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CUIDADOS DE ENFERMAGEM À CRIANÇA INTERNADA EM UMA UTI PEDIATRICA EM USO DE CATETER VENOSO CENTRAL

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Academic year: 2023

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O trabalho trata da enfermagem de crianças em unidade de terapia intensiva pediátrica com auxílio de cateter venoso central, dispositivo que permite acesso venoso seguro e possibilita a administração de terapia intravenosa. A partir da literatura, ele quer destacar os cuidados de enfermagem às crianças usuárias de cateter venoso central, internadas em unidade de terapia intensiva pediátrica. No caso de crianças que utilizam cateter venoso central, a família também participa do auxílio, que deve estar familiarizada com a necessidade do dispositivo e com os cuidados destinados à criança.

O uso de cateteres venosos centrais é muito utilizado no ambiente hospitalar, principalmente em intervenções complexas em unidades de terapia intensiva. A partir da minha prática profissional em uma UTI Pediátrica, vivenciei internações de crianças em uso de cateter venoso central, o que despertou o interesse em identificar os cuidados de enfermagem às crianças em uso de cateter venoso central, enfatizando a importância técnica e a especificidade do enfermeiro no cuidado de crianças . tornando os procedimentos e o tratamento menos traumáticos. Quais cuidados de enfermagem são prestados à criança internada em UTI pediátrica com uso de cateter venoso central?

Da literatura, destacam-se os cuidados de enfermagem às crianças que foram internadas na unidade de terapia intensiva pediátrica com uso de cateter venoso central.

CRIANÇA HOSPITALIZADA

Durante o processo de desenvolvimento e crescimento, a criança está exposta a apresentar condições patológicas que necessitam de hospitalização (AUGUSTO; NODA, 1978). A hospitalização é uma experiência estressante que envolve a adaptação profunda da criança às diversas mudanças que ocorrem no seu cotidiano, mas pode ser amenizada proporcionando certas condições como: presença de familiares, disponibilidade emocional dos profissionais de saúde, informações, atividades recreativas, entre outros (LIMA, 1999). A criança necessita da satisfação de suas necessidades afetivo-emocionais para garantir o processo de crescimento e a saúde mental.

O comprometimento do bem-estar da criança está diretamente ligado ao comprometimento de suas necessidades afetivo-emocionais, devido a doenças, hospitalizações e deficiências emocionais, segundo o autor citado acima. Entre os procedimentos pediátricos estão muitas experiências estressantes; deve haver, como foco do cuidado, o preparo psicológico da criança e da família, a redução da ansiedade, a promoção da cooperação, além de facilitar o sentimento de autonomia e autoconfiança (WONG, 2011).

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

  • Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

É um ambiente altamente complexo, reservado e único no ambiente hospitalar, pois se propõe a estabelecer monitoramento completo e vigilância 24 horas (JUNIOR et. al.). Com isso, aumentou a demanda por uma unidade de alta complexidade, levando à necessidade de padronização do percentual de leitos de terapia intensiva necessários para atender a demanda, que costuma variar de 7 a 15%, dependendo das características específicas de cada hospital. . segundo Junior et. Os serviços de tratamento intensivo visam atender pacientes graves e de risco que necessitam de cuidados médicos e de enfermagem contínuos, além de equipamentos e recursos humanos específicos.

De acordo com a Portaria nº 466/MS/SVS, de 4 de junho de 1998, os serviços de UTI, constituídos por um conjunto de elementos funcionalmente integrados, destinam-se ao atendimento de pacientes graves ou de risco que necessitem de cuidados complementares aos cuidados médicos e de enfermagem . equipamento e pessoal especializado. O número de leitos de UTI de cada hospital deverá corresponder entre 6% e 10% do total de leitos do hospital, dependendo das circunstâncias. Existem alguns requisitos operacionais básicos para UTIs, que incluem requisitos gerais, como o de que o número mínimo de leitos em uma UTI deve ser cinco.

Composto por equipe especializada e suporte avançado para crianças que necessitam de cuidados intensivos (SOUZA et. al., 2004). Com esse novo momento, surgem profissionais cada vez mais especializados e com domínio sobre essa tecnologia (SOUZA et. al., 2004). Na UTI pediátrica, as crianças encontram-se em estado crítico, necessitando de intervenções imediatas e prolongadas como, por exemplo, uso de NPT, inotrópicos e controle hidroeletrolítico (SOUZA et. al., 2004).

Os pacientes também podem ser internados nesta enfermaria para serem monitorados após cirurgias de alto risco, como no caso de cirurgia cardíaca, ou seja, o motivo da internação pode ser inesperado ou esperado, dependendo do estado de saúde da criança (SOUZA et. al., 2004). Na unidade de terapia intensiva pediátrica - UTIP, o traço característico é a presença de um acompanhante durante o período em que a criança permanece internada (PIVA et. al., 1997). A aparência e decoração da UTI pediátrica devem ser mais adequadas à realidade e fantasias das crianças (PIVA et. al. Para um ambiente mais humanizado na UTI pediátrica, alguns aspectos devem ser levados em consideração, como a presença de luz natural (janela ), ajustável artificialmente e de preferência com caprichos não diretos, as paredes e o teto devem ser pintados em cores claras e suaves com motivos infantis com o objetivo de minimizar a tensão emocional causada pelo desconhecido, temperatura ambiente ajustável, definir alarmes na intensidade adequada sem representar riscos à sua descoberta, sensibilizar a equipe para falar de forma cordial e tranquila, evitar movimentação excessiva e desnecessária de pessoas, posicionar os leitos o mais longe possível dos locais de maior movimentação (telefone, local de fabricação de medicamentos e materiais), promover o uso de materiais não roupas padronizadas, usar roupas com motivos infantis, utilizar etiquetas com o nome do paciente em local de fácil visibilidade para que todos possam chamar a criança pelo nome (afirma seu valor e dignidade como ser humano).

CATETER VENOSO CENTRAL

  • Locais de inserção do cateter venoso central
  • Vantagens e desvantagens de um cateter venoso central
  • Indicações
  • Contra indicações
  • Complicaçoes
  • Retirada do cateter venoso central
  • Manipulação e cuidados com o cateter venoso central

Existe uma grande variedade de cateteres, com diferentes lúmens. Os mais utilizados em nosso país são os cateteres com até três lúmens, que permitem maior volume de infusões. Porém, a escolha de qual cateter utilizar é feita com base no acesso e nas condições venosas, havendo risco de complicações e conforto do paciente (PIVA et. al., 1997). Segundo Mendes (2007), na escolha do local de inserção do cateter são levados em consideração a facilidade de inserção, os motivos de uso e o menor risco de complicações. As principais indicações para uso de cateter venoso central são: obtenção de acesso venoso para infusão de grandes volumes de soluções, medicamentos, sangue ou derivados, nutrição parenteral total, administração de medicamentos irritantes no sistema venoso periférico (por exemplo: cardiotônicos, catecolaminas, quimioterapia), coleta de amostras de sangue e monitoramento hemodinâmico (PIVA et. al., 1997).

Em pacientes com trombocitopenia ou em situações em que ocorreram múltiplas punções, é necessária observação cuidadosa após a instalação do cateter. A infecção e a oclusão do cateter são as duas complicações mais comuns dos cateteres venosos centrais (WONG, 2011). A oclusão intraluminal pode ocorrer quando o lúmen do cateter está obstruído por coágulos sanguíneos ou formação de fibrina.

As obstruções também podem ocorrer no local de saída do cateter ou no ponto de entrada na veia se a sutura do cateter causar um estreitamento do cateter. O cateter pode ficar comprimido pelo movimento do paciente devido à compressão da clavícula acima da primeira costela, ou ficar ocluído quando encostado na parede da veia; o mau posicionamento ou movimentação do cateter após a colocação pode causar torção do cateter (MENDES, 2007). A migração da ponta do cateter pode ocorrer durante a inserção, mas a migração pós-inserção pode ocorrer em: pacientes que sofrem de náuseas e vômitos frequentes durante o tratamento, pacientes com problemas respiratórios, que apresentam tosse forte, pacientes ativos (MENDES, 2007).

Se o paciente reclamar de dor no ombro, pescoço ou braço na lateral do local de inserção, a localização da ponta do cateter deve ser verificada por meio de imagens de raios X. O cateter deve ser removido usando técnica asséptica e os pontos de fixação devem ser removido. , durante a retirada do cateter, aplica-se pressão no local de inserção para evitar sangramento, aplica-se então um curativo compressivo no local e o local deve ser observado quanto ao risco de sangramento ou sinais de infecção local, relata o autor citado acima. Ao retirar um CVC, um dos cuidados mais importantes é prestar atenção à integridade do cateter que retiramos. Se notar falta de integridade do cateter, deve informar imediatamente o médico sobre isso devido ao risco de embolia por fragmentos do cateter (MENDES, 2007).

Além do posicionamento correto do cateter venoso central, a segurança e a eficiência durante a manipulação são muito importantes, situação na qual a enfermagem tem papel fundamental. A manutenção do cateter inclui troca de curativos, lavagem para manter a patência e prevenção de obstrução ou deslocamento, afirma Wong (2011).

Figura 1: Cateter Monolumen
Figura 1: Cateter Monolumen

O PAPEL DA ENFERMEIRA

Todos esses fatores sustentam a atenção diferenciada da equipe de enfermagem no atendimento aos pacientes em unidade de terapia intensiva (JUNIOR et. al., 1999). O principal objetivo do papel do enfermeiro na terapia intensiva pediátrica é preservar a vida e fornecer cuidados de enfermagem de alta qualidade às crianças gravemente doentes, relatam Piva et. O enfermeiro deve ser capaz de identificar necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais comprometidas e auxiliar no atendimento dos afetados, conforme nível de prioridade estabelecido no plano de enfermagem.

O enfermeiro deve atuar de forma sistemática na enfermagem de pacientes críticos internados em terapia intensiva (HORTA, 1979). O manuseio do cateter venoso central (CVC) exige conhecimento técnico e científico, segundo o Conselho Federal de Enfermagem, os artigos 17 e 18 do Código de Ética do Profissional de Saúde identificam a enfermagem privada como a mais complexa para o enfermeiro. Dessa forma, pode-se concluir que a responsabilidade pela manipulação do CVC deve ser limitada ao enfermeiro (VASQUES et. al., 2009).

O curativo a ser realizado deverá ser feito com técnica asséptica, lavagem das mãos antes e após o tratamento, organização do material, explicação do procedimento a ser realizado, uso de barreiras de proteção durante o procedimento, luvas, máscaras, pacote de curativo com pinça. O curativo deve ser trocado a cada 48 horas, no caso de curativo convencional (gaze estéril), ou deixado por até sete dias. Existem algumas regras na administração de terapias intravenosas através do CVC que devem ser respeitadas, como o uso de nutrição parenteral, deve ser injetado em lúmen isolado de outras soluções e seu débito deve ser controlado por meio de bomba de infusão. o autor citado acima.

As infusões devem ser interrompidas durante a coleta de sangue pelo CVC, as conexões devem ser desinfetadas com álcool, a amostra de sangue deve ser coletada do lúmen mais próximo, o sangue deve ser aspirado com seringa, descartar 5ml para adultos e 3ml para crianças antes a amostra, em seguida, utilizar uma nova seringa para coletar a quantidade necessária de sangue, em seguida lavar o lúmen com soro fisiológico 0,9% e reiniciar as perfusões, explica o autor citado acima. O enfermeiro deve ser capaz de identificar alterações fisiológicas e conhecer as possíveis complicações que o uso do CVC pode causar. A criança deve estar preparada antes de qualquer tratamento ou procedimento para prevenir ou minimizar desconfortos psicológicos e físicos.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos, 6 ed., São Paulo: Atlas, p.

Imagem

Figura 1: Cateter Monolumen
Figura 2: Cateter Duplo Lumen
Figura 3: Cateter Triplo Lumen

Referências

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E-mail: amayhe@ufrrj.br A Coleção Entomológica Costa Lima CECL, do Instituto de Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFRRJ, é depositária de milhares de espécimes