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Atendimento em unidade de pronto atendimento: estudo de caso em uma unidade de pronto atendimento localizada em Nova Iguaçu-RJ

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Academic year: 2023

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Fotos: Delegados participantes da 12ª Conferência Nacional de Saúde (realizada em Brasília, de 7 a 11 de dezembro de 2003), fotografados no estande do HumanizaSUS. Um SUS humanizado é aquele que reconhece o outro como cidadão legítimo e com direitos, valorizando os diversos sujeitos envolvidos no processo de produção da saúde. Com ele apontamos também para uma concepção de saúde que não se reduz à ausência de doença, mas a uma vida com qualidade.

Para tanto, criamos a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão no Sistema Único de Saúde (HumanizaSUS) no SUS. Por humanização entendemos a valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no processo de produção da saúde: usuários, funcionários e gestores. O Ministério da Saúde entende que é sua responsabilidade ampliar esse debate, promover o envolvimento de outros segmentos e, principalmente, fazer da humanização um movimento capaz de fortalecer o SUS como política pública de saúde.

O SUS estabelece uma política pública de saúde que prima pela integralidade, universalidade, busca da justiça e integração de novas tecnologias, saberes e práticas. A rede pública de saúde está presente em todo o território nacional, em todos os estados e municípios.

Avanços e Desafios do SUS

Muitos serviços de saúde em todo o território nacional têm experimentado inovações na organização e oferta de práticas de saúde, que possibilitam a articulação de ações de promoção e prevenção com ações de cura e reabilitação;. O SUS favoreceu a produção da cidadania ao envolver a sociedade e torná-la corresponsável pela implementação da política de saúde, criando um sistema de gestão colegiada com forte presença e atuação de conferências e conselhos de saúde. Houve ampliação da articulação regional, melhoria da oferta de recursos e da relação custo-efetividade, o que ampliou o acesso da população ao conjunto de serviços de saúde.

Criar um sistema de saúde em rede que supere o isolamento dos serviços nos níveis de atenção, que baixa integração/. Superar o entendimento de saúde como ausência de doença (cultura biomédica da saúde), para a ampliação e fortalecimento da. Implementar diretrizes para a clínica acolhida e ampliada, para a validação do compromisso ético-político dos serviços de saúde na defesa da vida;

Promover processos de cogestão, valorizando e estimulando o envolvimento dos trabalhadores e usuários em todo o processo de produção de saúde; Traduzir os princípios do SUS nas formas de funcionamento dos diferentes dispositivos e sujeitos da rede de saúde;

A Humanização como Política Transversal na Rede SUS

Conduzir as práticas assistenciais e de gestão do SUS a partir das vivências concretas dos trabalhadores e usuários, construir um sentido positivo de humanização, desidealizar o “Homem”. Defesa do SUS, que reconhece a diversidade do povo brasileiro e oferece assistência à saúde igualitária a todos, independentemente de idade, raça/. Mudança dos modelos de atenção e gestão em sua indissociabilidade, foco nas necessidades dos cidadãos, na produção de saúde e no próprio processo de trabalho em saúde, avaliação dos trabalhadores e das relações sociais no trabalho;

Resgatar os fundamentos populares que norteiam as práticas de saúde no SUS, reconhecendo gestores, trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde; Construir diferentes espaços de encontro entre as disciplinas (Grupo de Trabalho de Humanização; Círculos; Conselhos de Administração, etc.); A pactuação entre os diferentes níveis de gestão do SUS (federal, estadual e municipal), entre os diferentes órgãos executores da política pública de saúde (órgãos gestores e assistenciais), bem como entre gestores, servidores e usuários dessa rede;

Valorizar a dimensão subjetiva e coletiva em todas as práticas assistenciais e de gestão no SUS, fortalecendo o compromisso com os direitos de cidadania, atendendo às necessidades específicas de gênero, etnorracial, orientação/expressão sexual e segmentos específicos (população negra, rural, extrativistas, indígenas , quilombolas, ciganos, ribeirinhos, colonos, moradores de rua, etc.); Apoio à construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com a produção de saúde e produção de sujeitos de prova;

Orientações gerais da PNH

Reforçar o conceito de clínica integral: envolvimento com o sujeito e seu coletivo, promoção de práticas terapêuticas diferenciadas e corresponsabilização de gestores, funcionários e usuários no processo de produção de saúde; Conscientizar as equipes de saúde sobre o problema da violência em todas as suas formas, principalmente a violência. Definição inequívoca das responsabilidades de saúde da equipe de referência com a população referida, favorecendo o estabelecimento de vínculos pautados por projetos terapêuticos de saúde, individuais e coletivos, para usuários e comunidade, considerando ações de diferentes eixos levando em consideração as necessidades/exigências de saúde .

O processo constitutivo das práticas de produção e promoção da saúde, que implica na responsabilização do trabalhador/equipe por parte do usuário, desde sua chegada até sua saída. Um ambiente de relações físicas, sociais, profissionais e interpessoais que deve estar vinculado a um projeto de saúde voltado para o acolhimento, resgate e humanização do cuidado. Nos serviços de saúde, a ambiência é caracterizada pelas tecnologias médicas ali presentes, bem como por outros componentes estéticos ou sensitivos que são percebidos pela visão, olfato, audição, como por exemplo, luminosidade e ruído do ambiente, temperamento, atenção do usuário, interações entre trabalhadores e gerentes.

Um dos valores norteadores da Política Nacional de Humanização é a produção de sujeitos autônomos, protagonistas e corresponsáveis ​​pelo processo de produção da saúde. A direção das unidades de saúde tem orientações, solicitações que são apresentadas à diretoria como propostas. ofertas a serem analisadas, reconstruídas e acordadas. O colegiado gestor de uma unidade de saúde é composto por todos os membros da equipe ou representantes.

Participação popular na elaboração de projetos e planos, definição de prioridades, fiscalização e avaliação de ações e serviços, nas diversas esferas de governo, destacando-se, no campo da Saúde, as conferências e conselhos de saúde. As equipes de referência, ao invés de serem um espaço episódico de integração horizontal, passam a ser a estrutura permanente e essencial dos serviços de saúde. Representante da rede social do usuário que garante a articulação entre a rede social/familiar e a equipe profissional dos serviços de saúde na tramitação dos projetos de saúde.

Trata-se de um conjunto ou multiplicidade de termos (usuários, trabalhadores, gestores, familiares, etc.) em agenciamento e transformação que constituem uma rede de conexões em que se dá o processo de produção de saúde e subjetividade. Serviço representativo das necessidades do usuário e/ou do trabalhador de saúde e instrumento de gestão na medida em que mapeia problemas, aponta áreas críticas e estabelece mediação de relações, promove a aproximação dos órgãos gestores. A transversalidade como aumento do grau de abertura na comunicação intra e intergrupal, ou seja, a ampliação da igualdade grupal ou formas de conexão intra e intergrupal que promovam mudanças nas práticas de saúde;

Projetos direcionados a indivíduos, individualmente ou comunidades, considerando ações de diferentes eixos levando em consideração as necessidades/exigências de saúde. Sua construção deve contemplar a corresponsabilização do usuário, do gestor e da equipe/equipe de saúde, considerando: a perspectiva das ações intersetoriais, a rede social da qual o usuário faz parte, o usuário-equipamento de saúde vínculo e a avaliação de risco/vulnerabilidade. A ideia de comunicação transversal em grupo não deve ser entendida a partir do arranjo bilateral emissor-receptor, mas como uma dinâmica multivetorial, em rede, e onde se expressam os processos de produção de saúde e subjetividade.

Os programas, ações e serviços de saúde devem ser concebidos para oferecer cobertura universal e atenção de forma equitativa e integral.

Referências

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