• Nenhum resultado encontrado

ASSISTÊNCIA SOCIAL: significados em (des)construção no Brasil contemporâneo.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "ASSISTÊNCIA SOCIAL: significados em (des)construção no Brasil contemporâneo. "

Copied!
46
0
0

Texto

O artigo analisa criticamente os significados híbridos que a assistência social – privada e pública – tem adotado na regulação das expressões fronteiriças da questão social no Brasil nas décadas de 1990 e 2000. Com base em pesquisas bibliográficas e documentais, explica os significados da questão social. auxílio nas disputas no interespaço entre política e cultura na vida brasileira contemporânea, caracterizada pela intersecção de matrizes hierárquico-autoritárias e conservadoras; Compreender, interpretar e analisar criticamente os significados da assistência social no Brasil contemporâneo requer compreendê-la no interespaço entre cultura e política, que é constitutivo da 'política cultural' (DAGNINO, 2000) na vida brasileira nos anos noventa e 2000.

Manifestam-se nas perspectivas de assistência social denominadas “tutelares” - sob a marca auxílio - e “emancipatórias” - na perspectiva dos direitos de cidadania social - que estariam supostamente em conflito neste início do século XXI no que diz respeito a interpretações e intervenções em direção a esta expressão limitante da questão social: a pobreza. Por sua vez, esta interpretação reducionista da questão social da pobreza passa a exigir formas de gestão e controlo centradas quer na punição, quer na assistência social por parte da sociedade civil e/ou do Estado. Tendências que indicam riscos de enfraquecimento, demissão e erosão simbólica da assistência social como política pública transversal recentemente implantada no campo do direito, conforme delineado na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS, 1993), na Política Nacional de Assistência Social (PNAS ), 2004) e na norma operacional básica que define seu funcionamento no território nacional por meio do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS, 2005).

II – (DES)CONSTRUÇÃO E CONTROLES DO SIGNIFICADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM AMÁLAGA POLÍTICO-CULTURAL NO BRASIL CONTEMPORÂNEO. Para tanto, oferece, como modelo de gestão da PNAS, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que visa articular, em todo o território nacional, as responsabilidades, vínculos e hierarquias do sistema de serviços, benefícios e ações de assistência social, de de caráter permanente ou eventual, executado e prestado por pessoas jurídicas de direito público, sob critérios de universalidade e atuação em rede hierárquica e em coordenação com a sociedade civil por meio da construção e/ou fortalecimento da rede de assistência social e controle social . (PNAS, 2004). Na tentativa reflexiva de configurar os elementos desta matriz, foco particularmente nos aspectos relativos à questão social, aos direitos de cidadania e ao campo da Assistência Social – com foco na sua versão privatista.

Contudo, a matriz da incivilidade está ligada ao discurso da cidadania e da participação da sociedade civil, como sinónimos de “assistência solidária individualizada”, da solidariedade social, do voluntariado de elite no domínio da assistência social privada versus a sua recente configuração como política pública de direitos. justamente na intersecção dessas três matrizes político-culturais e das ressignificações híbridas criadas na esfera social que a regulação da assistência social como política pública – constitutiva do tripé da seguridade social – ocorreu e tem ocorrido. E a assistência social – privada e/ou público-estatal – neste contexto híbrido parece elevada a quase um mito no confronto com as expressões limítrofes da questão social que agora se centra nos crescentes e complexos processos de empobrecimento (MOTA). , 2008).

Neste ponto, fica clara a primazia e a responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em todas as esferas do governo. O órgão administrativo federal responsável pela política nacional de assistência social é responsável pela gestão do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), sob a direção e controle do CNAS. Para a implementação dos pressupostos da CF/88 e da LOAS, a primeira norma operacional básica foi aprovada em 1997, conceituando um sistema descentralizado e participativo de política de assistência social.

No mesmo ano, foi publicada uma norma básica de funcionamento de acordo com as disposições da política nacional de assistência social. Em 2004, após um movimento de discussão nacional, foi aprovada uma nova política nacional de assistência social para implementar o sistema comum de assistência social. Os atuais instrumentos regulatórios da política de assistência social são, portanto, CF/88, LOAS/93, Política Nacional de Assistência Social/2004 e Norma Operacional Básica/SUAS/2005.

Nesse sentido, tentaremos tecer algumas reflexões em sequência sobre a Política Nacional de Assistência Social (PNAS) de 2004, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e a Norma Operacional Básica (NOB/SUAS). É importante ressaltar que os rumos enunciados para a gestão da política nacional de seguridade social baseiam-se na perspectiva da organização e implementação do Sistema Único de Seguridade Social (SUAS), cuja construção vem sendo discutida desde III. conferências estaduais de bem-estar social. e foi implementado na PNAS 2004 e na Norma Operacional Básica (NOB/SUAS). A nova política nacional de assistência social adotada em 2004, que preconiza a implementação do SUAS, previu novos padrões, o Padrão Operacional Básico (BOS).

Para esta definição são estabelecidos níveis de gestão e corresponsabilidade das esferas governamentais no financiamento da política de assistência social. De tudo isto, verifica-se que a política de assistência social avança na sua “regulação pelo Estado, na definição dos seus parâmetros, padrões, prioridades”. Considerando a atual situação política, social e económica em que se insere a política de assistência social, é necessário compreender os limites e limitações estruturais que comprometem a sua eficácia.

A investigação do processo de implementação da política de assistência social é uma medida importante, na perspectiva da implementação do Sistema Único de Assistência Social, capaz de analisar, avaliar e construir conhecimento da área. Um convite que parece ser para pensar prospectivamente os próximos anos da política de assistência social. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Política Nacional de Assistência Social (PNAS) - Brasília, Secretaria Nacional de Assistência Social, novembro de 2004.

A VIAGEM DA ASSISTÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA: Da década de 1930 aos Antecedentes da Promulgação da Constituição Federal de 1988. São incentivados estudos no campo social e organizados eventos para discutir os rumos da assistência social brasileira.

Referências

Documentos relacionados

Baseado nos Relatório da III Conferência Municipal de Assistência Social em 2005, intitulada “SUAS – Plano 10: Estratégias e Metas para Implementação da Política Nacional de Assistência