativepointsreportedbythe volunteers.
Results:Bothinterventionwasineffectiveinsignificantlydecreasingtheinitialvaluesofanxiety;however themanualresistancetrainingshowedgreatermagnitudeofdecreaseineffectsize.Inthenegativefactors ofmood,themanualresistancetrainingalsoprovidedgreatermagnitudestodecreaseineffectsize.The manualresistancetraininghadmorepositiveandlessnegativepointsmentionedbythesamplerelative tofreeweightsresistancetraining.
Conclusion:Socialinteractionlevelappearstopositivelyinfluencetheacutepsychobiologicalresponsesof resistancetraining,andthemanualresistancetrainingappearstobeaviablealternativeforthispurpose.
©2016Consejer´ıadeTurismoyDeportedelaJuntadeAndaluc´ıa.PublishedbyElsevierEspa ˜na,S.L.U.
ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/by- nc-nd/4.0/).
Introduc¸ão
O treinamento resistido (TR) tem sido bem recomendado emprogramas deexercício físico para melhoriadasaúde, con- templandoaspectosfisiológicos1 epsicobiológicos2.Stricklande Smith3citamqueoTRapresentarespostaspositivassobreníveis deansiedade(ANS)ehumor(HUM).Essesbenefíciosjájustificam aaplicac¸ãodoTRparaapopulac¸ãoemgeral,emespecialparaindi- víduoshipertensos(HT),considerandoquea elevac¸ãodealguns estadosemocionaistendeaelevarapressãoarterial,estandoasso- ciadaaodesenvolvimentodahipertensãoarterial4.
Diversassão as características do exercício físico que exer- ceminfluênciapositivasobreosaspectospsicobiológicos,porém, ainterac¸ãosocial(IS)écitadacomocaracterísticadeterminante parasuaocorrência5.AISéumacaracterísticapresenteemdiver- sasmodalidadesdeexercício,emespecialnascoletivas.Noentanto, oTRemseuformatoconvencionalexplora poucoa IS entreos participantes.
ConsiderandoqueoTRpodeexercerinfluênciapositivasobrea saúdemental2equeaISéumadascaracterísticasquepodepoten- cializarosbenefícios5,explorarformasdeTRcommaiornívelde ISentreosparticipantespodeserumaestratégiainteressante,para proporcionarbenefíciospsicobiológicosaindamaisevidenciados.
OTRmanual(TRM)éumaformaalternativadeTRnaquala resistênciaparaexecuc¸ãodosexercícioséproporcionadaporum parceirodetreino,nosentidocontrárioaomovimentorealizado peloexecutante,deformamanual6,7.Porserbaseadanaresistência manual,oníveldeISnoTRMémaiordevidoaocontatofísico,queé inexistenteoumínimonoTRcompesoslivres(TRPL).Assim,nossa hipóteseéqueoTRMpossaserumaintervenc¸ãointeressantepara potencializarasrespostaspsicobiológicasdoTR.Noentanto,nãose temconhecimentodeestudosinvestigandoessesaspectos.
Assim,oobjetivodopresenteestudofoicompararrespostaspsi- cobiológicaseperceptuaisagudasemhomensnormotensos(NT)e HTapóssessõesdeTRcomdiferentesníveisdeIS:TRMeTRPL.
Método Amostra
Vinteeseisvoluntários,sendo14NT(40.29±8.63anos;índice demassacorporal[IMC]:26.53±5.24kg/m2)e12HT(46.00±9.13 anos; IMC: 32.51±4.41kg/m2), participaram do estudo. Foram adotadososseguintescritériosdeinclusão:serhomem,terentre 30–59 anosde idade, ser HT ouNT, ter liberac¸ãomédica para realizac¸ãodeexercíciosfísicos,nãoestarengajadoemprogramade
exercíciosfísicos,terdisponibilidadeparaparticipardasdoisses- sõesdetreino.Oscritériosdeinclusãoforamidentificadosatravés deentrevistapréviaeonãoatendimentoaoscritériosdeinclusão foiconsideradoparaexclusãodosvoluntários.
Todas as condutas éticas para pesquisas envolvendo seres humanosforamseguidas,ematendimentoàDeclarac¸ãodeHelsin- queeseusadendos.ApresentepesquisafoiaprovadapeloComitê deÉticaemPesquisadaUNIFESP,sobparecern.◦103.217/2012.
Procedimentos
A presente pesquisa é do tipo quantitativa-qualitativa, uma vezquequantifica asrespostasagudasdas variáveispsicobioló- gicas, através de instrumentos eprocedimentos validados para talfinalidade,eexploraaopiniãoabertadosvoluntáriossobreas intervenc¸ões.
Paraavaliac¸ãodoestadodeANS,foiutilizadooinventáriode ANSestado(IDATE-E)8,9,instrumentodestinadoaavaliaronível deANSnomomento.Trata-sedeumautorrelatorelativoa20itens, nosquaisosindivíduosidentificamonívelpormeiodeumaescala Likertde1-4,respondendoàpergunta:«Comovocêsesentenesse momento?».Oescoretotal variade20-80,associando-seníveis maioresdeANSaosvaloresmaiselevados.Paraquantificac¸ãoe interpretac¸ãodasrespostas,somam-seosvaloresatribuídospelos indivíduosnaescalaemtodosositens.Paraasperguntasdecaráter positivo,inverte-seapontuac¸ãoantesdasomafinal.Oinstrumento foiaplicadonosmomentospréepós-intervenc¸ão.
ParaavaliaroHUM,foiutilizadaaescaladeBrunel(BRUMS)10,11, questionáriocompostopor24itensqueapresentamuma escala Likertparaidentificac¸ãodosníveispercebidospeloindivíduono momentodesuaaplicac¸ão.Osvaloresvariamde0-4esãoidenti- ficadosrespondendoàpergunta:«Comovocêsesenteagora?».Os 24itenssãodivididosemseisfatores:tensão(TENS),depressão (DEP),raiva (RAIV),vigor(VIG),fadiga(FAD)econfusão mental (CONF). O instrumento foi aplicado nos momentos pré e pós- -intervenc¸ão.
Aanálisequalitativavisouidentificaraopiniãodosvoluntários quantoasdoisintervenc¸ões.Foiaplicadoumquestionárioelabo- radopelos autores,noqualovoluntáriomencionou livremente pontospositivosenegativosdecadaintervenc¸ão.Oinstrumento foiapresentadopós-intervenc¸ão.
Osvoluntárioscompareceramaolocaldetreinamentoportrês oportunidades,agendadasemdiasdistintos,respeitandointervalo mínimode72horasemáximodedezdiasentreassessões.Ointer- valovisouminimizarosefeitosdadormusculartardia.Afimde evitarvariac¸õesnociclocircadiano,todosostreinosforamrealiza- dosnoperíododamanhã.Naprimeirasessão,osvoluntáriosleram eassinaramtermodeconsentimentolivreeesclarecido,foramsub- metidosàavaliac¸ãodoIMCefamiliarizadoscomosprocedimentos deavaliac¸ãoetreinamento,bemcomocomaescaladepercepc¸ão subjetivadeesforc¸o(PSE)OMNI-RES12.Duranteasessão,osvolun- táriosreceberamorientac¸õesparamanteremsuasrotinasnormais dealimentac¸ãoedescanso durante todo operíodo de envolvi- mentocomapesquisa,evitandooconsumodebebidasalcoólicas esubstânciasestimulantes.Nasegundasessão,osmesmosforam submetidosaoTRMe,naterceira,aoTRPL.
Assessõesdetreinoforamcompostasporseteexercíciosenvol- vendo grandes grupos musculares (elevac¸ão frontal, flexão de joelhos, crucifixo, flexãode quadril, pullover, flexãoabdominal, stiff),nosquaisforamexecutadastrêssériesdedezrepetic¸õescom umminutodeintervaloentreséries.Osvoluntáriosforamorienta- dosamantervelocidadedeexecuc¸ãopróximaadoissegundospor repetic¸ão(umsegundoparafaseconcêntrica,umsegundoparafase excêntrica).Foirealizadoaquecimentoprévio,noqualexecutou-se umasériede10repetic¸õesdecadaexercíciosemcargaadicional.
AintensidadefoicontroladapelaPSE,utilizando-sezonaentre5-7
naescalade0-10(relativamentedifícil).Duranteostreinos,aPSE permaneciavisívelaovoluntário,sendoqueomesmorelatavao esforc¸opercebidoaofinaldecadasérie.Aprimeirasériedecada exercíciofoiutilizadaparaajustedecargas,assim,casoaPSErela- tadaapósaprimeirasérieestivesseforadazonaalvo,aresistência eraajustadaparaassériesseguintes.
ParaoTRPL,halteresecaneleirasforamutilizados.NoTRM,a resistênciamanualfoiaplicadaporprofissionaldeeducac¸ãofísica capacitado.Aposic¸ãocorporalpararealizac¸ãodosexercícios(com excec¸ãodostiff)foideitada(decúbitodorsalouventral),parafaci- litaraaplicac¸ãodaresistênciamanual(vantagemmecânica)7.Em ambas as intervenc¸ões, posic¸ãocorporale controledas demais variáveis (séries, repetic¸ões, intervalos, velocidade, PSE) foram idênticos.
Análiseestatística
A análise descritiva está expressa em média (M) e desvio- -padrão(DP).Paraanáliseinferencialentregrupos,intervenc¸õese avaliac¸ões,foiempregadaANOVAtwo-waycompost-hocdeBonfer- roni.Adotou-seníveldesignificânciade5%(p≤0.05).ParaoHUM (TENS,DEP,RAIV,VIG,FADeCONF),foiutilizadoocálculodotama- nhodoefeito(ES)paraquantificaramagnitudedasrespostas.Para classificac¸ãodoES, utilizaram-sepontosde cortepropostospor Cohen13:valoressuperioresouiguaisa0.8representamESgrande, entre0.8-0.2sãoconsideradosmédioseinferioresa0.2pequenos.
Aanálisedoquestionárioqualitativoconsiderouafrequênciacom quecadapontopositivoenegativofoimencionadopelosvoluntá- rios.
Resultados
Foiobservada maiorANS noTRM,independente do grupoe avaliac¸ão. Porém, o ESpara ANS mostrou maior magnitudede diminuic¸ãonoTRMemrelac¸ãoaoTRPL,emambososgrupos.
ParaasvariáveisrelacionadasaoHUM(TENS,DEP,RAIV,VIG, FADeCONF),nãofoirealizadaanáliseinferencialdevidoàpequena variac¸ãonosresultadoseapresenc¸adevaloresiguala0nasres- postas.Assim,oESfoiconsiderado.Osresultadossãoapresentados natabela1.
OTRMproporcionoumaiormagnitudenoES, nogeral,dimi- nuindovariáveisnegativasemNT(RAIV,CONF)eHT(TENS,DEPR), aumentandomaisoVIGemHTeaFADemambososgrupos.
Os resultados da avaliac¸ão qualitativa são apresentados na tabela2.
Naavaliac¸ãoqualitativa,naóticadosvoluntários,oTRMapre- sentoumaispontospositivosemenospontosnegativosemrelac¸ão aoTRPL.
Discussão
OestudocomparourespostaspsicobiológicasagudasentreTRM e TRPL em indivíduos NT e HT. A hipótese inicial era que o TRMpudesseproporcionarmelhoresrespostassobreasvariáveis analisadas,considerando omaiorníveldeIS, devidoao contato físico.Talhipótesefoiconfirmada.
Ambasasintervenc¸õesnãoalteraramsignificativamenteaANS pós-treino.Estudosprévios14,15encontraramresultadossemelhan- tes, nãoobservando diminuic¸ãosignificativa noestado de ANS imediatamenteapósTR.Noentanto,recenteestudoderevisãoda literaturaconcluiuqueoTRéefetivoemreduzirosníveisagudose crônicosdeANS3.Porém,asrespostasdependemdoníveldeANS queo indivíduoapresenta antesdo exercício2,16 e,nopresente, osvoluntáriosapresentarammédiasbaixasdeANSnaavaliac¸ão pré,oqueexplicaanãoalterac¸ãosignificativanopós-intervenc¸ão.
Tabela1
Resultadosdasvariáveisansiedade,tensão,depressão,raiva,vigor,fadigaeconfusãomental,segundogrupoeintervenc¸ão
Variável Grupo Intervenc¸ão Pré Pós ES
M DP M DP Valor Classificac¸ão
Ansiedade NT TRM 31.00a 4.95 29.36a 5.60 −0.33 Médio
TRPL 29.14 6.65 29.00 6.37 −0.02 Pequeno
HT TRM 33.33b 5.30 31.50b 7.03 −0.35 Médio
TRPL 29.25 5.56 28.83 5.59 −0.08 Pequeno
Tensão NT TRM 1.50 1.16 0.71 0.99 −0.68 Médio
TRPL 1.50 1.40 0.71 0.99 −0.56 Médio
HT TRM 2.42 3.20 1.17 1.53 −0.39 Médio
TRPL 1.08 1.38 1.08 1.62 0.00 Pequeno
Depressão NT TRM 0.21 0.43 0.07 0.27 −0.33 Médio
TRPL 0.36 0.84 0.07 0.27 −0.35 Médio
HT TRM 0.92 2.31 0.08 0.29 −0.36 Médio
TRPL 0.92 1.38 0.75 1.54 −0.12 Pequeno
Raiva NT TRM 0.21 0.80 0.00 0.00 −0.26 Médio
TRPL 0.29 1.07 0.21 0.80 −0.07 Pequeno
HT TRM 0.33 0.89 0.00 0.00 −0.37 Médio
TRPL 0.08 0.29 0.00 0.00 −0.28 Médio
Vigor NT TRM 10.71 1.82 9.50 2.65 −0.66 Médio
TRPL 10.36 2.34 9.50 2.95 −0.37 Médio
HT TRM 9.17 1.95 10.00 1.60 0.42 Médio
TRPL 10.33 2.81 10.17 2.55 −0.05 Pequeno
Fadiga NT TRM 1.86 1.46 4.43 3.20 1.76 Grande
TRPL 2.57 2.06 3.93 2.56 0.66 Médio
HT TRM 2.75 2.56 3.83 2.17 0.42 Médio
TRPL 2.67 2.23 2.75 2.22 0.03 Pequeno
Confusãomental NT TRM 0.86 1.51 0.43 1.16 −0.28 Médio
TRPL 0.50 0.85 0.64 1.01 −0.16 Pequeno
HT TRM 1.08 2.27 0.17 0.58 −0.40 Médio
TRPL 0.50 1.45 0.17 0.58 −0.23 Médio
ES:tamanhodoefeito;HT:hipertensos;NT:normotensos;TRM:treinamentoresistidomanual;TRPL:treinamentoresistidocompesos.
amaioremrelac¸ãoàmesmaavaliac¸ãoemNT-TRPL(p=0.003);
b maioremrelac¸ãoàmesmaavaliac¸ãoemHT-TRPL(p=0.003);M:média;DP:desvio-padrão.
Apesardenãoteremsidoobservadasdiferenc¸assignificativasna ANSentrepréepós-intervenc¸ões,oTRMapresentoumaiormagni- tudenoESemrelac¸ãoaoTRPL(médiovs.pequeno).
QuantoaosfatoresnegativosrelacionadosaoHUM,oTRMpos- sibilitoumaiorESparadiminuic¸ãodaTENSeDEPRnogrupoHT,
alémdeRAIVeCONFnogrupoNT.OEStambémfoimaiorem favordoTRMparaaumentodoVIGnossujeitosHT.Umfatointe- ressantefoiqueFADapresentoumaiorefeitonoTRMemambos osgrupos,porémoaumento daFADnãocomprometeunegati- vamentearespostanosdemaisfatores relacionadosao HUM.O
Tabela2
Frequênciadepontospositivosenegativosdotreinamentoresistidomanualecompesoslivresmencionadospelosvoluntários
Pontos Característicaprincipal Frequênciatreinamentoresistido
Manual Pesoslivres
NT HT Total NT HT Total
Positivos Seguranc¸a 4 5 9 – – –
Interac¸ãosocial 2 6 8 – – –
Praticidade 4 4 8 – – –
Controledecarga 4 2 6 5 2 7
Nãodependedeequipamento 5 1 6 – – –
Conforto 1 5 6 – 1 1
Eficiência 3 2 5 1 1 2
Prazeroso/agradável 3 1 4 2 1 3
Motivante 1 1 2 – – –
Baixocusto 2 – 2 – – –
Variac¸ão 1 – 1 1 2 3
Privacidade 1 – 1
Independência – – – 3 4 7
Confianc¸a – – – 2 – 2
Negativos Dependênciadeparceiro 4 2 6 – – –
Controledecarga 3 3 6 1 – 1
Desconforto 1 1 2 4 4 8
Poucavariac¸ão 1 – 1 – – –
Menoreficiência – 1 1 2 2 4
Inseguranc¸a – – – 3 1 4
Dependênciadeequipamentos – – – 3 1 4
Seminterac¸ãosocial – – – 1 1 2
Sistemático – – – – 2 2
Altocusto – – – 1 – 1
HT:hipertensos;NT:normotensos.
quepodeexplicaressesresultadosnoTRMéomaiorníveldeIS, principalmentedevidoao contato físico.AIS éuma dasprová- veishipótesesqueexplicaosbenefíciosdoexercíciofísicosobre osaspectospsicobiológicos5e,nopresente,ambososgruposdes- tacaramaIScomopontopositivodoTRM.
BenefíciossobreANSeHUM,mesmoquepequenos,sãoclini- camenteimportantes,emespecialnosindivíduosHT,poisexiste associac¸ãoentreANS,HUMedoenc¸ascardiovasculares17,18.Níveis elevadosdeANSedistúrbiosdeHUMaumentamaatividadedo sistemanervosoautônomo,elevandootônussimpático,favore- cendocriseshipertensivastransitóriasque,comopassardotempo, podemdesencadearcrisespermanentes17,19.
Naanálisequalitativa,aamostraidentificoumaispontosposi- tivos e menos pontos negativos no TRM em relac¸ão ao TRPL.
Caberessaltarque,porseremindivíduospreviamentedestreina- dos,anãofamiliarizac¸ãocomoTRPLpodeterinfluenciadonessas respostas.Corroborandoaliteraturaprévia6,algunsindivíduosdes- tacaramanãodependênciadeequipamentoeapraticidadecomo pontos favoráveisao TRM. Alémdesses pontos,IS, seguranc¸a e confortoforamtambémdestacados.Conformesupramencionado, essascaracterísticas, em especial a IS, provavelmentesejam as responsáveispelamaiormagnitudenoESemalgumasvariáveis psicobiológicasanalisadasapósoTRM.
Quantoaos pontosnegativosdo TRM, a dependênciadeum parceiro de treino foi o mais destacado, limitando a indepen- dênciapararealizac¸ãodosexercícios,conformecitadoporDorgo etal.6eTeixeira7.NoTRPL,apossibilidadedetreinarsozinhofoi destacadacomocaracterística favorável,apesardadependência deequipamentostersidoumpontonegativomencionado.Além disso, desconforto,inseguranc¸a (risco deacidentes) emenor IS forampontosnegativosdoTRPLmencionadosporpartedaamos- tra.Considerando que desconforto,inseguranc¸a emenorIS são característicasquepodeminfluenciarnegativamenteasrespostas psicobiológicasaoexercício,oTRMpodeserconsideradoumafer- ramentaalternativaparaproporcionarrespostasinteressantesem pessoasqueapresentamresistênciaaoTRemseuformatoconven- cional,facilitandooengajamentoeaadesãoemlongoprazo.
A não randomizac¸ão das intervenc¸ões pode ser considerada uma limitac¸ãodo estudo. Porém,a realizac¸ãoda sessãoprévia de familiarizac¸ão com os procedimentos e formas de treina- mentovisouminimizaraspossíveisinterferênciasdaordemdas intervenc¸ões.
Emconclusão,nãoforamobservadasdiferenc¸assignificativas nasrespostaspsicobiológicasagudasentreTRMeTRPLemNTe HTpreviamentedestreinados.Noentanto,oESapresentoumaior magnitudeparadiminuic¸ãonoTRMemrelac¸ãoaoTRPL,provavel- menteporinfluênciadamaiorISentreosparticipantesedealguns pontospositivosmencionadospelaamostra.Emalgumasvariáveis, asrespostasforammaisevidenciadasnogrupoHT.Portanto,onível deISpareceinfluenciarpositivamenteasrespostaspsicobiológicas agudasdoTR,eoTRMpareceserumaalternativaviávelparaesse objetivo.
Responsabilidadeséticas
Protec¸ãodepessoaseanimais. Osautoresdeclaramqueospro- cedimentos seguidos estavam de acordo comos regulamentos
estabelecidospelosresponsáveisdaComissãodeInvestigac¸ãoClí- nicaeéticaedeacordocomosdaAssociac¸ãoMédicaMundialeda Declarac¸ãodeHelsinki.
Confidencialidadedosdados. Osautoresdeclaramquenãoapa- recemdadosdepacientesnesteartigo.
Direitoàprivacidadeeconsentimentoescrito. Osautoresdecla- ramquenãoaparecemdadosdepacientesnesteartigo.
Conflitodeinteresses
Osautoresdeclaramnãohaverconflitodeinteresses.
Referências
1.GarberCE,BlissmerB,DeschenesMR,FlanklinBA,LamonteMJ,LeeIM,etal.
AmericanCollegeofSportsMedicinepositionstand.Quantityandqualityof exercisefordevelopingandmaintainingcardiorespiratory,musculoskeletal, andneuromotorfitnessinapparentlyhealthyadults:Guidanceforprescribing exercise.MedSciSportsExerc.2011;43(7):1334–59.
2.O’ConnorPJ,HerringMP,CaravalhoA.Mentalhealthbenefitsofstrengthtraining inadults.AmJLifestyleMed.2010;4(5):377–96.
3.StricklandJC,SmithMA.Theanxiolyticeffectsofresistanceexercise.FrontPsy- chol.2014;5:753.
4.GasperinD,NetuveliG,Dias-da-CostaJS,PattussiMP.Efeitodoestressepsicoló- giconoaumentodapressãoarterial:umametanálisedeestudosdecoorte.Cad SaúdePública.2009;25(4):715–26.
5.PelusoMA,GuerradeAndradeLH.Physicalactivityandmentalhealth:The associationbetweenexerciseandmood.Clinics(SaoPaulo).2005;60(1):61–70.
6.DorgoS,KingGA,RiceCA.Theeffectsofmanualresistancetrainingonimproving muscularstrengthandendurance.JStrengthCondRes.2009;23(1):293–303.
7.TeixeiraCV.Treinamentoresistidomanual:amusculac¸ãosemequipamentos.
SãoPaulo:Phorte;2011.
8.SpielbergerCD,GorsuchRL,LusheneRE.Manualforstate-traitanxietyinven- tory.PaloAlto:ConsultingPsychologistsPress;1970.
9.GoresteinC,AndradeL.ValidationofPortugueseversionoftheBeckDepression InventoryandtheState-TraitAnxietyInventoryinBraziliansubjects.BrazJMed BiolRes.1996;29(4):453–7.
10.TerryPC,LaneAM,ForgatyGJ.ConstructvalidityoftheProfileofMoodStates– Adolescentsforusewithadults.PsycholSportsExerc.2003;4(2):125–39.
11.RohlfsICPM,RottaTM,LuftCDB,AndradeA,KrebsRJ,CarvalhoTA.AEscalade humordeBrunel(BRUMS):instrumentoparadetecc¸ãoprecocedasíndromedo excessodetreinamento.RevBrasMedEsporte.2008;14(3):176–81.
12.RobertsonRJ,GossFL,RutkowskiJ,LenzB,DixonC,TimmerJ,etal.Concurrent validationoftheOMNIperceivedexertionscaleforresistanceexercise.MedSci SportsExerc.2003;35(2):333–41.
13.CohenJ.StatisticalPoweranalysisforthebehavioralsciences.2nded.Hillsdale:
Erlbaum;1988.
14.GarvinAW,KoltynKF,MorganWP.Influenceofacutephysicalactivityandrela- xationonstateanxietyandbloodlactateinuntrainedcollegemales.IntJSports Med.1997;18(6):470–6.
15.TeixeiraL.Efeitoisoladoeassociadodoexercíciofísicoaeróbioeresistidona pressãoarterialpós-exercícioeseusmecanismoshemodinâmicos,neuraisede estadodeansiedade[dissertac¸ão].SãoPaulo(SP):UniversidadedeSãoPaulo;
2007.
16.EnsariI,GreenleeTA,MotlRW,PetruzzelloSJ.Meta-analysisofacuteexercise effectsonstateanxiety:Anupdateofrandomizedcontrolledtrialsoverthepast 25years.DepressAnxiety.2015;32(8):624–34.
17.MacFaddenMAJ,RibeiroAV.Aspectospsicológicosehipertensãoessencial.Rev AssMedBras.1998;44(1):4–10.
18.AlvesTCTF,FráguasR,WajngartenM.Depressãoeinfartoagudodomiocárdio.
RevPsiqClin.2009;36(3):88–92.
19.PlayerMS,PetersonLE.Anxietydisorders,hypertension,andcardiovascularrisk:
Areview.IntJPsychiatryMed.2011;41(4):365–77.