XXXI Congresso de Iniciação Científica
Avaliação da cicatrização de feridas cutâneas de ratos Wistar tratadas com mel e própolis da abelha (Apis mellifera L.) in natura associadas à laserterapia de baixa intensidade.
Diana Milanez Ávila Dias Maciel, Sheila Canevese Rahal, Ivan Felismino Charas dos Santos, Carlos Eduardo Fonseca Alves, Câmpus Botucatu, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Medicina Veterinária, dmilanez.av@gmail.com, Programa de Bolsa de Iniciação Científica da FAPESP.
Palavras Chave: Cicatrização, laserterapia, produtos naturais.
Introdução
Uma ampla variedade de produtos naturais tem sido avaliada em feridas cutâneas³ ⁴ ⁹. Entre os produtos apícolas podem ser citados o mel e a própolis como os mais frequentemente empregados no tratamento de feridas cutâneas² ³ ⁵
⁷ ⁸.
Por sua vez, a terapia laser de baixa potência é considerada uma importante ferramenta no tratamento de feridas cutâneas, com capacidade de atuar em vários níveis no processo de regeneração
¹.
Objetivo
Avaliar a influência da terapia laser de baixa potência isolada ou combinada com produtos naturais na cicatrização de feridas cutâneas em ratos.
Material e Métodos
Foram utilizados 126 ratos da linhagem Wistar, que foram divididos em sete grupos de 18 animais, de acordo com o tratamento da ferida: G1 - solução salina; G2 - pomada cicatrizante à base de alantoína e óxido de zinco; G3 – laser de baixa intensidade; G4 –mistura de mel e solução hidro alcoólica de própolis a 5%; G5 – mistura de mel e solução hidro alcoólica de própolis a 5% e laser; G6 – laser de baixa intensidade e mel in natura; G7 - laser de baixa intensidade e solução hidro alcoólica de própolis a 5%.
Seis animais de cada grupo foram submetidos à eutanásia em três momentos distintos: 7º dia, 14º dia e 21º dia após o início do tratamento. Foram realizadas avaliações macroscópicas e histológicas das feridas.
Resultados e Discussão
No comparativo entre os três momentos todas as feridas mostraram diminuição da área, sendo a que apresentou melhor evolução foi de G4 e a pior foi do grupo controle negativo (G1) e grupo G3. Esses
mesmos achados coadunaram com a porcentagem de contração.
Pela análise histológica não foi observada diferença significativa na comparação entre os grupos no 7º dia de pós-operatório.
Com 14 dias de tratamento foi observada diminuição significativa entre G1xG7 e G2xG5 quanto à congestão. Além disso, com relação à intensidade do infiltrado inflamatório observou-se uma diminuição significativa entre G1xG7, G2xG7 e G3xG7.
Aos 21 dias de pós-operatório houve diferença significativa de infiltrado inflamatório misto para infiltrado inflamatório mononuclear entre G1xG3, G1xG4, G1xG6, G1xG7, G2xG3, G2xG6. Com relação à organização dos fibroblastos ocorreram diferenças entre G1xG6 e G1xG7.
Conclusões
Conclui-se que houve efeito favorável da cicatrização nas feridas tratadas com derivados de mel e própolis associados à terapia fotoestimulante em diversos aspectos macro e microscópicos.
Agradecimentos
À FAPESP (2017/13618-3) pela bolsa de Iniciação Científica e à FMVZ/UNESP pela disponibilidade da infraestrutura.
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¹Andrade FSSD, Clark RM, Ferreira ML. Rev Col Bras Cir.
2014;41(2):129-133.
²Garraud O et al. BMC Immunol. 2017;18(Suppl 1):39- 65.
³Ibrahim N' et al. Shuid AN. Int J Environ Res Public Health. 2018;15(11):1-23.
⁴Kotian S et al. J Sci. 2018;28(6):759-770.
⁵Majtan J. Wound Repair Regen. 2014;22(2):187-192.
⁶Martinotti S, Ranzato E. J Funct Biomater. 2018;9:1-7.
⁷Meo SAI et al. Saudi J Biol Sci. 2017;24(5):975-978.
⁸Pereira RF, Bártolo PJ. Adv Wound Care (New Rochelle). 2016;5(5):208-229.