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CIAEX_626_200806201150ciaex_cert_ex Quintana

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Academic year: 2023

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CERTIFICAÇÃO Ex NO BRASIL:

HISTÓRICO, SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS

Andréia Quintana Lima de Sousa1, Marcelo Appel da Silva2 INMETRO1, CEPEL2

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Resumo:

As primeiras preocupações com o uso de eletricidade em locais com possibilidade de presença de atmosferas explosivas, em nosso país, datam dos anos 50. Naquela época, eram realizados ensaios em equipamentos à prova de explosão, tipo de proteção predominante. Como grande parte dos equipamentos vinha dos Estados Unidos da América, as normas técnicas americanas serviam de base para as inspeções.

Nos anos 80, com a montagem das plataformas da Bacia de Campos, houve um aumento considerável na demanda por equipamentos elétricos para atmosferas explosivas. Como conseqüência, foram criadas as condições para a certificação desses equipamentos: a normalização técnica se desenvolveu, através do atual SC-31 do COBEI, e foi construído um laboratório para a avaliação da conformidade de todos os tipos de proteção normalizados, pelo CEPEL.

A certificação de equipamentos elétricos para atmosferas explosivas tornou-se compulsória no Brasil, em 1991, através da publicação da Portaria INMETRO Nº 164.

A partir de 1992, com a descentralização do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC), vários organismos de certificação obtiveram a acreditação do INMETRO para realizar a certificação “Ex”.

Desde, então, a regulamentação a respeito tem sido revisada, acompanhando as tendências internacionais. Várias Portarias do INMETRO foram publicadas, revisando o Regulamento de Avaliação da Conformidade (RAC).

Estas revisões são realizadas pelo INMETRO, assessorado pela Comissão Técnica de Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas (CT-Ex), fórum existente no âmbito do SBAC. A CT-Ex tem a participação de todos os interessados na certificação

“Ex”: entidades representativas de fabricantes (primeira parte), consumidores (segunda parte) e de terceira parte.

A certificação, que em 1991, era realizada apenas pelo ensaio de tipo de uma amostra, nos dias atuais envolve, além do ensaio de tipo, a avaliação da fábrica e o acompanhamento periódico. O modelo atual de certificação é muito similar ao praticado na União Européia e na América do Norte. Merece destaque, também, o fato de as normas brasileiras seguirem fielmente as normas publicadas pela IEC. O Brasil tem conseguido se manter atualizado em termos das diversas normas técnicas, que cobrem os vários tipos de proteção empregados nos equipamentos.

Uma das poucas diferenças existente na regulamentação brasileira se refere à importação de pequenas quantidades de produtos considerados em “situação

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especial”. Esta possibilidade foi criada para os casos em que produtos que são fabricados e certificados no exterior, importados em pequenas quantidades pelo Brasil, possam ser comercializados sem a certificação brasileira. Neste caso, é emitida uma Declaração de Importação de Pequenas Quantidades (DIPQ). Este assunto é dos mais polêmicos na CT-Ex e os procedimentos têm sido revisados periodicamente, limitando a aplicação da DIQP.

Outra questão ainda a ser melhorada na certificação “Ex” é a fiscalização.

Normalmente, os produtos “Ex” são comercializados sob encomenda, o que dificulta a fiscalização, que não pode ser feita no comércio. Ferramentas disponibilizadas pelo INMETRO e pelos organismos acreditados, tais como banco de certificados e ouvidorias, permitem uma outra forma de fiscalização que é por meio de denuncia.

O fato de a NR-10 passar a incluir a exigência da certificação no âmbito SBAC para equipamentos elétricos instalados em áreas classificadas, permite a fiscalização do MTE diretamente no usuário. Entretanto, são necessários investimentos no treinamento de inspetores, uma vez que a tecnologia dos equipamentos “Ex” é bastante extensa e complexa.

Um fato novo na certificação “Ex” é a participação do Brasil no Sistema IEC de Certificação de Equipamentos para Atmosferas Explosivas (“IECEx Scheme”). Esta ferramenta vai possibilitar uma maior agilidade e menor custo na certificação de produtos, uma vez que poderão ser aceitos resultados de ensaios e auditorias, realizados de forma padronizada, produzidos por outros organismos e laboratórios, acreditados no IECEx.

Referências

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