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Correlação das unidades ácidas da Província Magmática do Paraná e Província Magmática do Etendeka

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Academic year: 2023

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XXVIII Congresso de Iniciação Científica

Correlação das unidades ácidas da Província Magmática do Paraná e Província Magmática do Etendeka

Vitor da Silva Sato, Antonio José Ranalli Nardy, Ana Carolina Franciosi Luchetti, Juan Navarro, Campus Rio Claro, Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), Geologia, vitor.sato14@gmali.com, Iniciação Científica com bolsa PIBIC.

Palavras Chave: Magmatismo ácido, Vulcanologia, Província Magmática Paraná-Etendeka

Introdução

Os depósitos vulcânicos da formação Serra Geral encontrados na Bacia do Paraná, no Brasil, somados a depósitos correlatos na costa Oeste da África, nas bacias de Cuanza e Namibe, na Angola, e do Etendeka, na Namíbia, configuram um dos maiores episódios de vulcanismo continental: a Província Magmática Paraná- Etendeka. Ela é composta por quatro tipos principais de rochas vulcânicas, sendo a grande maioria constituída por basaltos (90%) e andesitos (7,5%) e subordinadamente por riolitos (2,5%). No Brasil, os estudos levaram a divisão das rochas ácidas em dois grandes grupos conhecidos como Palmas – ATP (afírico) e Chapecó - ATC (porfirítico), as quais foram o foco deste trabalho. Para uma melhor caracterização e entendimento do vulcanismo ácido em questão coube unificar os dados obtidos para as duas sub-províncias, identificando e correlacionando as diferentes unidades ácidas

Objetivos

Correlacionar as unidades ácidas encontradas na porção sul da Província Magmática Etendeka (Noroeste da Namíbia) com as que ocorrem na porção sul da Província Magmática do Paraná (Brasil), com base em dados químicos, mineralógicos, petrológicos e estratigráficos, definindo, assim, melhor as dimensões do magmatismo e das erupções ácidas envolvidas no contexto da Província.

Material e Métodos

Os dados da Província do Etendeka utilizados na pesquisa foram reunidos a partir da consulta à bibliografia especializada (Milner et al., 1995¹; Ewart et al., 1998²). No caso da Província do Paraná, amostras foram coletadas em trabalhos prévios de campo pelo orientador do trabalho. Os dados químicos de rocha total foram obtidos por Fluorescência de Raio-x e os de química mineral obtidos por Microssonda eletrônica, ambos no DPM (Departamento de Petrologia e Metalogenia) da UNESP.

A moda (porcentagem de cada fase mineral) foi calculada através do software livre ImageJ, para resultados mais precisos.

Resultados e Discussão

A correlação estratigráfica se fez interessante por verificar o empilhamento dos depósitos, melhor preservados na África devido às condições climáticas a que foram submetidos com o passar dos anos. Cabe destacar a subdivisão desenvolvida para a unidade Caxias do Sul em inferior e superior destacada na tabela 1. Tais zonas estratigráficas foram delimitadas com base principalmente nos valores de elementos como TiO2 e Cu, e secundariamente baseado em MgO, Zr e Ba. A tabela 1 abaixo mostra as prováveis correlações entre unidades ácidas do Etendeka e do Paraná de acordo com os dados reunidos:

Tabela 1. Correlação entre rochas ácidas da PMP e PME.

Conclusões

A correlação das unidades baseado na química total coincidiu com a encontrada para a química mineral e mesmo com algumas associações preliminares de outros autores, reafirmando nossos resultados.

Existem, porém, uma série de depósitos em ambas as Províncias que não apresentam correlatos, mostrando a existência de derrames mais localizados. O estudo do empilhamento estratigráfico na África foi de grande interesse a fim de verificar o desenvolvido para o Paraná. Além disso, ele motivou a subdivisão da unidade Caxias do Sul em inferior e superior baseado na química total das amostras. A correlação feita pode auxiliar no melhor entendimento do empilhamento dos derrames na PMP, tal como no possível centro eruptivo de algumas unidades. Tais interpretações ainda não foram desenvolvidas.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao DPM pelo auxílio concedido para as análises de química mineral.

Agradecemos ainda ao CNPq pelo apoio financeiro à pesquisa.

1 Milner, S.C., Duncan, A.R., Whittingham, A.M., Ewart, A., 1995.

Trans-Atlantic correlation of eruptive sequences and individual silicic volcanic units within the Paraná–Etendeka igneous province. Journal of Volcanology and Geothermal Research 69, 137–157.

² Ewart, A., Milner, S. C., Armstrong, R. A. & Duncan, A. R.

(1998b). Etendeka volcanism of the Goboboseb Mountains and Messum Igneous Complex, Namibia. Part II: Voluminous quartz latite volcanism of the Awahab magma system. Journal of Petrology 39, 227---253.

Província Mag. Etendeka Província Mag. do Paraná

Hoanib Jacuí (ATP)

Goboboseb Jacuí (ATP)

Elliot Jacuí (ATP)

Springbok Caxias do Sul - inferior (ATP) Lower Coastal/Wereldsend Caxias do Sul - inferior (ATP) Grootberg Caxias do Sul - super.(ATP)

Terrace Caxias do Sul (ATP)

Beacon Anita Garibaldi (ATP)

Fria Clevelândia (ATP)

Sarusas Guarapuava (ATC)

Ventura Guarapuava (ATC)

Khoraseb Ourinhos (ATC)

Giraul (Angola) Ourinhos (ATC)

Naude S/ correspondência

Referências

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